EM - Escola de Minas

URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/6

Notícias

A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 3 de 3
  • Item
    O sistema transcorrente da porção sudeste do orógeno Araçuaí e norte da faixa Ribeira : geometria e significado tectônico.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Silva, Cláudio Maurício Teixeira da; Alkmim, Fernando Flecha de
    A porção interna do Orógeno Araçuaí setentrional é marcada por um sistema de grandes zonas de cisalhamento, no qual se destacam as de Abre Campo, Manhuaçu-Santa Margarida, Guaçuí e Batatal. Visando ao entendimento da evolução e função tectônica dessas zonas foi realizada uma investigação estrutural numa área situada entre os meridianos 40º30’ e 43º e os paralelos 19º e 22º, nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em função da sua conexão com as estruturas mencionadas, foi também investigado o segmento nordeste da Zona de Cisalhamento Além Paraíba do Orógeno Ribeira. A metodologia empregada foi a da análise estrutural clássica, com a descrição em campo das estruturas internas das zonas de cisalhamento, seguida de estudos de microscopia ótica, com vistas à caracterização petrológica e microestrutural dos litotipos envolvidos. A zona de cisalhamento de Manhuaçu-Santa Margarida, aqui denominada Feixe de Zonas de Cisalhamento Manhuaçu-Santa Margarida, possui uma largura média de 25 km e uma extensão total de 330 km. Constituído por diversas zonas de cisalhamento dúcteis discretas de direção preferencial NS, o feixe exibe, em mapa, uma trajetória sigmoidal, com as suas terminações defletidas para NE. O segmento norte é composto por zonas de cisalhamento reversas e, subordinadamente, por zonas transcorrentes dextrais. Os segmentos central e sul são dominados por zonas transcorrentes dextrais. Em sua terminação sul, o feixe rotaciona-se para NE até confundir-se com as estruturas da porção nordeste do Orógeno Ribeira. A Zona de Cisalhamento de Abre Campo segue o traçado do Feixe Manhaçu-Santa Margarida. Com uma largura média de 20 km, estende-se por cerca de 350 km na direção geral NS e também mostra deflexões para NE nos seus extremos norte e sul. É interpretada como a zona de sutura do Orógeno Araçuaí e, assumindo a direção geral NE-SW, continua pelo interior do Orógeno Ribeira, onde é conhecida como Zona de Cisalhamento Juiz de Fora-Jaguari-Taxaquara. A Zona de Cisalhamento Guaçuí, com extensão total de 320 km e orientação NE-SW, caracteriza-se por uma terminação em “rabo de cavalo” a norte e funde-se, a sul, com a Zona de Cisalhamento Além Paraíba do Orógeno Ribeira. Ao longo de toda sua extensão o sentido de cisalhamento observado é dextral e uma estimativa do seu rejeito horizontal resultou em um valor na casa dos 35 km. A Zona de Cisalhamento Batatal, orientada segundo NNE-SSW, possui traço sigmoidal e cerca de 70 km de extensão. Sua movimentação é dextral reversa a norte e dextral na extremidade sul, onde é obliterada pelo plúton granítico Rio Novo do Sul. Seu rejeito horizontal estimado fica em torno de 15 km. A extremidade nordeste da Zona de Cisalhamento Além Paraíba do Orógeno Ribeira estende-se por cerca de 300 km na direção NE-SW, até a zona de cobertura da margem continental. Com deslocamento horizontal estimado de 137 km, corresponde a uma zona dúctil de movimentação essencialmente dextral. As zonas de cisalhamento de Abre Campo e Manhuaçu-Santa Margarida formaram-se com zonas dúcteis reversas durante o estágio colisional principal do Orógeno Araçuaí entre 580-565 Ma. Posteriormente, com a instalação de um regime transpressional dextral na porção sul do Orógeno Araçuaí e no segmento nordeste do Orógeno Ribeira, foram rotacionadas para a posição vertical e orientação NE-SW, passando a funcionar como zonas transcorrentes dextrais. Neste mesmo episódio, que deve ter ocorrido no intervalo entre 560 e 530 Ma, formaram-se as zonas transcorrentes dextrais de Guacuí e Batatal. Em conjunto, todas as grandes zonas do Orógeno Araçuaí fundem-se ou são localmente obliteradas pelas grandes estruturas transcorrentes do Orógeno Ribeira.
  • Item
    Geometria e evolução do feixe de zonas de cisalhamento Manhuaçu - Santa Margarida, Orógeno Araçuaí, MG.
    (2009) Silva, Cláudio Maurício Teixeira da; Alkmim, Fernando Flecha de; Soares, Antônio Carlos Pedrosa
    O Feixe de Zonas de Cisalhamento Manhuaçu-Santa Margarida de orientação geral NS estende-se por, aproximadamente, 300 km na região leste de Minas Gerais. Como uma das principais estruturas do núcleo cristalino do Orógeno Araçuaí, é constituído por um conjunto de zonas de cisalhamento dúcteis, que, em mapa, mostram traços sigmoidais. O seu segmento norte é composto por zonas de cisalhamento reversas que promovem o transporte de material em direção a oeste e, subordinadamente, por zonas transcorrentes dextrais. Os segmentos central e sul são dominados por zonas transcorrentes dextrais. O desenvolvimento do feixe deu-se em quatro fases deformacionais neoproterozóicas. A primeira fase promoveu a nucleação do conjunto de zonas reversas, que ficaram parcialmente preservadas no segmento norte do feixe. Durante a segunda fase, as zonas preexistentes experimentaram, de norte para sul, uma rotação progressiva para a vertical e para a direção NE-SW, além de intensa reativação transcorrente dextral. A terceira fase gerou zonas de cisalhamento normais de ocorrência restrita ao segmento norte. Na quarta fase, formaram-se falhas transversais e juntas. Em sua terminação sul, o feixe, dominado por zonas transcorrentes dextrais, rotaciona-se até confundir-se com as estruturas da porção NW da Faixa Ribeira. Tal fato implica que as estruturas dessa porção do feixe são de mesma idade, ou algo mais velhas que as transcorrências dextrais, que marcam o quadro tectônico do segmento NW da Faixa Ribeira.
  • Item
    Geometria fractal dos veios de quartzo da serra de Ouro Preto, flanco sudeste do anticlinal de Mariana, Quadrilátero Ferrífero/MG.
    (2001) Silva, Cláudio Maurício Teixeira da; Fonseca, Marco Antônio; Costa, Adilson Rodrigues da
    São apresentados os resultados do estudo, com aplicação da Geometria Fractal, dos sistemas de veios de quartzo que ocorrem na serra de Ouro Preto, que corresponde ao flanco sudeste do Anticlinal de Mariana, Quadrilátero Ferrífero. A Geometria Fractal foi usada para caracterizar o fator de forma dos veios e sua aplicação contribuiu para o entendimento dos processos geradores dos mesmos e de sua inserção na evolução regional. Foram analisadas três seções, com 4km de extensão total, ao longo do trend da estrutura. 613 veios foram cartografados em superfície e subsuperfície (galerias subterrâneas), com medidas de espessura, largura, espaçamento e comprimento. 161 veios encontravam-se alojados em quartzito, 60 em filito e 392 em itabirito. Os valores obtidos foram lançados em gráficos loglog de regressão linear (gráficos acumulativos de número de veios versus espessura, número de veios versus comprimento e número de veios versus espaçamento), com ajuste potencial de linha (best fit), que permitiram a obtenção das dimensões fractais dos veios, por diferentes tipos de rocha encaixante. Dois sistemas de veios, sendo um mais antigo, de caráter concordante ou sub-concordante à foliação regional, e que foi gerado em evento extensional. Os veios desse sistema são cataclasados e sacaroidais, tendo sido deformados por evento contracional posterior. O outro sistema engloba veios mais novos, discordantes, e que possuem trama cristalina, tendo sido gerados na fase final de evento contracional posterior. Nesse sistema estão os veios de maiores dimensões, sendo que os mesmos cortam as camadas de quartzitos e têm maior relação axial do que aqueles que cortam as formações ferríferas e filitos. Por meio da análise fractal verifica-se que os fatores de forma indicam maiores valores das dimensões fractais dos veios em sentido leste, o que se traduz em veios com morfologia achatada ou "planar" a oeste. Para leste, esta morfologia planar da lugar a uma morfologia "nodular". Por outro lado, a análise fractal da densidade dos sistemas de veios mostra que os valores de densidade aumentam no sentido leste, para ambos os sistemas. Verifica-se, ainda, que os maiores valores de densidade estão relacionados aos sistemas de veios com maior dimensão fractal. Do ponto de vista geológico, estes dados podem indicar uma proximidade maior das fontes de fluidos junto à zona periclinal do Anticlinal de Mariana e/ou magnitudes de deformação associadas ao evento contracional crescentes em direção a leste, o que vem confirmar os dados geológicos regionais.