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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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    A fragmentação da flora nativa como instrumento de análise da sustentabilidade ecológica de áreas protegidas – Espinhaço Sul (MG).
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Rezende, Renato Andrade; Prado Filho, José Francisco do
    A crescente fragmentação das paisagens tem contribuído para a perda da diversidade biológica nas diversas regiões brasileiras e pode-se associá-la à maneira desordenada com que o homem vem ocupando as terras. A manutenção e sobrevivência de grande parte das comunidades biológicas dependem da estruturação espacial da paisagem e da conservação dos remanescentes de vegetação nativa que geralmente estão restritos às áreas protegidas criadas pelos órgãos de governo. Este tem sido o principal mecanismo utilizado pelo Estado para a conservação da biodiversidade, onde a representatividade dos ecossistemas e o potencial de conectividade estrutural da paisagem com vistas à manutenção de fluxo biológico assumem importância fundamental. A área de estudo, localizada no extremo sul da Serra do Espinhaço e região central de Minas Gerais, é considerada como de relevante importância biológica sendo constituída por um mosaico de unidades de conservação de proteção integral e de uso sustentável. Com o intuito de se conhecer a dinâmica da fragmentação da flora nativa, formada pela floresta estacional semidecidual, campo rupestre e campo, e suas possíveis implicações sobre o isolamento das áreas protegidas e manutenção de fluxos biológicos foram realizadas análises temporais da cobertura do solo por meio de índices espaciais da paisagem (Fragstats), nos anos de 1985 e 2008. Também foram feitas avaliações sobre o estado de percolação da paisagem com base nos limiares de percolação (Stauffer) e de fragmentação (Andrén). Os resultados demonstraram que mesmo com a vocação mineral, historicamente responsável pela ocupação territorial e desenvolvimento econômico da região, houve manutenção do habitat natural na área de estudo, inclusive no interior das áreas protegidas, indicando que as atividades antrópicas desenvolvidas nos últimos 23 anos, de modo geral, não alteraram a vegetação nativa em termos quantitativos. Os índices de quantificação estrutural da paisagem permitiram constatar que houve diminuição da fragmentação do habitat natural e intensificação na conectividade entre as manchas florestais remanescentes que se tornaram mais alongadas e próximas umas das outras, ocupando grandes extensões territoriais e com significativas porções de áreas nucleares. A análise conjunta das métricas da paisagem e dos limiares de percolação e fragmentação indica que as áreas protegidas se mantiveram estruturalmente conectadas, proporcionando condições para a sustentação de fluxos biológicos e proteção da biodiversidade. Apesar da condição privilegiada em termos de habitat natural o grau de fragmentação da paisagem (46%) desperta a atenção para necessários cuidados com relação ao uso do solo no entorno das áreas protegidas. A dinâmica da fragmentação da flora nativa no Espinhaço Sul indica uma situação adequada para a implantação de corredores ecológicos visando resguardar a condição de conectividade estrutural verificada entre as áreas protegidas.