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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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    Estudo petrográfico e metalográfico dos meteoritos Bocaiúva e João Pinheiro aliado à técnica de MEV/EDS.
    (2011) Pucheta, Flávia Noelia; Zucolotto, Maria Elizabeth; Marciano, Vitoria Regia Peres da Rocha Oliveiros; Ferreira, César Mendonça; Cassino, Flávio Sandro Lays; Gandini, Antônio Luciano
    O Brasil possui 58 meteoritos catalogados pela ciência meteorítica, número bastante inferior quando se compara tal número àqueles de países da Europa e aos de países como os Estados Unidos. As amostras estudadas pertencem à coleção de meteoritos do Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães - MMPDG, constituída de 17 meteoritos, 10 brasileiros, entre eles o Bocaiúva e o João Pinheiro. O meteorito Bocaiúva, encontrado em MG, é o terceiro maior em peso do Estado (64kg), foi achado por volta de 1947, na cidade homônima, a 384km de Belo Horizonte. Além da massa principal do meteorito Bocaiúva, também há, no referido museu outro fragmento catalogado como “meteorito Bocaiúva”, que, na verdade, é um fragmento pertencente a outro corpo meteorítico, o João Pinheiro, ainda não catalogado. A diferença mineralógica observada em ambos, principalmente com relação às porções silicáticas do Bocaiúva, assim como inclusões fluidas e fundidas, não deixa dúvida de se tratar de meteoritos diferentes. Minerais como kamacita, taenita, troilita, schreibersita e grafita são encontrados no meteorito João Pinheiro, enquanto que, no Bocaiúva, estão presentes a forsterita, kamacita, taenita, troilita, schreibersita, pentlandita, magnetita, cromita, pigeonita, diopsídio, enstatita, plagioclásios, apatita, calcita e goethita.
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    Estudo petrográfico, metalográfico e geoquímico dos meteoritos Bocaiuva e João Pinheiro – Minas Gerais.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Pucheta, Flávia Noelia; Gandini, Antônio Luciano
    Os meteoritos foram considerados durante muito tempo como meras curiosidades. De fato, foi só depois de Jean Baptiste Biot (1774 - 1862) estudar o meteorito da Águia, que caiu no norte da França em 1803, que a natureza extraterrestre dessas rochas foi claramente estabelecida (Gounelle 2006). Ainda assim, o local de origem dos meteoritos no Sistema Solar só pôde ser definitivamente identificado após a determinação da órbita do meteorito Pribram, que caiu em 7 de abril de 1959 na República Tcheca. Entretanto, nos últimos anos, o interesse no estudo dos meteoritos aumentou enormemente, isto aconteceu, basicamente, porque foi reconhecido que essas rochas são os objetos mais antigos que o homem já encontrou, guardando registros das várias etapas da formação do Sistema Solar. O Brasil possui 58 meteoritos devidamente catalogados pela Ciência Meteorítica, número bastante inferior comparados com países da Europa e os Estados Unidos. A coleção de meteoritos do exMuseu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães - MMPDG, situada em Belo Horizonte, possui dezessete meteoritos, dentre eles dez são brasileiros. O meteorito Bocaiúva, encontrado em Minas Gerais, pesando 64kg, foi achado em 1965, na cidade de Bocaiúva, a 400km da capital do estado, Belo Horizonte. Porém somente no final do ano de 2006 foi entregue ao MMPDG e hoje se encontra em exposição. Além da massa principal do meteorito Bocaiuva, também há outro fragmento catalogado como “meteorito Bocaiuva”, de aspecto totalmente metálico. Segundo a bibliografia existente do meteorito Bocaiuva ele possui regiões silicatadas de até 1cm de diâmetro, claramente observadas a olho nu. Ele é considerado um meteorito raro por conter uma significativa quantidade de silicatos em uma matriz metálica, composta basicamente por Fe e Ni. As diferenças macroscópicas observadas entre a massa principal do meteorito Bocaiuva e os fragmentos catalogados como tal, levam a duas hipóteses: ambos pertencem ao mesmo corpo parental com características distintas das relatadas na literatura ou o pequeno fragmento catalogado como Bocaiúva é na verdade pertencente a outro meteorito. Portanto foram realizados diversos estudos, abrangendo as microestruturas; a mineralogia (minerais opacos e transparentes) e a geoquímica de ambos os meteoritos. Foram utilizadas diversas técnicas de análise laboratorial como Microscopia Óptica e Eletrônica, Espectrometria de Absorção no Infravermelho, Catodoluminescência, Difração de Raios X, Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Acoplado - (ICP-OES) e Espectroscopia de Emissão Óptica com Plasma Induzido por Laser - LIBS De acordo com os resultados obtidos, os fragmentos catalogados como meteorito Bocaiuva, pertencem na verdade ao meteorito João Pinheiro, nunca catalogado pela Ciência. Além do mais, no meteorito Bocaiuva foram descobertas inclusões fluidas e fundidas nunca observadas por outros pesquisadores.