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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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    Evolução sedimentar e história deformacional da Formação Moeda ao longo da junção entre o Sinclinal da Moeda e o Homoclinal da Serra do Curral, Quadrilátero Ferrífero, MG.
    (2018) Madeira, Mariana de Resende; Martins, Maximiliano de Souza; Alkmim, Fernando Flecha de; Fonseca, Marco Antônio; Caxito, Fabrício de Andrade; Martins, Maximiliano de Souza
    A complexidade estrutural da província mineral do Quadrilátero Ferrífero (MG) deve-se à interação dos ciclos orogênicos do Orosiriano/Riaciano e Brasiliano. Dentre várias estruturas peculiares da região, tem-se a junção entre o Sinclinal da Moeda, de direção meridiana e o Homoclinal da Serra do Curral, de direção ENE-WSW. Visando a caracterização desta junção e sua evolução, realizou-se uma campanha de mapeamento estrutural de detalhe da Formação Moeda (escala 1:10.000) além de descrições faciológicas a partir de oito perfis estratigráficos para auxiliar na compreensão da geometria e evolução tectônica desta unidade. Foram identificadas nove fácies sedimentares: quatro fácies conglomeráticas (Gms, Gm, Gt e Gp), três essencialmente areníticas (St, Sp e Sh) e duas predominantemente pelíticas (Fl e Fsc). As seções estratigráficas foram correlacionadas possibilitando o agrupamento das fácies em cinco associações geneticamente relacionadas. As associações de fácies AF1 e AF2 representam sistemas de leques aluviais que evoluíram para planícies fluviais entrelaçadas. A AF 3 está relacionada a um sistema lacustre associado a marinho raso nas porções distais. Por fim, as associações de fácies AF4 e AF5 representam planícies fluviais entrelaçadas encerradas por uma transgressão marinha no estágio final de evolução da bacia. A partir da confecção de uma seção restaurada foi possível interpretar que as AF1, AF2, AF3, e a porção basal da AF4, foram depositadas durante os estágios iniciais do rifteamento continental e as demais associações materializam a transição rifte-margem passiva. Quanto ao arcabouço estrutural, o acamamento descreve os dobramentos evidenciados na região e possui a orientação preferencial de 094/46. É cortado em baixo ângulo pela foliação penetrativa Sn, que disposta segundo o plano axial destas dobras, possui a atitude modal 100/51. A lineação de interseção (Lint) entre S0 e Sn cai sistematicamente para o quadrante E, posicionando-se em 092/48, que corresponde a atitude das charneiras destas estruturas antiformais e sinformais. Associada à foliação Sn têm-se a lineação de estiramento mineral (Lest), cuja orientação preferencial é 100/49. Indicadores cinemáticos a ela associados atestam transporte tectônico sistemático para W. Movimento de mesma natureza foi caracterizado em falha reversa na porção central da área. À luz destes dados, conclui-se que a deformação principal e responsável pela geração dos elementos tectônicos Sn, Lest e Lint, foi uma compressão geral E-W associada a orogenia Brasiliana, que atuou sobre camadas previamente basculadas e provavelmente orientadas na direção ENE-WSW durante o evento Transamazônico. Uma outra geração de estruturas pode ser observada no contato ocidental do Sinclinal Gaivotas com o Complexo Bonfim, que é marcado por uma zona de cisalhamento normal e mergulhante para E. Esta estrutura pode ser relacionada ao colapso orogênico Transamazônico como também pode caracterizar uma movimentação posterior.