EM - Escola de Minas
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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.
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Item Amazonitização em granito resultante da intrusão de pegmatitos.(2000) Evangelista, Hanna Jordt; Mendes, Julio Cesar; Lima, Ana Luisa CossoGranito do tipo Borrachudos de Santa Maria do Itãbira, Minas Gerais, cortado por amazonita pegmatitos foi transformado marginalmente em granito verde em decorrência de amazonitização. Este trabalho trata dos processos e das variações mineralógicas e químicas envolvidos na transformação do granito normal em granito verde. O pegmatito contém cristais de amazonita de tamanho decimétrico e intensa cor verde, cleavelandita, biotita, quartzo e pequenas quantidades de turmalina preta, galena, fluorita e anatásio. O granito anorogênico alcalino é composto de quartzo, albita quase pura, microclina com triclinicidades variando de 0,68 a 0,93, Fe-biotita e minerais acessórios. O teor de SiO2 médio é de 74% em peso, mas em amostras empobrecidas em quartzo o teor cai para 62%. MgO é muito baixo (<0,05% em peso), Fe2O3total chega a 4,4% e os álcalis perfazem até 8,5% (em peso). O granito apresenta uma forte anomalia negativa de Eu, possivelmente decorrente aã retenção deste elemento em plagioclásio cálcico remanescente no restito da rocha geradora do magma alcalino por fusão parcial. A intensidade da cor verde no granito aumenta na direção do contato com o pegmatito. Quimicamente, esta variação de cor é acompanhada de um aumento no teor de Pb (e, em menor escala, também de Rb), enquanto que não se registraram variações para os elementos maiores e outros traços. O Pb varia de 37 ppm no granito branco até 302 ppm no tipo mais verde, chegando a 406 ppm na amazonita. É possível que a introdução, no estágio sub-sólido, de Pb e água na encaixante granítica durante a intrusão dos pegmatitos foi responsável pela geração de pares H O-Pb na microclina, que são reportados na literatura como sendo a provável causa da cor verde em amazonitas. Considerando as temperaturas relativamente baixas de magmas pegmatíticos e a estrutura maciça do granito, o processo metassomático responsável pela amazonitização foi bastante eficiente, já que as auréolas alcançam localmente largura equivalente à do próprio pegmatito.Item Influência da presença de sulfetos na implantação da UHE Irapé - Vale do Jequitinhonha - Minas Gerais.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Geotécnica. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Lima, Ana Luisa Cosso; Sobreira, Frederico GarciaA Usina Hidrelétrica Irapé, localizada na região nordeste do estado de Minas Gerais - vale do rio Jequitinhonha, encontra-se inserida no domínio de xistos grafitosos atribuídos à Formação Chapada Acauã, caracterizados localmente pela presença marcante de sulfetos de ferro, potencialmente geradores de efluentes ácidos a partir de reações de oxidação. Diante desse cenário, os estudos desenvolvidos durante as fases de implantação da usina incluíram, além das tradicionais investigações geológico-geotécnicas para avaliação das condicionantes hidrogeotécnicas locais, alguns ensaios de caráter mineralógico e geoquímico, visando caracterizar e quantificar o teor dos sulfetos e identificar os mecanismos envolvidos no seu processo de oxidação, avaliando a sua influência sobre as estruturas da usina e o ambiente circunvizinho. Os estudos de caracterização do maciço rochoso revelaram a presença marcante de sulfetos (pirrotita, pirita e eventualmente, calcopirita e esfalerita) disseminados nas amostras de mica-quartzo xisto grafitoso analisadas, e baixas concentrações de carbonato. A partir dos ensaios de avaliação do potencial de geração ácida, através de ensaios estáticos e cinéticos, todos os materiais analisados foram classificados como potencialmente geradores de efluentes ácidos, com as menores taxas de oxidação observadas nas amostras de rocha sã. Os resultados desses trabalhos de investigação, realizados pela CEMIG em parceria com o Consórcio Construtor Irapé Civil, conduziram à adoção de soluções inovadoras, como alternativa às práticas e técnicas de uso corrente no âmbito da construção de usinas hidrelétricas, viabilizando a construção do empreendimento, considerado no Brasil, uma obra inédita para a engenharia de barragens. Enfim, registra-se que as soluções de projeto efetivamente adotadas na implantação da UHE Irapé foram definidas para atender as premissas de vida útil do empreendimento e minimizar os impactos ao meio ambiente, sendo confirmadas como adequadas, à luz do conhecimento adquirido a partir das avaliações realizadas com o desenvolvimento do presente trabalho.