EM - Escola de Minas

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A Escola de Minas de Ouro Preto foi fundada pelo cientista Claude Henri Gorceix e inaugurada em 12 de outubro de 1876.

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    Análise geofísica 3D de anomalias gravimétricas e magnéticas no Cráton São Francisco e no setor setentrional da Faixa Araçuaí : a influência do embasamento na evolução tectônica da Bacia Espinhaço.
    (2019) D'Angelo, Taynara; Danderfer Filho, André; Barbosa, Maria Sílvia Carvalho; Danderfer Filho, André; Endo, Issamu; Oliveira, Natália Valadares de; Melo, Gustavo Henrique Coelho de; Mane, Miguel Ângelo
    O presente trabalho teve como intuito avaliar questões acerca da estruturação do embasamento e sua influência sobre a deformação elencadas por estudos de bacias paleo a mesoproterozoicas, materializadas sobre o bloco São Francisco, as quais foram total ou parcialmente invertidas ao final do ciclo Brasiliano. Dessa forma, duas áreas internas ao bloco São Francisco foram escolhidas como objeto de estudo. A primeira, sem inversão do embasamento, corresponde aos domínios Morro do Chapéu e Irecê na Chapada Diamantina Oriental - BA. Já a segunda área insere-se no Espinhaço Central-MG, no contexto da faixa de dobramentos Araçuaí apresenta o embasamento envolvido na deformação. Análises geofísicas qualitativas, semiquantitativas e quantitativas dos dados aeromagnéticos (CPRM/CODEMIG) e gravimétricos de satélite (TOPEX) foram executadas com vistas caracterizar a arquitetura do embasamento cristalino encoberto e a estruturação profunda dos segmentos crustais selecionados. Em ambas as áreas as análises qualitativas demonstraram que os lineamentos N-S são os mais antigos e se correlacionam a descontinuidades de idade arqueana a paleoproterozoica mapeadas sobre o embasamento cristalino e edificadas no processo de estabilização do mesmo. De forma geral, estas estruturas se apresentaram nas análises semiquantitativas, como descontinuidades com raiz crustal profunda, que exerceram importante papel nos eventos de rifteamento superpostos instalados sobre o bloco do Estateriano ao Toniano. Tais descontinuidades foram relacionadas a nucleação das falhas de bordas das bacias proterozóicas bem como as normais que limitam os grabens e horsts, os últimos identificados através da interpolação 3D dos perfis de solução de Euler dos dados magnéticos. Os perfis de solução de Euler dos dados gravimétricos permitiram delinear uma superfície com profundidades entre 25 e 35 km que, como foi confirmado pelas análises quantitativas (modelagem gravimétrica), exibem a geometria da descontinuidade de Moho nas áreas. Na avaliação da geometria extensional, verificou-se que os hemigrabens encontram-se preservados mesmo após a inversão e foram elencadas especificidades para cada um dos segmentos avaliados. Na Chapada Diamantina foram caracterizados dois eventos extensionais. O primeiro evento foi relacionado à evolução do hemigraben assimétrico, cuja falha de borda leste apresenta orientação NNE-SSW, que acolheu a sedimentação do Grupo Chapada Diamantina. O segundo evento deu origem a um graben assimétrico que evoluiu segundo uma tectônica strike-slip dextral, ao longo do lineamento Barra dos Mendes-João Correia, e foi preenchido por rochas do Grupo Una no domínio Irecê. Já no Espinhaço Central, caracterizou-se que os riftes Sítio Novo e Santo-Onofre foram controlados por falhas de borda N-S. Este trend é truncado por uma direção NE-SW, mais jovem, correspondente ao da zona de cisalhamento Córrego do Buraco, a qual teve seu papel como de falha de borda da bacia Macaúbas confirmado. Tanto na Chapada Diamantina quando no Espinhaço Central verificou-se que as estruturas impressas sobre a cobertura sedimentar apresentam-se paralelas as direções delineadas para o paleorelevo das bacias e das descontinuidades arqueanas a paleoproterozoicas do embasamento cristalino. Isto sugere que a geometria xviii das bacias controlou a deformação, por concentração de stress e strain ou por efeito de anteparo rígido (buttress) durante a inversão positiva ao fim do ciclo Brasiliano. Em resumo, a similaridade entre feições identificadas tanto na Chapada Diamantina Oriental, onde não há registro de inversão do embasamento, quanto no Espinhaço Central, onde o embasamento encontra-se envolvido na deformação, sugere que: "Nos domínios do bloco São Francisco a formação das bacias proterozoicas foi controlada por estruturas antigas do embasamento cristalino e, durante a tectônica de inversão, a geometria do embasamento das bacias proterozóicas influenciou a deformação da cobertura sedimentar".
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    Basement controls on cover deformation in eastern Chapada Diamantina, northern São Francisco Craton, Brazil : insights from potential field data.
    (2019) D'Angelo, Taynara; Barbosa, Maria Sílvia Carvalho; Danderfer Filho, André
    The Proterozoic sedimentary cover in eastern Chapada Diamantina recorded positive inversion tectonics at the Paramirim aulacogen during Neoproterozoic times. Additionally, geological evidence suggests that although the basement was not involved in the contractional tectonics, it exerted control on cover deformation. The Euler deconvolution, based on aeromagnetic and gravimetric databases, integrated with geological framework, was used to delineate the structures and deep architecture of the crystalline basement and to understand their relationships with cover deformation. The 3D view of Euler deconvolution profiles show a graben and horst geometry in the basement architecture. Horsts and grabens are limited by NNW-SSE, N-S and E-W normal faults, which nucleated during two extensional events and favored for deep Archean-Paleoproterozoic discontinuities. The first event was related to the development of a half-graben that had a NNE-SSE-oriented eastern boundary and that was filled with rocks of the Chapada Diamantina Group. The second event gave rise to an asymmetrical graben that evolved from dextral strike-slip displacement and was filled by rocks of the Una Group in the Irecê domain. In the late Neoproterozoic, two contractional, thin-skinned cover deformations with ENE-WSW and N-S shortening directions affected the Chapada Diamantina and Irecê domains. Our geophysical models reveal a parallelism between the thin-skinned structures and N-S and E-W normal faults, interpreted in the crystalline basement, suggesting a control on strain and stress distribution during cover deformation. During the second contractional tectonic event, the NNW-SSE and N-S lineaments at the boundaries of the Irecê domain were reactivated, producing Ubiaí and Serra da Babilônia brittle shear zones in the sedimentary cover, respectively. In summary, the superposed intracratonic basin formation was controlled by older structures in the crystalline basement, while the inversion tectonics was controlled by the geometry of these basins.
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    As microesferas de vidro em modelos analógicos de cunhas compressivas.
    (2014) D'Angelo, Taynara; Gomes, Caroline Janette Souza; Gomes, Caroline Janette Souza; Silva, Fernando César Alves da; Alkmim, Fernando Flecha de
    O intuito do presente estudo era avaliar em experimentos físico-analógicos o efeito de diferentes ângulos de atrito interno e basal de materiais granulares sobre a geometria, a mecânica e a cinemática de cunhas compressivas comparando-se experimentos de areia de quartzo com os de microesferas de vidro. O trabalho se iniciou com a caracterização física e friccional da areia e das microesferas de vidro. Assim, se determinou-se em microscópio de varredura eletrônico a textura e a forma dos grãos, e, em um aparelho de cisalhamento simples, um ring-shear tester, calculou-se os ângulos de atrito interno (Фi) e basal (Фb), bem como a coesão. Duas séries de experimentos físico-analógicos foram desenvolvidas, uma utilizando areia e a outra microesferas de vidro, empregando-se os mesmos substratos. Estes produziram modelos de ângulos de atrito basal: alto (Фb = 32.94°), médio (Фb = 25,68°) e baixo (Фb = 18.21°). Os modelos analógicos foram submetidos a um encurtamento de 38%, e, durante a deformação progressiva, mediram-se o espessamento, o ângulo de declividade e o comprimento da cunha compressiva assim como o espaçamento entre as falhas. As análises revelaram para a areia formas angulares com textura irregular (com fraturas conchoidais) enquanto os grãos de microesferas de vidro mostraram-se subarredondados e lisos e o aspect ratio foi de 1,58 e 1,31, respectivamente. Os ensaios no ring-shear tester mostraram, para ambos os materiais, um comportamento elasto/friccional plástico, no entanto, as microesferas de vidro (Фi = 34,10º) rompem sob magnitude de tensão cisalhante crítica inferior a da areia (Фi = 41,47°) e em um intervalo de tempo ligeiramente menor. A comparação entre as duas séries de experimentos mostrou pequenas diferenças nas características geométricas das cunhas compressivas quando deformadas sobre substratos de baixo a médio ângulo de atrito basal. A principal diferença geométrica residiu na morfologia das falhas, que é curva para a areia e aproximadamente plana para as microesferas de vidro. O encurtamento no pacote de microesferas de vidro sobre o substrato de alto ângulo de atrito basal gerou estruturas com a mesma arquitetura do que nos modelos de areia. Este fato sugere que a forma dos grãos influencia o estilo deformacional apenas quando o ângulo de atrito basal não for muito elevado. Os experimentos com as microesferas de vidro confirmaram o papel do atrito basal em modelos físicos uma vez que, quando encurtados sobre diferentes substratos, produziram geometrias semelhantes aos dos modelos de areia. Assim, observou-se que o experimento caracterizado por baixo atrito basal gerou cunhas pouco espessas, de baixa declividade, mas compridas e com alto espaçamento entre as falhas e maior número de retroempurrões. Os parâmetros se inverteram à medida que se aumentou o ângulo de atrito basal. As principais diferenças entre as duas séries residiram no mecanismo e no estilo da deformação que é mais plástico para as microesferas de vidro. Estas, por serem arredondadas, tem maior mobilidade e, assim, produzem uma deformação, por fluxo de grãos, mais forte do que a areia. Os modelos de microesferas de vidro revelaram a formação de planos de falhas longos e uma série de falhas curtas, de rejeitos pequenos, que conferiram aos modelos a aparência de dobras desarmônicas. Um experimento gerado com uma camada basal de microesferas de vidro, sob o pacote de areia, mostrou que o confinamento das microesferas induz a um fluxo dos grãos mais forte do que em situações não confinadas, o que explica o emprego das microesferas de vidro, na literatura, para simular descolamentos fracos. Os resultados obtidos no presente estudo permitem sugerir o uso das microesferas de vidro para a simulação da deformação compressiva de rochas incompetentes desde que a situação corresponda a uma deformação de ângulo de atrito basal pouco elevado. As vantagens deste material em relação a outros de comportamento elasto/fricional plástico, descritos na literatura (argilas úmidas, misturas de areia com cristais de micas etc.) são o seu baixo custo, sua composição homogênea e a facilidade de manuseio.
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    Testing the influence of a sand mica mixture on basin fill in extension and inversion experiments.
    (2014) Gomes, Caroline Janette Souza; D'Angelo, Taynara; Almeida, Gisela Miranda de Souza
    Compara-se a deformação produzida em areia e em uma mistura de areia com cristais de micas (na proporção 14:1, em peso), empregadas para simular o preenchimento de uma bacia em modelos de extensão e inversão, para analisar o potencial da mistura areia com cristais de micas para o uso em modelos físicos que requerem um material analógico, de fortes propriedades elasto-fricional plásticas. A areia e a mistura areia com cristais de micas possuem ângulos de atrito interno, similares, mas a mistura se deforma sob uma tensão cisalhante crítica significativamente mais baixa. Na extensão, os experimentos nos quais a mistura areia com cristais de micas preenche as bacias revelam um número menor de falhas normais. Durante a inversão, a diferença mais importante entre as bacias, preenchidas com areia e com a mistura areia com cristais de micas, é relacionada à deformação interna de dobras de propagação de falhas que cresce com o aumento do ângulo de atrito basal. Conclui-se que a mistura areia com cristais de micas, de fortes propriedades elastofricional plásticas, pode ser empregada para a simulação de dobras em experimentos que pretendem simular uma inversão moderada, na crosta rúptil.