DEGEO - Departamento de Geologia

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    Controles tectônicos na sedimentação e empilhamento estratigráfico da formação Salinas, Orógeno Araçuaí, MG.
    (2018) Costa, Felipe Garcia Domingues da; Alkmim, Fernando Flecha de; Magalhães, Pierre Muzzi; Lopes, Marcos Roberto Fetter; Reis, Humberto Luis Siqueira; Marconato, André; Alkmim, Fernando Flecha de
    A Formação Salinas, exposta nas vizinhanças de cidade homônima, é a unidade litoestratigráfica supracrustal mais jovem caracterizada no Orógeno Araçuaí. O registro sedimentar descrito na Formação Salinas denota o preenchimento sedimentar nos últimos estágios de edificação do orógeno e seu empilhamento estratigráfico pode ser caracterizado como um complexo de leques turbidíticos amalgamados sin-orogênicos, consistindo em um autêntico depósito do tipo flysch. Fundamentada na coleta de dados em campo, a análise sedimentológica foi pautada por descrições das rochas em levantamentos estratigráficos sistemáticos em alta resolução (escala 1:10) ao longo de diversas seções e pontos de controle. Para sintetizar a grande quantidade de dados, gráficos do tipo Fischer foram utilizados para evidenciar as mudanças nos padrões de sedimentação e possibilitar a identificação de intervalos deposicionais. A deformação dos sedimentos tem caráter sin-deposicional, exibindo uma diversidade de estruturas e arranjos nas rochas alocadas entre estratos indeformados. Por ser um sítio deposicional tectonicamente ativo, os mecanismos de deformação associados à sismicidade da bacia são esperados, porém também são observados conjuntos de estruturas deformacionais cuja origem pode ser admitida como inerente ao processo deposicional. Neste caso, espera-se que as interações entre a corrente de turbidez e os obstáculos do leito deposicional irregular promovam parte da deformação sin-sedimentar registrada. O arranjo estrutural da bacia aponta para uma sequência de sinformas alinhadas segundo o padrão N-NE com vergência definida para NW, ou seja, em direção ao cráton, oposta ao movimento de massa registrado pelas estruturas de deformação sin-sedimentares. A sedimentação por correntes de turbidez se faz pelo preenchimento de calhas assimétricas e, dado o afastamento progressivamente maior entre os traços axiais das dobras, o depocentro principal da bacia se amplia no sentido SSW. As medidas de paleocorrente obtidas em estruturas menos móveis apontam para o movimento principal do fluxo tubidítico de N-NE para SW, enquanto que estruturas relacionadas ao fluxo turbulento mais móvel e estruturas deformacionais assimétricas como vergência de dobras convolutas mostram um vetor principal de movimento para o quadrante SE. A assimetria das calhas que moldaram o leito deposicional fez com que as frações turbulentas das correntes turbidíticas bipartidas fossem dirigidas em direção a porção mais profunda das calhas localizadas no quadrante SE, preservando-as. Obtida por análise geocronológica U/Pb realizada neste trabalho, a idade de 594±10 Ma pode ser considerada como a idade máxima da sedimentação da Formação Salinas. Idades ao redor de 600 Ma compõem o grupo principal do espectro de idades dos sedimentos analisados que, segundo o panorama geológico do Orógeno Araçuaí, apenas encontram correspondência nas rochas originadas pelo Arco magmático Rio Doce. Devido a posição geográfica desfavorável, é necessário um sistema de drenagem em dois estágios para conectar a área-fonte com a bacia Salinas.
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    Estruturas primárias em turbiditos do greenstone belt Rio das Velhas, neoarqueano do Cráton São Francisco meridional.
    (2007) Seixas, Luís Antônio Rosa; Silva, Rômulo César; Gomes, Luciano; Gomes, Caroline Janette Souza
    A preservação das estruturas sedimentares primárias no greenstone belt Rio das Velhas (~ 2,7 Ga - 2,8 Ga) é limitada a uns poucos locais nos quais as rochas metassedimentares foram poupadas de deformação tectônica penetrativa intensa. Entretanto, diferentes pesquisadores consideram que uma parte importante desse cinturão é constituída de rochas metassedimentares de origem turbidítica, como parte de uma associação de litofácies clásticas ressedimentadas. Este trabalho documenta e interpreta estruturas sedimentares primárias em rochas dessa associação, aflorantes no setor sudoeste da Serra do Curral, região oeste do Quadrilátero Ferrífero. A seção foi estudada em um corte de estrada de cerca de 150 m de comprimento, e consiste da delgada interestratificação de camadas de metarenitos e metapelitos, dobrados e com alto a moderado ângulo de mergulho. As estruturas sedimentares identificadas compreendem acamamento gradacional e maciço em metarenitos, laminações paralelas, cruzadas, climbing e convolutas em metarenitos finos, metargilitos maciços ou com laminação plano-paralela, e estruturas em chama, clastos de argilitos do tipo rip-up mud clasts, e deformação sin-sedimentar em precursores inconsolidados. O predomínio de contatos basais planos das camadas de metarenitos sobre os metapelitos, as sequências verticais de estruturas sedimentares que reproduzem os intervalos A a D, ou B ou C a D da sequência de Bouma, alguns intervalos com misturas de metarenitos com clastos de metapelitos ou clastos de metapelitos em metarenitos (rip-up mud clasts), assim como a ausência de metassedimentos mais grossos conglomeráticos, sugerem que a seção estudada representa diferentes fácies de sedimentação turbidítica de leque submarino intermediário a distal.