DEGEO - Departamento de Geologia

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    A Late Quaternary palynological record of a palm swamp in the Cerrado of central Brazil interpreted using modern analog data.
    (2018) Cassino, Raquel Franco; Martinho, Caroline Thaís; Caminha, Silane Aparecida Ferreira da Silva
    The fossil pollen record from a Late Quaternary peat core collected in the São José palm swamp, in the northwest region of Minas Gerais state (Central Brazil), is interpreted using a dataset of modern pollen spectra as modern analogs. Principal component analysis and dissimilarity coefficients were used to compare fossil and modern samples, supporting the interpretation of past environmental dynamics. The results suggest that at ca. 15,700 and ca. 15,400 cal years BP, the buriti (Mauritia flexuosa) palm (that characterizes the palm swamps today) was absent and the climate was colder. Around 15,200 cal years BP, the increasing occurrence of buriti and the development of the Cerrado stricto sensu, a savanna woodland, indicate a warmer climate. At the end of the Late Pleistocene and during the Pleistocene-Holocene transition, the palm swamp central zone expanded and a dense Cerrado stricto sensu developed, suggesting a warm and humid climate. By the end of the Early Holocene, a much drier climate is suggested by the shrinkage of the palm swamp and a more open regional vegetation. Subsequently, and until ca. 4400 cal years BP, a wetter climate is indicated by the extended central zone of the São José palm swamp that reached a maximum expansion at ca. 6500 cal years BP. After 3500 cal years BP, the predominance of the Campo Sujo, a herbaceous-shrubby vegetation, indicates the return of relatively dry conditions. In the last two millennia, a decrease in the extent of the humid zone of the palm swamp suggests an intensification of drier conditions. Lower precipitation inferred at the end of the Holocene, and the predominantly humid conditions in the Middle Holocene, is different from the general pattern observed in southern and western Cerrado sites, but is in agreement with paleoclimate data from Northeastern Brazil.
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    Metavivianite, Fe2+Fe3+2(PO4)2(OH)2 6H2O : new data and formula revision.
    (2012) Chukanov, Nikita V.; Cipriano, Ricardo Augusto Scholz; Aksenov, Sergey M.; Rastsvetaeva, Ramiza K.; Pekov, Igor V.; Belakovskiy, Dmitriy I.; Krambrock, Klaus Wilhelm Heinrich; Paniago, Roberto Magalhães; Righi, Ariete; Martins, R. F.; Belotti, Ricardo Augusto; Bermanec, Vladimir
    The composition, structure, X-ray powder diffraction pattern, optical properties, density, infrared, Raman and Mo¨ssbauer spectra, and thermal properties of a homogeneous sample of metavivianite from the Boa Vista pegmatite, near Galile´ia, Minas Gerais, Brazil are reported for the first time. Metavivianite is biaxial (+) with a = 1.600(3), b = 1.640(3), g = 1.685(3) and 2Vmeas = 85(5)º. The measured and calculated densities are Dmeas = 2.56(2) and Dcalc = 2.579 g cm 3. The chemical composition, based on electronmicroprobe analyses, Mo¨ssbauer spectroscopy (to determine the Fe2+:Fe3+ ratio) and gas chromatography (to determine H2O) is MgO 0.70, MnO 0.92, FeO 17.98, Fe2O3 26.60, P2O5 28.62, H2O 26.5; total 101.32 wt.%. The empirical formula is (Fe3+ 1.64Fe2+ 1.23Mg0.085Mn0.06)S3.015(PO4)1.98(OH)1.72·6.36H2O. Metavivianite is triclinic, P1¯ , a = 7.989(1), b = 9.321(2), c = 4.629(1) A ˚ , a = 97.34(1), b = 95.96(1), g = 108.59(2)º, V = 320.18(11) A ˚ 3 and Z = 1. The crystal structure was solved using a single-crystal techniques to an agreement index R = 6.0%. The dominant cations in the independent sites are Fe2+ and Fe3+, with multiplicities of 1 and 2, respectively. The simplified crystal-chemical formula for metavivianite is Fe2+(Fe3+,Fe2+)2(PO4)2(OH,H2O)2·6H2O; the endmember formula is Fe2+Fe3+ 2 (PO4)2(OH)2·6H2O, which is dimorphous with ferrostrunzite.
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    Iron Quadrangle stream sediments, Brazil : geochemical maps and reference values.
    (2015) Vicq, Raphael de; Matschullat, Jörg; Leite, Mariangela Garcia Praça; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Mendonça, Fellipe Pinheiro Chagas
    Geochemical mapping and the determination of reference values receive increasing attention. The need to know regional geochemical background data as well as the spatial allocation of areas with anomalous geochemical concentrations and chances to identify their major sources motivate the interest. Here, results from a high-density geochemical mapping exercise and derived related reference values are presented; 541 stream sediment samples have been collected across the Iron Quadrangle (IQ), Brazil, with a density of one sample per 13 km2. Geochemical maps were compiled using the inverse distance weighted interpolation method. ‘‘Normal’’ concentrations were distinguished from anomalies with the separation-byconcentration- range technique, where positive anomalies are defined by the ‘‘boxplot’’ Upper Inner Fence (UIF) rule. More than 70 % of the IQ show exclusively geogenic concentration ranges for the elements studied. About 20 % represent positive anomalies, likely related to both near surface rock types and to human interference. Distinct anthropogenic anomalies, notably from mining activities explain 5–10 % of all samples. This first high-density sampling in the IQ allows delineating the role of lithology on the elemental composition of stream sediments, and to establish reference values for the main river basins—thus pinpointing localities, cities and fluvial basins that are exposed to environmental risks and need to be protected.
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    Implicações geológicas e tectônicas da interpretação magnetométrica da região de Oliveira, Minas Gerais.
    (2008) Carneiro, Maurício Antônio; Barbosa, Maria Sílvia Carvalho
    Apresenta-se neste trabalho o resultado do processamento dos dados aeromagnetométricos da região de Oliveira (escala 1:100.000), situada na porção meridional do Cráton São Francisco, em Minas Gerais. A geologia dessa folha compreende rochas ígneas e metamórficas arqueanas, atribuídas ao Complexo Metamórfico Campo Belo, sequências supracrustais (arqueanas e proterozóicas) e um enxame de diques máficos do Proterozóico. Em função de seu avançado manto intempérico a região carece de afloramentos rochosos e, nesse particular, a magnetometria auxilia o mapeamento geológico. A interpretação realizada permitiu a caracterização de 5 grandes famílias de lineamentos estruturais, ora denominados de L, M, N, O e P, existentes no substrato siálico regional. O mapeamento geológico, realizado a seguir, reconheceu que os lineamentos no campo estão relacionados, predominantemente, a duas famílias de diques máficos (gabronoríticos e gabróicos), metaultramafitos, formações ferríferas e falhas.
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    Avaliação do regime hídrico, geológico e geomorfológico das florestas paludosas do Parque Estadual do Itacolomi : influência dos fatores abióticos sobre a composição florística e fitossociológica.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Lima, Gabriel Pedreira de; Ribeiro, Sérvio Pontes
    O estudo que ora se apresentam os resultados foi desenvolvido em dois trechos de Floresta Ombrófila Alto Montana permanentemente alagada ou Floresta Paludosa de Altitude, ambos localizados no Parque Estadual do Itacolomi, município de Ouro Preto, estado de Minas Gerais, Brasil. Esta fitofisionomia apresenta distribuição naturalmente fragmentada, porém distribuída em diversas e distintas condições fisiográficas brasileira. Para o estado de Minas Gerais ainda não se sabe ao certo a amplitude de ocorrência da formação e, conseqüentemente, são escassos os estudos da comunidade vegetal destes ambientes, principalmente daqueles localizados acima de 1000 metros de altitude. Estas matas paludículas apresentam aspectos bióticos e abióticos tão peculiares que representam áreas prioritárias para conservação, devido à sua importância na manutenção dos recursos hídricos, assim como por representar um hábitat restrito para ocupação de espécies que, normalmente, não apresentam ampla distribuição. Consideramos que estas florestas brejosas não apresentam uma baixa diversidade e riqueza de espécies, conforme encontrado na literatura, uma vez que estudos comparativos destas áreas com ambientes menos restritivos à biocenose inevitavelmente apresentaram discrepâncias, aqui consideradas depreciativas. Argumentamos também, baseados nas publicações desenvolvidas nesta fitofisionomia, que diversidade global destas áreas é considerável, sendo computadas aproximadamente 490 espécies, distribuídas em 15 trabalhos desenvolvidos em áreas distintas, porém com maior concentração de estudos no estado de São Paulo, sendo estes relativamente próximos. Pedreira, G, 2009. Avaliação do Regime Hídrico, Geológico e Geomorfológico das Florestas Paludosas. Observamos também, que a distribuição das espécies obedece, principalmente, a variação da umidade relativa do solo, como variável indireta do arcabouço hidrogeomorfológico. A utilização de espécies como indicadoras de condições ambientais aparenta ser eficaz, principalmente quando utilizadas àquelas espécies fortemente correlacionadas aos maiores teores de água no solo.
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    Gênese, distribuição e caracterização dos espongilitos do noroeste de Minas Gerais.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Almeida, Ariana Cristina Santos; Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino
    Este estudo está relacionado aos depósitos de espongilito que ocorrem em lagoas rasas associadas a superfície de erosão desenvolvidas sobre rochas do Supergrupo São Francisco (Neoproterozóico). Coberturas Cenozóicas de sedimentos siliciclásticos estão associados à esta superfície que tem nas adjacências as rochas do Grupo Areado indiviso (Mesozóico). Estudos de campo associados à tratamentos de imagens multiespectrais e SRTM contribuíram para o conhecimento do contexto geológico geomorfológico no qual inserem as lagoas com os depósitos de espongilitos. A evolução da paisagem de cerrado na região de João Pinheiro desenvolveu se a partir de processos erosivos significativos que dominaram a região após o Cretáceo, gerando a formação de um planalto dissecado onde 4 morfodomínios foram identificados: i) morfodomínio 1, representado por platôs associado aos arenitos do Grupo Areado, apresenta as maiores altitudes da área; ii) morfodomínio 2 que constitui uma área dissecada associada aos pelitos do Grupo Areado; iii) morfodomínio 3, representado por superfícies de erosão associadas às rochas do Grupo Bambui e Pré Bambuí, sendo sobrepostas por sedimentos terciários/quaternários, onde encontram se as lagoas; iv) morfodomínio 4, constitui vales em calha que contêm as principais drenagens da região (rios da Prata e Paracatu) segundo um padrão meandrante, com feição geomorfológica fluvial de rios decapitados. Estes vales cortam a superfície de aplainamento (morfodomínio 3) que contêm sedimentos pleistocênicos, caracterizando o morfodomínio mais recente. A direção preferencial de SE NW para o sistema de drenagens, sugere que os arenitos do Grupo Areado constituem a área fonte de sedimentos hospedeiros dos depósitos de espongilito. A caracterização mineralogica e textural por microscopia óptica, difratometria de raios X (DRX), análise térmica diferencial e termogravimétrica (ATD/ATG), espectroscopia do infravermelho (IR), microscopia eletrônica (MEV), de amostras de sete lagoas de espongilito (Avião, Carvoeiro, Vânio, Preguiça, Divisa, Severino, Feijão) mostrou uma similaridade sedimentológica entre os depósitos. Esses apresentam forma lenticular e são caracterizados por fácie arenosa na base, areno argilosa rica em espículas na porção intermediária e fácie areno argilosa rica em matéria orgânica no topo. Petrograficamente, os sedimentos hospedeiros dos espongilitos e os sedimentos siliciclásticos do Grupo Areado apresentam fases detríticas com características mineralógicas e texturais semelhantes, como a presença de grãos de quartzo bem selecionados e superfícies de abrasão, típicas de retrabalhamento eólico. Esse retrabalhamento ocorre no ambiente deposicional em que os arenitos xxii do Grupo Areado formaram se. Minerais pesados como a estaurolita, turmalina e zircão e argilominerais como caolinita, traços de ilita, chlorita, interestratificados clorita/esmectita e illita/esmectita ocorrem tanto nos sedimentos formadores dos depósitos de espongilito quanto nos arenitos Areado. Essas características mineralógicas e texturais sugerem que os sedimentos do Grupo Areado constituem a principal fonte dos sedimentos das lagoas que formam os depósitos de espongilito. A caracterização microscópica das espículas levou à identificação específica das seis espécies de esponjas de água doce que compõe a típica espongofácies dos depósitos de espongilitos brasileiros: Metania spinata (Carter, 1881), Dosilia pidanieli Volkmer Ribeiro, 1992, Trochospongilla variabilis Bonetto & Ezcurra de Drago, 1973, Corvomeyenia thumi (Traxler, 1895), Heterorotula fistula sp. n. Volkmer Ribeiro & Motta (1995) e Radiospongilla amazonensis Volkmer Ribeiro & Maciel 1983. A variação da composição dessas assembléias, o estágio de formação das espículas e sua conservação nos distintos horizontes, além da presença de diatomáceas e outros compostos abióticos sugerem uma variação ambiental na época da formação destes depósitos, alternando um clima mais úmido e frio e clima mais seco com chuvas torrenciais. Datações de C14 e δ13 C estabeleceram idades de formação destes depósitos entre o Pleistoceno Superior/Holoceno. Os depósitos de espongilito apresentam de 3 a 80% de sílica amorfa (opala), que corresponde principalmente a espículas de esponjas. Entretanto, os padrões morfológicos/granulométricos das espículas assim como a presença de fases detríticas associadas controlam as diferenças em qualidade dos espongilitos, refletindo a necessidade de análises físicas e mineralógicas de modo a qualificar industrialmente estas variações. Particularmente para os depósitos Avião e Preguiça, as fácies intermediárias apresentaram os maiores teores com espículas mais robustas caracterizando espongilitos de alta qualidade. Apesar das análises granulométricas evidenciarem variações de tamanho (240 a 450gm) estas variações podem ser consideradas negligenciáveis para sua aplicação industrial.