DEGEO - Departamento de Geologia

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    Anisotropia de suscetibilidade magnética de granitoides da suíte Alto Maranhão, Cinturão Mineiro, Cráton do São Francisco Meridional.
    (2022) Guedes, Isabela Nahas Ribeiro; Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva; Viegas, Luis Gustavo Ferreira; Gonçalves, Cristiane Paula de Castro; Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva; Bitencourt, Maria de Fátima Aparecida Saraiva; Endo, Issamu
    A Suíte Alto Maranhão (2130 Ma) compreende uma das associações de rochas graníticas juvenis formadas em ambiente de arco vulcânico no contexto do Cinturão Mineiro (sudeste do Brasil). Este é tido enquanto um dos segmentos acrescionários Paleoproterozoicos constituintes da orogênese Minas- Bahia. O corpo principal da Suíte Alto Maranhão é balizado por duas grandes zonas de cisalhamento regionais, sendo elas: a zona de cisalhamento Jeceaba-Bom Sucesso, de direção NE-SW e a zona de cisalhamento Congonhas-Itaverava, de direção NW-SE. Com o intuito de elaborar um modelo de alojamento para tal Suíte e investigar a relação entre zonas de cisalhamento e a migração, transporte e alojamento de magmas na transição Arqueano-Paleoproterozoico, foi conduzida uma investigação utilizando da anisotropia de suscetibilidade magnética (ASM) e da análise estrutural e microestrutural. Os dados de campo indicam a preservação de estruturas magmáticas como a presença de enclaves alongados e internamente indeformados e acamamento ígneo. As microestruturas revelam que a trama registrada é predominantemente de origem magmática a tardi-magmática, predominando feições como cristais euédricos de plagioclásio sem deformação intracristalina com orientação preferencial e ligeira extinção ondulante em quartzo. A trama magnética revelou heterogeneidades estruturais ao longo do corpo, demostrando diferenças entre o lóbulo leste e oeste. O primeiro foi caracterizado enquanto uma zona de alimentação de raiz profunda, onde predominam lineações e foliações magnéticas verticais orientadas de acordo com a direção NW-SE, no qual a injeção do magma tonalítico e posterior reabastecimento de magmas intermediários foi assistida pela zona de cisalhamento Congonhas- Itaverava, bem como seu espalhamento sub-horizontal para oeste, evidenciado por lineações horizontais associadas a foliações de mergulhos verticais a moderados também no trend NW-SE. A zona de cisalhamento Jeceaba-Bom Sucesso e rochas encaixantes serviram como uma barreira reológica que impediu o escoamento do magma mais adiante, dentre as evidencias que sugerem tal intepretação estão a predominância de elipsoides magnéticos oblatos e desorganização da orientação da lineação magnética. Nas proximidades da zona de cisalhamento Congonhas-Itaverava, deslocamentos horizontais e microestruturas de caráter cisalhante relativas ao estado tardi-magmático indicam que a intrusão tenha sido sin- a pós-cinemática em relação a tal estrutura. O modelo de alojamento proposto para a Suíte Alto Maranhão sugere que a deformação transcorrente ocorreu concomitantemente ao crescimento crustal registrado no paleocontinente São Francisco durante o Paleoproterozoico.
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    Análise petrográfica, microestrutural e de química mineral em rochas da suíte Alto Maranhão – Cinturão Mineiro.
    (2019) Vieira, Reginaldo Resende; Gonçalves, Cristiane Paula de Castro; Seixas, Luís Antônio Rosa; Gonçalves, Cristiane Paula de Castro; Endo, Issamu; Viegas, Luis Gustavo Ferreira
    Este estudo é focado nos aspectos petrográficos, microestruturais e de química mineral das rochas presentes a suíte Alto Maranhão, cinturão de granitoides paleoproterozoico – 2130 Ga. Foram estudados enclaves microdioríticos com variáveis graus de alongamento e suas rochas hospedeiras compostas por tonalitos e quartzo-dioritos, em contexto típico de mescla magmática. A primeira etapa desse trabalho foi composta por estudos de campo, necessários para o reconhecimento e definição dos afloramentos, descrição das estruturas e seleção das estações de amostragem. Nesse sentido, diversas estruturas associadas ao contexto da mescla magmática, com nítida preservação dos aspectos ígneos foram observadas, juntamente com grau variável de orientação mineral. Foram destacados os aspectos microestruturais apresentados pelo quartzo e plagioclásio. De maneira geral, os aspectos microestruturais revelam o domínio de feições ígneas a transicionais, caracterizadas pelo alinhamento de plagioclásios, associado com suas formas euédricas à subédricas, granulação grossa e relativa ausência de feições relacionadas à deformação de estado solidus. O quartzo, embora em menor quantidade, revela menor resistência à deformação, quando comparado ao plagioclásio. A análise de forma foi realizada por meio do contorno dos grãos de quartzo e plagioclásio em fotomicrografias ópticas, dispostas em mosaico. Posteriormente foram processadas pelo software SPO. Dados como distribuição da granulação, razões axiais, forma característica dos agregados foram obtidos. Em seguida, com vistas a se determinar o grau de orientação dos cristais de plagioclásio nas amostras de cada estação de estudo, foram plotados estereogramas com a orientação média estatística dos eixos maiores dos plagioclásios X(L). A orientação dos grãos de quartzo em relação à orientação definida pelo plagioclásio também foi estabelecida. Algumas fases específicas foram ainda analisadas por microssonda: plagioclásio, biotita, anfibólio e titanita. O plagioclásio presente no enclave e nas rochas hospedeiras, apresenta, de forma geral, zoneamento químico normal. Foram analisados dois tipos de biotita, a que ocorre como núcleos dentro do anfibólio e a variedade que ocorre isoladamente. Ambas foram classificadas como reequilibradas. O tipo de anfibólio presente nas amostras com menos aspectos de deformação se trata da hornblenda. Já nas amostras com maiores feições de deformação, o anfibólio presente se trata da actinolita. A análise da titanita revelou maior concordância com aquelas de origem ígnea, em relação aos estudos presentes na literatura. Levando-se em conta o contexto regional, sobretudo pela concordância entre os lineamentos Congonhas- Itaverava e Jeceaba-Bom Sucesso em relação aos alinhamentos verificados nos plagioclásios – X(L), em conjunto com os demais estudos, estabeleceu-se, conforme os modelos vigentes na literatura, a provável origem sintectônica da suíte Alto Maranhão, em relação a movimentações direcionais ocorridas em ambos os lineamentos, no decorrer das etapas do evento Transamazônico.
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    Características gerais e história deformacional da suíte granítica G1, entre Governador Valadares e Ipanema, MG.
    (2009) Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva; Alkmim, Fernando Flecha de; Soares, Antônio Carlos Pedrosa
    O Orógeno Araçuaí, situado entre a margem continental brasileira e a borda leste do Cráton do São Francisco, é um dos vários orógenos brasiliano-panafricanos gerados durante a aglutinação do Gondwana Ocidental. Possui um núcleo constituído por rochas de alto grau metamórfico e um grande volume de rochas graníticas, que registram seus estágios evolutivos pré, sin, tardi e pós-colisionais. No presente estudo, investigaram-se os atributos petrológicos e estruturais da Suíte G1, relacionada ao estágio pré-colisional do Orógeno Araçuaí, na região compreendida entre Governador Valadares e Ipanema, MG. Nesta região, encontra-se exposta uma série de corpos plutônicos conhecidos na literatura como Derribadinha, São Vítor, Galiléia, Cuieté Velho e Alto Capim. O seu estudo visou, em última instância, o entendimento da natureza e paleogeografia do arco magmático do Orógeno Araçuaí. As rochas da Suíte G1 estudadas constituem três litofácies distintas, quais sejam, fácies charnoquito-tonalítica, granodiorítica-tonalítica e granítica. A fácies charnoquito-tonalítica, representada pelo Tonalito Derribadinha, ocorre na forma de um corpo alongado de direção N-S na extremidade oeste da área. É constituída por rochas de tonalidade cinza-esverdeada e apresenta como característica marcante a ocorrência de hiperstênio. A paragênese mineral encontrada sugere condições da fácies metamórfica anfibolito alto a granulito. A fácies granodiorítica-tonalítica, constituída pelos plútons São Vítor e Galiléia, está exposta nas porções norte, nordeste e leste da área. É constituída por rochas de tonalidade cinza claro a escuro e possui como característica marcante a grande quantidade de enclaves. As microestruturas observadas, como por exemplo, feldspatos recristalizados, sugerem condições da fácies metamórfica anfibolito alto. A fácies granítica, materializada na forma dos plútons Cuieté Velho e Alto Capim, ocorre nas regiões central e sudeste da área. É constituída por rochas de tonalidade clara com raros enclaves. As microestruturas observadas em quartzo e feldspatos e a ocorrência de hornblenda, provavelmente da variedade tschermaquita, sugere condições da fácies metamórfica anfibolito médio a alto. As características químicas reveladas por análises químicas de elementos maiores, traços e terras raras, indicam tratar-se de uma série cálcio-alcalina expandida, metaluminosa a levemente peraluminosa, do tipo-I, com marcada assinatura de arco vulcânico pré-colisional, consistentes com o já estabelecido para a Suíte G1. Apesar da certa homogeneidade geral, nota-se uma diferenciação química entre as litofácies discriminadas, a qual reflete diferentes estágios de cristalização. O conjunto das estruturas deformacionais registrado nas rochas da Suíte G1 e encaixantes pode ser atribuído a três fases de deformação. A fase D1 é a principal, possui caráter penetrativo, e foi responsável pelo desenvolvimento da foliação e lineação de estiramento regionais, por zonas de cisalhamento de empurrão a reversas, e por zonas miloníticas discretas. Esta fase resultou de um campo compressivo de orientação geral E-W. A fase D2 foi responsável pela reativação das estruturas pré-existentes e por nucleação de zonas de cisalhamento transcorrentes dextrais, na porção leste da área. Resultou de um campo compressivo de orientação geral NE-SW. A fase D3, de caráter local, se desenvolveu de modo progressivo e foi responsável pela clivagem e lineação de crenulação, encontradas principalmente em xistos. Os atributos das rochas da Suíte G1 indicam que as fácies discriminadas correspondem a diferentes níveis crustais da parte plutônica do arco magmático caracterizado. Elas, associadas a dacitos e riolitos do Grupo Rio Doce, compõem o edifífio plutônico-vulcânico do arco magmático do Orógeno Araçuaí, formado entre 630 e 585 Ma.
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    U-stage and EBSD technique as complementary methods.
    (2009) Gonçalves, Cristiane Paula de Castro; Lagoeiro, Leonardo Evangelista
    Nos últimos anos, o uso de microscopia eletrônica para análise textural de agregados minerais, por difração de elétrons retroespalhados (EBSD), tem se tornado importante meio para se determinar padrões de orientações preferenciais de maneira rápida e estatisticamente representativa. Entretanto, ao se considerar a geometria de borda dos grãos, não há como determinar a orientação das superfícies de borda, individualmente, por EBSD, o que se pode fazer através de platina universal acoplada a um microscópio ótico. A geometria e padrão de orientação das bordas dos grãos constituem importantes parâmetros microestrutural e textural que estão diretamente relacionados aos processos deformacionais ocorridos durante evolução e estabilização de determinado agregado, bem como às suas propriedades físicas. Portanto, ao se caracterizar a microtrama de um agregado é necessário que além de uma completa determinação das orientações cristalográficas preferenciais, se tenha controle da geometria e orientação dos segmentos de borda que limitam os grãos. Para tal, o uso da platina universal, apesar das restrições, é fundamental, já que permite a determinação das orientações das superfícies de borda individualmente, enquanto por EBSD tem-se uma análise global da relação de desorientação entre os grãos que compartilham uma borda. Nesse contexto, apresenta-se a metodologia para caracterização de padrões de orientação de bordas, aplicando os referidos métodos como técnicas complementares, o que permite a caracterização dos 5 graus de liberdade necessários: orientação do plano de borda, distribuição e orientação do par eixo-ângulo de desorientação. Para tal foram utilizados agregados de quartzo provenientes e formações ferríferas bandadas do Quadrilátero Ferrífero (MG).
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    Microestruturas e texturas cristalográficas em policristais de hematita como indicadores da magnitude de deformação no Quadrilátero Ferrífero.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Mendes, Mônica de Cássia Oliveira; Lagoeiro, Leonardo Evangelista
    As formações ferríferas de idade paleoproterozóica apresentam uma ampla distribuição no Quadrilátero Ferrífero (QF), região localizada no sudeste do Brasil, porção sul do Cráton São Francisco. Essas formações ferríferas pertencem à Formação Cauê, Grupo Itabira, unidade estratigráfica de sedimentação plataformal pertencente ao Supergrupo Minas. Elas englobam formações ferríferas bandadas, caracterizadas pela alternância de camadas de quartzo e óxidos de ferro, e corpos de alto teor em ferro. O QF é caracterizado por apresentar um aumento progressivo na intensidade deformacional e no grau metamórfico de sua porção extremo oeste em direção à sua porção leste. As formações ferríferas de toda a região apresentam composições mineralógicas variáveis, em termos de óxidos de ferro e aspectos microestruturais característicos de acordo com seu posicionamento geográfico, devido à polaridade deformacional e metamórfica existentes. Com o objetivo de se fazer uma caracterização microestrutural, assim como realizar a interpretação dos mecanismos deformacionais associados à acomodação da deformação nas formações ferríferas provenientes dos diferentes domínios tectonometamórficos e analisar a variação desses mecanismos de acordo com o posicionamento das amostras analisadas, a análise por difração de elétrons retro- espalhados (Electron Backscattered Diffraction – EBSD) foi realizada nos agregados provenientes de diferentes localidades situadas nos diferentes contextos deformacionais do QF. Através dos dados obtidos relativos à medição dos parâmetros microestruturais, foi possível observar o aumento no tamanho dos cristais de hematita e a variação de sua forma de acordo com o aumento da intensidade deformacional e do grau metamórfico. Baseando-se nos padrões de orientação cristalográfica preferencial (OCP) e desorientação entre grãos, foi possível inferir que a deformação nos agregados hematíticos/magnetíticos foi acomodada por uma combinação de diferentes processos. Na porção oeste, ocorre a predominância de mecanismo de dissolução e precipitação, envolvendo a transformação de fases da magnetita em hematita, com limitado crescimento de grãos, enquanto que, em direção a leste, predominam mecanismos cristal-plásticos e deslizamento em bordas de grãos.