DEGEO - Departamento de Geologia

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    Inventário de radionuclídeos em solos do Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais, Brasil).
    (2019) Oliveira, Daniel Duarte de; Leite, Mariangela Garcia Praça; Andrello, Avacir Casanova; Araújo, Teodoro Gauzzi Rodrigues de; Leite, Mariangela Garcia Praça; Val, Pedro Fonseca de Almeida e; López, Alexander Dario Esquivel
    Este estudo teve como objetivo inventariar as concentrações de 137Cs, 210Pb e 238U nos horizontes superficiais de solos preservados na região do Quadrilátero Ferrífero (QF), no estado de Minas Gerais. O mesmo procurou comparar distribuições horizontais e verticais destes radionuclídeos entre e ao longo dos cambissolos de oito Unidades de Conservação (UC) pertencentes a esta região: Parque Estadual do Rola Moça (RLM), Estação Ecológica de Fechos (FCH), Parque Nacional da Serra do Gandarela (GDR-1 and GDR-2), Reserva Particular do Patrimônio Natural da Serra do Caraça (CAR), Estação Ecológica de Arêdes (ARD), Floresta Estadual do Uaimií (UAI), Parque Estadual do Itacolomi (ITA) e Parque Estadual da Serra de Ouro Branco (OBR). Os solos estudados foram amostrados em perfis de 60 cm de profundidade e foram realizadas análises granulométricas, mineralógicas (difractometria de raios X em pó – DRX), químicas (espectrofotometria de emissão ótica em plasma induzido – ICP-OES), colorimétricas e de espectrometria de radiação gama. A realização destas análises é justificada pela escassez de dados relacionados ao comportamento dos radionuclídeos e à classificação dos cambissolos nesta região. Ainda foram utilizados métodos estatísticos tais como a correlação de Pearson, os testes de ANOVA e Tukey, e as análises de componentes principais (PCA) e de componentes principais categóricos (CATPCA). Para os solos estudados, os resultados demonstraram uma forte correlação entre as concentrações de carbono orgânico total (COT) e os radionuclídeos. Estes, principalmente os originados por fallout atmosférico, demonstraram uma distribuição vertical nos primeiros trinta centímetros nestes solos e uma boa correlação entre si, o que pode ser explicado pela sua distribuição horizontal bem semelhante no QF. Além disso, os radionuclídeos geogênicos demonstraram concentrações e um comportamento esperado para os solos originados a partir de rochas metamórficas. Por fim, os resultado obtidos neste estudo demonstraram a eficácia dos métodos anteriormente mencionados. Além disso, os dados obtidos permitirão calcular as taxas de erosão e sedimentação não só na região do QF, como também em outras com características físicas, químicas e bióticas semelhantes.
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    Amazonitização em granito resultante da intrusão de pegmatitos.
    (2000) Evangelista, Hanna Jordt; Mendes, Julio Cesar; Lima, Ana Luisa Cosso
    Granito do tipo Borrachudos de Santa Maria do Itãbira, Minas Gerais, cortado por amazonita pegmatitos foi transformado marginalmente em granito verde em decorrência de amazonitização. Este trabalho trata dos processos e das variações mineralógicas e químicas envolvidos na transformação do granito normal em granito verde. O pegmatito contém cristais de amazonita de tamanho decimétrico e intensa cor verde, cleavelandita, biotita, quartzo e pequenas quantidades de turmalina preta, galena, fluorita e anatásio. O granito anorogênico alcalino é composto de quartzo, albita quase pura, microclina com triclinicidades variando de 0,68 a 0,93, Fe-biotita e minerais acessórios. O teor de SiO2 médio é de 74% em peso, mas em amostras empobrecidas em quartzo o teor cai para 62%. MgO é muito baixo (<0,05% em peso), Fe2O3total chega a 4,4% e os álcalis perfazem até 8,5% (em peso). O granito apresenta uma forte anomalia negativa de Eu, possivelmente decorrente aã retenção deste elemento em plagioclásio cálcico remanescente no restito da rocha geradora do magma alcalino por fusão parcial. A intensidade da cor verde no granito aumenta na direção do contato com o pegmatito. Quimicamente, esta variação de cor é acompanhada de um aumento no teor de Pb (e, em menor escala, também de Rb), enquanto que não se registraram variações para os elementos maiores e outros traços. O Pb varia de 37 ppm no granito branco até 302 ppm no tipo mais verde, chegando a 406 ppm na amazonita. É possível que a introdução, no estágio sub-sólido, de Pb e água na encaixante granítica durante a intrusão dos pegmatitos foi responsável pela geração de pares H O-Pb na microclina, que são reportados na literatura como sendo a provável causa da cor verde em amazonitas. Considerando as temperaturas relativamente baixas de magmas pegmatíticos e a estrutura maciça do granito, o processo metassomático responsável pela amazonitização foi bastante eficiente, já que as auréolas alcançam localmente largura equivalente à do próprio pegmatito.
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    Estudo de elementos-traço em águas de abastecimento urbano e a contaminação humana : um caso de Ouro Preto, MG.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Pereira, Margarete Aparecida; Paiva, José Fernando de
    A cidade de Ouro Preto possui um confuso sistema de distribuição de água com captações da administração municipal em 12 fontes, além de fontes alternativas clandestinas tais como antigas minas de ouro, chafarizes e bicas. Somente nos últimos anos, a qualidade destas águas tem sido estudada com base nas concentrações de metais e metalóides. Elevadas concentrações de arsênio já foram detectadas em algumas captações municipais, sendo que uma destas abastece a população de um bairro - o bairro Padre Faria. Por outro lado, não se tem qualquer idéia sobre a presença efetiva de contaminações por elementos traço diretamente em águas de residências, e tampouco uma constatação da sua absorção pelos moradores. Neste trabalho foram analisadas amostras de água coletadas em residências e fontes alternativas ao longo do bairro, e também amostras da primeira urina do dia de moradores. Nestas foram determinadas as concentrações de As, Al, Cd, Cu, Zn, Pb e Mn, utilizando-se como técnicas a espectrometria de emissão atômica com acoplamento de plasma (ICP-OES), e a Voltametria de varredura linear. Para alguns destes elementos nas águas, os limites máximos estabelecidos pela Portaria 518 do Ministério da Saúde para águas potáveis foram ultrapassados. Com efeito, para o As as concentrações estiveram entre 3,0 µg/L e 189 µg/L, para o Pb entre 3,0 µg/L e 32,73 µg/L e para o Al entre 1,3 e 364,8 µg/L. Nas urinas, em cerca de 27% das amostras o teor de Pb ultrapassou o índice biológico máximo estabelecido pela Norma Regulamentadora 7 do Ministério do Trabalho e Emprego, chegando em até 47,57 µg/gcreatinina. Em 30% das amostras o teor de As também ultrapassou este limite regulamentar, atingindo valores de até 553.53 µg/gcreatinina. O alumínio foi detectado na maioria das amostras de urina atingindo valores da ordem de 490,4 µg/gcreatinina. Como conseqüência do uso de uma rede de distribuição de água não planejada e pouco controlada, em regiões de linha de base geoquímica que oferece caráter potencialmente tóxico às águas naturais, tem-se uma exposição efetiva da população, e uma contaminação constatadas através da presença de metais e metalóides potencialmente tóxicos nas amostras de urina analisadas