DEGEO - Departamento de Geologia
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Item A interação tectônica embsamento/cobertura em aulacógenos invertidos : um exemplo da Chapada Diamantina Ocidental.(2007) Cruz, Simone Cerqueira Pereira; Dias, Vilson Marques; Alkmim, Fernando Flecha deUm cinturão de dobramentos e cavalgamentos com embasamento envolvido está exposto ao longo da borda ocidental da Chapada Diamantina, um platô recoberto por unidades proterozóicas no interior da porção setentrional do Cráton do São Francisco. Esse cinturão, com trend NNW e vergência ENE, envolve uma parte substancial da porção leste do Aulacógeno do Paramirim, que corresponde a um rifte intracontinental que experimentou uma longa história de desenvolvimento iniciada em 1,75 Ga com a sedimentação do Supergrupo Espinhaço. Após a deposição da segunda maior unidade de preenchimento, o Supergrupo São Francisco, de idade neoproterozóica (Tonian-Cryogeninan), o rifte do Paramirim experimentou uma vigorosa inversão positiva que gerou um sistema de falhas e dobras com trend NNW. Com o intuito de contribuir com o entendimento da tectônica de inversão envolvendo o embasamento, foi realizada a análise estrutural baseada em dados de campo ao longo da borda oeste da Chapada Diamantina. Os resultados indicam que o processo de inversão ocorreu em quatro fases coaxiais de deformação progressiva. Sob um campo de encurtamento geral orientado segundo WSW-ENE, a primeira fase de deformação (Dpdesc) nucleou um sistema em que a cobertura se descolada do embasamento nucleando estruturas vergentes para ESE, incluindo descolamentos intra-estratais, leques imbricados, duplexes confinados a estratos e uma variedade de estruturas de pequena escala. Reativando estruturas pré-existentes, a fase deformacional subseqüente (Dp1/Dp2) foi responsável pela geração de falhas reversas envolvendo o embasamento, zonas de cisalhamento reversas a oblíquas e grandes dobras com trend NNW que domina o cenário estrutural da borda oriental da Chapada Diamantina. Durante a fase Dp3 um trem de dobras orientadas segundo NNW, vergente para WSW e associada com uma proeminente clivagem de crenulação desenvolveu-se sobre as estruturas previamente deformadas em zonas de alta deformação da borda oriental da Chapada Diamantina.Item A história de inversão do aulacógeno do Paramirim contada pela Sinclinal de Ituaçu, extremo sul da Chapada Diamantina.(2007) Cruz, Simone Cerqueira Pereira; Alkmim, Fernando Flecha deO Aulacógeno do Paramirim, localizado na porção nordeste do Cráton do São Francisco, é um rifte parcialmente invertido e representa o sítio deposicional das duas maiores unidades de cobertura, os supergrupos Espinhaço e São Francisco, de idades paleo/mesoproterozóica e neoproterozóica, respectivamente. A inversão do aulacógeno resultou em um sistema de falhas e dobras com trend NNW-SSE que domina o cenário estrutural regional. A idade da inversão e seu mecanismo vêm persistindo ao longo dos anos como matéria de debate na literatura geológica brasileira. Localizada no extremo sul do Aulacógeno, a sinclinal de Ituaçu é uma depressão sinformal que pertence ao conjunto de estruturas de inversão dominantes. Repousando sobre o embasamento, a sinclinal de Ituaçu envolve todas as unidades sedimentares proterozóicas de preenchimento do aulacógeno. Por causa disso, a sinclinal de Ituaçu pode ser vista como uma miniatura do Aulacógeno do Paramirim, representando um laboratório natural para a análise das estruturas de inversão e teste de hipóteses relativas à sua evolução tectônica. A investigação estrutural detalhada baseada em dados de campo permitiu documentar duas famílias de estruturas relacionadas com essa inversão. A família mais antiga, Da, marca o descolamento entre a cobertura e o substrato cristalino, sendo constituída por falhas e dobras que mostram uma orientação geral segundo WSWENE e vergência dirigida para NNE. A família mais jovem, Dp, compreende um rico e diversificado acervo de estruturas com trend NNW-SSE, vergência para ENE. Está representado por falhas e dobras que estruturam a sinclinal e que foram desenvolvidas inicialmente acima e no limite entre o substrato cristalino e a cobertura, seguido por envolvimento do embasamento na deformação. Ambas as famílias de estruturas afetam os carbonatos da Formação Salitre, a mais jovem unidade de preenchimento do aulacógeno, indicando assim uma idade máxima neoproterozóica para a inversão da porção sul do Aulacógeno do Paramirim. As estruturas Da foram interpretadas como uma conseqüência da migração do front de deformação brasiliana para norte, em direção ao aulacógeno, da mesma forma como documentada em muitas outras áreas próximas à borda sudeste do Cráton do São Francisco. As estruturas Dp refletem o fechamento frontal do aulacógeno, em função a um encurtamento geral WSW-ENE, que foi provavelmente induzida pelas colisões durante a colagem Brasiliana-Panafricana.