DEGEO - Departamento de Geologia
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Item Avaliação paleoambiental da Formação Lagoa do Jacaré na sucessão carbonática da Bacia Hidrográfica do Verde Grande – região de Jaíba (MG).(2023) Gonçalves, Wagner Fernandes; Rudnitzki, Isaac Daniel; Rudnitzki, Isaac Daniel; Amorim, Kamilla Borges; Costa, Alice Fernanda de OliveiraO estudo teve como objetivo realizar a análise paleoambiental da sequência carbonática da Formação Lagoa do Jacaré na porção leste da Bacia do São Francisco, região norte de Minas Gerais, área ainda pouco estudada em detalhe. Para isso, duas sucessões aflorantes na região de Jaíba foram analisadas por meio de dados petrográficos e geoquímicos, que permitiram a associação de fácies, microfácies e quimioestratigráfica da unidade. As rochas foram identificadas como uma sequência carbonática formada em ambiente deposicional de rampa de mar raso dominada por planície de maré, com ocorrência de recifes estromatolíticos e migração de barras oolíticas via correntes de maré. A sucessão Ribeirão do Ouro, estratigraficamente localizada no topo da unidade, mostrou três ciclos de raseamento antes do afogamento total da bacia marcada pelos pelitos da Formação Serra da Saudade. Nessa sucessão foi observada uma sequência com maior contribuição de terrígenos em comparação com os carbonatos mais puros da sucessão Córrego Escuro. Todavia, ambas conservam sinais primários anômalos com assinatura negativa para δ18O e positiva para δ13C, em acordo com os já registrados pelo Middle Bambuí Excursion–MIBE, indicando um paleoambiente de sistema de mar aberto com temperaturas amenas e alta produtividade orgânica. De maneira geral, os resultados obtidos seguiram padrões apresentados para a Formação Lagoa do Jacaré em outras regiões da Bacia do São Francisco, principalmente a sul e a oeste, indicando que esta unidade não apresenta variações relevantes em suas características diagenéticas e geoquímicas, estando sua variabilidade petrográfica condicionada aos ambientes deposicionais dentro da rampa carbonática.Item Estratigrafia e análise de fácies da sucessão carbonática da porção nordeste da serra do Iuiú (BA).(2020) Conti, Anderson França; Rudnitzki, Isaac Daniel; Danderfer Filho, André; Rudnitzki, Isaac Daniel; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Amorim, Kamilla BorgesA Serra do Iuiú, situada na região centro-sul da Bahia e adjacente à cidade homônima, na porção leste da Bacia do São Francisco, apresenta uma sucessão de pelitos e carbonatos que foi associada a diferentes formações do Grupo Bambuí, por diferentes entidades de estudo. Apesar da região estar previamente mapeada com base litoestratigráfica, esta área, bem como as unidades que a compõem, carece de estudos de análises de fácies e estratigráficos voltados à reconstrução paleoambiental. Além disso, estas unidades representam a porção superior do Grupo Bambuí e, registraram a passagem do Ediacarno-Cambriano, um importante intervalo de tempo marcado por expressivas mudanças bioevolutivas e alterações nos fatores controladores da fábrica carbonática marinha. A Serra do Iuiú, em etapa de campo, apresentou exposição de qualidade com extensão lateral e vertical expressivas, que permitiram realizar trabalhos faciológicos e estratigráficos. Dessa forma, a presente dissertação realizou estudo de fácies sedimentares, microfácies e quimioestratigrafia em seções da porção nordeste da Serra do Iuiú. Esse estudo revelou a construção do arcabouço estratigráfico, considerando a evolução paleoambiental e quimioestratigrafica, bem como discutiu sobre processos de sedimentação carbonática dominantes na transição do Ediacarano-Cambriano. Com base em quatro perfis estratigráficos, foi possível reconhecer duas unidades litoestratigráficas, na base a Formação Serra de Santa Helena, representada por pelititos, margas e nódulos carbonáticos, que passam de forma transicional para a Formação Lagoa do Jacaré, que consiste em calcário, calcários impuros e arenitos carbonáticos. O estudo de fácies sedimentar sugere que a sucessão siliciclástica-carbonática da Serra do Iuiu registra uma rampa carbonática mista, com controle de distribuição de sedimentação batimétrico. Em águas rasas, predominava sedimentação carbonática (Fm. Lagoa do Jacaré) e em águas profundas, abaixo da onda de tempestade, prevalecia sedimentação siliciclástica fina. Os dados geoquímicos de δ 13C (9.71 a 10.77‰), δ 18O (-9.51a -6.74‰) e as razões de 87Sr/86Sr (0.7069 a 0.7085) com teores de Sr entre 1072 e 1384 ppm, sugerem que esta sucessão representa o registro da transição Ediacarara-Cambriana.Item Petrologia e geocronologia das fácies carbonáticas da Formação Sete Lagoas em Pains (MG).(2018) Meyer, Bruna de Oliveira; Leite, Mariangela Garcia Praça; Costa, Adivane Terezinha; Lana, Cristiano de Carvalho; Leite, Mariangela Garcia Praça; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Warren, Lucas VeríssimoCarbonatos pertencentes à Formação Sete Lagoas, aflorantes na região de Pains (Minas Gerais), registram a sobreposição de duas sequências marinhas transgressivas sobre a porção sudoeste do Cráton São Francisco. Estas transgressões são separadas por um evento de exposição subaérea e acompanhadas por um progressivo aquecimento climático. Calcarenitos calcíticos, de coloração intempérica cinza azulado claro, registram a deposição em parassequências progradantes sobre uma rampa dominada por ondas e tempestades do tipo distally steepened. Relaciona-se a condições marinhas abertas e climas quentes e úmidos. Suas microfácies são neomórficas a cristalinas, com dolomitas sacaroidais médias, não-miméticas e dispersas no arcabouço, provavelmente relacionadas a ascenção de salmouras bacinais ricas em nutrientes em uma coluna d’água estratificada. Sobre descontinuidade erosiva assentam depósitos dolomíticos, de coloração intempérica cinza róseos a arroxeados escuros, localmente reconhecidos em pacotes lenticulares na associação inferior. Registram a exposição subaérea de porções intermediárias dessa rampa e se relacionam ao estabelecimento de um paleocarste. A influência meteórica prolongada sobre o arcabouço subjacente potencialmente se relaciona ao estabelecimento das razões Y/Ho e das feições de dedolomitização nas dolomitas sacaroidais médias dispersas nos depósitos de rampa. A dolomitização em mosaicos das microfácies paleocársticas é potencialmente relacionada à prolongada flutuação da zona de mistura sobre seus depósitos. Acima de paraconformidade se registra nova transgressão marinha, reconhecida em doloarenitos e dolossiltitos a calcários magnesianos, de colorações cinza variadas. Relacionam-se a deposição em ambiente marinho proximal, influenciado por águas doces e pelo influxo siliciclástico, em ciclos de alta frequência de raseamento ascendente sobre rampa influenciada por correntes. Este ambiente era parcialmente restrito por barreiras estromatolíticas e oolíticas, e condicionado por condições evaporíticas em climas semi-áridos. A dolomitização precoce de seu arcabouço é, em geral, mimética e polimodal, sendo mais expressiva junto à associação de rampa intermediária estromatolítica de energia moderada, e provavelmente relacionada ao refluxo de salmouras proximais, a influência da cunha de mistura e a condições eodiagenéticas redutoras. Tal quadro é presumivelmente relacionado aos altos valores isotópicos de carbono desse ambiente eminentemente prolífero. Correlacionam-se a primeira e segunda sequências transgressivo-regressivas do Bambuí, se relacionando ao Membro Lagoa Santa da Formação Sete Lagoas. A influência de fluidos tardios é registrada em expressivas cimentações espáticas calcíticas nas associações paleocársticas e de rampa intermediária a interna influenciada por correntes, e relacionada a condições fortemente redutoras e alcalinas. A disseminação de sulfetos hidrotermais tardios é potencialmente relacionada ao estabelecimento dessas cimentações. Idades deposicionais máximas, obtidas em zircões detríticos da Formação Samburá, e idades deposicionais mínimas, obtidas por datações U-Pb nestas cimentações mesodiagenéticas do arcabouço do Membro Lagoa Santa, indicam limites entre 671 (±31) Ma e 560 (±15) Ma, respectivamente. Um intervalo entre a deposição destas duas sequências carbonáticas marinhas de no mínimo 3 Ma é indicado pelas idades de fechamento diagenético destas sequências, com a datação U-Pb em carbonatos estabilizados durante o evento de exposição subaérea em 594±22 Ma. Estes dados respaldam uma idade Ediacarana para a deposição da Formação Sete Lagoas nesta localidade.