DEGEO - Departamento de Geologia

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    How many rifting events preceded the development of the Araçuaí-West Congo orogen?
    (2011) Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Alkmim, Fernando Flecha de
    A edificação do Orógeno Araçuaí-Congo Ocidental teve início por volta de 630 Ma, como indicam as idades U-Pb mais antigas até agora obtidas de rochas do seu arco magmático. Esta orogenia foi precedida de, pelo menos, seis eventos de rifteamento e/ou magmatismo anorogênico que afetaram a região ocupada pelo Orógeno Araçuaí-Congo Ocidental, bem como o domínio cratônico São Francisco-Congo a ele adjacente. São eles os eventos E1 (Estateriano, 1,77-1,7 Ga), E2 (Calimiano, 1,57-1,5 Ga), E3 (Esteniano, 1,18 - ? Ga), E4 (no limite Esteaniano-Toniano, ca. 1 Ga), E5 (Toniano, 930-850 Ma) e E6 (Criogeniano, 750-670 Ma). O evento E1, chamado de Tafrogênese Estateriana, teve lugar entre 1,77 e 1,70 Ga e tem como registros mais importantes a deposição rifte das unidades sedimentares e vulcânicas da base do Supergrupo Espinhaço, bem como o alojamento dos plutons anorogênicos das suítes Borrachudos e Lagoa Real. O evento E1 é sucedido por uma nova fase de distensão durante o período Calimiano, em torno de 1,57 Ga, que é representada no Espinhaço Setentrional e Chapada Diamantina por rochas sedimentares e vulcânicas da porção média do Supergrupo Espinhaço. Manifestações do evento E3 (Esteniano) tiveram início em torno de 1,18 Ga com a deposição da Formação Sopa-Brumadinho (Supergrupo Espinhaço), exposta na Faixa Araçuaí. Os três primeiros eventos (E1, E2 e E3) parecem não ter ocorrido na Faixa Congo Ocidental. Nesta faixa, os granitos Noqui (999 ± 7 Ma) e rochas vulcânicas associadas representam um magmatismo anorogênico do limite Esteniano-Toniano, registrando um evento provavelmente local (E4), mas que pode ser correlacionável aos diques máficos de idade similar que ocorrem no sul da Bahia, no extremo oriental do Cráton São Francisco. As espessas sucessões de rochas vulcânicas bimodais dos grupos Zadiniano e Mayumbiano (930-910 Ma) constituem os principais registros do evento E5 na Faixa Congo-Ocidental. O magmatismo anorogênico representado pela Suíte Salto da Divisa e enxames de diques máficos tonianos (e.g., Pedro Lessa e Espinhaço Setentrional), assim como, muito provavelmente, os depósitos pré-glaciais da bacia Macaúbas são manifestações de E5, em terrenos do Orógeno Araçuaí e Cráton do São Francisco. O evento criogeniano, E6, é evidenciado pela Província Alcalina do Sul da Bahia entre 735 e 675 Ma, e, muito provavelmente, pelas formações diamictíticas do Grupo Macaúbas e unidades correlativas na Faixa Congo Ocidental, e pelo vulcanismo félsico La Louila (≤ 713 Ma) do sudoeste do Gabão. O evento E6 evoluiu para espalhamento oceânico no setor centro-sul da Bacia Macaúbas, mas este processo não afetou a parte norte desta bacia e, por isto, deixou íntegra a ligação continental (a ponte Bahia-Gabão) entre a Península São Francisco e o Continente Congo. De fato, nenhum dos eventos distensionais mencionados logrou levar à ruptura a placa São Francisco-Congo que, aglutinada na transição Riaciano-Orosiriano (ca. 2,05 Ga), permaneceu íntegra até o Cretáceo Inferior quando, então, o rifte Atlântico finalmente conseguiu desmembrá-la.
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    The Tectonic interaction between the Paramirim Aulacogen and the Araçuaí Belt, São Francisco craton region, Eastern Brazil.
    (2006) Cruz, Simone Cerqueira Pereira; Alkmim, Fernando Flecha de
    O aulacógeno do Paramirim, instalado na porção norte do Cráton do São Francisco, corresponde a dois riftes superpostos e parcialmente invertidos de idades paleo e neoproterozóicas. A Saliência do Rio Pardo da Faixa Araçuaí define o limite local do cráton e interfere com as estruturas do aulacógeno. Visando determinar o mecanismo e a idade da interação tectônica entre essas feições durante o processo de inversão, uma análise estrutural foi realizada na porção meridional do aulacógeno do Paramirim e ao longo da Saliência do Rio Pardo. Os resultados obtidos indicam que a Saliência do Rio Pardo formou-se durante um estágio precoce de fechamento do sistema de riftes neoproterozóicos Macaúbas e refletindo o início do desenvolvimento do Orógeno Araçuaí. O front orogênico propagou-se em direção a norte, Cráton adentro, causando um primeiro estágio de inversão da terminação sudeste da calha aulacogênica. Posteriormente, o Aulacógeno do Paramirim experimentou o principal estágio de inversão, o qual levou ao desenvolvimento de um sistema de dobramentos e cavalgamentos com embasamento envolvido e orientado na direçãoNNW. Esses elementos tectônicos se superimpõem à Saliência doRio Pardo e estruturas de ambos estágios de inversão afetam a Formação Salitre, amais jovem unidade neoproterozóica da área, indicando assim uma idade no máximo tardi-neoproterozóica para todos os estágios de inversão do aulacógeno do Paramirim.
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    The southern Araçuaí belt and the Dom Silvério Group : geologic architecture and tectonic significance.
    (2004) Peres, Guilherme Gravina; Alkmim, Fernando Flecha de; Evangelista, Hanna Jordt
    A Faixa Araçuaí corresponde à porção ocidental externa do orógeno neoproterozóico Araçuaí-Congo Ocidental. Margeia a borda leste do Cráton do São Francisco e é separada do núcleo cristalino do orógeno pela descontinuidade geofísica de Abre Campo. A porção meridional da Faixa Araçuaí envolve quatro unidades litológicas principais: os ortognaisses arqueanos e paleoproterozóicos do Complexo Mantiqueira, os charnoquitos Pedra Dourada, os granitóides paleoproterozóicos da Suíte Borrachudos e as rochas metavulcanossedimentares do Grupo Dom Silvério. O Grupo Dom Silvério ocorre em uma faixa NNE-SSW e engloba um pacote de rochas metapelíticas com intercalações de quartzitos, anfibolitos, metaultramáficas, formações ferríferas, gonditos e mármores. Todas as unidades da porção meridional da Faixa Araçuaí foram envolvidas em quatro fases deformacionais sinmetamórficas no curso do Evento Brasiliano. A primeira fase, sincrônica a um metamorfismo regional de fácies anfibolito, associou-se a um transporte tectônico geral para norte ao longo da zona de cisalhamento sinistral de Dom Silvério e no segmento de baixo ângulo a ela conectado. A segunda e terceira fases representam estágios progressivos de um encurtamento com movimentação geral para oeste, com desenvolvimento de empurrões localizados e intenso dobramento em todas as escalas. A quarta fase é extensional e reflete o colapso do orógeno.
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    New U-Pb ages and lithochemical attributes of the Ediacaran Rio Doce magmatic arc, Araçuaí confined orogen, southeastern Brazil.
    (2014) Gonçalves, Leonardo Eustáquio da Silva; Farina, Federico; Lana, Cristiano de Carvalho; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Alkmim, Fernando Flecha de; Nalini Júnior, Hermínio Arias
    The Araçuaí orogen of southeastern Brazil, together with its counterpart located in Africa, the West Congo belt, formed through closure of a gulf connected to the Adamastor Ocean by the end of the Ediacaran and beginning of the Cambrian. Convergence of the margins of the gulf led to the development of the Rio Doce magmatic arc between 630 Ma and 580 Ma on a continental basement mostly composed of Rhyacian orthogneisses. The Rio Doce arc mainly consists of tonalite-granodiorite batholiths, generally crowded with mafic to dioritic enclaves, and minor gabbronorite-enderbite-charnockite plutons, suggesting mixing processes involving crustal and mantle sources. We investigate the basement, magma sources and emplacement ages of the Rio Doce arc. Our data suggest the arc comprises three main granitic rock groups: i) Opx-bearing rocks mostly of enderbite to charnockite composition; ii) enclaverich tonalite-granodiorite (ETG); and iii) enclave-poor granite-granodiorite with minor tonalite (GT). The Opx-bearing rocks are magnesian, calc-alkalic to alkali-calcic and metaluminous. Together, the ETG and GT rock groups range in composition from tonalite to granite, are metaluminous to slightly peraluminous, show a predominantly medium- to high-K, expanded calc-alkaline signature, and other geochemical and isotopic attributes typical of a pre-collisional volcanic arc formed on a continental margin setting. Mineralogical, chemical, and geochronological data suggest the involvement of HTmelting of granulitic (H2O-depleted) sources of Rhyacian age for the generation of Opx-bearing granitic rocks, additionally to magma mixing and fractional crystallization processes. In conclusion, the studied rock groups of the Rio Doce arc were likely formed by interactions of mantle and crustal processes, in an active continental margin setting. These processes involved ascent of mantle magmas that induced partial melting on the continental basement represented by the Rhyacian gneisses.