DEGEO - Departamento de Geologia
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Item Caracterização morfométrica, morfológica e sedimentar de leques aluviais dissecados : um novo olhar sobre os depósitos de encostas do Quadrilátero Ferrífero.(2022) Lopes, Fabrício Antonio; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Lana, Cláudio EduardoEste artigo apresenta dados morfológicos, morfométricos e sedimentares de leques aluviais inativos assentados sobre as médias e altas vertentes do Quadrilátero Ferrífero, provenientes das regiões altas adjacentes aos principais vales fluviais. No levantamento dos dados morfométricos e morfológicos, além de cartas topográficas e imagens do Google Earth, utilizou-se imagens do satélite Sentinel-2, sensor MSI, nas bandas 2, 3, 4 e 8 de resolução espacial em 10m, obtidas através da programação Javascript na plataforma Google Earth Engine (GEE). Em campo foi possível levantar perfis de fácies e interpretar os processos sedimentares bem como o contexto paleoambiental no qual os leques foram gerados. Tratam-se de depósitos com adiantados processos erosivos ocasionados pela ocupação humana e, principalmente, pela alta incisão dos cursos de drenagem ocorridas no Holoceno. O desmantelamento dos depósitos refletiu na assimetria dos leques, contrariando os tradicionais formatos semicônicos em regiões áridas e semiáridas do globo. Todos os leques aluviais estudados foram gerados por processos desconfinados de alta energia, principalmente fluxos de detritos pseudoplásticos. Ao cotejar as idades disponíveis para os leques investigados, obtidas por luminescência opticamente estimulada, com os dados paleoclimáticos disponíveis para região sudeste do Brasil foi possível concluir que as fácies datadas foram colmatadas em um paleoclima seco.Item O uso do sensoriamento remoto e da cartografia digital na gestão de bacias hidrográficas agrícolas.(2017) Fujaco, Maria Augusta Gonçalves; Leite, Mariangela Garcia Praça; Leite, Mariangela Garcia Praça; Sobreira, Frederico Garcia; Oliveira, Fábio Soares de; Fonseca, Bráulio Magalhães; Magalhães Júnior, Antônio PereiraA partir do lançamento dos primeiros satélites, a comunidade científica tem tido acesso a novas ferramentas para enfrentar os vários problemas ambientais (espaciais), como por exemplo, degradação das florestas, erosão dos solos, índices como NDVI/SAVI/IAF, estimativa da evapotranspiração, monitoramento de fenômenos climáticos e uso da terra. Todos estes “parâmetros” eram monitorados e /ou estimados somente com dados de campo, no entanto, as inovações das geotecnologias como o sensoriamento remoto e a cartografia digital deram uma nova dimensão para a compreensão e resolução dos problemas ecológicos, climáticos e ambientais. Neste estudo, as três sub-bacias de Entre Ribeiros (ET), Rio Escuro (RE) e Rio Verde (RV), localizadas na bacia hidrográfica do rio Paracatu, todas com áreas superiores a 1000km2, estão sob uma grande pressão de atividades agropecuárias e silvicultura. Estas atividades envolvem o uso da água do rio Paracatu e seus contribuintes, estando assim, os seus recursos hídricos sobre uma grande demanda, necessitando para um monitoramento constante não só da qualidade da água, mas também da sua disponibilidade para as diversas atividades antrópicas e manutenção dos ecossistemas aquáticos. Outro grande problema envolvendo estas áreas é susceptibilidade dos solos a processos erosivos, daí a grande necessidade do mapeamento das áreas mais sensíveis a tais processos, para que assim se faça uma gestão adequada dos mesmos. Com o intuito de desenvolver ferramentas num ambiente em SIG que permitirão num futuro uma gestão integrada de dados (estimativa da evapotranspiração, qualidade da água, uso do solo, erosão do solo, qualidade de sedimentos fluviais) nestas três sub-bacias, foram usadas várias geotecnologias. A evapotranspiração (ET) foi estimada usando imagens de satélite MODIS – MOD16 num período de treze anos (2001 a 2014) e os resultados comparados com dados das escassas estações meteorológicas existentes nas três sub-bacias. Os mapas anuais da ET demonstraram que os maiores valores se encontraram nas áreas de silvicultura. A análise temporal da ET evidenciou um aumento progressivo ao longo de treze anos estudados. Os primeiros resultados das análises da qualidade da água evidenciaram que as águas sofrem influência da atividade agrícola, tendo sido encontrados em alguns pontos de amostragem concentrações de metais pesados acima dos recomendados pela resolução CONAMA 357/05, colocando a água nas classes 3 e 4. Para se identificar as áreas mais susceptíveis à erosão foi criado um script baseado na equação USLE em ambiente SIG, que pode ser adicionado via “Arctoolbox” no software ArcGIS. O modelo foi validado e mostrou-se eficaz na estimativa da erosão nas três sub-bacias em estudo. A criação do algoritmo, permitiu uma interface amigável no ambiente do ArcGIS, em que o usuário só tem que adicionar as xx variáveis da equação da USLE, e o software processará os algoritmos automaticamente, gerando o mapa final com a perda do solo em T/ha.ano. No que diz respeito aos sedimentos fluviais os dados indicam contaminação destes por metais pesados, tais como: As, Cd, Cr, Ni, Pb e Zn. Os mapas de uso e ocupação do solo quando cruzados com os mapas de concentração dos metais pesados permitiram inferir a origem provável desses elementos nos sedimentos, pois os maiores valores ficaram registrados nas áreas de silvicultura ou à jusante dos pivôs de irrigação. O uso conjunto do sensoriamento remoto e da cartografia digital na caracterização e monitoramento destas três sub-bacias demonstrou a sua elevada potencialidade na gestão de grandes áreas, devido à robustez dos dados criados e à facilitação do entendimento dos problemas ambientais para os agentes públicos, empresários e população em geral.Item Estudos hidrológicos sobre a bacia de Entre‑Ribeiros e avaliação do impacto do uso consuntivo de água para irrigação.(2012) Vasconcelos, Vitor Vieira; Hadad, Renato Moreira; Martins Júnior, Paulo PereiraO objetivo deste artigo é integrar os estudos de uso do solo e da água na sub‑bacia de Entre‑Ribeiros, na Bacia do Rio São Francisco, em Minas Gerais, de forma a compreender os impactos ambientais das frentes agrícolas de irrigação. Inicia‑se por avaliar os estudos existentes que abarcam a caracterização do sistema hidrológico da Bacia de Entre Ribeiros. Parte‑se dos estudos não regionalizados, ou seja, que utilizaram dos dados das estações fluviométricas, mas se ativeram à caracterização das respectivas bacias de captação dessas estações. Em seguida, são sopesados os estudos que envolveram a regionalização das vazões, da dinâmica hidrológica e dos impactos de uso da água para Bacia de Entre‑Ribeiros. Conseguinte, lançando mão tanto das estimativas de especialistas quanto de dados primários locais, é discutida a eficiência dos sistemas agrícolas de irrigação de Entre‑Ribeiros: quanto de água é requerido, quanto é efetivamente utilizado e quanto é evadido do sistema. Subsecutivamente, a análise dos dados de irrigação de Entre‑Ribeiros, associados aos parâmetros hidrológicos e ao zoneamento agro‑econômico por sensoriamento remoto, permite estimar qualitativamente e quantitativamente os impactos da frente agrícola irrigada sobre o sistema hídrico. Palavras chave: ,Item Análise do impacto sobre o bioma cerrado na área do interflúvio entre as bacias dos rios Paracatu e Paranaíba.(2011) Carneiro, João Álvaro; Martins Junior, Paulo Pereira; Oliveira, Leandro Cosme de; Vasconcelos, Vitor VieiraApresenta-se análise das transformações ocorridas no uso do solo, com ênfase na cobertura vegetal nos períodos de 1964, 1989 e 2005, na área de interflúvio entre as Bacias dos Rios Paracatu e Paranaíba (Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal). São apresentados os resultados do mapeamento por classes de cobertura vegetal, incluindo as alterações antrópicas nos períodos mencionados. Foram estabelecidas classes de declividade com as respectivas áreas e percentuais para cada tipologia de vegetação nativa e uso antrópico, no sentido de se analisar a ocupação dos espaços pelos diferentes usos em relação à topografia do terreno. Os resultados apontam para uma alteração antrópica significativa, com intensa fragmentação da vegetação nativa.Item O lineamento Piúma : características gerais e história evolutiva no cenário tectônico da Província Mantiqueira Setentrional e margem continental.(2015) Lourenço, Fernanda Silva; Alkmim, Fernando Flecha de; Araújo, Mário Neto Cavalcanti de; Crósta, Alvaro Penteado; Morais Neto, João Marinho de; Gomes, Caroline Janette SouzaO lineamento Piúma, situado na porção sul do estado do Espírito Santo, está entre as feições morfoestruturais mais proeminentes da província Mantiqueira Setentrional. Constitui uma feição linear regional, de direção N50°W, bem marcada em imagens de sensoriamento remoto e mapas topográficos. Face ao significado tectônico atribuído ao lineamento Piúma na margem sudeste brasileira em trabalhos desenvolvidos dentro da PETROBRAS, os quais o colocaram como novo limite entre as bacias de Campos e Espírito Santo, e sua expressão na área continental adjacente, o presente estudo foi concebido de modo a propiciar o entendimento de suas características gerais e função que desempenha tanto na Província Mantiqueira, como na bacia de Campos. Levado a efeito através trabalhos de detalhe em campo e interpretação de imagens de sensores remotos, dados magnetométricos, gravimétricos e linhas sísmicas, este trabalho pretende constituir também uma contribuição ao estudo de lineamentos de um modo geral. Os dados de sensores remotos associados aos dados obtidos em campo mostram que a família de direção NW-SE representa, de maneira geral, as estruturas rúpteis. O lineamento Piúma se traduz na junção de lineamentos menores orientados na direção N50°W, que se estendem por cerca de 70 km, indo da porção próxima à margem continental até próximo à zona de cisalhamento de Guaçuí, no interior do estado do Espírito Santo. Os resultados indicam que o lineamento Piúma se traduz, em superfície, num sistema de fraturas com orientação preferencial N40°W a N60°W, e que suas estruturas definidoras registram a ação de dois regimes tectônicos distintos: um distensivo com ligeira componente transtrativa e outro transcorrente com importante componente transtrativa. Uma hipótese é que as fraturas orientadas na direção do conjunto Piúma tenham se originado em um regime distensivo e posteriormente tenham sido reativadas em regime transcorrente. A idade absoluta da estrutura não pode ser determinada, mas uma vez que corta todas as estruturas dúcteis expostas na área investigada, e considerando que estas devem ter uma idade máxima ediacarana, pode-se estimar a sua idade máxima também como ediacarana. Prolongando-se o lineamento para o interior da bacia de Campos, ele não encontra expressão nos mapas obtidos com os métodos potenciais. Contudo, a interpretação sísmica mostra que seu prolongamento coincide com um alto do embasamento, ao qual estão associadas falhas normais com blocos abatidos para ENE e WSW. Não é possível afirmar que a estrutura observada na porção onshore tenha continuidade para dentro da bacia de Campos. Contudo, a existência de estruturas com a mesma direção do lineamento é reportada por diversos autores como zonas de transferência, que balizaram a abertura oblíqua da margem continental sudeste brasileira. Não foram encontradas evidências para que o limite atual entre as bacias de Campos e Espírito Santo fosse alterado.Item Avaliação do assoreamento dos lagos do alto rio Doce com base em estudos morfométricos.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Faria, Carolina Souza Sarno; Castro, Paulo de Tarso AmorimA bacia do rio Doce representa um importante cenário para o entendimento das dinâmicas de evolução das paisagens no período Quaternário, por ser marcada por rápidas modificações climáticas. A região apresenta um complexo sistema lacustre, com características geomorfológicas bastante peculiares, tais como a presença de lagos em diferentes fases, alguns cobertos por água e outros parcial ou totalmente entulhados, distribuídos em uma região de depressão. Diversos estudos consideram a condicionante climática a principal responsável pela origem das lagoas que teriam sido formadas em decorrência da intensa sedimentação aluvial a partir do barramento de canais tributários do rio Doce. Embora fosse clara a existência da atuação tectônica no período Cenozóico que originou a “Depressão Interplanáltica do Rio Doce”, a constatação da sua influência na origem e evolução dos lagos da região se deu somente após o estudo de Mello (1997). A área apresenta cerca de duzentas lagoas em diferentes processos de colmatação e outras cinqüenta que aparecem com volumes expressivos d’água. Com o intuito de entender o que condiciona o processo desigual de entulhamento nas lagoas da região, foram utilizadas ferramentas de análise morfométrica das sub-bacias lacustres, e a caracterização de fácies a partir da granulomeria e da mineralogia dos sedimentos. As análises morfométricas indicaram que não existe relação entre o assoreamento das lagoas e o formato das bacias de contribuição, nem tão pouco, com o formato da lagoa. Dessa forma, deduz-se que os diferentes estágios de assoreamento de lagos dispostos lado a lado e nas mesmas condições ambientais se deve à tectônica Cenozóica. O estudo de fácies sedimentares das amostras obtidas nos lagos assoreados indica que os estágios finais de assoreamento ocorreram de maneira independente entre eles.Item Arquitetura de conhecimentos para a gestão ambiental da mineração de ferro em Carajás : estudo de caso depósito N1.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Morais, Maria Carolina de; Bacellar, Luis de Almeida PradoCom o volume alto e crescente de informações obtidas a partir de Estudos de Impacto Ambiental, deve-se que ter muita cautela para que o impacto inevitável das atividades de mineração seja minimizado. O reconhecimento de áreas de influência e a caracterização das regiões afetadas pelo impacto ambiental são fundamentais no contexto da instalação de uma mineração de ferro a céu aberto na Amazônia brasileira. Em projetos de mineração localizados em áreas de floresta tropical, estas questões tornam-se ainda mais relevantes quando se considera todos os aspectos envolvidos, desde aqueles relacionados com o meio físico até as partes interessadas envolvidas no processo. Neste contexto, um sistema de arquitetura de conhecimento, chamado sisORCI Tema Mineração / Meio Ambiente / Carajás, é apresentado com a função principal de agregar todos os tipos de correlações de interesse entre as questões ambientais e legais relacionadas com o planejamento ambiental no estágio de implementação da mina de ferro a céu aberto. A tecnologia do sensoriamento remoto foi utilizada nesta pesquisa, com o uso de fotografias aéreas de imagens ópticas e de radar, com resoluções espaciais distintas. O conjunto de informações extraídas dessas imagens foi armazenado na arquitetura de conhecimentos proposta, com os conhecimentos respectivos aos temas abordados, a formalização dos mesmos, a relações e os impactos entre os temas discutidos. Os resultados mostraram que a determinação de áreas influência estão diretamente relacionados à região afetada em determinada escala de observação. No depósito N1 e as zonas circundantes, esta informação pode ser verificada em escalas de 1:10.000 e 1:100.000, onde cada escala foi capaz de fornecer informações distintas sobre as condições ambientais. As imagens de radar em banda L podem ser utilizadas como uma ferramenta prática para um mapeamento preliminar e como um guia de verificação em campo. Elas foram sensíveis às pequenas áreas de vegetação e o retroespalhamento de superfície foi afetado pelo terreno abaixo desta vegetação. Para o depósito N1, as relações entre as questões que foram consideradas frágeis, como a vegetação, tornaram-se explícitas por meio de processos que permitiram a extração máximo de informações possíveis por meio de imagens de sensoriamento remoto e sua interação com outros dados. Estes relacionamentos podem levar a processos mais amplos de análises de engenharia para a execução de serviços de infraestrutura, que envolvem a supressão de vegetação e aspectos geotécnicos, por exemplo, que proporcionam agilidade para tomada de decisão. O sistema sisORCI Meio Ambiente-Mineração/ Carajás é uma ferramenta tecnológica inovadora em fase de implementação, pelo qual o estudo de impactos ambientais para depósito N1 pode ser beneficiado por dados estruturados em uma arquitetura de conhecimentos, que contemple questões ambientais, jurídicas e econômicos de uma forma que é sintetizado , ampla, integrada e incremental. Considerando a atual estrutura de estudos de impacto ambiental, realizados em um determinado espaço e tempo, o sisORCI Meio Ambiente Mineração / Carajás também pode contribuir com o acompanhamento e monitoramento dos impactos causados pela mineração, quando detectado por ele.