DEGEO - Departamento de Geologia

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    Topázio imperial das minas do Vermelhão e JJC, Ouro Preto, MG : estudos de inclusões fluidas e considerações genéticas.
    (2007) Almeida, Ariana Cristina Santos; Bello, Rosa Maria da Silveira; Gandini, Antônio Luciano
    O estudo petrográfico das inclusões fluidas do topázio imperial das minas do Vermelhão e JJC, Ouro Preto, Minas Gerais, permitiu seu agrupamento em dois tipos distintos: inclusões primárias (trifásicas), de contornos regulares, e inclusões pseudo-secundárias (bifásicas) de contornos regulares e irregulares, ambas com orientações diversas. As análises microtermométricas mostraram que o fluido mineralizante é composto essencialmente por CO2 e soluções aquosas salinas cujas temperaturas eutéticas sugeriram a presença dos íons Ca2+, Mg2+, Na+ e, possivelmente, Al3+. A temperatura e pressão mínima de aprisionamento das inclusões fluidas primárias, e conseqüentemente, de formação do topázio imperial das minas do Vermelhão e JJC, determinados pelos resultados microtermométricos foram de 410°C/4.930bar e 412°C/5.240bar, respectivamente, enquanto que nas pseudosecundárias os valores desses parâmetros são inferiores (300°C/2.650bar). As pequenas diferenças nas características das inclusões primárias das duas minas sugerem que os cristais de topázio foram formados, a partir dos fluidos hidrotermais, em condições de P e T ligeiramente distintas. As análises dos dados microtermométricos, aliadas aos modelos apresentados na literatura, permitiram a proposição de duas hipóteses para o gênese do topázio imperial das minas estudadas. A primeira, relacionada ao soerguimento dos depósitos do Vermelhão e JJC, mais profundos, para níveis estruturais mais rasos, por meio de falhas de empurrão e dobramentos com vergência para oeste, ocorridos durante o evento Brasiliano, e a segunda, a falhamentos normais, do tipo horsts e grabens, que ocorreram durante o Cretáceo. Essas duas hipóteses explicariam as pressões relativamente elevadas obtidas, as quais também teriam sido responsáveis pela formação do topázio rico em (OH)-, característico das minas de Ouro Preto.
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    Estudo petrográfico e metalográfico dos meteoritos Bocaiúva e João Pinheiro aliado à técnica de MEV/EDS.
    (2011) Pucheta, Flávia Noelia; Zucolotto, Maria Elizabeth; Marciano, Vitoria Regia Peres da Rocha Oliveiros; Ferreira, César Mendonça; Cassino, Flávio Sandro Lays; Gandini, Antônio Luciano
    O Brasil possui 58 meteoritos catalogados pela ciência meteorítica, número bastante inferior quando se compara tal número àqueles de países da Europa e aos de países como os Estados Unidos. As amostras estudadas pertencem à coleção de meteoritos do Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães - MMPDG, constituída de 17 meteoritos, 10 brasileiros, entre eles o Bocaiúva e o João Pinheiro. O meteorito Bocaiúva, encontrado em MG, é o terceiro maior em peso do Estado (64kg), foi achado por volta de 1947, na cidade homônima, a 384km de Belo Horizonte. Além da massa principal do meteorito Bocaiúva, também há, no referido museu outro fragmento catalogado como “meteorito Bocaiúva”, que, na verdade, é um fragmento pertencente a outro corpo meteorítico, o João Pinheiro, ainda não catalogado. A diferença mineralógica observada em ambos, principalmente com relação às porções silicáticas do Bocaiúva, assim como inclusões fluidas e fundidas, não deixa dúvida de se tratar de meteoritos diferentes. Minerais como kamacita, taenita, troilita, schreibersita e grafita são encontrados no meteorito João Pinheiro, enquanto que, no Bocaiúva, estão presentes a forsterita, kamacita, taenita, troilita, schreibersita, pentlandita, magnetita, cromita, pigeonita, diopsídio, enstatita, plagioclásios, apatita, calcita e goethita.
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    Estudos mineralógicos e microtermométricos de algumas espécies mineralógicas oriundas de pegmatitos dos distritos pegmatíticos de Santa Maria de Itabira e Governador Valadares, Minas Gerais.
    (2009) Newman, Daniela Teixeira de Carvalho; Gandini, Antônio Luciano
    Dentre os bens minerais originários do estado de Minas Gerais, ressaltam-se as variedades gemológicas do berilo, as turmalinas, micas, feldspatos, topázio e fluorita. Os minerais procedentes dos pegmatitos de Minas Gerais, vêm sendo alvo de estudo por parte de diversos pesquisadores, sendo que a maior parte desses trabalhos dedicam-se à caracterização mineralógica e cristaloquímica dos mesmos, além de descrições de novas ocorrências. Geralmente essas estão associadas à pegmatitos graníticos e anatéticos, cuja mineralogia básica se assemelha à de um granito, podendo ainda serem encontrados em depósitos secundários. Esta Tese trata das características físico-químicas e do caráter genético de amostras de berilo, micas, feldspatos, turmalinas, monazitas, topázio azul e fluorita provenientes dos pegmatitos Ponte da Raiz, Fazenda Morro Escuro, Lavra da Posse, Fazenda do Salto, Córrego do Feijão, Silviano/Ivalde, Fazenda Guanhães, Lavra da Generosa, Lavra do Teotônio e Euxenita, situados no Distrito Pegmatítico de Santa Maria de Itabira e dos pegmatitos Ipê, Ferreirinha, Olho-de-Gato, Jonas Lima, Escondido, Sem Terra (Campo Pegamatítico de Marilac); Córrego da Vala Grande, Itatiaia, Fiote/Jonas, Lavra da Morganita, Lavra do Dada e Lavra do Piano (Campos Pegmatíticos de Resplendor e Galiléia-Conseheiro Pena) perntencentes ao Distrito Pegmatítico de Governador Valadares, Minas Gerais, que encontram-se encaixados nos micaxistos da Formação São Tomé, Grupo Rio Doce, em rochas do Grupo Guanhães e nos Granitos Borrachudo. A mineralogia essencial desses pegmatitos, em geral, é constituída por microclínio macropertitizado, às vezes, na variedade amazonita, quartzo (hialino, fumé, róseo e leitoso), muscovita e albita. Como minerais acessórios ocorrem biotita, berilo, granada, nióbio-tantalatos, turmalinas (exceto Distrito Pegmatítico de Santa Maria de Itabira), monazita, etc. Por meio da razão co/ao, obtidas por difração de raios X, foi possível caracterizar uma evolução politípica para os berilos que vai desde o normal (N), passando pelo de transição (NT) até o tetraédrico (T). Além de permitir caracterizar que os feldspatos correspondem a microclínio e albita e que os cristais de muscovita e biotita correspondem principalmente ao polítipo 2M1, além das associações 2M1 e 1M em amostras de muscovita e 1M e 2M1 no caso das biotitas. Os dados de Espectroscopia de Absorção no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) permitiram a caracterização dos componentes fluidos, CO2, CH4 e H2O tipos I e II. Análises Termodiferenciais e Termogravimétricas indicaram três, dois ou um intervalos distintos de perda de massa, que variaram de 0,5 a 3,0%. Os cristais de berilo, turmalina, fluorita e topázio contêm um grande número de inclusões fluídas monofásicas, bifásicas, trifásicas ou polifásicas, de origem primária, pseudo-secundária e/ou secundária, compostas basicamente por soluções aquosas e aquo-carbônicas. Os teores de CO2 presentes nessas inclusões variam de acordo com o posicionamento da amostra no corpo. Nos pegmatitos do Distrito Pegmatítico de Santa Maria de Itabira ocorrem apenas inclusões fluidas aquo-carbônicas, sendo que os valores de Te obtidos são indicativos de sistemas aquo-carbônicos contendo Na+, K+, Fe2+ e Fe3+, Ca2+, com enriquecimento posterior em Al3+, Zn+ e Li+, resultando em um fluido mais enriquecido em álcalis. Há evidências de um trend evolutivo que vai dos pegmatitos menos enriquecidos em CO2 e álcalis localizados na porção Sul (Ponte da Raiz, Fazenda Morro Escuro, Lavra da Posse, Fazenda do Salto e Córrego do Feijão) em direção aos mais enriquecidos em CO2 e álcalis localizados na porção Norte (Silviano/Ivalde, Fazenda Guanhães, Lavra da Generosa, Lavra do Teotônio e Euxenita). No caso dos pegmatitos do Distrito Pegmatítico de Governador Valadares por meio da análise dos resultados das temperaturas do eutético, pode-se verificar uma tendência evolutiva do fluido mineralizante que parte do Pegmatito Córrego da Vala Grande em direção ao Lavra do Piano (SE-NW), dos Campos Pegmatíticos de Resplendor e Galiléia-Conselheiro Pena; e do Pegmatito Ipê em direção ao Sem Terra (SW-NE) do Campo Pegmatítico de Marilac. A análise das temperaturas do eutético, das inclusões fluidas, sugere uma evolução a partir de um sistema aquoso de baixa salinidade, contendo Na+ e K+, com possíveis quantidades de Fe2+ e Fe3+, para soluções mais ricas em Ca2+ e Al3+, passando por um sistema enriquecido em Zn+, Al3+ e Li+ e culminando em um sistema aquoso, de salinidade média, rico em Li+, Zn+, K+, Na+, Ca2+, contendo quantidades subordinadas de boro e ferro. Tais dados representam uma evolução geoquímica que vai dos pegmatitos menos diferenciados em direção aos de maior grau de diferenciação, contendo maiores teores de CO2 e álcalis. Os dados microtermométricos possibilitaram ainda reconhecer fenômenos de modificações posteriores, aprisionamento de fluidos originalmente imiscíveis e flutuação de pressão.
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    Estudos químico-mineralógicos e microtermométricos do topázio imperial da região de Antônio Pereira, Ouro Preto, Minas Gerais.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Rojas, Arol Josue; Gandini, Antônio Luciano
    O topázio imperial da região de Ouro Preto é uma referência no mundo já que atualmente só é explotado nessa região. A lavra de topázio imperial, localizada no Distrito de Antônio Pereira, Município de Ouro Preto, está situada na porção centro-sul do Estado de Minas Gerais a, aproximadamente, 106km de Belo Horizonte e a 7km a nordeste da cidade de Ouro Preto. O acesso à lavra, partindo de Ouro Preto, por aproximadamente 10km, se dá pela BR-356, até o Município de Mariana, e pela MG-129, até o Distrito de Antônio Pereira, percorrendo mais 12km. A lavra de topázio imperial de Antônio Pereira está inserida em rochas do Grupo Itabira, situada na Anticlinal de Mariana. O Grupo Itabira é constituído por metassedimentos predominantemente químicos, sendo composto pelas formações Cauê e Gandarela. A Formação Cauê é caracterizada por leitos alternados de quartzo e minerais de ferro, constituídos, geralmente, por hematita e magnetita. A Formação Gandarela é constituída por mármore dolomítico, filito dolomítico, itabirito dolomítico, filito e metaconglomerado intraformacional, sendo a litologia típica o mármore dolomítico. Essas litologias quando se decompõem assemelham-se a “borra de café”. O contato entre as formações Cauê e Gandarela é transicional e interdigitado. Os cristais de topázio da lavra de Antônio Pereira ocorrem nas duas formações anteriormente descritas, e são ricos em inclusões de especularita e quartzo, além de micas, rutilo e dolomita. Dependendo da quantidade de inclusões, o aspecto é opaco em amostra de mão. A densidade relativa do topázio da referida lavra está compreendida no intervalo de 3,42 a 3,58. Com relação aos índices de refração, nX varia de 1,622 a 1,630, nY de 1,624 a 1,634 e nZ de 1,633 a 1,641, enquanto a birrefringência varia de 0,008 a 0,011. As análises dos parâmetros cela unitária mostraram que ao varia de 4,658 a 4,663Å, bo de 8,821 a 8,832Å, co de 8,382 a 8,389Å e o volume da cela unitária de 344,57 a 345,46Å3. Esses valores estão de acordo com a literatura. A cor é uma das propriedades mais notáveis do topázio imperial, sendo que em Antônio Pereira ocorre, predominantemente, o amarelo-alaranjado, com vários matizes. Os teores de flúor variaram de 15,94 a 17,58%, sendo um dos menores valores encontrados para as diversas lavras e/ou ocorrências de topázio da região de Ouro Preto. O teor de SiO2 é de 30,40 a 32,19% e o de Al2O3 é de 50,67 a 55,57%. As curvas termogravimétricas indicaram para todas as amostras uma estabilidade térmica até 1.000ºC, com uma primeira perda endotérmica de massa de, aproximadamente, 4,7 a 5,3% próximo a 1.230ºC, e uma segunda perda de massa de 10,5 a 17% em um pico próximo a 1.360ºC. A partir da Espectroscopia de Absorção no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR), foram identificados componentes como H2O, CO2, e CH4. Os resultados microtermométricos de 82 inclusões fluidas permitiram uma caracterização físico-química dos fluidos mineralizantes. Os componentes do sistema aquoso do fluido foram determinados a partir das temperaturas do eutético, as quais sugerem a presença dos íons Ca2+, Mg2+ e Na+. A presença desses componentes é compatível com a paragênese dos depósitos de topázio imperial da região de Ouro Preto, que se encontram constituídos por veios que englobam também dolomita, quartzo, encaixados em filitos e mármores dolomíticos totalmente alterados. As inclusões fluidas primárias apresentaram salinidades variando desde 5,16 até 7,50% em peso do NaCl equivalente; os valores de densidades totais situaram entre 0,876011 e 0,928159g/cm3; as frações molares variaram ao redor de 0,758437 a 0,834590 para H2O, de 0,025758 a 0,040536 para NaCl e de 0,126887 a 0,205663 para CO2 e as temperaturas de homogeneização total situaram-se entre 290,0 e 320,0ºC, com pressões de 2.349 a 2.497bar. Já as pseudo-secundárias apresentaram salinidades com valores entre 0,20 e 9,60% em peso do NaCl equivalente; as densidades totais estão entre 0,273104 e 0,949883g/cm3; as frações molares foram de 0,719850 a 0,921275 para H2O, de 0,001108 a 0,014588 para NaCl e de 0,069918 a 0,131082 para CO2 e as temperaturas de homogeneização total apresentaram valores entre 220,0 e 295,0ºC, com pressões de 1.995 a 3.205bar. As características das inclusões fluidas, das encaixantes e dos veios mineralizados, parecem sugerir um fluido hidrotermal de origem metamórfica. Estes estariam relacionados a alguma fase tectonotermal posterior ao metamorfismo do Quadrilátero Ferrífero. Os estudos estruturais e petrográficos na região sugerem que a mineralização do topázio encontra-se hospedada em estruturas originadas durante o evento tectono-metamórfico de idade brasiliana (±600Ma) que afetou a região do Quadrilátero Ferrífero. Assim sendo, os fluidos pneumatolíticos/hidrotermais percolaram em sítios extensionais associados às dobras nucleadas em horizontes carbonáticos do Supergrupo Minas. Estruturalmente, a migração dos fluidos juntamente com a cristalização do topázio a partir desses fluidos são controladas pelos esforços tectônico-termais que originaram o sistema de dobras de eixos N-S e E-W do Quadrilátero Ferrífero, caracterizados por episódios de compressão e alívio de pressão também registrados nas inclusões fluidas primárias e pseudo-secundárias. A correlação do mapa geológico com os mapas geofísicos, realizados na área estudada, comprova que os locais onde se encontram as jazidas são caracterizados por anomalias no mapa do parâmetro F, evidenciando o hidrotermalismo associado ao jazimento do topázio.