DEGEO - Departamento de Geologia

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    Confecção de maquetes geológicas : o exemplo da Serra do Caparaó (Minas Gerais e Espírito Santo, Brasil).
    (2021) Ferreira, Sandro Lúcio Mauri; Schettino, Vítor Roberto; Marques, Rodson de Abreu; Soares, Caroline Cibele Vieira; Gouvêa, Lucas Pequeno
    O presente trabalho traz a experiência da confecção de uma maquete geológica na escala de 1:20.000 da Serra do Caparaó, monumento geológico complexo do sudeste brasileiro, com o objetivo de ilustrar aspectos da geologia regional e definir uma rotina para construção de maquetes didáticas. Para tanto, foram utilizados dados de campo e dados espaciais em ambiente SIG para projeção do relevo sobre placas de isopor a partir de curvas de nível. Os resultados da confecção da maquete compreendem um modelo tridimensional da geologia da Serra do Caparaó e a proposta de um roteiro para confecção de maquetes didáticas. As primeiras exposições da maquete ao público proporcionaram boa interação da sociedade com as informações geológicas da região, com a introdução de conceitos de Geomorfologia, Geologia Estrutural, Cartografia e Geodiversidade.
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    A importância das ações de extensão para a divulgação das Geociências na Universidade Federal do Espírito Santo : da universidade para a sociedade.
    (2021) Costa, Flávia Compassi da; Marques, Rodson de Abreu
    A divulgação das Geociências é fundamental para a exploração sustentável do planeta, pois possibilita o entendimento acerca da transformação dos espaços naturais e da interação da sociedade com o meio ambiente. Uma forma de difundir esse conhecimento é com a extensão universitária, que tem como finalidade articular o ensino e a pesquisa científica às necessidades da comunidade onde a universidade se insere, buscando transformar positivamente a realidade social por meio desse intercâmbio. O objetivo deste trabalho é divulgar as ações extensionistas, com ênfase na divulgação da Geociências, realizadas pela Universidade Federal do Espírito Santo, mostrando sua importância tanto para os estudantes do ensino superior quanto para a comunidade.
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    Gemologia : a ciência de mil cores.
    (2020) Terra, Cassandra
    A Gemologia é a ciência que estuda os materiais gemológicos, os quais abrangem uma ampla gama de materiais, sobretudo minerais como esmeralda, ametista, turmalina, diamante, topázio, entre muitos outros. O Brasil produz grande parte dessas variedades e, paradoxalmente, a Gemologia científica brasileira ainda é embrionária. Atualmente, a tecnologia aprimorou técnicas de produção e tratamento da maioria desses minerais e novas substâncias invadiram o mercado de forma vertiginosa. Diante de uma série de eventos alarmantes presenciados pela autora, como desconhecimento técnico e comercial, surgiu a iniciativa de divulgação de conceitos introdutórios sobre Gemologia. A falta de conhecimento por parte do admirador e de profissionais da área pode acarretar desapontamentos e até prejuízos para ambas as partes. O objetivo é educar e ensinar essa ciência de forma conscienciosa, por meio da experiência e conhecimentos simples, que poderão proporcionar maior autonomia para todos os públicos e apresentar, para aqueles incansáveis admiradores de minerais, o encantador universo das mil cores.
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    Aspectos de campo, petrográficos, química mineral, litogeoquímica, geocronologia U-Pb e geoquímica isotópica Sm-Nd de tonalitos paleoproterozóicos da porção setentrional da Suíte Alto Maranhão, Minas Gerais.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Martins, Lúcio Anderson; Seixas, Luís Antônio Rosa
    Variados processos petrogenéticos são propostos neste trabalho para explicar a gênese e evolução magmática de rochas tonalíticas da porção setentrional da Suíte Alto Maranhão, cinturão de granitóides paleoproterozóicos (2,3 – 2,1 Ga) de arco magmático acrescidos ao núcleo arqueano da porção meridional do Cráton São Francisco. Estudos realizados em tonalitos de uma ampla região ao sul do Quadrilátero Ferrífero permitem separar os seguintes grupos petrológicos: (i) biotita-hornblenda quartzo-dioritos a tonalitos de baixa sílica, com os minerais acessórios zircão, apatita, ilmenita, titanita e allanita; (ii) biotita (± hornblenda) tonalitos de média sílica com os mesmos minerais acessórios que os anteriores; (iii) biotita tonalitos de alta sílica, com maior proporção de K-feldspato, muscovita e acessórios zircão, apatita, titanita e allanita; e (iv) biotita (± hornblenda) tonalitos de média sílica com granada, magnetita, zircão, apatita e allanita. Os quartzo-dioritos e tonalitos de baixa sílica apresentam abundantes estruturas de magma mingling com enclaves magmáticos dioríticos co-genéticos e representam magmas primitivos derivadas do manto metassomatizado associado a zonas de subducção. Possuem Cr (>100 ppm) e Ni (>50 ppm), idade de cristalização U-Pb em 2128 ±9 Ma, idade modelo TDM≤2,43 Ga, parâmetro εNd(2128Ma) entre -1,07 e -0,15, e evidências geoquímicas de diferenciação magmática controlada pela cristalização fracionada de hornblenda e minerais acessórios. Os tonalitos de média sílica do grupo (ii) mostram feições de campo transicionais para fácies com estruturas de magma mingling . A distribuição dos elementos maiores e traço em diagramas binários de variação, o padrão de elementos terras raras, o perfil em diagramas multielementares normalizados ao manto primitivo, e os parâmetros isotópicos Sm/Nd de amostras desse grupo sugerem origem derivada do magma parental do grupo de baixa sílica, com variável contaminação por crosta mais antiga. Os biotita tonalitos de alta sílica contém intensa atividade filoneana de diques pegmatíticos e aplíticos. Possuem geoquímica de elementos maiores e traço similar à de suítes TTG alto alumínio, idade modelo Sm/Nd TDM de 2,30 Ga e εNd(2128Ma) positivo (+0,8), o que permite associar esse magmatismo aos demais tonalitos de baixa e média sílica dos grupos (i) e (ii). Contudo, nesse caso o processo petrogenético proposto é a fusão parcial de um protólito máfico paleoproterozóico com pouco tempo de residência crustal, e deixando como resíduo granada ± hornblenda. Os tonalitos de média sílica com granada e magnetita do grupo (iv) são mais velhos que os demais, com idade U-Pb (zircão) (ID-TIMS) de 2337,2 ± 6,1 Ma, idade modelo TDM(2337) de 2,43 Ga e εNd (2337) = +1,3. Comparativamente, os dados geoquímicos também mostram algumas diferenças importantes, notadamente valores mais baixos de K2O, Ba e Sr, e ligeiramente mais elevados em Ta e Nb, de modo que esses granitóides contém anomalia menos pronunciada de Nb-Ta em diagramas normalizados ao manto primitivo. Sugere-se que representam a composição de líquidos derivados da fusão parcial de uma fonte máfica paleoproterozóica logo após sua extração do manto, e com pouca ou nenhuma retenção de fase mineral contendo Ta-Nb no resíduo.
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    Análise por métodos hidrológicos e hidroquímicos de fatores condicionantes do potencial hídrico de bacias hidrográficas - estudo de casos no Quadrilátero Ferrífero (MG).
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2005) Costa, Fernanda Martineli; Bacellar, Luis de Almeida Prado
    Os meios hídricos superficiais e subterrâneos estão em dinâmica interação e, conseqüentemente, eventuais interferências em um meio são refletidas, a curto ou longo prazo, em todo o sistema, o que justifica a necessidade de gerenciamento integrado. Esta interconexão possibilita ainda a análise das condições dos aqüíferos a partir de informações hidrológicas por meio dos métodos indiretos de caracterização hidrogeológica, fundamento da presente pesquisa. Trata-se de investigações baseadas, em especial, na análise das taxas de recessão do fluxo de base, ou seja, na capacidade do aqüífero produzir água e contribuir para a vazão das drenagens superficiais. Com este método, a partir do conhecimento do regime hidrológico das bacias, é possível analisar as variáveis que participam da definição do potencial hídrico de uma região. Ressalta-se que tais variáveis, lém numerosas, atuam de forma integrada, tendo geralmente seus efeitos superimpostos. Neste trabalho, as variáveis consideradas foram: geologia, geomorfologia e uso e ocupação do solo, em especial a presença de voçorocas. Foram analisadas nove microbacias de drenagem com características preferencialmente homogêneas em toda a sua extensão e que se diferenciavam entre si por alguma particularidade pré definida. Buscou-se assim avaliar o efeito deste atributo diferencial no potencial hídrico da bacia, que foi determinado pelos métodos hidrológicos e hidroquímicos (métodos indiretos). A maioria das microbacias localiza-se no Complexo Metamórfico Bação, sendo duas estruturadas em rochas do Supergrupo Minas, ambas unidades localizadas no Quadrilátero Ferrífero – MG. No monitoramento destas microbacias, com duração de um ano hidrológico, foram utilizados pluviômetros alternativos com resultados satisfatórios. Na determinação da vazão utilizou-se vertedores portáteis de placa de metal semelhantes aos sugeridos pelo USGS, de baixo custo, altamente confiáveis e de grande praticidade. Paralelamente, foram analisadas bacias com dados fluviométricos históricos em tamanhos variados a fim de balizar os resultados. O índice hídrico “coeficiente de recessão” foi determinado por meio de técnicas pouco divulgadas em âmbito nacional e de grande utilidade por necessitar de séries fluviométricas relativamente curtas. Trata-se dos métodos da “Correlação” e “Matching Strip”, sendo que, para os dados disponíveis, o segundo apresentou melhores resultados. Para a separação dos hidrogramas, determinação do fluxo de base (utilizando-se, em especial, o índiceBFI: percentual do fluxo de base em relação ao fluxo total) e de outros índices foi aplicada a técnica “Smoothed Minima”, que gerou resultados igualmente coerentes. Foi aplicado também o tradicional método de Barnes, em especial nas bacias com dados fluviométricos históricos. A partir dos preceitos de Maillet e Rorabaugh, foi estimada, ainda, a difusividade (transmissividade/coeficiente de armazenamento) das microbacias e indicados alguns valores possíveis da transmissividade. A comparação entre as microbacias evidenciou que aquelas estruturadas em granito-gnaisse tendem a um maior potencial hídrico que aquelas estruturadas em xistos e filitos. E, sob mesmas condições geológicas, aquelas com relevo mais acentuado, apresentam menor potencial hídrico. Porém, deve-se considerar que há uma tendência do manto de intemperismo ser mais espesso em áreas de relevo mais plano nos terrenos granito-gnaissicos, o que tambémcontribui para o maior potencial hídrico das bacias. Não foi possível observar com clareza os efeitos das formas de uso e ocupação do solo sobre os recursos hídricos, sendo necessários estudos mais detalhados para interpretações definitivas. Porém, verificou-se uma significativa diminuição do fluxo de base nas microbacias afetadas por voçorocas, causando expressivo impacto sobre o regime hidrológico. Devido ao baixo custo e praticidade, a metodologia aqui empregada se mostrou adequada para analisar o potencial hídrico de regiões com deficiência de dados hidrológicos e hidrogeológicos.
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    Petrogênese de rochas ultramáficas do quadrilátero ferrífero e adjacências e sua relação genética com rochas metaultramáficas do tipo serpentinito e esteatito.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Fonseca, Gabriela Magalhães da; Evangelista, Hanna Jordt; Gomes, Newton Souza
    Na região do Quadrilátero Ferrífero (QF) encontram-se raros corpos de rochas metaultramáficas que preservam algum mineral e/ou textura da rocha ígnea original. O interesse no estudo petrogenético destes corpos deve-se à possibilidade de se entender melhor o magmatismo ultramáfico do greenstone belt Rio das Velhas, já que a maior parte das suas rochas ultramáficas, entre as quais se destacam esteatitos e serpentinitos por sua importância econômica, estão completamente metamorfizadas. O presente trabalho teve como objetivo a caracterização mineralógica, geoquímica e petrogenética de sete corpos de rochas metaultramáficas com minerais ou texturas preservados do protólito ígneo localizados no QF e suas adjacências, a saber, em Rio Manso, Ouro Preto, Mariana, Acaiaca, Lamim, Queluzito e Lagoa Dourada. Os afloramentos ocorrem na forma de blocos de metros a decâmetros, são maciços e estão encravados em terrenos constituídos de gnaisses do embasamento. Os litotipos estudados foram: metaperidotitos com minerais ígneos preservados como olivina, piroxênio e espinélio; metakomatiitos, que embora não apresentem minerais ígneos, preservam textura spinifex; esteatitos, serpentinitos, tremolititos e clorita xistos associados espacialmente aos metaperidotitos e que representam porções destes corpos mais afetadas pelo metamorfismo. O principal mineral ígneo preservado é olivina com composição variando de Fo77-87, com exceção da olivina de Acaiaca, com Fo>92. Muito raramente encontra-se ortopiroxênio com En79-89 e pleonasto. Minerais metamórficos são talco, serpentinas, carbonatos, cloritas e anfibólios como antofilita, tremolita, Mg-hornblenda e actinolita. Foram ainda identificados diversos óxidos e sulfetos como ilmenita, magnetita, cromita, pirita e pentlandita, além das raras breithauptita (NiSb) e arita (NiSbAs). Foram realizadas análises químicas para elementos maiores, menores e traços de amostras selecionadas que foram comparadas com análises da literatura de peridotitos e komatiitos de localidades clássicas. Pela análise destes dados e de diagramas discriminantes constatou-se que as rochas desse trabalho são semelhantes à peridotitos komatiiticos, com teores de MgO > 18% em peso e de TiO2 < 0,9 e que pertencem a suíte de komatiitos não-desfalcados em alumínio. Cálculos de balanço de massa comparando os litotipos mais preservados com os mais metamorfizados de uma mesma região mostram que, no caso da esteatitização, houve perdas acentuadas da maioria dos elementos exceto SiO2 e MgO, que são os óxidos que compõem talco. A comparação, no balanço de massa, do metakomatiito de Rio Manso com um komatiito de Abitibi mostra que as duas rochas são quimicamente muito semelhantes. Considerando a composição mineralógica e química, a textura e a localização das rochas com minerais ígneos preservados conclui-se que a maioria dos corpos estudados pode corresponder à porção plutônica do magmatismo komatiitico do Grupo Nova Lima, que é a unidade basal do greenstone belt Rio das Velhas.