DEGEO - Departamento de Geologia

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    Análise da dinâmica hidrogeológica de diversas tipologias de canga do sudeste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.
    (2022) Oliveira, Nilciléia Cristina de Magalhães; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Bacellar, Luis de Almeida Prado; Leão, Lucas Pereira; Aguiar, Cibele Clauver de
    As cangas são coberturas endurecidas ricas em ferro que ocorrem no Quadrilátero Ferrífero (QFe), capeando, principalmente, os itabiritos da Formação Cauê, onde situam-se intensas atividades de minerárias. Apesar da significativa porosidade, alguns pesquisadores consideram as cangas como de baixa condutividade hidráulica. Outros as classificam como muito condutivas, favorecendo a recarga dos aquíferos sotopostos, e sua supressão por atividades de mineração afetaria consequentemente a recarga dos aquíferos subjacentes. Estudos relacionados ao comportamento hídrico das cangas são ainda escassos, o que motivou o desenvolvimento deste trabalho. Para tal, selecionaram-se duas áreas (1 e 2), ambas no sudeste do Quadrilátero Ferrífero, com dois dos principais tipos de canga da região, estruturada e detrítica. Estas cangas normalmente são formadas por um horizonte superficial mais endurecido, a crosta, superposta a um horizonte de transição, mais erodível, onde se desenvolve preferencialmente feições de carstificação. Selecionou-se algumas amostras da crosta desses dois tipos de canga para caracterização mineralógica, microestrutural, química e para quantificação da porosidade aparente. Baseados nestes dados, foram medidas as taxas de infiltração com três tipos de infiltrômetros: de aspersão, modelo Cornell, de anéis duplos e de mini disco. A comparação dos resultados destes estudos com os de trabalhos prévios mostra que a porosidade e, especialmente, a condutividade hidráulica das cangas é variável, dependendo das características químico-mineralógicas, texturais e estruturais locais. Contudo, as cangas exibem porosidade aparente e condutividade hidráulica equivalente à de uma areia siltosa ou silte, com predomínio de fluxo por poros maiores que 0,5mm de diâmetro. O estudo foi complementado por acompanhamento da infiltração e percolação de solução salina traçadora por seções multitemporais de eletrorresistividade, por caminhamento elétrico com arranjo dipolo-dipolo. Este levantamento geofísico indicou o predomínio de fluxos mais verticais na área onde ocorre apenas canga detrítica, cujo relevo é mais suave, e horizontais no local onde há ocorrência dos dois tipos de canga e o relvo é mais íngreme. Em ambas constatou-se conexão com feições de carstificação mais profunda. Feições cársticas foram também identificadas em maiores profundidades e como estudos prévios indicaram que a carstificação nestes meios tem forte condicionamento geomorfológico, a recarga dos aquíferos subjacentes tende a ser significativa, mas variável no espaço.