DEGEO - Departamento de Geologia

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    Caracterização morfométrica, morfológica e sedimentar de leques aluviais dissecados : um novo olhar sobre os depósitos de encostas do Quadrilátero Ferrífero.
    (2022) Lopes, Fabrício Antonio; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Lana, Cláudio Eduardo
    Este artigo apresenta dados morfológicos, morfométricos e sedimentares de leques aluviais inativos assentados sobre as médias e altas vertentes do Quadrilátero Ferrífero, provenientes das regiões altas adjacentes aos principais vales fluviais. No levantamento dos dados morfométricos e morfológicos, além de cartas topográficas e imagens do Google Earth, utilizou-se imagens do satélite Sentinel-2, sensor MSI, nas bandas 2, 3, 4 e 8 de resolução espacial em 10m, obtidas através da programação Javascript na plataforma Google Earth Engine (GEE). Em campo foi possível levantar perfis de fácies e interpretar os processos sedimentares bem como o contexto paleoambiental no qual os leques foram gerados. Tratam-se de depósitos com adiantados processos erosivos ocasionados pela ocupação humana e, principalmente, pela alta incisão dos cursos de drenagem ocorridas no Holoceno. O desmantelamento dos depósitos refletiu na assimetria dos leques, contrariando os tradicionais formatos semicônicos em regiões áridas e semiáridas do globo. Todos os leques aluviais estudados foram gerados por processos desconfinados de alta energia, principalmente fluxos de detritos pseudoplásticos. Ao cotejar as idades disponíveis para os leques investigados, obtidas por luminescência opticamente estimulada, com os dados paleoclimáticos disponíveis para região sudeste do Brasil foi possível concluir que as fácies datadas foram colmatadas em um paleoclima seco.
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    Identificação dos leques aluviais dissecados do Quadrilátero Ferrífero (MG) através de critérios espaciais e sedimentológicos.
    (2021) Lopes, Fabrício Antonio; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Lana, Cláudio Eduardo; Dias, Renato Coelho
    O objetivo desse estudo foi identificar os depósitos de leques aluviais colmatados ao longo da base das escarpas do Quadrilátero Ferrífero. A referida identificação ocorreu primeiramente em gabinete, onde foram realizadas leituras de trabalhos relacionados a geomorfologia da região bem como a interpretação dos mapas geológicos disponíveis. Os dados obtidos em gabinete serviram de base para norteamento dos trabalhos de campo, onde foi possível analisar carac terísticas espaciais, sedimentológicas e morfométricas dos depósitos de encosta e inferir sobre seu possível ambiente deposicional. Os trabalhos de campo foram direcionados a cinco depósitos localizados nas bordas Sul, Oeste e Noroeste do Quadrilátero Ferrífero cujos sedimentos estão posicionados de forma oblíqua ao vale principal com características faciológicas que remetem a fluxos de detritos desconfinados. Nos depósitos 1 e 2 foram verificadas diminuição granulométrica de montante para jusante, indicando brusca perda de energia. Essas características somadas as elevadas espessuras dos depósitos de fluxos de detritos permitiram inferir que tais acumulações compreendem leques aluviais inativos, atualmente em fase de dissecação pelos elementos erosivos naturais e antrópicos. Tais leques aluviais podem conter importantes informações a respeito do quadro paleoclimático e paleomorfológico da região, tendo potencial para contribuir com novos dados e aumentar o horizonte de interpretações a respeito da dinâmica paleoambiental quaternária regional.