DEGEO - Departamento de Geologia

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    Provenance of the Buritirama Formation reveals the Paleoproterozoic assembly of the Bacajá and Carajás blocks (Amazon Craton) and the chronocorrelation of Mn-deposits in the Transamazonian/Birimian system of northern Brazil/West Africa.
    (2019) Salgado, Silas Santos; Caxito, Fabrício de Andrade; Silva, Rosaline Cristina Figueiredo e; Lana, Cristiano de Carvalho
    The Mn-bearing Buritirama Formation along the homonymous ridge consists of a 40 km long by ca. 3 km wide NW-SE trending unit that limits the northern border of the Archean Carajás domain with the Paleoproterozoic Bacajá domain in the southeastern Amazon Craton. The Buritirama Formation type section is arranged in four imbricated thrusts that individualize three main stratigraphic units: Lower Unit, Intermediate Unit and Upper Unit. Detrital U-Pb zircons ages from the Lower Unit and Upper Unit record the prevalence of Neoarchean populations, suggesting the Carajás block as the main sedimentary source for the Buritirama basin. However, minor Paleoproterozoic populations attributed to the Bacajá block are also recognized, defining a maximum depositional age at ca. 2186 Ma. The anorogenic Buritirama metagranite occurs at the local basement, represents a probable precursor stage of the Buritirama rift and yielded a Concordia age of 2549 ± 5.9 Ma (U-Pb). Supported by these new geochronological data, a framework model for the evolution of the Buritirama basin is proposed. Contrary to previous interpretations, the basin was active until at least the Rhyacian, representing a platformal setting fringing the northern margin of the Carajás block. A regional metamorphic event (ca. 2.06 Ga) records the closure of the basin during the Transamazonian Orogeny and the amalgamation of the Bacajá and Carajás blocks. The depositional age bracketed in between 2.3 and 2.1 Ga links the Buritirama Mn deposit (southeastern Amazon Craton) with those of Serra do Navio (Amapá Block, northeastern Amazon Craton) and Nsuta (West African Craton), suggesting: (i) widespread chronocorrelation of Mn-bearing sequences in the continental-scale Rhyacian Transamazonian/Birimian orogenic system, and (ii) formation of the primary carbonate ores under the influence of a major global manganese deposition episode.
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    How many rifting events preceded the development of the Araçuaí-West Congo orogen?
    (2011) Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Alkmim, Fernando Flecha de
    A edificação do Orógeno Araçuaí-Congo Ocidental teve início por volta de 630 Ma, como indicam as idades U-Pb mais antigas até agora obtidas de rochas do seu arco magmático. Esta orogenia foi precedida de, pelo menos, seis eventos de rifteamento e/ou magmatismo anorogênico que afetaram a região ocupada pelo Orógeno Araçuaí-Congo Ocidental, bem como o domínio cratônico São Francisco-Congo a ele adjacente. São eles os eventos E1 (Estateriano, 1,77-1,7 Ga), E2 (Calimiano, 1,57-1,5 Ga), E3 (Esteniano, 1,18 - ? Ga), E4 (no limite Esteaniano-Toniano, ca. 1 Ga), E5 (Toniano, 930-850 Ma) e E6 (Criogeniano, 750-670 Ma). O evento E1, chamado de Tafrogênese Estateriana, teve lugar entre 1,77 e 1,70 Ga e tem como registros mais importantes a deposição rifte das unidades sedimentares e vulcânicas da base do Supergrupo Espinhaço, bem como o alojamento dos plutons anorogênicos das suítes Borrachudos e Lagoa Real. O evento E1 é sucedido por uma nova fase de distensão durante o período Calimiano, em torno de 1,57 Ga, que é representada no Espinhaço Setentrional e Chapada Diamantina por rochas sedimentares e vulcânicas da porção média do Supergrupo Espinhaço. Manifestações do evento E3 (Esteniano) tiveram início em torno de 1,18 Ga com a deposição da Formação Sopa-Brumadinho (Supergrupo Espinhaço), exposta na Faixa Araçuaí. Os três primeiros eventos (E1, E2 e E3) parecem não ter ocorrido na Faixa Congo Ocidental. Nesta faixa, os granitos Noqui (999 ± 7 Ma) e rochas vulcânicas associadas representam um magmatismo anorogênico do limite Esteniano-Toniano, registrando um evento provavelmente local (E4), mas que pode ser correlacionável aos diques máficos de idade similar que ocorrem no sul da Bahia, no extremo oriental do Cráton São Francisco. As espessas sucessões de rochas vulcânicas bimodais dos grupos Zadiniano e Mayumbiano (930-910 Ma) constituem os principais registros do evento E5 na Faixa Congo-Ocidental. O magmatismo anorogênico representado pela Suíte Salto da Divisa e enxames de diques máficos tonianos (e.g., Pedro Lessa e Espinhaço Setentrional), assim como, muito provavelmente, os depósitos pré-glaciais da bacia Macaúbas são manifestações de E5, em terrenos do Orógeno Araçuaí e Cráton do São Francisco. O evento criogeniano, E6, é evidenciado pela Província Alcalina do Sul da Bahia entre 735 e 675 Ma, e, muito provavelmente, pelas formações diamictíticas do Grupo Macaúbas e unidades correlativas na Faixa Congo Ocidental, e pelo vulcanismo félsico La Louila (≤ 713 Ma) do sudoeste do Gabão. O evento E6 evoluiu para espalhamento oceânico no setor centro-sul da Bacia Macaúbas, mas este processo não afetou a parte norte desta bacia e, por isto, deixou íntegra a ligação continental (a ponte Bahia-Gabão) entre a Península São Francisco e o Continente Congo. De fato, nenhum dos eventos distensionais mencionados logrou levar à ruptura a placa São Francisco-Congo que, aglutinada na transição Riaciano-Orosiriano (ca. 2,05 Ga), permaneceu íntegra até o Cretáceo Inferior quando, então, o rifte Atlântico finalmente conseguiu desmembrá-la.