DEGEO - Departamento de Geologia
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Item A bacia de antepaís paleoproterozóica Sabará, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.(2002) Reis, Luciana Andrade; Martins Neto, Marcelo Augusto; Gomes, Newton Souza; Endo, Issamu; Evangelista, Hanna JordtGrupo Sabará é uma seqüência de 3 – 3,5 km de espessura, composta por xistos, metarenitos, metassiltitos, metaconglomerados, metadiamictitos, metarritmitos e filitos, cujos protólitos são grauvacas, arenitos, siltitos, conglomerados, diamictitos, ritmitos e pelitos. Este grupo ocorre de forma susceptível a uma análise sedimentológico-estratigráfica no Sinclinal Dom Bosco, Sinclinal Moeda e na Serra do Curral. O Grupo Sabará foi dividido, neste trabalho, nas seguintes fácies, que ocorrem organizadas em sucessões em granocrescência ascendente (CU): conglomerado maciço (fluxo de detritos), diamictito grosso (fluxo de detritos), diamictito fino (fluxo de detritos), grauvaca mista (fluxo de massa), grauvaca arcosiana (fluxo de massa), arenito tabular (correntes de turbidez), ritmito (correntes de turbidez), siltito (estágios finais de correntes de turbidez), pelito (deposição da suspensão) e folhelho negro (deposição da suspensão), depositados em um sistema de leques proximais/leques submarinos/bacia. O Grupo Sabará representa os depósitos de uma bacia do tipo antepaís relacionada com o Evento Transamazônico. Os clastos presentes nos diamictitos e conglomerados indicam retrabalhamento de seqüências supracrustais e do embasamento (Supergrupo Minas, Supergrupo Rio das Velhas e o embasamento soerguido). Os diagramas de proveniência plotados para o Grupo Sabará apontam para uma mistura de áreas fontes, predominando a proveniência ígnea intermediária e sedimentar quartzosa, embora proveniências ígnea félsica e ígnea máfica também ocorram, indicando compartimentação da área fonte. Os diagramas de proveniência por ambiente tectônico indicam uma proveniência de margem continental ativa/arco magmático continental. O Grupo Sabará representa provavelmente uma bacia de antepaís compartimentada, formada durante a deformação, soerguimento e erosão dos depósitos arqueanos e paleoproterozóicos do Cinturão Mineiro, de idade transamazônica. Esta bacia foi dividida em três sub-bacias: Sub-bacia Antônio Pereira-Ouro Preto-Mariana-Rodrigo Silva, Sub-bacia Lagoa das Codornas e Sub-bacia Sabará-Belo Horizonte-Ibirité-Fernão Dias com base na localização.Item Análise de volumes de sal em restauração estrutural : um exemplo na bacia de Santos.(2012) Garcia, Sávio Francis de Melo; Danderfer Filho, André; Lamotte, Dominique Frizon de; Rudkiewicz, Jean LucA complexidade da halocinese na porção central da bacia de Santos envolve expressivas estruturas e depocentros deformados, diferenciados ao longo da direção de deformação principal. Cinco seções geológicas, com registro estratigráfico completo na área de estudo, foram restauradas para investigar diferentes estilos de deformação, incluindo a evolução da falha de Cabo Frio, coerentemente inserida na evolução tectonossedimentar da bacia de Santos. O procedimento integrou a restauração 2D com tratamento e análise 3D, por meio das seguintes etapas: remoção de camadas, descompactação e compensação isostática flexural; restauração desacoplada da tectônica do sal; conservação material (inclusive do sal); recomposição da sobrecarga sedimentar quando diferentes taxas de distensão afetam os domínios desacoplados; calibração batimétrica do conjunto restaurado e tratamento e análise espacial dos resultados. O detalhamento em 14 etapas de restauração foi suficiente para tratar a deformação de forma não contínua, minimizou desvios do método e produziu consistência geométrica e estratigráfica dos resultados no domínio espaço-tempo. A redistribuição controlada do sal confirmou os efeitos do aporte sedimentar e as estruturas preexistentes sobre a deformação. Os resultados demonstram a importância da reciprocidade dos efeitos de deslocamento lateral por halocinese sobre isostasia, batimetria e descompactação, não considerada nos programas de restauração existentes.Item Tectonoestratigrafia da bacia espinhaço na porção centro-norte do cráton do São Francisco : registro de uma evolução policíclica, multitemporal e poliistórica.(2002) Danderfer Filho, André; Dardenne, Marcel AugusteNeste trabalho apresentam-se os aspectos gerais vinculados com a evolução tectonoestratigráfica do prolongamento setentrional da Serra do Espinhaço, parte integrante da bacia Espinhaço e que se situa na porção norte do Cráton do São Francisco. O arcabouço estratigráfico desse segmento foi reconstruído de forma sistemática, por meio do reconhecimento e da caracterização de oito sintemas, que equivalem a unidades limitadas por discordâncias ou descontinuidades estratigráficas de extensão regional na bacia: Algodão, São Simão, Sapiranga e Pajeú, definindo o intervalo inferior, Bom Retiro, São Marcos e Sítio Novo, remontando o intervalo intermediário, e Santo Onofre, finalizando o empilhamento do Espinhaço. Os sintemas Bom Retiro e São Marcos correspondem ao preenchimento de duas flexuras de interior continental, enquanto as assinaturas sedimentares dos sintemasPajeú, Sítio Novo e Santo Onofre são compatíveis com o desenvolvimento de bacias do tipo rifte, as duas primeiras Geradas por tectônica distensiva e a última unidade, mediante tectônica transcorrente; os sintemas Algodão e Sapiranga são interpretados como o preenchimento de duas bacias do tipo rifte-flexural, ao passo que o Sintema São Simão é relacionado apenas com um magmatismo intracontinental, sem sedimentação associada. Com base nesse contexto e no acervo geocronológico disponível, conclui-se que a bacia Espinhaço registra uma evolução descontínua (no sentido temporal), policíclica (no sentido estratigráfico) e poliistórica, alternando episódios de regimes tectônicos distintos ao longo do tempo.