DEGEO - Departamento de Geologia

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    Geoquímica de isótopos estáveis (C, S e O) das rochas encaixantes e do minério de Cu(Au) do depósito cristalino, província mineral de Carajás, Pará.
    (2009) Ribeiro, Andreza Aparecida; Suita, Marcos Tadeu de Freitas; Sial, Alcides da Nóbrega; Fallick, Anthony Edward; Eli, Fabrício; Goulart, Luís Emanoel Alexandre
    Descrevemos dados de isótopos estáveis de rochas encaixantes e de minérios sulfetados do depósito de Cu(Au) do Cristalino (DC), Província Carajás, Brasil. Analisamos calcita de rocha total e de sulfetos de vulcânicas máficas a félsicas e “brechas hidrotermais”. O DC, um depósito arqueano (ca. 2.7Ga) IOCG, ocorre em supracrustais hidrotermalizadas (e.g., alcalinização; carbonatação; sulfetação; etc.) do Supergrupo Itacaiúnas. Dioritos cortam estas rochas e podem relacionar ao minério de Cu. Assinaturas isotópicas de ä34S e ä13C e ä18O plotam nos sulfetos do manto e campo primário dos carbonatitos, respectivamente. Os fluidos do minério podem ser derivados de uma intrusão granítica ou diorítica ou lixiviados de rochas vulcânicas máficas do tipo-MORB.
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    New evidence of Neoarchean crustal growth in southern São Francisco Craton : the Carmópolis de Minas Layered Suite, Minas Gerais, Brazil.
    (2013) Goulart, Luís Emanoel Alexandre; Carneiro, Maurício Antônio; Endo, Issamu; Suita, Marcos Tadeu de Freitas
    A Suíte Acamadada Carmópolis de Minas está situada no domínio do Complexo Metamórfico Campo Belo, Minas Gerais, SE-Brasil, que, junto a outros complexos metamórficos nos arredores do Quadrilátero Ferrífero, compõem a crosta siálica arqueana da parte meridional do Craton São Francisco. Essa suíte compreende um segmento remanescente de arco magmático, deformado e metamorfisado em fácies anfibolito-superior a granulito. Exibe estratos acamadados e maciços, constituídos por litotipos com assinatura litogeoquímica equivalente a uma série tholeiítica de baixo-K2O. Uma fase de magmatismo tholeiítico e outra de magmatismo cálcio-alcalino foram identificadas. Uma amostra de anfibolito e duas de metarriolito foram utilizadas para datação U-Pb em zircões usando MC-LA-ICP-MS. O anfibolito apresentou zircões com razões 232Th/238U ≈ 0,17 – 0,83 e idade concórdia de 2.752 ± 18 Ma. Esse resultado foi interpretado como idade mínima da fase tholeiítica. As amostras de metarriolito apresentaram zircões com razões 232Th/238U ≈ 0,25 – 0,66 e foram datadas em 2.713 ± 9,9 e 2.710 ± 31 Ma. Esse intervalo fornece uma aproximação para a idade mínima da fase cálcio-alcalina. Uma das amostras de metarriolito apresentou duas populações de zircões herdados. Essas populações foram datadas em 3.374 ± 30 e 2.859 ± 23 Ma, sugerindo a contribuição de crostas mais antigas na gênese da suíte. Os resultados demonstram que a gênese dessa suíte representa um episódio de formação de crosta juvenil durante o Evento Tectonotermal Rio das Velhas (2.780 Ma). Esse episódio sin a tardi-orogênico envolveu desenvolvimento de arco, magmatismo tholeiítico a cálcio-alcalino, metamorfismo e reciclagem crustal.
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    O complexo acamadado Itaguara-Rio Manso, MG.
    (Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2006) Goulart, Luís Emanoel Alexandre; Carneiro, Maurício Antônio
    O Complexo Acamadado Itaguara-Rio Manso (CAIRM) compreende um corpo intrusivo com características estratiformes e composição ultramáfica-máfica, situado entre os municípios de Itaguara e Rio Manso, MG. Nesse local, o CAIRM intrude unidades gnáissicas, atribuídas ao Complexo Metamórfico Campo Belo (ou Bonfim) e rochas metamáficas, metassedimentares e vulcanossedimentares atribuídas ao Supergrupo Rio das Velhas. Sobrepondo-se a isso, encontram-se os sistemas de diques máficos NW e SE (SDM-NW e SDM-NE), granitóides e uma unidade máfica Tardia. As estratificações do CAIRM têm espessura variável (centimétricas a métricas) e composição predominantemente lherzolítica-harzburgítica com intercalações subordinadas websteríticas, ortopiroxeníticas, gabronoríticas e gabróicas. São comuns as estratificações porfiríticas, de aspecto pegmatóide, gradando ou intercalando-se para variedades de granularidade mais fina. Microscopicamente, observa-se que as variedades mais finas apresentam textura adcumulática mono e poliminerálica ou, menos freqüentemente, textura mesocumulática, enquanto as variedades de granularidade mais grossa tendem a apresentar textura heteradcumulática com ou sem fase intercumulus. As análises geoquímicas das rochas do CAIRM indicam a afinidade komatiítica e, sob alguns aspectos, assemelham-se às rochas de outros complexos acamadados mundiais, tais como Gorgona, Bushveld e aqueles de Barberton. Regionalmente, as rochas do CAIRM apresentam padrão geoquímico semelhante às rochas da Seqüência Acamadada Ribeirão dos Motas e da Seqüência Cláudio, mostrando que podem ser oriundas de um mesmo evento magmático regional. Os metamafitos do CAIRM, se comparados às rochas metamáficas do Supergrupo Rio das Velhas, que ocorrem nas imediações do complexo, apresentam padrões geoquímicos ligeiramente semelhantes, muito embora os padrões do CAIRM sejam menos fracionados. Contudo, verifica-se que os diagramas bivariantes de razões entre elementos incompatíveis dessas unidades, mostram trends distintos, gerados pela maior contribuição de LILE nas rochas metamáficas atribuídas ao Supergrupo Rio das Velhas. Por isso, descarta-se, a princípio, a possibilidade de que as rochas do CAIRM e os metamafitos em questão, sejam oriundas de um mesmo processo de cristalização fracionada. Porém, regionalmente, os padrões geoquímicos do CAIRM assemelham-se aos padrões de basaltos komatiíticos, atribuídos ao Supergrupo Rio das Velhas, que ocorrem na região de Conselheiro Lafaete/Congonhas. Se, localmente, as rochas do CAIRM diferem das rochas do Supergrupo Rio das Velhas mas, regionalmente, ocorrem de rochas ultramáficas-máficas semelhantes ao CAIRM, é provável que na porção meridional do Cráton São Francisco tenha ocorrido dois ou mais eventos magmáticos de natureza ultramáfica-máfica. Um deles estaria relacionado aos komatiítos do Supergrupo Rio das Velhas. O outro (ou outros), estaria relacionados, por exemplo, ao CAIRM, a Seqüência Acamadada Ribeirão dos Motas, etc. Dessa forma é possível que o CAIRM e várias outras ocorrências de metaultramafitos presentes na porção meridional do Cráton São Francisco representem um evento intrusivo (parte plutônica, parte vulcânica) não suficientemente caracterizado. Sob muitos aspectos, essa possibilidade é corroborada pela presença de derrames komatiíticos contendo basaltos komatiíticos subordinados na região do Morro da Onça, no limite norte da área mapeada, em continuidade ao CAIRM.