DEGEO - Departamento de Geologia
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Item Ocorrência de vulcanismo bimodal de idade terciária na Bacia de Mucuri.(2012) Gomes, Newton Souza; Suita, Marcos Tadeu de FreitasDesde o século passado, são reconhecidas duas épocas distintas de atividade magmática nas bacias do Espírito Santo e Mucuri. A primeira delas, interpretada como de idade cretácica, está relacionada à abertura do Atlântico Sul e tem como registro os basaltos toleíticos da Formação Cabiúnas, de idade barremiana. A segunda e mais expressiva atividade vulcânica da bacia se instalou durante o Terciário e gerou os basaltos, descritos como de natureza alcalina da Formação Abrolhos. Estudos recentes realizados em amostras de calha oriundas de duas perfurações realizadas pela Petrobras na parte submersa da Bacia de Mucuri identificaram rochas de natureza intermediária à ácida no topo da Formação Abrolhos. A presença de riolitos e traquitos no topo dos basaltos caracteriza um vulcanismo bimodal inédito na porção submersa da bacia. Em ambos os litotipos, a substituição dos minerais da matriz por carbonato e zeólitas foi originada, provavelmente, pela interação das rochas com a água do mar. Os dois poços amostrados distam cerca de 120km, o que permite inferir que, devido à pequena continuidade lateral característica de magmas ácidos a intermediários, ocorrências tão distanciadas devem refletir uma proximidade com os condutos vulcânicos. A presença de fragmentos de rochas vulcânicas na base dos calcarenitos da Formação Caravelas imediatamente sobreposta permite relacionar a extrusão dos litotipos intermediários a ácidos aos estágios finais do vulcanismo Abrolhos. Além disso, outras ocorrências de rochas riolíticas e ignimbríticas reportadas sobre o embasamento cristalino nas regiões de São Mateus, no Estado do Espírito Santo e no nordeste do Estado de Minas Gerais, em níveis intercalados nos arenitos da Formação Rio Doce no extremo sul do Estado da Bahia, poderiam ter um caráter cogenético e relacionarem-se ao crepúsculo do magmatismo terciário de Abrolhos, cuja dimensão tem sido subestimada até o presente. Estudos geoquímicos, geocronológicos e isotópicos dessas rochas são importantes na definição da extensão do vulcanismo básico a ácido e, consequentemente, contribuirão para um melhor entendimento da evolução tectônica das bacias de Mucuri e do Espírito Santo.Item Caracterización mineralógica del diamante de los placeres aluvionales del rio Icaburú, Santa Elena de Uairén, Estado Bolívar, Venezuela.(2009) Newman, José Albino; Newman, Daniela Teixeira Carvalho de; Gandini, Antônio Luciano; Gomes, Newton Souza; Rojas, Arol JosueLa caracterización mineralógica consistió en el estudio de 458 cristales de diamantes entre las variedades gemológica e industrial, provenientes de la región de Santa Elena de Uairén, específicamente de los placeres aluvionales localizados en los ríos Icabarú y Uaiparú. En este trabajo se realizaron análisis mineralógicos donde las muestras fueron estudiadas a partir de las propiedades físicas, el peso promedio de los cristales fue entre 0,2 y 1,0 quilates. Utilizando análisis de microscopia óptica se estudiaron las secciones superficiales, permitiendo la caracterización morfológica. En relación al color los porcentajes de distribución son de 37% incoloros, 20,5% amarillos, 19% marrones, 9,5% verdes, 3% negros, 7,5% con capas verdes y 3,5% capas castañas, también se consiguió diferenciar la variedad policristalina de aspecto negruzco, denominada carbonado. A partir de análisis de microscopía electrónica de barrido, aplicando la técnica Espectroscopía de Energía Dispersiva (EDS) se consiguió reconocer figuras superficiales como trigons, cuadrons, crecimiento en bloque, crecimiento laminar, estrías, surcos y colinas que permitieron establecer la evolución morfológica, partiendo del octaedro primitivo y pasando por fenómenos de disolución originando formas transicionales (111)+(110), (111)+{hkl}, proporcionando hábitos rombododecaedricos {110} y hexaoctaedricos {hkl}. Con análisis de espectroscopía de absorción en el infrarrojo (FTIR) se obtuvieron datos de la composición química que permitieron determinar los tipos de diamante Ib, IaA, IaB , IaAB y IIa. Mediante espectroscopía micro-Raman se identificaron inclusiones de olivino, ilmenita y granada, posicionadas superficialmente en los cristales.Item A bacia de antepaís paleoproterozóica Sabará, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais.(2002) Reis, Luciana Andrade; Martins Neto, Marcelo Augusto; Gomes, Newton Souza; Endo, Issamu; Evangelista, Hanna JordtGrupo Sabará é uma seqüência de 3 – 3,5 km de espessura, composta por xistos, metarenitos, metassiltitos, metaconglomerados, metadiamictitos, metarritmitos e filitos, cujos protólitos são grauvacas, arenitos, siltitos, conglomerados, diamictitos, ritmitos e pelitos. Este grupo ocorre de forma susceptível a uma análise sedimentológico-estratigráfica no Sinclinal Dom Bosco, Sinclinal Moeda e na Serra do Curral. O Grupo Sabará foi dividido, neste trabalho, nas seguintes fácies, que ocorrem organizadas em sucessões em granocrescência ascendente (CU): conglomerado maciço (fluxo de detritos), diamictito grosso (fluxo de detritos), diamictito fino (fluxo de detritos), grauvaca mista (fluxo de massa), grauvaca arcosiana (fluxo de massa), arenito tabular (correntes de turbidez), ritmito (correntes de turbidez), siltito (estágios finais de correntes de turbidez), pelito (deposição da suspensão) e folhelho negro (deposição da suspensão), depositados em um sistema de leques proximais/leques submarinos/bacia. O Grupo Sabará representa os depósitos de uma bacia do tipo antepaís relacionada com o Evento Transamazônico. Os clastos presentes nos diamictitos e conglomerados indicam retrabalhamento de seqüências supracrustais e do embasamento (Supergrupo Minas, Supergrupo Rio das Velhas e o embasamento soerguido). Os diagramas de proveniência plotados para o Grupo Sabará apontam para uma mistura de áreas fontes, predominando a proveniência ígnea intermediária e sedimentar quartzosa, embora proveniências ígnea félsica e ígnea máfica também ocorram, indicando compartimentação da área fonte. Os diagramas de proveniência por ambiente tectônico indicam uma proveniência de margem continental ativa/arco magmático continental. O Grupo Sabará representa provavelmente uma bacia de antepaís compartimentada, formada durante a deformação, soerguimento e erosão dos depósitos arqueanos e paleoproterozóicos do Cinturão Mineiro, de idade transamazônica. Esta bacia foi dividida em três sub-bacias: Sub-bacia Antônio Pereira-Ouro Preto-Mariana-Rodrigo Silva, Sub-bacia Lagoa das Codornas e Sub-bacia Sabará-Belo Horizonte-Ibirité-Fernão Dias com base na localização.Item Domínios geomorfológicos na área de ocorrência dos depósitos de espongilito da região de João Pinheiro, Minas Gerais, Brasil.(2011) Almeida, Ariana Cristina Santos; Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino; Varajão, César Augusto Chicarino; Gomes, Newton Souza; Ribeiro, Cecília VolkmerImportantes processos erosivos após o Cretáceo foram responsáveis pela evolução da paisagem na região de João Pinheiro, onde ocorrem os depósitos de espongilito. O avanço desses processos, aliados às rochas carbonáticas do substrato, permitiu o desenvolvimento de feições cársticas negativas, onde foram instaladas as lagoas formadoras dos depósitos de espongilito. Com base no tratamento de imagens de satélite aliado a trabalhos de campo, quatro morfodomínios geomorfológicos foram identificados na área: i) morfodomínio 1, representado por platôs associados aos arenitos do Grupo Areado, apresenta as maiores altitudes da área; ii) morfodomínio 2, que constitui uma área dissecada relacionada aos pelitos do Grupo Areado; iii) morfodomínio 3, representado por superfícies de erosão associadas às rochas do Grupo Bambui e Pré-Bambuí, sendo sobrepostas por sedimentos terciários/quaternários, onde se encontram as lagoas; iv) morfodomínio 4, constitui vales em calha que contêm as principais drenagens da região (rios da Prata e Paracatu) segundo um padrão meandrante, com feição geomorfológica fluvial de rios underfit. Esses vales cortam a superfície de aplainamento (morfodomínio 3) que contêm sedimentos pleistocênicos, caracterizando o morfodomínio mais recente.Item Ocorrência de rochas da fácies granulito no Cinturão Mineiro, Minas Gerais, Brasil.(2010) Gomes, Newton Souza; Evangelista, Hanna Jordt; Medeiros Júnior, Edgar Batista de; Filippo, Raphael Carneiro; Germano, Luciano FernandesNa região de Lagoa Dourada, inserida no Cinturão Mineiro, ocorrem granitoides paleoproterozóicos, que intrudem seqüências supracrustais arqueanas do greenstone belt Rio das Velhas. Os granitóides são cortados por rochas máficas anfibolitizadas, que portam xenólitos de granulitos. Trata-se de granulitos máficos caracterizados pela textura granoblástica e pela paragênese ortopiroxênio-clinopiroxênio-anfibólio-plagioclásio. Como fases secundárias, registram-se actinolita, cummingtonita, carbonato, epídoto, granada e quartzo. Determinações geotermométricas baseadas nos pares minerais ortopiroxênio-clinopiroxênio e anfibólio-plagioclásio produziram valores de temperatura entre 700 e 853ºC. As fases secundárias são produtos de um processo metamórfico posterior.Item Ocorrência de ferropirosmalita nas brechas mineralizadas do depósito dE Au-Cu-(±ETR-U) de Igarapé Bahia, província mineral de Carajás.(1999) Tazava, Edison; Oliveira, Claudinei Gouveia de; Gomes, Newton SouzaNos últimos anos, diversos trabalhos têm reportado a presença de minerais da série da pirosmalita [(Fe,Mn)8Si6O15(OH,CI)10] em depósitos de sulfetos maciços vulcano-exalativos e depósitos de Fe-Mn metamorfizados. Neste trabalho, apresentamos uma descrição inédita da ferropirosmalita no depósito de Au-Cu-(±ETR-U) de Igarapé Bahia, localizado no distrito auro-cuprífero da Província Mineral de Carajás. Admite-se que esse depósito foi gerado por processos similares àqueles envolvidos na génese dos depósitos da classe óxidos de ferro-(Au-Cu-U-ETR) do tipo Olympic Dam. A ferropirosmalita descrita ocorre sob dois contextos: í) associada a veios e vênulas carbonáticas; e ii) associada a brechas heterolíticas compostas por fragmentos de formação ferrífera bandada, metavulcânicas básicas e matriz rica em magnetita, calcopirita, bornita, pirita, siderita, minerais ricos em urânio e elementos terras raras, anfibólio, stilpnomelana, clorita e quartzo. O crescimento da ferropirosmalita teria envolvido a substituição de minerais ricos em ferro (clorita, magnetita e siderita), controlado pela introdução de fluidos magmáticos ricos em cloro. A percolação dos fluidos foi induzida pela permeabilidade elevada das brechas e também pela descontinuidade ao longo das paredes de vênulas carbonáticas. O modo de ocorrência da ferropirosmalita e o seu rescimento em equilíbrio com anfibólio (ferro-hornblenda actinolítica) são sugestivos de crescimento metassomático para o mineral, supostamente sob condições térmicas na transição das fácies xisto verde/anfibolito. A ferropirosmalita descrita no depósito de Au-Cu-(±ETR-U) de Igarapé Bahia representa assim um exemplo pouco comum da formação desse mineral sob condição hidrotermal/magmática.Item Characterization and origin of spongillite-hosting sediment from João Pinheiro, Minas Gerais, Brazil.(2010) Almeida, Ariana Cristina Santos; Gomes, Newton Souza; Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino; Varajão, César Augusto Chicarino; Ribeiro, Cecília VolkmerSpongillite from João Pinheiro, Minas Gerais, Brazil is mainly known for its use in brick production and in the refractory industry. Very few studies have focused on its geological context. Spongillite-rich deposits occur in shallow ponds on a karstic planation surface developed on rocks of the Neoproterozoic São Francisco Supergroup. Cenozoic siliciclastic sediments are related to this surface. A field study of these deposits and analysis of multispectral images showed a SE–NW preferential drainage system at SE, suggesting that Mesozoic Areado Group sandstones were the source area of the spongillite-hosting sediments. Mineralogical and textural characterization by optical microscopic analysis, X-ray diffraction (XRD), differential and gravimetric thermal analysis (DTA-GTA), infrared spectroscopy (IR) and scanning electron microscopy (SEM) of seven open-pit spongillite-rich deposits (Avião, Carvoeiro, Vânio, Preguiça, Divisa, Severino, Feijão) showed a sedimentological similarity between the deposits. They are lens-shaped and are characterized at the bottom by sand facies, in the middle by spicules-rich muddy-sand facies and at the top by organic matter-rich muddy-sand facies. Petrographically, the spongillite-hosting sediments and the siliclastic sediments of the Areado Group show detrital phases with similar mineralogical and textural features, such as the presence of well-sorted quartz grains and surface features of abrasion typical of aeolian reworking that occurred in the depositional environment in which the sandstones of the Areado Group were formed. Detrital heavy minerals, such as staurolite, zircon, tourmaline, and clay minerals, such as kaolinite, low amounts of illite, scarce chlorite and mixed-layer chlorite/smectite and illite/smectite occur in the spongillite-hosting sediments and in sandstones from the Areado Group. In both formations, staurolite has similar chemical composition. These mineralogical and textural features show that the sediments of the Areado Group constitute the main source of the pond sediments that host spongillite.Item Bauxitisation of anorthosites from Central Brazil.(2011) Oliveira, Fábio Soares de; Varajão, Angélica Fortes Drummond Chicarino; Varajão, César Augusto Chicarino; Boulangé, Bruno; Gomes, Newton SouzaPetrological studies using X-ray diffraction (XRD), X-ray fluorescence (XRF), optical microscopy, scanning electron microscopy (SEM-EDS) and electron microprobe analyzer (WDS) showed the mineralogical, micromorphological and geochemical transformations due to the bauxitisation of anorthosite from the Barro Alto Stratiform Mafic–Ultramafic Complex (Central Brazil). The hydrolytic alteration of the anorthosite occurred in two different stages in accordance with the order of stability of the minerals to the weathering: firstly the bytownite and secondly the ferromagnesian minerals. The weathering solutions, benefited from the existing network of fractures, percolated the weakness zones of the minerals characterising the microsystem of contact in which cores of plagioclase and ferromagnesian minerals were formed. In the first stage, the plagioclases are altered directly to gibbsite, and at an early stage, during the change process, the gibbsite crystals surround the primary ferromagnesian minerals that are totally or partially preserved. The transformation is isalteritic and is responsible for formation of porous alteromorphs consisting of septa of coarse gibbsite and fine gibbsite. As the weathering process advances, the ferromagnesian minerals directly enter to goethite. The boxworks of gibbsite and goethite characterise a primary plasmic microsystem.Item Caracterização do hidrotermalismo “verde” em rochas siliciclásticas do Grupo Pajeú (Supergrupo Oliveira dos Brejinhos), Espinhaço Setentrional, Bahia.(2010) Danderfer Filho, André; Gomes, Newton Souza; Alves, Kelly CristinaO Grupo Pajeú constitui a unidade superior do Supergrupo Oliveira dos Brejinhos ocorrendo na borda leste da Serra do Espinhaço Setentrional no estado da Bahia. Essa unidade corresponde ao preenchimento de uma bacia do tipo rifte, durante um dos estágios evolutivos da Bacia Espinhaço no norte do Craton São Francisco. A Formação Riacho Fundo, unidade basal do Grupo Pajeú, foi depositada predominantemente por sistemas de leques aluviais e de rios anastomosados, submetidos ao retrabalhamento eólico. Subsequentemente, esta sucessão foi recoberta pelos sedimentos da Formação Ipuçaba, depositados num sistema retrogradacional lacustrino-deltáico. O estágio final do preenchimento da bacia na parte sul foi caracterizado pela ocorrência de vulcanismo intermediário a ácido associado à deposição de sedimentos clásticos e vulcanoclásticos da Formação Bomba, de idade eo-calamiana. De forma notável no segmento norte da bacia, a pilha sedimentar do Grupo Pajeú foi afetada por um evento hidrotermal, responsável por conferir uma coloração verde às rochas epiclásticas das formações Riacho Fundo (arenitos e conglomerados) e Ipuçaba (arenitos, pelitos e diamictitos). As rochas mais antigas do embasamento, representadas por gnaisses do Complexo Paramirim foram igualmente afetadas por este evento, já as sucessões sedimentares superiores não exibem efeitos de alteração hidrotermal, à exceção dos arenitos eólicos basais da Formação Bom Retiro que capeiam toda a extensão do Grupo Pajeú. Investigações microscópicas e por meio de microssonda permitiram caracterizar uma paragênese mineral rara que inclui granada, anfibólio, epídoto, titanita, quartzo e albita. A origem do evento hidrotermal assim como da paragênese mineral a ele associado poderia ser relacionado com o estágio final de formação do rifte Pajeú, tendo como fonte de fluidos o magmatismo que deu origem às rochas vulcânicas da Formação Bomba.