DEGEO - Departamento de Geologia
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Item Modelagem geo-ambiental e interdisciplinar para ordenamento do território com corredores florestais ecológico-econômicos.(2008) Martins Júnior, Paulo Pereira; Carneiro, João Álvaro; Novaes, Leandro Arb d’Abreu; Vasconcelos, Vitor Vieira; Gomes, Lawrence de Andrade Magalhães; Paiva, Danilo AlmeidaDesmatamento intensivo veio a ser um procedimento histórico na ocupação territorial e também a prática corrente em nossos dias de projetos de agricultura intensiva. Os impactos sobre o bioma de tipo savana, Cerrado, são inequívocos. Há evidências de conceitos errôneos na administração pública, sua ineficiência e pouco esclarecimento acerca das relações da agricultura com a bacia hidrográfica. A questão principal é: como expandir a frente agrícola, com algum desmatamento necessário e reflorestamento estratégico sem produzir-se irreversibilidade que possa afetar o bioma como um todo? Esta questão é um problema atual que exerce pressão social, política e econômica tanto quanto mais se demanda por bens agrícolas em um crescimento de população já previsto para os próximos 50 anos. Pelo mesmo fato a possibilidade de atuar corretamente na gestão agrícola e geo-ambiental com modelos consistentes, ecológica e economicamente, é a tese deste artigo.Item Zoneamentos ecológicos de bacias hidrográficas e importância econômica.(2008) Martins Júnior, Paulo Pereira; Rosa, Sidney Augusto Gonçalves; Cantisano, Marco Antonio Martins; Gomes, Lawrence de Andrade MagalhãesItem Lógica para Modelos de Integração de conhecimentos para auxílio à decisão - plantios florestais ecológico-econômicos em zonas de recarga de aqüíferos.(2010) Martins Júnior, Paulo Pereira; Carneiro, João Álvaro; Endo, Issamu; Marques, António Francisco Sá e Melo; Vasconcelos, Vitor Vieira; Novaes, Leandro Arb d’Abreu; Gomes, Lawrence de Andrade Magalhães; Jano, Douglas RezendeAs Geociências Agrárias e Ambientais (GAA) integram ciências e conhecimentos para as práticas da agricultura, silvicultura e zoocultura na gestão agrogeológica e ambiental. Interligar ciências perfaz um conjunto de operações para constituir as: (1) bases de conhecimentos (2) articulações lógicas entre essas bases (3) e entre os modelos dos processos naturais e tecnológicos e (4) previsões de impactos que advenham a Zonas de Recarga de Aqüíferos (ZRAs), à circulação hídrica, a qualidade da água e a estabilidade dos terrenos. Para o ato de decidir, a questão central é internalizar nos procedimentos lógicos “os aspectos de corte para a decisão” entre as diversas ciências, técnicas, sistemas naturais e temas de segurança. Quatro questões geo-ambientais estão no centro deste processo de auxílio à decisão para integrar as: (1) variáveis paramétricas medidas (2) condicionantes estruturais (3) condicionantes geodinâmicos e (4) sensibilidade a intervenções. Evidenciou-se passos lógicos para estabelecer um programa de auxílio à decisão que trate do conjunto de questões que envolvem esses temas para uso de áreas sensíveis como as ZRAs.Item Uso optimal do território de bacia hidrográfica com fundamentos no conceito de geociências agrárias e ambientais – bacia do ribeirão Entre Ribeiros no vale do rio Paracatu.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Gomes, Lawrence de Andrade Magalhães; Martins Júnior, Paulo PereiraA agricultura oferece um desafio à humanidade não somente no que diz respeito à produção, mas, sobretudo à não destruição dos sistemas naturais nos quais está inserida e faz parte, a saber, a bacia hidrográfica e os ecossistemas associados. Nesse sentido, faz-se necessário adotar e perseguirmodos de conjugação da atividade econômica com a geo-ecologia para um processo de sustentação tanto dos sistemas naturais quanto dos aspectos econômicos inerentes e desenvolvidos nestas regiões. A bacia do Ribeirão Entre Ribeiros, pertencente ao Vale do Rio Paracatu, afluente da margem esquerda no médio curso do Rio São Francisco, ocupada basicamente pela atividade agrícola, é um caso claro onde uma intervenção abrupta sobre o ambientenatural foi proferida, haja visto que várias condições geo-ambientais não foram e não têm sido devidamentecontempladas e respeitadas. Os reflexos, em decorrência do intenso e, muitas vezes, inadequado uso, apresentam, atualmente, um baixo grau de conservação ambiental, com conseqüências sobretudo nos recursos hídricos, na vegetação e na fauna. Soma-se a isso, o fato de que a maior parte dos produtores rurais da bacia se encontra, hoje, em uma situação econômica extremamente delicada, fruto de crises conjunturais passadas e de intensos investimentos e empréstimos que aindanão foram amortizados. Diante deste quadro, este estudo visou fornecer e projetar, a partir do levantamento sistemático das características de formação e da avaliação das condições atuais da bacia, algumas medidas e proposições de solução e mitigação frente aos principais desequilíbrios, no intuito de alcançar um ordenamento territorial e, conseqüentemente, conferir a possibilidade de usar o terreno de maneira ótima e inteligente. Para isso foi realizado um levantamento bibliográfico com ênfase em técnicas de plantio e conceitos para aplicação de corredores florestais com vistas a compreender e indicar medidas que conciliem o binômio ecologia-economia. Após esta etapa, foram avaliadas as principais distorções do uso antrópico na bacia e elaborado um mapa de utilização do território atual o qual possibilitou verificar o grau de estabilidade e geovulnerabilidade através do índice de vegetação para as relações entre as formações vegetais e áreas desmatadas, isto é, tipos de vegetação que ainda permaneceram pelas áreas totais da bacia. Este mostrou que tal bacia apresenta um quadro preocupante, uma vez que a cobertura natural está na ordem de 31,21% em relação à sua área total e ainda com tendências a uma maior diminuição. O passo seguinte foi a geração de uma proposta de zoneamento através de Unidades Geoambientais homogêneas, visto que esta permite uma compreensão ampliada e aplicada dos processos e favorece a gestão territorial. Tal proposta culminou na criação de 7 Unidades tendo como base o cruzamento das classes de Geomorfologia, Pedologia e Lito-Estratigrafia associado à análise do uso antrópico do território. Ao final, apresentou-se um cenário alternativo com propostas de mitigação sob o conceito de “ecologia-economia” tendo como medida base a introdução de corredores ecológico-econômicos. Assim foram evidenciados vários benefícios que os mesmos poderiam acarretar à região. Destacou-se ainda que tal proposição quando aliada às medidas “tradicionais” de conservação, como conservação do solo e da água, além de um maior subsídio aos produtores, permitem uma ampla possibilidade de alcançar o ordenamento territorial, bem como resguardar o amplo espectro de suas funções ecológico-econômicas. Dessa forma, o uso optimal pode ser auferido. A posse desse estudo e de outros mais específicos, constitui-se a base para se tomar decisões e para orientar programas de organização e ordenamento do território que sejam compatíveis com a dinâmica viva do ambiente e a sua organização sistêmica. Além disso, deve-se contar com um processo contínuo de monitoramento para que se observe a aplicação das medidas desenvolvidas, bem como a demanda para novas soluções de acordo com a modificação do espaço e ambiente. Assim, novos estudos serão demandados, novos níveisde decisão serão exigidos, e mais uma vez será necessária uma visão de diversas abordagens e a interação e integração de diferentes campos do saber para traduzir, reconstruir e contextualizar a realidade