DEGEO - Departamento de Geologia
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Item The Tectonic interaction between the Paramirim Aulacogen and the Araçuaí Belt, São Francisco craton region, Eastern Brazil.(2006) Cruz, Simone Cerqueira Pereira; Alkmim, Fernando Flecha deO aulacógeno do Paramirim, instalado na porção norte do Cráton do São Francisco, corresponde a dois riftes superpostos e parcialmente invertidos de idades paleo e neoproterozóicas. A Saliência do Rio Pardo da Faixa Araçuaí define o limite local do cráton e interfere com as estruturas do aulacógeno. Visando determinar o mecanismo e a idade da interação tectônica entre essas feições durante o processo de inversão, uma análise estrutural foi realizada na porção meridional do aulacógeno do Paramirim e ao longo da Saliência do Rio Pardo. Os resultados obtidos indicam que a Saliência do Rio Pardo formou-se durante um estágio precoce de fechamento do sistema de riftes neoproterozóicos Macaúbas e refletindo o início do desenvolvimento do Orógeno Araçuaí. O front orogênico propagou-se em direção a norte, Cráton adentro, causando um primeiro estágio de inversão da terminação sudeste da calha aulacogênica. Posteriormente, o Aulacógeno do Paramirim experimentou o principal estágio de inversão, o qual levou ao desenvolvimento de um sistema de dobramentos e cavalgamentos com embasamento envolvido e orientado na direçãoNNW. Esses elementos tectônicos se superimpõem à Saliência doRio Pardo e estruturas de ambos estágios de inversão afetam a Formação Salitre, amais jovem unidade neoproterozóica da área, indicando assim uma idade no máximo tardi-neoproterozóica para todos os estágios de inversão do aulacógeno do Paramirim.Item A história de inversão do aulacógeno do Paramirim contada pela Sinclinal de Ituaçu, extremo sul da Chapada Diamantina.(2007) Cruz, Simone Cerqueira Pereira; Alkmim, Fernando Flecha deO Aulacógeno do Paramirim, localizado na porção nordeste do Cráton do São Francisco, é um rifte parcialmente invertido e representa o sítio deposicional das duas maiores unidades de cobertura, os supergrupos Espinhaço e São Francisco, de idades paleo/mesoproterozóica e neoproterozóica, respectivamente. A inversão do aulacógeno resultou em um sistema de falhas e dobras com trend NNW-SSE que domina o cenário estrutural regional. A idade da inversão e seu mecanismo vêm persistindo ao longo dos anos como matéria de debate na literatura geológica brasileira. Localizada no extremo sul do Aulacógeno, a sinclinal de Ituaçu é uma depressão sinformal que pertence ao conjunto de estruturas de inversão dominantes. Repousando sobre o embasamento, a sinclinal de Ituaçu envolve todas as unidades sedimentares proterozóicas de preenchimento do aulacógeno. Por causa disso, a sinclinal de Ituaçu pode ser vista como uma miniatura do Aulacógeno do Paramirim, representando um laboratório natural para a análise das estruturas de inversão e teste de hipóteses relativas à sua evolução tectônica. A investigação estrutural detalhada baseada em dados de campo permitiu documentar duas famílias de estruturas relacionadas com essa inversão. A família mais antiga, Da, marca o descolamento entre a cobertura e o substrato cristalino, sendo constituída por falhas e dobras que mostram uma orientação geral segundo WSWENE e vergência dirigida para NNE. A família mais jovem, Dp, compreende um rico e diversificado acervo de estruturas com trend NNW-SSE, vergência para ENE. Está representado por falhas e dobras que estruturam a sinclinal e que foram desenvolvidas inicialmente acima e no limite entre o substrato cristalino e a cobertura, seguido por envolvimento do embasamento na deformação. Ambas as famílias de estruturas afetam os carbonatos da Formação Salitre, a mais jovem unidade de preenchimento do aulacógeno, indicando assim uma idade máxima neoproterozóica para a inversão da porção sul do Aulacógeno do Paramirim. As estruturas Da foram interpretadas como uma conseqüência da migração do front de deformação brasiliana para norte, em direção ao aulacógeno, da mesma forma como documentada em muitas outras áreas próximas à borda sudeste do Cráton do São Francisco. As estruturas Dp refletem o fechamento frontal do aulacógeno, em função a um encurtamento geral WSW-ENE, que foi provavelmente induzida pelas colisões durante a colagem Brasiliana-Panafricana.