DEGEO - Departamento de Geologia
URI permanente desta comunidadehttp://www.hml.repositorio.ufop.br/handle/123456789/8
Navegar
3 resultados
Resultados da Pesquisa
Item Evolução tectono-estratigráfica da porção norte do Espinhaço Central, Norte de Minas Gerais.(2017) Costa, Alice Fernanda de Oliveira; Danderfer Filho, André; Danderfer Filho, AndréNa faixa Araçuaí, desenvolvida na borda sudeste do cráton do São Francisco, há registros de coberturas sedimentares mais jovens do que 1.8 Ga que remontam vários episódios de embaciamento sedimentar. A partir da identificação de discordâncias e descontinuidades estratigráficas juntamente com a análise geocronológica U-Pb em zircão, foi possível caracterizar a evolução estratigráfica de um segmento localizado no extremo norte da faixa Araçuaí, no domínio fisiográfico da serra do Espinhaço Central. Os resultados obtidos indicam o registro de quatro ciclos de primeira ordem, sendo dois relacionados a episódios de magmatismo na região. O primeiro ciclo compreende uma sucessão vulcanossedimentar estateriana (Grupo Terra Vermelha) constituída por conglomerados e arenitos de natureza aluvial, associados com o preenchimento de um rifte. No topo dessa sucessão ocorrem rochas vulcânicas com idade de 1758 ± 4 Ma, interpretada como a idade do rifte Terra Vermelha. Os arenitos eólicos (Formação Pau d‘Arco) que cobrem essa unidade foram interpretados como o preenchimento relacionado a subsidência termal pós-rifte. Os zircões detríticos obtidos para essa unidade revelam uma idade máxima de sedimentação de 1675± 22 Ma. O segundo ciclo compreende outra etapa de rifteamento registrado na sucessão vulcanossedimentar calimiana do Grupo Mato Verde. Essa sucessão inclui conglomerados com arenitos intercalados e pelito subordinado depositados em ambientes de leques aluviais, fluvial e lacustre. No topo, ocorrem rochas vulcânicas e vulcanoclásticas datadas em 1524 ± 6 Ma, finalizando a evolução do rifte Mato Verde. Os depósitos de natureza eólica registrados na Formação Vereda da Cruz que cobrem essa unidade são interpretados como o estágio de subsidência termal do rifte. Os zircões detríticos obtidos para essa sucessão revelam idades máxima de sedimentação de 1616 ± 30 Ma. O terceiro ciclo inclui a sucessão siliciclástica do Grupo Sítio Novo, constituída por arenitos estratificados e conglomerados e pelitos subordinados com características que indicam deposição em ambiente costeiro a marinho raso. Os zircões detríticos para essa unidade revelam idade máxima de deposição em 1106 ± 10 Ma. As rochas máficas que cortam essa unidade mostram idade U-Pb em torno de 900 Ma, definindo a idade mínima de sedimentação para o Grupo Sítio Novo. O último ciclo registra o preenchimento de um rifte intracontinental representado pelo Grupo Santo Onofre, o qual consiste de pelitos carbonosos, arenitos e conglomerados associados com fases de sedimentação de águas profundas e rasas. Os zircões detríticos obtidos para essa unidade revelam idade máxima de deposição em torno de 865 Ma. Os resultados obtidos mostram que a sedimentação correspondente ao desenvolvimento desses quatro ciclos ocorreu durante um longo período de tempo, cobrindo uma grande área no bloco São Francisco.Item O registro do vulcanismo calimiano no Espinhaço Central (MG) : caracterização petrofaciológica, geoquímica e geocronológica.(2014) Costa, Alice Fernanda de Oliveira; Danderfer Filho, André; Lana, Cristiano de CarvalhoA Formação Riacho Seco define a unidade superior do Grupo Mato Verde que ocorre na borda oeste do Espinhaço Central no norte de Minas Gerais, constituindo parte importante do registro tectonoestratigráfico da bacia Espinhaço. Ela remonta um importante registro vulcano-sedimentar associado a um dos estágios de rifteamento da bacia no norte da Faixa Araçuaí; compreende rochas vulcânicas efusivas e piroclásticas, além de depósitos epiclásticos associados, com texturas e estruturas bastante preservadas. Estudos petrofaciológicos e químicos permitiram distinguir quatro grupos de fácies vulcanogênicas geneticamente relacionados, que são: litofácies de fluxo magmático, litofácies hidroclástica, litofácies piroclástica e litofácies epiclástica. A idade U-Pb de 1524±6 Ma obtida em zircão de dacito evidencia que o vulcanismo se relaciona ao segundo episódio de rifteamento da bacia Espinhaço, de idade Calimiana. A sucessão vulcano-sedimentar aqui estudada apresenta uma unidade cronocorrelata e de constituição litofaciológica semelhante no Espinhaço Setentrional, representada pela sucessão vulcanogênica da Formação Bomba (Grupo Pajeú). Ambas as situações permitem argumentar favoravelmente por evolução policíclica da bacia Espinhaço, uma vez que o primeiro episódio de rifteamento foi datado no início do Estateriano.Item Estratigrafia e tectônica da borda oeste do Espinhaço Central no extremo norte da faixa Araçuaí.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Costa, Alice Fernanda de Oliveira; Danderfer Filho, AndréNeste trabalho apresentam-se os aspectos gerais relacionados com a evolução tectono-estratigráfica do intervalo basal da bacia Espinhaço no domínio do Espinhaço central. O segmento estudado está localizado na ‘’zona triangular de Monte Azul’’ (ZTMA) a qual representa uma feição morfoestrutural definida pela falha de Santo Onofre, de direção N-S e pelos contatos aproximadamente lineares das rochas supracrustais com o embasamento. Esta pesquisa foi motivada pela carência de estudos detalhados sobre o acervo sedimentar e o estilo estrutural da área, o pouco conhecimento acerca dos eventos de formação da bacia e dos processos de inversão tectônica, bem como a ausência de datações para esse segmento. Essas questões foram abordadas a partir da distribuição espacial das fácies sedimentares e vulcânicas, da análise dos processos formadores, da utilização de análise estrutural convencional e também da obtenção de idades do embasamento e vulcanismo ocorrente na bacia. Com base na análise do arcabouço estratigráfico foram reconhecidas três unidades limitadas por discordância ou descontinuidade estratigráfica – os sintemas, denominados da base para o topo: Mato Verde, Vereda da Cruz e Montevidéu. O acervo estratigráfico do Sintema Mato Verde sugere o preenchimento vulcano-sedimentar de um rifte compartimentado em dois hemigrábens. A sua sucessão basal (Formação Panelas) compreende principalmente uma sedimentação siliciclástica por sistema de leques aluviais e, subordinadamente, fluvial e lacustre/marinho. Já a sucessão superior (Formação Riacho Seco) registra uma atividade vulcânica ácida com um expressivo vulcanismo explosivo associado (rochas piroclásticas), sendo datada em 1524 ± 6 Ma (U-Pb em zircões). O Sintema Vereda da Cruz é constituído apenas por depósitos de natureza eólica, interpretados aqui como o preenchimento de uma depressão termal pós-rifte. O Sintema Montevidéu representa o preenchimento de um novo rifte constituído por fácies aluviais, transicionais e marinhas. De acordo com a análise estrutural foi verificado que a área em foco corresponde a um segmento bacinal ensiálico invertido, onde o embasamento foi envolvido na deformação da cobertura. As relações entre geometria pré-inversão e de inversão da bacia são evidentes e explicam a configuração atual da ZTMA. O granito da Suíte Catolé que ocorre intrusivo no embasamento cristalino foi datado em 1792 ± 7 Ma (U-Pb em zircões), o que indica que a tectônica de inversão é posterior, relacionada com o evento tectono-metamórfico Brasiliano. Com base nesses resultados foi elaborado um modelo de evolução para a área e proposto a formalização das unidades mapeadas. Dessa forma, a compreensão da complexa interação da sedimentação, vulcanismo e tectônica foi essencial para a temporização e evolução de bacias proterozóicas.