DEGEO - Departamento de Geologia
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Item Metamorphism and exhumation of basement gneiss domes in the Quadrilátero Ferrífero : two stage dome-and-keel evolution?(2019) Cutts, Kathryn Ann; Lana, Cristiano de Carvalho; Alkmim, Fernando Flecha de; Farina, Federico; Moreira, Hugo Souza; Coelho, Viviane VianaThe presence of dome-and-keel provinces in Archean cratons has been connected with the initiation of plate tectonics on Earth as these features are most commonly observed in Archean rocks. The Quadrilátero Ferrífero in Brazil has been identified as a Paleoproterozoic dome-and-keel province for more than three decades. The prevailing model suggests that it formed during the Rhyacian Transamazonian orogeny, making it unique among dome-and-keel provinces. However, a lack of appropriate lithologies, datable minerals and the metamorphic overprint of later orogenesis has resulted in a cryptic metamorphic record for the formation of this dome-and-keel province. A clinopyroxene-bearing migmatite from the core of the Bação dome has peak PeT conditions of 5e7 kbar and 700e750 C and a published age of ca. 2730 Ma based on UePb ages of zircon from leucosomes, suggesting that this age represents the migmatisation event. A fine-grained epidote-albite-titanite assemblage overprints the coarse-grained clinopyroxene and amphibole, giving PeT conditions of 8e9 kbar and 550 C with an associated titanite age of ca. 2050 Ma. A garnet-bearing amphibolite sample also from the core of the dome has peak PeT conditions of 7e8 kbar and 650e700 C, and texturally late titanite from this sample produces an age of ca. 2060 Ma. Three additional samples were collected from the edges of the dome. A garnet-gedrite bearing felsic schist produces peak PeT conditions of 8e9 kbar and 650e700 C on a clockwise PeT evolution. This sample has a UePb zircon age of ca. 2775 Ma, which could date metamorphism or be the age of its volcaniclastic protolith. Texturally unconstrained titanite from the sample gives an age of ca. 2040 Ma. A garnet-bearing amphibolite that occurs as a boudin within the felsic schist gives both zircon and titanite ages of ca. 2050 Ma and has peak PeT conditions of 5e6 kbar and 650e700 C on a near isobaric PeT path. An amphibolite dike, observed to cross-cut the felsic schist produces a zircon UePb age of ca. 2760 Ma. Altogether this data suggests that the samples were metamorphosed in the Archean (ca. 2775e2730 Ma) and again during the Transamazonian event. The most plausible explanation for this data is that dome-and-keel formation occurred in the Archean with migmatisation and high-temperature metamorphism occurring at this time. The Paleoproterozoic event is interpreted as a reactivation of the dome-and-keel formation structures, with Paleoproterozoic keels crosscutting Archean keels and producing metamorphic aureoles. The high radiogenic heat production and the presence of dense sedimentary successions in Archean terranes make dome-and-keel provinces a uniquely Archean feature, but they are susceptible to reworking, resulting in an enigmatic record of formation.Item Modelagem metamórfica e geocronologia de xistos e anfibolitos do grupo Nova Lima, Supergrupo Rio das Velhas, Quadrilátero Ferrífero.(2015) Coelho, Viviane Viana; Lana, Cristiano de Carvalho; Queiroga, Gláucia NascimentoPara entender a evolução metamórfica da província domos e quilhas do Quadrilátero Ferrífero foi realizado um modelamento metamórfico em granada xistos e granada anfibolitos, rochas supracrustais do Grupo Nova Lima, que encontram-se em contato tectônico com os domos do Bação e Belo Horizonte. Interpretação de dados obtidos através de descrição petrográfica, química mineral e modelagem metamórfica com o uso de pseudosseções P-T permitiram à determinação das condições P-T, a profundidade de soterramento na crosta, o gradiente geotérmico e as trajetórias P-T-t seguida pelas rochas durante o metamorfismo. Estudos petrográficos apontam que as rochas supracrustais apresentam paragêneses compostas por granada + plagioclásio + hornblenda (granada anfibolitos) e granada + plagioclásio + gedrita + biotita (granada xistos) correspondentes a um metamorfismo de fácies anfibolito. Química mineral em granada, dos granada xistos e granada anfibolitos, mostra que os porfiroblastos são ricos em almandina, com conteúdos menores de piropo, grossularita e espessartita. O anfibólio ferromagnesiano dos granada xistos são majoritariamente cristais de gedrita, enquanto que, nos granada anfibolitos corresponde aos membros cummingtonita ou grunerita. Anfibólios cálcicos presentes nos granada anfibolitos foram classificados como: magnésiohornblenda; hornblenda tschermakita; pargasita e ferro-pargasita. A biotita dos granada anfibolitos foi classificada como membro intermediário da série flogopita – annita, enquanto que, a biotita dos granada xistos é mais magnesiana, sendo mais próxima aos membros flogopita e eastonita. Plagioclásio, dos granada xistos e granada anfibolitos, corresponde, principalmente, aos membros oligoclásio e andesina. Condições P-T para o pico metamórfico dos granada xistos indicam pressões entre 8,9 – 11,4kbar e temperaturas entre 662 – 705°C. Para as assembleias retrometamórficas, os valores estão restritos a 595°C – 639°C e 7,9 – 9,5 kbar. As condições P-T para o pico de metamorfismo dos granada anfibolitos são bastante variáveis e estão entre 5,9 – 11,8 kbar e 577°C –750°C. Zircões extraídos de anfibolito e granada xisto forneceram idades de cristalização de 2.744,6 ± 5,7 Ma e 2.761,4 ± 3,5 Ma, respectivamente, confirmando que estas rochas pertencem ao Grupo Nova Lima e teriam sido formadas durante o Evento Rio das Velhas II. Cristais de titanitas e zircões extraídos de granada xisto e granada anfibolito forneceram idades de 2.042 ± 11 Ma, 2.056 ± 5,6 Ma e 2.072 ± 6,7 Ma para o metamorfismo destas rochas, que estão correlacionadas ao final do Ciclo Transamazônico. A partir do modelamento metamórfico dos granada xistos foram construídas duas trajetórias P-T-t, sendo uma horária e outra anti-horária, que, no entanto, mostram descompressão aliada a diminuição da temperatura. Este alívio de pressão foi associado ao evento distensivo, responsável pela exumação dos domos, provavelmente, durante a extensão pós-orogênica ocorrida em aproximadamente 2.095 Ma. As condições P-T encontradas são indicativas de gradiente geotérmico baixo (~ 23°C/km) e profundidades da ordem de 32 km na crosta. O baixo gradiente geotérmico está associado a um ambiente crustal frio e rígido, com reologia semelhante à moderna crosta continental. Desta forma, conclui-se que a evolução da província de Domos e Quilhas do Quadrilátero Ferrífero deu-se a partir dos mecanismos de tectônica de placas, envolvendo colisão, colapso orogênico associados a uma zona de descolamento extensional.