DEGEO - Departamento de Geologia
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Item Modelagem física analógica de estruturas pós-sal relacionadas a uma inversão tectônica.(2019) Almeida, Gisela Miranda de Souza; Gomes, Caroline Janette Souza; Gomes, Caroline Janette Souza; Reis, Humberto Luis Siqueira; Silva, Fernando César Alves daA partir da década de 80, cresceram as pesquisas de modelagem física analógica de bacias sedimentares distensivas, inicialmente sem a intercalação de camadas evaporíticas. Estas, quando introduzidas nos modelos levantaram uma série de novos questionamentos sobre a deformação das bacias, uma vez que o sal constitui um material de comportamento mecânico significativamente diferente daquele de outras rochas sedimentares. Os estudos experimentais existentes na literatura posicionam a camada dúctil de silicone (análogo ao sal) dentro da unidade sin-rifte ou diretamente sobre o embasamento, relacionando a deformação da bacia ao strength do sal, e este (o strength), por sua vez, à espessura tanto da camada dúctil quanto da cobertura rúptil (pacote pós-sal) assim como à velocidade de deformação. O intuito do presente trabalho é dar uma contribuição ao tema analisando-se o comportamento de uma bacia submetida à inversão tectônica com a camada de silicone no pós-rifte. Assim, investigou-se a deformação no sin-rifte e no pós-silicone. Foram desenvolvidos 15 modelos em caixa de experimentos com dimensões internas de 35 cm x 23.4 cm x 10 cm (comprimento x largura x altura). Nestes, empregaram-se a areia de quartzo para representar as unidades rúpteis, do pré-, sin e pós-rifte da bacia, e o silicone (polydimethylsiloxane) para simular a camada de sal intercalada no pós-rifte. A primeira fase de deformação, uma distensão de 6 cm, foi a mesma para todos os modelos, enquanto, na segunda, de compressão, variaram-se a espessura do pacote pós-rifte (das camadas de silicone e do póssilicone), a magnitude e a velocidade de deformação. Um modelo apresentava somente extensão. Após a deformação, os modelos foram umidificados com água para a obtenção de perfis paralelos à direção do transporte tectônico. Os modelos revelaram que, independente da geometria da bacia, simétrica ou assimétrica, ou da presença de um descolamento basal dúctil, uma camada de silicone no pós-rifte causa um processo de deslizamento gravitacional do silicone em decorrência à ascensão da bacia invertida. Como resultado da deformação ocorreram feições de fluxo do tipo afinamento da camada de silicone, nas porções mais elevadas, e espessamento e injeção do material viscoso ao longo de falhas reversas. A análise dos fatores que influenciam o strength do sal revelou que a deformação rúptil no pós-silicone foi maior quando os parâmetros eram reduzidos, isto é, baixa espessura das camadas de silicone e pós-silicone e da velocidade de deformação. Com o aumento destes parâmetros, a transmissão dos esforços para a cobertura foi pequena, reduzindo o acoplamento entre a deformação rúptil, acima e abaixo da camada de silicone. Além disto, o aumento da espessura do pós-silicone significou o crescimento da tensão normal, o que promoveu fluxo mais intenso do material viscoso e uma deformação rúptil distante da bacia. No interior da bacia, a inversão causou reativação de falhas normais e a formação de novas falhas compressivas. Sob alta magnitude de deformação e sob condições favoráveis de espessuras e velocidade de deformação, um alto rejeito das falhas, mais comum entre as falhas compressivas, causou a sua transmissão ao pós-silicone. Feições similares foram reconhecidas na Bacia de Tucumán (Argentina).Item Testing the influence of a sand mica mixture on basin fill in extension and inversion experiments.(2014) Gomes, Caroline Janette Souza; D'Angelo, Taynara; Almeida, Gisela Miranda de SouzaCompara-se a deformação produzida em areia e em uma mistura de areia com cristais de micas (na proporção 14:1, em peso), empregadas para simular o preenchimento de uma bacia em modelos de extensão e inversão, para analisar o potencial da mistura areia com cristais de micas para o uso em modelos físicos que requerem um material analógico, de fortes propriedades elasto-fricional plásticas. A areia e a mistura areia com cristais de micas possuem ângulos de atrito interno, similares, mas a mistura se deforma sob uma tensão cisalhante crítica significativamente mais baixa. Na extensão, os experimentos nos quais a mistura areia com cristais de micas preenche as bacias revelam um número menor de falhas normais. Durante a inversão, a diferença mais importante entre as bacias, preenchidas com areia e com a mistura areia com cristais de micas, é relacionada à deformação interna de dobras de propagação de falhas que cresce com o aumento do ângulo de atrito basal. Conclui-se que a mistura areia com cristais de micas, de fortes propriedades elastofricional plásticas, pode ser empregada para a simulação de dobras em experimentos que pretendem simular uma inversão moderada, na crosta rúptil.