DEGEO - Departamento de Geologia
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Item Geocronologia U-Pb (SHRIMP) e Sm-Nd de xistos verdes basálticos do Orógeno Araçuaí : implicações para a idade do Grupo Macaúbas.(2005) Babinski, Marly; Soares, Antônio Carlos Pedrosa; Gradim, Rafael Jaude; Alkmim, Fernando Flecha de; Noce, Carlos Maurício; Liu, DunyiNo vale do Rio Preto, setor ocidental do Orógeno Araçuaí (ca. 60 km a NE de Diamantina), ocorrem xistos verdes de filiação basáltica, cuja idade e posição estratigráfica foram motivo de controvérsia, pois os autores dividiram-se naqueles que os atribuíram ao Grupo Macaúbas (Neoproterozóico) e naqueles que os correlacionaram ao Supergrupo Espinhaço inferior (ca. 1,7 Ga). Entretanto, estudos detalhados demonstram que os xistos verdes representam derrames basálticos submarinos, sedimentação vulcanoclástica e vulcanismo relacionado a fontes de alta produtividade, relacionados à deposição da Formação Chapada Acauã do Grupo Macaúbas (Gradim et al., 2005). Os dados geoquímicos indicam que os protólitos dos xistos verdes evoluíram em ambiente continental intraplaca. Análises isotópicas U-Pb (SHRIMP) foram realizadas em doze cristais de zircão extraídos de uma amostra de xisto verde, cujo pó de rocha-total foi utilizado para análise Sm-Nd. A idade-modelo Sm-Nd (ca. 1,52 Ga) sugere que os protólitos dos xistos verdes são mais novos que o magmatismo do rifte Espinhaço. A maioria dos cristais de zircão analisados mostra-se como grãos detríticos. As idades mais antigas indicam grãos herdados do embasamento arqueano-paleoproterozóico e de rochas magmáticas do rifte Espinhaço. Os cristais mais jovens limitam a idade máxima dos protólitos dos xistos verdes em ca. 1,16 Ga.Item A Formação Salinas, Orógeno Araçuaí (MG) : história deformacional e significado tectônico.(2009) Santos, Reginato Fernandes dos; Alkmim, Fernando Flecha de; Soares, Antônio Carlos PedrosaA Formação Salinas, constituída de meta-arenitos, metapelitos e metaconglomerados, tem como principal área de ocorrência as vizinhanças da cidade homônima (norte de MG), onde jaz em discordância sobre rochas do Grupo Macaúbas, a oeste, e é intrudida por corpos graníticos neoproterózicos e cambrianos, a leste. Quatro gerações de estruturas deformacionais foram caracterizadas nessa região e três delas afetam as rochas da Formação Salinas. Os elementos da fase mais antiga, DD, correspondem a dobras, falhas e estruturas de convolução e são de natureza adiastrófica, sin-deposicional. Relacionadas ao desenvolvimento do Orógeno Araçuaí, têm-se as fases D1, D2 e DG. A fase D1, representada por dobras e zonas de cisalhamento associadas a uma série de estruturas de pequena escala, teve lugar durante o Evento Brasiliano (585 a 560 Ma) e foi acompanhada de metamorfismo regional nas condições da fácies xisto verde a anfibolito. A fase D2, associada ao colapso distensional do orógeno (520 a 500 Ma), é marcada por um trem de dobras vergentes para ESE associadas a uma clivagem de crenulação e por zonas de cisalhamento normais. Estas estruturas afetam somente unidades do Grupo Macaúbas. A fase DG, associada ao processo de intrusão das rochas graníticas da região, foi responsável pelo arqueamento das camadas da Formação Salinas, acompanhado por um evento de metamorfismo de contato. A constituição, idade, história deformacional e o cenário tectônico da Formação Salinas no Orógeno Araçuaí indicam que sua deposição deu-se em uma bacia sin-orogênica (flysch), desenvolvida entre uma margem passiva e uma frente orogênica em desenvolvimento.