EFAR - Escola de Farmácia
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O curso de Farmácia em Ouro Preto foi criado em 1839, sendo a mais antiga Escola de Farmácia da América Latina.
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Item Estudo fitoquímico e atividades biólogicas de extratos etanólicos especiés Nectandra nitidula, Curatella americana e Albizia niopoides.(2019) Lima, Lienne D’Auria; Brandão, Geraldo Célio; Teixeira, Luiz Fernando de Medeiros; Magalhães, José Carlos de; Santos, Orlando David Henrique dos; Brandão, Geraldo CélioFoi realizada uma triagem fitoquímica preliminar de extratos das espécies Curatella americana, Nectandra nitidula e Albizia niopoides ocorrentes no estado de Minas Gerais. Os extratos foram preparados via percolação exaustiva a frio com etanol (92,8o GL), os principais metabólitos secundários foram identificados por cromatografia em camada delgada comparando-se com amostras de referência, e pela técnica de cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a ultravioleta, espectrometria de massa (CLUE-UV-EM) e espectrometria de massa sequencial (EMEM). Os principais constituintes identificados foram flavonoides da classe flavonol para a espécie Curatella americana e alcaloides da espermidina para a espécie Albizia niopoides. O extrato de folhas de C. americana foi submetido a um fracionamento por partição líquido-líquido, utilizando solventes de polaridade crescente. A fração em acetato de etila foi refracionada por cromatografia de exclusão molecular utilizando resina de Sephadex LH-20, e por cromatografia em coluna de sílica gel de fase reversa ligada a octadecilsilano (C18), e obteve dois sólidos isolados denominados CAFAE-1 e CAFAE-2. Neste trabalho foram realizados ensaios que permitiram a avaliação da atividade citotóxica, anti-Zika vírus, antibacteriana e anti-Trypanosoma cruzi dos diferentes extratos. O extrato de folhas de C. Americana mostrou-se moderamente citotóxico, mas com atividade significativa contra o Zika vírus, com CE50 de 85,23 μg/mL (IS = 2,56). Adicionalmente, a fração acetato de etila também apresentou forte atividade contra o Zika vírus com CE50 de 40,72 μg/mL (IS = 1,38), enquanto que somente a CAFAE-1 mostrou atividade contra o Zika vírus com CE50 de 152,8 μg/mL (IS = 2,0). A espécie N. nitidula revelou-se moderadamente citotóxica e foi ativa contra o Zika vírus com CE50 104,2 μg/mL (IS = 1,38), além disso, apresentou atividade antibacteriana contra Staphylococcus spp. O extrato de caules da espécie A. niopoides mostrou-se moderamente citotóxico para linhagens de células Vero e MRC-5 com CC50 de 62,22 e 30,54 μg/mL, respectivamente. Adicionalmente, este extrato apresentou uma atividade antibacteriana significativa contra a maioria das bactérias Gram-positivas e negativas testadas. Já o extrato de folhas dessa espécie demonstrou ausência de citotoxicidade e foi o mais ativo contra as formas amastigotas de T. cruzi, demonstrando 85% de inibição desses parasitos (IS = 2,65). Portanto, conclui-se que os constituintes de média polaridade podem ser os responsáveis pela atividade anti-Zika vírus observada e que os alcaloides da espermidina podem ser os responsáveis pelas atividades biológicas observadas para a espécie Albizia niopoides.Item Nanocápsulas de Arteméter : caracterização físico- química, cardiotoxicidade, neurotoxicidade e eficácia na malária experimental.(2014) Diniz, Alessandra Teixeira Vidal; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Guimarães, Andrea Grabe; Mosqueira, Vanessa Carla Furtado; Braga, Érika Martins; Bahia, Maria Terezinha; Leite, Romulo; Teixeira, Helder FerreiraMesmo com o incremento das pesquisas na área e os esforços para sua erradicação, a malária persiste como um grave problema de saúde no Brasil e no mundo. As pesquisas recentes na área utilizam estratégias como o rejuvenescimento terapêutico de fármacos existentes, através de sua associação a nanocarreadores. No presente estudo foram desenvolvidas e caracterizadas nanocápsulas poliméricas de PCL e PLA-PEG para a administração intravenosa (IV) de arteméter, um antimalárico lipofílico e com tempo de meia-vida plasmática curta. As partículas obtidas apresentaram tamanho entre 197 e 296nm, com percentuais de encapsulação superiores a 93%. Sua eficácia antimalárica foi comprovada frente ao Plasmodium berghei sensível à cloroquina. A toxicidade cardiovascular aguda induzida pela administração IV do arteméter, fármaco com potencial arritimogênico, foi avaliada por meio das alterações de pressão arterial (PA) e ECG, bem como a neurotoxicidade, utilizando-se protocolo de avaliação comportamental. Dois protocolos foram utilizados para avaliar as alterações cardiovasculares in vivo: doses únicas e múltiplas de arteméter livre e em nanocápsulas foram administradas pela via IV a ratos Wistar. As doses únicas de 40 e 80 mg/kg de arteméter livre induziram um prolongamento do intervalo QT de 19,6 e 32,8%, respectivamente, e de 7,9 e 16,4% para as nanocápsulas de arteméter nas mesmas doses. Foram observadas hipotensão grave e bradicardia nos animais que receberam arteméter livre, com reduções na PAS e PAD de 17,8 e 22,2% para a dose de 40 mg/kg e de 41,4% e 49,9% para a dose de 80 mg/kg, respectivamente. Da mesma forma, após quatro doses de 20 mg/kg, o prolongamento do intervalo QT foi de 22,7% para o arteméter livre e 5,6% para o arteméter em nanocápsulas. No protocolo de quatro doses, o arteméter livre induziu aumentos significativos de PA e frequência cardíaca, com hipertensão e taquicardia importantes. A encapsulação do arteméter reduziu significativamente todas as alterações na PA e ECG nos dois protocolos. Embora o arteméter esteja entre os derivados de artemisinina mais neurotóxicos, este efeito não foi confirmado a partir dos testes comportamentais realizados em camundongos tratados com quatro doses de 20 mg/kg IV. Em síntese, a eficácia antimalárica foi mantida e todas as alterações cardiovasculares foram reduzidas quando o arteméter foi vetorizado em nanocápsulas, indicando a segurança da associação entre o arteméter e a formulação nanométrica proposta.Item Atividades antioxidante e hipouricêmica por via uricosúrica e de inibição da xantina oxidase hepática de Coffea arabica e seus constituintes químicos.(2018) Coelho, Grazielle Brandão; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Coelho, Marcio de Matos; Vieira Filho, Sidney Augusto; Guimarães, Dênia Antunes SaúdeA gota é caracterizada por artrite inflamatória dolorosa proveniente do depósito de cristais de urato monossódico (MSU) nas articulações, fluido sinovial e outros tecidos. Os fármacos disponíveis para o tratamento da gota são restritos e possuem diversos efeitos adversos. Assim, agentes eficazes e bem tolerados são procurados como nova opção terapêutica. O café contém substâncias com propriedade antioxidante e outras atividades biológicas relatadas. Considerando o elevado consumo de café no Brasil e a sua importância como fonte de compostos bioativos, a realização de estudos para comprovar seus efeitos farmacoterapêuticos é importante para encontrar novos tratamentos para doenças. Neste trabalho, foram preparados extratos utilizando água a 98oC e a 25oC dos grãos do café (Coffea arabica) verde (CAVq e CAVta) e em três diferentes condições de torrefação: torra clara (CATCq e CATCta), torra média (CATMq e CATMta) e torra escura (CATEq e CATEta), além do café tradicional (TRADq e TRADta) e descafeinado (DESCq e DESCta). Nas impressões digitais obtidas por CLAE dos extratos CAVq, CAVta, CATCq, CATCta, CATMq, CATMta, CATEq, TRADq e TRADta foram identificadas as substâncias trigonelina, ácido neoclorogênico, ácido clorogênico, cafeína, ácido cafeico e ácido quínico. Nas impressões digitais de DESCq e DESCta foram identificadas as substâncias, exceto cafeína. Os extratos aquosos de Coffea arabica demonstraram atividade antioxidante (AA), sendo que os extratos preparados com água a 98oC apresentaram uma AA melhor tanto no ensaio do DPPH quanto no ensaio do ABTS que os extratos preparados com água a 25oC. Todos os extratos avaliados apresentaram atividade hipouricêmica em todas em todas as doses testadas (75, 225 e 675 mg/kg), estes atuaram por via uricostática em todas as doses e exerceram efeito uricosúrico em pelo menos uma das doses avaliadas em ratos Wistar machos hiperuricêmicos. Cafeína, trigonelina, ácido quínico, ácido clorogênico e ácido neoclorogênico (10 mg/kg) reduziram os níveis séricos de ácido úrico e apresentaram efeito uricostático e não exerceram efeito uricosúrico. Estes resultados destacam a espécie Coffea arabica como promissora para um desenvolvimento futuro de um fitoterápico e nutraceutico e as substâncias ativas como potenciais fitofármacos para o tratamento da hiperuricemia e gota.Item Caracterização de aspectos farmacológicos e biofarmacêuticos de antidiabêticos orais da classe dos inibidores da dipeptidil peptidase-4.(2017) Mapa, Bruna de Carvalho; Barcellos, Neila Marcia Silva; Souza, Jacqueline de; Volpato, Nádia Maria; Guimarães, Andrea Grabe; Barcellos, Neila Marcia SilvaO Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica crônica de alta prevalência, sendo a forma mais frequente a DM tipo 2 (DM2). Os novos antidiabéticos orais (ADO) da classe dos inibidores da dipeptidil peptidase-4 (IDPP-4) se apresentam como alternativa eficaz e segura ao tratamento do DM2. Porém, o elevado custo dos IDPP-4 disponíveis no mercado brasileiro, dificulta sua inserção em políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS). Os medicamentos genéricos e similares se apresentam como alternativa para ampliação do acesso a esses medicamentos. A garantia da equivalência terapêutica é fornecida pela obrigatoriedade da realização de estudos in vivo de biodisponibilidade comparativa: denominada bioequivalência (BE) para genéricos e biodisponibilidade relativa (BR) para os similares. O Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB), criado em 1995, vem sendo utilizado pelas agências FDA, EMA e ANVISA, como uma ferramenta regulatória visando avaliar a possibilidade de substituir os estudos in vivo de BE/BR por estudos in vitro, ou seja, bioisentar alguns fármacos veiculados em formas farmacêuticas sólidas de liberação imediata (FFSOLI) e, com isso, aumentar os medicamentos disponíveis, vendidos a um menor custo e com segurança comprovada. Segundo o SCB, os fármacos são agrupados em quatro classes de acordo com sua solubilidade e permeabilidade. Atualmente são considerados como possíveis candidatos à bioisenção fármacos de classe I e III para a EMA, FDA e OMS e fármacos de classe I para a ANVISA. Assim, foi identificada por nosso grupo de pesquisa a importância da realização de estudos que avaliem e discutam: (1) a importância farmacológica da utilização terapêutica destes medicamentos (2) as características biofarmacêuticas, principalmente de solubilidade e permeabilidade destes fármacos, identificando-as para que viabilizem uma definição da classificação destes pelo Sistema de Classificação Farmacêutica (SCB); e, subsequente utilização desta classificação como critério para avaliação da possibilidade de bioisenção no desenvolvimento e registro de novos medicamentos contendo estes fármacos. Adicionalmente, foi desenvolvido e validado o método analítico por CLAE, para quantificação do fosfato de sitagliptina nos meios fluido gástrico simulado sem enzina (pH 1,2), tampão acetado (pH 4,5) e suco entérico simulado sem enzina (pH 6,8); o qual mostrou-se adequado para faixa de concentração de 50 a 150 μg/mL. O método foi aplicado ao estudo da solubilidade em equilíbrio do fosfato de sitagliptina e os resultados permitiram sua definição como um fármaco de alta solubilidade (razão dose/solubilidade < 250 mL) nos meios biorrelevantes estudados (0,9702 mL para o meio pH 1,2, 1,19 mL para o meio pH 4,5 e 1,60 mL para o meio pH 6,8). Adicionalmente, os dados de biodisponibilidade em humanos (87%) da literatura, bem como o valor de log P (1,85) obtido in silico, classificam o fosfato de sitagliptina como um fármaco de alta permeabilidade. Assim, este fármaco pôde ser definido como de classe I pelo SCB. Ao serem avaliados os critérios de bioisenção relativos a: classificação pelo SCB, farmacocinética linear, adjuvantes presentes e dissolução a partir de FFSOLI, para o fosfato de sitaglipitina, pode-se concluir que novos medicamentos contendo este fármaco poderão ser bioisentos, desde que cumpram com os requisitos de dissolução na comparação com o medicamento de referência (85% em 30 minutos).Item Efeitos de extratos aquosos de Coffea arabica e de seus constituintes químicos na artrite gotosa.(2019) Matosinhos, Rafaela Cunha; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Coelho, Marcio de Matos; Alzamora, Andréia Carvalho; Guimarães, Dênia Antunes SaúdeA gota é caracterizada por artrite inflamatória dolorosa decorrente do depósito de cristais de urato monossódico (MSU) nas articulações. A inflamação nas articulações estimula a liberação de radicais livres e, assim, provoca um quadro de estresse oxidativo, caracterizado pela liberação de neutrófilos, interleucinas IL- 1β, IL- 6 e TNF- α. O tratamento da gota tem como objetivo primordial o alívio da dor e se dá por meio do uso de anti-inflamatórios não esteroidais, corticosteroides e medicamentos uricosúricos. Porém, os fármacos disponíveis para seu tratamento possuem efeitos adversos severos, como vertigem, diarreia e úlceras gástricas. Assim, existe a necessidade da busca por novas opções terapêuticas, mais eficazes e mais bem toleradas. A espécie Coffea arabica já foi previamente identificada como rica em substâncias com atividade antioxidante e anti- inflamatória. Neste estudo, foram avaliados os efeitos antinociceptivo, anti- inflamatório e antioxidante promovidos por tratamentos com extratos aquosos de C. arabica, preparados com água a 25°C e a 98°C, provenientes dos grãos do café verde (não torrado), torras clara, média e escura e com cafés descafeinado e tradicional, provenientes de fontes comerciais, em camundongos C57BL/6 induzidos à artrite gotosa pela injeção de cristais de MSU. Também foram avaliados os efeitos promovidos por tratamentos com os constituintes químicos principais dos extratos: ácidos cafeico, clorogênico, neoclorogênico, nicotínico e quínico, cafeína e trigonelina. Os extratos descafeinado e tradicional, preparados com água a 25°C, nas doses de 25 e 75 mg/kg, respectivamente; os extratos torra clara e não torrado, preparados com água a 98°C, na dose de 25 mg/kg; os extratos descafeinado e tradicional, preparados com água a 98°C, na dose de 225 mg/kg; e as substâncias ácidos cafeico e clorogênico, na dose de 10 mg/kg, promoveram aumento no limiar nociceptivo dos animais, inibiram a migração de neutrófilos, diminuíram a concentração de citocinas pró-inflamatórias (IL-1β, IL-6 e TNF-α) e promoveram aumento significativo na atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase e catalase na região onde a inflamação foi induzida, o que indica serem potenciais para se tornarem novas opções terapêuticas para gota.Item Avaliação da solubilidade e permeabilidade da loratadina e desloratadina visando a classificação biofarmacêutica.(2018) Silva, Débora dos Santos da; Souza, Jacqueline de; Barcellos, Neila Marcia Silva; Souza, Jacqueline de; César, Isabela da Costa; Coutrim, Maurício XavierO Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB), proposto em 1995, é fundamentado nos parâmetros de solubilidade e permeabilidade de fármacos e tem sido utilizado como ferramenta na decisão regulatória da substituição dos estudos de bioequivalência por testes in vitro. Devido à necessidade de estudos biofarmacêuticos para segura classificação e a discussão acerca da bioisenção, a loratadina e a desloratadina são fármacos de estudo que apresentam estreitas relações farmacocinética e estrutural entre si. Esses fatores despertaram a necessidade de um método analítico capaz de quantificá-los simultaneamente, sendo desenvolvido e validado um método por cromatografia a líquido de alta eficiência com as condições cromatográficas: C18 (150x4,6 mm, 5 μm), fluxo 1,0 ml/min, temperatura 25ºC, volume de injeção 20 μl, detecção na região do UV a 248 nm, a fase móvel foi composta por ácido acético a 0,1% em água (v/v) (A) e metanol (B) eluídos em modo gradiente (tempo (min)/% B): 0,0/5,0%; 3,0/100,0%; 5,0/100,0%; 6,0/5,0% e 7,0/5,0%. O método desenvolvido foi aplicado a estudos de solubilidade em equilíbrio pelo método da agitação orbital em frasco (shake-flask) e mostrou-se indicativo de estabilidade, sendo seletivo, linear, preciso e exato. A loratadina apresentou solubilidade dependente do pH, tendo razão dose/solubilidade de 0,59 mL, 415,0 mL e 17787, 64 mL nos meios tamponados FGSSE pH 1,2, TA pH 4,5 e FISSE pH 6,8, respectivamente. A desloratadina por sua vez apresentou alta solubilidade caracterizada com razão dose/solubidade 0,19 mL, 0,76 mL, 1,30 mL nos três meios tamponados FGSSE pH 1,2, TA pH 4,5 e FISSE pH 6,8, respectivamente. Em relação à permeabilidade, os dados da literatura compilados não compreendem estudos in vivo em humanos sadios, de forma que a partir dos dados disponíveis sugere-se que ambos os fármacos se comportem como altamente permeável, sendo a desloratadina passível de pertencer a classe I e a loratadina a classe II segundo o SCB. Nesse contexto, a desloratadina é um possível candidato a bioisenção enquanto que a loratadina não é um fármaco bioisento. A identificação e avaliação da composição dos medicamentos contendo esses fármacos isoladamente permitiu verificar a ausência de excipientes considerados críticos no processo de absorção nos medicamentos contendo 10 mg de loratadina, enquanto que duas das formulações contendo 5 mg de desloratadina apresentaram manitol em sua composição. Ao passo que esse excipiente pode afetar a biodisponibilidade dos fármacos, os estudos de bioequivalência que todos esses medicamentos foram submetidos asseguram a eficácia clínica e segurança dos mesmos.Item Atividade antinociceptiva, antiartrite gotosa e antioxidante de Lychnophora pinaster.(2019) Barros, Camila Helena; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Costa, Luciana Souza Guzzo; Guimarães, Andrea GrabeA gota é uma enfermidade que acomete as articulações e tecidos subcutâneos devido à deposição de cristais de ácido úrico nestes locais, seguido de inflamação, dor e disfunção do membro atingido. Os fármacos disponíveis atualmente para o tratamento da artrite gotosa são reduzidos, sua farmacoterapia não abrange todos os sintomas da gota em apenas um medicamento e apresentam uma série de efeitos adversos, justificando a necessidade da busca por novas opções terapêuticas. As Lychnophoras, conhecidas popularmente como “arnica”, são espécies utilizadas na medicina popular na forma de soluções hidroalcóolicas ou pomadas para o tratamento da dor, reumatismo e inflamação. Pesquisas anteriores realizadas na UFOP demonstraram os efeitos do extrato etanólico da Lychnophora pinaster (EEL) sobre a hiperuricemia, inflamação e nocicepção. O presente estudo avaliou os efeitos do EEL e de seus constituintes químicos principais sobre a artrite induzida por cristais de urato monossódico (MSU) na articulação fêmur-tibial de camundongos C57BL/6 e sobre o estresse oxidativo. Como resultado da atividade antinociceptiva, o EEL na maior dose avaliada, reduziu o limiar de nocicepção de maneira equivalente a indometacina, fármaco anti-inflamatório (padrão) do experimento. Provavelmente as substâncias presentes no EEL, ácido cinâmico, quercetina, lupeol e estigmasterol foram responsáveis pelo efeito antinociceptivo de EEL, sendo que o lupeol foi mais efetivo que a indometacina. Na determinação da atividade antioxidante, o EEL não apresentou efeito sobre a atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) no tecido periarticular. Das substâncias avaliadas, apenas vitexina promoveu o aumento da atividade da CAT e o ácido E-licnofórorico estimulou o aumento tanto da atividade da SOD quanto da CAT. A redução da migração de neutrófilos para a cavidade periarticular da articulação fêmur tibial dos camundongos foi observada nos grupos tratados com diferentes doses do EEL e nos grupos tratados com as substâncias presentes em L. pinaster, ácido cinâmico, rutina, quercetina, vitexina, lupeol, estigmasterol, ácido cafeico e ácido clorogênico. Neste trabalho o efeito anti-inflamatório do EEL observado, ocorreu pela inibição da migração de neutrófilos e pela redução das concentrações das citocinas próinflamatórias, IL-1β e TNF-α, na região inflamadada. Todas as substâncias detectadas no EEL contribuíram para os efeitos do extrato sobre a artrite. O ácido cinâmico, a rutina, ácido E-licnofórico e o estigmasterol demonstraram sua capacidade de inibição da IL-1β. Já o ácido cafeico e a vitexina promoveram a diminuição tanto da citocina IL-1β, como do TNFα. Dessa forma, o extrato etanólico de Lychnophora pinaster e seus constituintes principais se mostraram promissores para o tratamento da dor e inflamação decorrentes da artrite gotosa.Item A desigualdade de gênero e a efetivação do direito humano de acesso à água para as mulheres.(2019) Rosa, Alexsandra Matilde Resende; Guarda, Vera Lúcia de Miranda; Alves, Kerley dos Santos; Brasil, Deilton RibeiroEste artigo procura demonstrar a importância de medidas que incentivem a igualdade de gênero e a participação feminina nos processos de tomada de decisão sobre a água, como uma forma de garantir o direito ao acesso a água a todos. A pesquisa realizada para atingir esse objetivo foi à teórica, com uma abordagem qualitativa. O procedimento escolhido foi o de revisão bibliográfica e documental. Os resultados demonstram que devido a resquícios do sistema patriarcal e da divisão do trabalho, ainda presentes no mundo de hoje, a trajetória das mulheres é marcada por exclusões sociais, econômicas e políticas. No que se refere ao acesso a água, não ocorre uma exceção. As mulheres são consideradas as mais prejudicadas quando falta água no mundo e as principais gestoras da água em âmbito doméstico. Antagonicamente, as decisões públicas sobre a água estão guiadas, na grande maioria, por preferências masculinas, que não levam em conta necessidades especificamente femininas. A coesão entre diferentes instituições políticas e marcos regulatórios é importante para a criação de projetos e programas que possibilitem uma diminuição nas desigualdades existentes e estimulem a participação das mulheres nas decisões sobre a água, buscando garantir a elas o acesso a esse recurso de forma equitativa.Item Serological proteomic screening and evaluation of a recombinant egg antigen for the diagnosis of low-intensity Schistosoma mansoni infections in endemic area in Brazil.(2019) Moraes, Vanessa Silva; Shollenberger, Lisa Marie; Borges, William de Castro; Rabello, Ana Lucia Teles; Harn, Donald A.; Medeiros, Lia Carolina Soares; Jeremias, Wander de Jesus; Siqueira, Liliane Maria Vidal; Pereira, Caroline Stephane Salviano; Pedrosa, Maria Luysa Camargos; Almeida, Nathalie Bonatti Franco; Almeida, Aureo; Lambertucci, Jose Roberto; Carneiro, Nídia Francisca de Figueiredo; Coelho, Paulo Marcos Zech; Grenfell, Rafaella Fortini QueirozBackground Despite decades of use of control programs, schistosomiasis remains a global public health problem. To further reduce prevalence and intensity of infection, or to achieve the goal of elimination in low-endemic areas, there needs to be better diagnostic tools to detect low- intensity infections in low-endemic areas in Brazil. The rationale for development of new diagnostic tools is that the current standard test Kato-Katz (KK) is not sensitive enough to detect low-intensity infections in low-endemic areas. In order to develop new diagnostic tools, we employed a proteomics approach to identify biomarkers associated with schisto- some-specific immune responses in hopes of developing sensitive and specific new meth- ods for immunodiagnosis. Methods and findings Immunoproteomic analyses were performed on egg extracts of Schistosoma mansoni using pooled sera from infected or non-infected individuals from a low-endemic area of Brazil. Cross reactivity with other soil-transmitted helminths (STH) was determined using pooled sera from individuals uniquely infected with different helminths. Using this approach, we identified 23 targets recognized by schistosome acute and chronic sera samples. To identify immunoreactive targets that were likely glycan epitopes, we compared these targets to the immunoreactivity of spots treated with sodium metaperiodate oxidation of egg extract. This treatment yielded 12/23 spots maintaining immunoreactivity, suggesting that they were protein epitopes. From these 12 spots, 11 spots cross-reacted with sera from individuals infected with other STH and 10 spots cross-reacted with the negative control group. Spot number 5 was exclusively immunoreactive with sera from S. mansoni-infected groups in native and deglycosylated conditions and corresponds to Major Egg Antigen (MEA). We expressed MEA as a recombinant protein and showed a similar recognition pattern to that of the native protein via western blot. IgG-ELISA gave a sensitivity of 87.10% and specificity of 89.09% represented by area under the ROC curve of 0.95. IgG-ELISA performed better than the conventional KK (2 slides), identifying 56/64 cases harboring 1–10 eggs per gram of feces that were undiagnosed by KK parasitological technique. Conclusions The serological proteome approach was able to identify a new diagnostic candidate. The recombinant egg antigen provided good performance in IgG-ELISA to detect individuals with extreme low-intensity infections (1 egg per gram of feces). Therefore, the IgG-ELISA using this newly identified recombinant MEA can be a useful tool combined with other techniques in low-endemic areas to determine the true prevalence of schistosome infection that is underestimated by the KK method. Further, to overcome the complexity of ELISA in the field, a second generation of antibody-based rapid diagnostic tests (RDT) can be developed.Item Genome-wide identification, characterisation and expression profiling of the ubiquitin-proteasome genes in Biomphalaria glabrata.(2019) Portilho, Laysa Gomes; Duarte, Bruna Custódio Dias; Queiroz, Fábio Ribeiro; Ribeiro, Thales Henrique Cherubino; Jeremias, Wander de Jesus; Babá, Élio Hideo; Coelho, Paulo Marcos Zech; Morais, Enyara Rezende; Cabral, Fernanda Janku; Caldeira, Roberta Lima; Gomes, Matheus de SouzaBACKGROUND Biomphalaria glabrata is the major species used for the study of schistosomiasis-related parasite-host relationships, and understanding its gene regulation may aid in this endeavor. The ubiquitin-proteasome system (UPS) performs post-translational regulation in order to maintain cellular protein homeostasis and is related to several mechanisms, including immune responses. OBJECTIVE The aims of this work were to identify and characterise the putative genes and proteins involved in UPS using bioinformatic tools and also their expression on different tissues of B. glabrata. METHODS The putative genes and proteins of UPS in B. glabrata were predicted using BLASTp and as queries reference proteins from model organism. We characterised these putative proteins using PFAM and CDD software describing the conserved domains and active sites. The phylogenetic analysis was performed using ClustalX2 and MEGA5.2. Expression evaluation was performed from 12 snail tissues using RPKM. FINDINGS 119 sequences involved in the UPS in B. glabrata were identified, which 86 have been related to the ubiquitination pathway and 33 to proteasome. In addition, the conserved domains found were associated with the ubiquitin family, UQ_con, HECT, U-box and proteasome. The main active sites were lysine and cysteine residues. Lysines are responsible and the starting point for the formation of polyubiquitin chains, while the cysteine residues of the enzymes are responsible for binding to ubiquitin. The phylogenetic analysis showed an organised distribution between the organisms and the clades of the sequences, corresponding to the tree of life of the animals, for all groups of sequences analysed. The ubiquitin sequence was the only one with a high expression profile found in all libraries, inferring its wide range of performance. MAIN CONCLUSIONS Our results show the presence, conservation and expression profile of the UPS in this mollusk, providing a basis and new knowledge for other studies involving this system. Due to the importance of the UPS and B. glabrata, this work may influence the search for new methodologies for the control of schistosomiasis.