NUGEO - Núcleo de Geotecnia

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    Metodologia para unificação do sistema de classificação de barragens de rejeito.
    (2017) Fernandes, Rafaela Baldi; Lima, Hernani Mota de; Lima, Hernani Mota de; Oliveira Filho, Waldyr Lopes de; Almeida, Maria das Graças Gardoni de
    A atividade de mineração possui um grande potencial de impacto ambiental uma vez que trabalha a extração de recursos minerais não renováveis em grandes extensões, que são essenciais no desenvolvimento de uma sociedade, e que geram volumes consideráveis de rejeito. As barragens de rejeito são uma opção largamente utilizada para a destinação de resíduos provenientes do processo de extração e beneficiamento do minério e são categorizadas com base na altura, tipo de material do reservatório, danos potenciais associados, categorias de risco, dentre outros. Todas as barragens em construção, em operação e desativadas devem ser declaradas, anualmente, aos órgãos fiscalizadores, com o objetivo de promover o planejamento e a regulação da exploração mineral, bem como o aproveitamento dos recursos minerais, assegurando, controlando e fiscalizando o exercício das atividades de mineração. Cada órgão estabelece os critérios de classificação que devem ser observados pelos empreendedores na definição das classes de barragens e, consequentemente, aos requisitos que devem ser obedecidos para que as estruturas se apresentem em conformidade. Atualmente, existem dois tipos de classificação vigentes no país, cada uma com a sua regulamentação normativa, levando a uma grande divergência nas informações de cadastro, mesmo considerando que as estruturas cadastradas nos dois sistemas são as mesmas. Desta forma, é perceptível que não há uma convergência entre os sistemas de classificação propostos, o que resulta em um desencontro de informações e a uma efetividade reduzida nos princípios de fiscalização que permeiam estes órgãos. Uma vez que o principal objetivo dos projetos, da operação, do monitoramento e da fiscalização de barragens de rejeito é a contenção segura de resíduos depositados, deve haver uma integração contínua de gerenciamento destas estruturas, principalmente na unificação dos critérios a serem considerados nesta gestão.
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    Caracterização de minerais pesados usados como indicadores de depósitos minerais na bacia hidrográfica do Ribeirão Maynart, Sul do Quadrilátero Ferrífero, MG.
    (2016) Oliveira, Eduardo Luís Carneiro de; Cipriano, Ricardo Augusto Scholz; Chaves, Mario Luiz de Sá Carneiro; Gandini, Antônio Luciano
    O estudo de minerais indicadores é uma das mais antigas técnicas de exploração mineral usadas no mundo. Os minerais indicadores são espécimes minerais encontrados em grãos que são transportados em sedimentos clásticos e indicam a presença de afloramentos, à montante do ponto de coleta da amostra, que contém esses minerais e são associados à alguma mineralização, alteração hidrotermal ou litologia. Os minerais indicadores tem como característica propriedades físicas e químicas, como alta densidade, facilidade de preservação em ambientes de intemperismo químico e físico acentuados e fácil identificação visual, de modo que permite sua correlação com um grande número de depósitos minerais, tais como: ouro, diamante, Ni-Cu, EGP, depósitos de cobre pórfiro, sulfetos maciços e tungstênio. Na porção sul do Quadrilátero Ferrífero, dentre os depósitos minerais conhecidos de ferro, manganês, ouro, Cu-Au-Sb, Hg-Sb e minerais raros como topázio e euclásio, existe uma ocorrência mineral de diamante reportada desde o período colonial na bacia hidrográfica do ribeirão Maynart que é objeto de curiosidade científica. Uma vez que a região da bacia hidrográfica do ribeirão Maynart encontra-se em um contexto geotectônico favorável à ocorrência de fontes primárias diamantíferas, e em função do estudo de minerais indicadores ser amplamente usado na pesquisa de fontes primárias diamantíferas, esse trabalho dedicou-se ao emprego das técnicas exploratórias de identificação e caracterização de minerais pesados usados como indicadores de depósitos minerais com ênfase nos minerais associados à fontes primárias diamantíferas. Porém, também foram analisados minerais indicadores de depósitos de sulfetos maciços e/ou de alteração hidrotermal. Dentre os principais resultados foram identificados 34 espécimes minerais das quais 03 foram analisadas do ponto de vista químico para determinar o ambiente de cristalização e sua possível correlação com depósitos minerais conhecidos. Como mineral indicador de fonte primária diamantífera reconhecido na bacia hidrográfica do ribeirão Maynart destaca-se o diopsídio, que foi classificado como diopsídio sub-cálcico, derivado de um manto eclogítico e/ou peridotítico, encontrado como xenocristais em lamproíto. O diopsídio é um mineral que se altera muito facilmente em ambientes de intemperismo químico acentuado, portanto sua recuperação em amostras de concentrados de bateia indica que esse mineral encontra-se muito próximo à fonte. Além do diopsídio, também foram estudados gahnita e oxicalcioroméita. A gahnita é um espinélio zincífero que ocorre como mineral acessório em granitos e pegmatitos, em rochas metamórficas de médio para alto grau, em depósitos de sulfetos maciços metamorfizados e em placers como minerais pesados. A composição química dos cristais de gahnita encontradas nas amostras de minerais pesados coletados na bacia hidrográfica do ribeirão Maynart sugere que elas estejam associadas a depósitos metamorfizados de sulfetos maciços de zinco ou a rochas metassedimentares ricas em Fe-Al. A oxicalcioroméita é um titano-antimoniato extremamente raro, porém com uma relativa abundância na região de Ouro Preto, especialmente no córrego Tripuí aonde a oxicalcioroméita correlaciona-se a um depósito de cinábrio. Uma hipótese para a formação da oxicalcioromeíta encontrada na bacia hidrográfica do ribeirão Maynart é a associação com o depósito de Au-Cu-Sb de Bico de Pedra. Outro ponto que merece ser destacado é que a relação Sb-Hg, como é encontrado no córrego Tripuí, pode ser verificada em depósitos vulcanogênicos de sulfetos maciços (VMS) de zinco. Portanto a ocorrência de oxicalcioroméita associada à gahnita na bacia hidrográfica do ribeirão Maynart pode estar relacionado à um depósito de sulfeto maciço de zinco.