NUGEO - Núcleo de Geotecnia

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    Reavaliação geotécnica das ancoragens de uma estrutura de contenção com patologias diversas.
    (2020) Gontijo, Gabriele Martins; Gomes, Romero César; Porto, Thiago Bomjardim; Gomes, Romero César; Oliveira, Tales Moreira de; Azevedo, Crysthian Purcino Bernardes
    A técnica de contenção em ancoragens reinjetáveis e protendidas ainda é pouco estudada, apesar de ser muito utilizada no Brasil de forma empírica, em comparação com outras soluções de estabilização de encostas como o solo grampeado, que obteve um grande avanço teórico-experimental nos últimos 30 anos. Em projetos que empregam essa técnica, faz-se necessária a determinação da capacidade de carga dos tirantes, a qual é obtida através de formulações teóricas semiempíricas publicadas mundialmente. Contudo, os resultados nem sempre representam a realidade para as condições geológicogeotécnicas do solo local, tornando-as imprecisas. Desta forma, uma avaliação detalhada do correto dimensionamento da capacidade de carga, aferido pelos resultados de provas de carga, permite uma otimização das estruturas. Este trabalho tem como objetivo principal analisar os resultados obtidos de capacidade de carga de uma contenção com 308 tirantes a partir de: (a) três métodos semiempíricos clássicos da literatura técnica, (b) um método teórico a partir da teoria de Mohr Coulomb e (c) ensaios de recebimento em conformidade com a NBR 5629, cuja ruptura física idealizada foi possibilitada pela extrapolação matemática de Van Der Veen (1953) modificada por Aoki (1976). Este estudo pretendeu, ainda, obter os valores mobilizados para a resistência ao cisalhamento (qs) na interface solo-bulbo para o maciço geotécnico estudado. Para esta pesquisa foram utilizados dados provenientes do projeto e da obra de reforço de uma cortina atirantada com ancoragens protendidas e reinjetáveis de uma obra de contenção localizada na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Os resultados obtidos possibilitaram uma comparação entre as metodologias empregadas neste trabalho. Esta pesquisa se justifica pelo pequeno número de estudos relacionados a ancoragens injetadas no solo desenvolvidos nas últimas décadas e também o fato das metodologias de cálculo clássico serem restritas ao local que foram elaboradas e logo serem aplicadas erroneamente em outras regiões. Os resultados encontrados mostram-se satisfatórios, sendo possível estabelecer uma tendência.