DEURB - Departamento de Engenharia Urbana
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Resultados da Pesquisa
Item Dicas práticas de saneamento sustentável para o período de pandemia e além - cuidados do dia-a-dia.(2023) Vieira, Paulo de Castro; Felix, Ana Luiza Silva Santos; Melo, Liliam Ferreira Cunha de; Andrade, Flavio Marcio Alves de Brito; Seidl, MartinEste trabalho teve como objetivo realizar uma ação de educação ambiental em saneamento básico a partir do desenvolvimento e aplicação de um material didático sobre dicas de saneamento básico para serem utilizadas no dia a dia pela população durante o período e após pandemia de Covid-19, redobrando os cuidados necessários para a promoção da saúde pública e a preservação dos recursos naturais. O material foi desenvolvido a partir de uma equipe multidisciplinar constituída por alunos de graduação e pós-graduação, professores e pesquisadores da UFOP atuantes nas áreas do saneamento básico. Como etapa da elaboração do material foram levantadas quais instalações e atividades domiciliares típicas do saneamento básico nas habitações que teriam alguma influência no controle ou em uma possível disseminação do coronavírus, assim como as orientações sanitárias adequadas para manejar estes componentes. Após as etapas de pesquisas, redação, ilustrações e diagramação do texto foram originadas duas cartilhas, uma completa no formato do tipo e-book (com duas edições) e outra resumida no formato de folder, ambos para o público em geral com capacidade de leitura básica. O material apresenta a conceituação dos componentes do saneamento relacionados a infraestrutura pública e as instalações domiciliares denominados, respectivamente, “da porta para fora” e da “porta para dentro”. São identificados os componentes destas dimensões, bem como os atores responsáveis por cada um. As dicas práticas de sustentabilidade para os componentes domiciliares do saneamento são apresentadas individualmente para água potável, esgotos sanitários, águas de chuva e resíduos sólidos. Na sequência o material foi divulgado nas mídias de comunicação da UFOP e demais parceiros, assim como promovido em lives ao vivo no Youtube, com a realização de palestras e oficinas remotas pela internet com a população local e pelo comitê sanitário da UFOP. Acredita-se que essa ação de educação ambiental em saneamento básico pode ter contribuído na capacitação do público quanto as práticas populares de saneamento em prol da sustentabilidade em atenção ao controle da disseminação da Covid-19.Item Diagnóstico participativo das condições de saneamento básico em um acampamento de desabrigados em Ouro Preto - MG.(2023) Tenorio, Natasha Rodrigues Vitorino Carvalho; Vieira, Paulo de Castro; Felix, Ana Luiza Silva Santos; Borges, Vitória Queiroz; Campos, Júlia PereiraO acesso ao saneamento básico e a água potável foi reconhecido como direito universal pela ONU em 2010 e desde 2015 consta como um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que compõem a agenda mundial de desenvolvimento. O acesso e monitoramento desses recursos em áreas não planejadas, irregulares ou favelizadas são dificuldades nas quais o poder público e os usuários dos sistemas devem trabalhar juntos para solucionar. Em vista disso, o estudo teve como objetivo realizar o levantamento das condições de saneamento básico de um acampamento de desabrigados do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto em Ouro Preto. Por meio da matriz FOFA utilizada como metodologia na oficina de percepção das condições de saneamento e do diagnóstico de campo, elaborado a partir das orientações de normas técnicas para engenharia de saneamento e orientações técnicas de órgãos da área, além de visitas ao local e muito diálogo foi possível analisar os dados coletados. Os quais indicam, através da oficina, a falta de estrutura para estabelecer as condições ideais de moradia, segurança e apoio a essa parcela da população que encontra-se em situação de vulnerabilidade social. Inferência reafirmada através da análise do diagnóstico de campo onde a maior parte da estrutura presente no local foi desenvolvida e/ou adaptada pelos moradores. Nesse sentido conclui-se que a região tem condições de atingir os parâmetros ideais para o pleno desenvolvimento urbano do local de estudo e alcançar os parâmetros listados na ODS 6, porém falta apoio público, planejamento e monitoramento dos sistemas.Item Avaliação do desempenho de um sistema de aproveitamento de água de chuva para fins não potáveis no município de Ouro Preto (MG).(2023) Felix, Ana Luiza Silva Santos; Vieira, Paulo de Castro; Tenorio, Natasha Rodrigues Vitorino Carvalho; Seidl, Martin; Melo, Liliam Ferreira Cunha deO aproveitamento da água de chuva é uma importante fonte alternativa de abastecimento de água devido ao seu baixo custo, e por ser de fácil acesso à população. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o desempenho de um sistema de aproveitamento de água de chuva por meio de monitoramento dos parâmetros físicoquímicos e microbiológicos para fins não potáveis. O sistema de captação e aproveitamento de água chuva (SAAC) foi implantado de forma participativa com a comunidade na sede da ACMBSC no bairro São Cristóvão, Ouro Preto - MG). O sistema foi construído para a coleta das águas pluviais a partir do escoamento superficial no telhado gerado pelas águas pluviais e foi monitorado em pontos de coleta. A qualidade de água das amostras coletadas foram analisadas pelos parâmetros físico-químicos e microbiológicos: pH, condutividade elétrica, turbidez, cor aparente, cor real, cloro residual livre, cloro total, coliformes totais e E. coli (presença/ausência). As análises foram realizadas até 24h após a coleta, seguindo as metodologias descritas em Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (APHA; AWWA; WEF, 2012). Dentre os resultados observados identificou-se que o tempo de permanência da água nos reservatórios é variável durante as semanas, sendo consumido mais rapidamente em dias de atividades na ACMBSC. A análise microbiológica possibilitou indicar que após longo tempo de deposição da água no reservatório a quantidade de cloro consumida é mais alta do que quando a precipitações e consumo constante da água. Observa-se que anterior a todas as coletas os reservatórios foram completamente esvaziados e limpos, recebendo as precipitações e em seguida a coleta para análise. Conclui-se que, quando a períodos de estiagem, a qualidade da água pluvial quando ocorre as primeiras precipitações em relação aos parâmetros físicoquímicos é mais elevada quanto a condutividade e turbidez, o pH tende a ser mais ácido com precipitações mais frequentes. A cor real e aparente, tende ser cada vez menor com precipitações mais frequentes, em todas as etapas do sistema de captação e aproveitamento de água pluvial. O aproveitamento da água de chuva para fins não potáveis na ACMBSC por meio de um SAAC, atende aos requisitos normativos explicitados na NBR15527, que são considerados como pré-tratamentos pela norma: filtração ou gradeamento e o sistema de primeiro descarte.Item Classificação geotécnica de solos e sustentabilidade : estudo aplicado à região metropolitana de Belo Horizonte.(2020) Silva, Bruno Oliveira da; Pereira, Eleonardo Lucas; Marques, Geraldo Luciano de Oliveira; Gomes, Marlilene SilvaOs sistemas de classificação geotécnica de solos são ferramentas imprescindíveis para proposição de soluções de pavimentação racionais e sustentáveis. Por prover os critérios de seleção dos materiais, essas metodologias impactam diretamente na viabilidade técnica, ambiental e econômica dos projetos. O presente artigo apresenta uma análise estatística comparativa entre os sistemas de classificação de solos mais utilizados no Brasil, contrastando os conceitos de classificação da escola rodoviária americana e os procedimentos desenvolvidos nacionalmente, pautados na consideração das particularidades do ambiente tropical. Foram coletadas onze amostras de diferentes unidades pedológicas da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e realizaram-se ensaios de caracterização TRB/AASHTO e segundo a metodologia MCT/G-MCT. As amostras foram submetidas aos ensaios de caracterização mecânica – CBR/Expansão, MiniCBR/RIS, Triaxiais de Cargas Repetidas – cujos resultados foram utilizados como parâmetro de comparação com o comportamento previsto pelos métodos classificatórios. Em linhas gerais, constataram-se resultados mais assertivos para os ensaios da metodologia MCT/G-MCT. Foi observado grau de associação significativo entre os parâmetros classificatórios dessa metodologia – sobretudo d’ e índice RIS – e o desempenho mecânico-geotécnico medido. Por outro lado, identificaram-se mecanismos de classificação falhos em relação à metodologia TRB aos solos estudados. Os dados obtidos de Índice de Grupo (IG) e Índice de Plasticidade (IP), importantes parâmetros de classificação dessa metodologia, e a resposta mecânica dos solos avaliados apresentaram baixa inter-relação. Além de se estabelecer comparação semi-quantitativa entre parâmetros classificatórios e mecânicos, o grau de associação entre os mesmos foi quantificado por procedimento estatístico, através do cálculo de coeficiente de correlação de Pearson. Dessa forma, apresenta-se elementos para discussão da adequabilidade e compatibilidade dos sistemas de classificação de solos para fins rodoviários para regiões tropicais.