ICSA - Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas
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Item O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seu papel no processo de transição verde brasileiro.(2023) Galdino, Thaís; Silva, Fernanda Faria; Feil, Fernanda de Freitas; Silva, Fernanda Faria; Feil, Fernanda de Freitas; Afonso, Marco Aurelio Crocco; Ribeiro, Mirian MartinsO financiamento do investimento em projetos sustentáveis é um dos desafios para a realização de ações de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a adaptação ao processo de transição verde. A atuação do Estado através dos bancos públicos, em especial dos bancos de desenvolvimento, é uma ferramenta relevante para a promoção do financiamento de políticas com fins ambientais. A partir desta perspectiva, o presente trabalho propõe a discussão do papel desempenhado pelo Estado brasileiro por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no financiamento de investimentos para o combate às mudanças climáticas e ao processo de transição verde no Brasil. Assim, esta dissertação tem como objetivo principal analisar os desembolsos realizados pelo BNDES após o Acordo de Paris (21a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas - COP 21), no período entre 2016 e 2020. Partindo da hipótese de que a atuação do BNDES no financiamento do processo de transição verde no Brasil tem avançado, porém, aquém das possibilidades do banco, que tem propósitos e background compatíveis para ter uma atuação mais efetiva frente às metas de transição este trabalho tem a finalidade de identificar como foram distribuídos os recursos do BNDES para financiamento de crédito ambiental em atividades e projetos ligados, com foco na observação de possíveis alterações na performance destes recursos oriunda de mudanças estratégicas da própria instituição. Como resultado verificou-se a concentração de desembolsos financiados pelo crédito ambiental para setores consolidados na economia brasileira diante do esforço da instituição em incorporar a sustentabilidade em seu comportamento estratégico.Item Inclusão financeira na perspectiva de gênero, renda e situação ocupacional : determinantes e entraves para o município de Mariana (Minas Gerais).(2019) Deus, Juliana Lima de; Silva, Fernanda Faria; Teixeira, Mara Cristina Nogueira; Silva, Fernanda Faria; Teixeira, Mara Cristina Nogueira; Afonso, Marco Aurelio Crocco; Ribeiro, Mirian MartinsA inclusão financeira tem se constituído como uma importante ferramenta de inclusão social, por isso, é fundamental que ela esteja incluída na agenda de políticas públicas dos países ao redor do mundo. Se o caráter da inclusão financeira induz à inclusão social, as localidades com baixa renda e alta desigualdade conseguem mitigar distorções de gênero no mercado de trabalho, ampliar as possibilidades de endogeneização da renda nas localidades nas quais estão inseridas, entre outras benesses para a população. Partindo de tais premissas, o objetivo principal deste trabalho é analisar os determinantes e entraves que afetam a inclusão financeira no município de Mariana (MG), dado que este município configurou, por muitos anos, como um dos principais postos no ranking de renda per capita estadual e que ganhou evidência nos últimos quinze anos pelo boom de crescimento induzido especialmente pela atividade mineradora. Justifica-se a escolha de Mariana pelo fato desta cidade possuir uma renda elevada, advinda, em sua maior parcela, do setor extrativista mineral; em contrapartida, seus indicadores sociais apresentarem resultados ruins, se comparados àqueles referentes aos municípios de Itabirito, Ouro Preto e Nova Lima. Como hipótese, infere-se que apesar da alta renda per capita do município, da maior oferta de agências e correspondentes bancários e dos avanços das tecnologias de informação e comunicação, parte expressiva da população marianense ainda se encontra à margem do sistema financeiro formal. Esse fato se deve, principalmente, à má distribuição de renda entre os sexos, entre os indivíduos em situações ocupacionais distintas, entre àqueles com diferentes níveis de escolaridade, entre brancos e negros; à auto exclusão e aos aspectos culturais inerentes aos moradores. Para esta investigação, foi realizada uma pesquisa de campo com a aplicação de um questionário voltados aos chefes de família residentes em 32 bairros localizados na sede do município. Através da análise descritiva dos dados primários, foi identificado que o uso e o acesso aos serviços financeiros têm uma relação direta com o nível de renda dos indivíduos, sendo os grupos mais excluídos do sistema financeiro formal o de mulheres, negros e indivíduos com baixa escolaridade. A perda do dinamismo econômico do município, especialmente após o rompimento da barragem de Fundão, tem comprometido o emprego e a renda, favorecendo o endividamento das famílias, o que afeta as suas relações financeiras. Partindo de um Modelo Logit Multinomial Ordenado para a estimação da probabilidade de inclusão financeira dos chefes de família desta localidade, foi verificado que existem diferenças na probabilidade de inclusão entre os gêneros, entre os níveis de escolaridade, de renda e situação ocupacional. Por meio das características socioeconômicas e estruturais concentradoras da cidade de Mariana, em conjunto com os resultados obtidos através da estimação da probabilidade de inclusão dos chefes de família, conclui-se que a população deste município ainda está pouco incluída financeiramente. Em especial, é possível destacar os seguintes entraves para este resultado: os baixos níveis de renda e de escolaridade e a diferença de remuneração entre os sexos. Além das características individuais da população destacadas neste trabalho, a baixa diversificação produtiva da cidade contribui para maior dificuldade de recuperação econômica em tempos de crise, o que também é um fator limitador do processo de inclusão financeira em Mariana.Item Resiliência e impactos regionais de crises financeiras: uma análise para os estados brasileiros – 2007/08.(2018) Tupy, Igor Santos; Afonso, Marco Aurelio Crocco; Silva, Fernanda FariaEste artigo analisa os impactos diferenciados da crise financeira global de 2007/2008 sobre os estados brasileiros. Examinaram-se os padrões diferenciados de resistência e recuperação da atividade econômica a partir do emprego formal e da produção industrial com a construção de dois indicadores – Índice de Sensibilidade e Índice de Recuperação – e a estimação de uma “Equação de Resiliência” utilizando o modelo SUR (Regressões Aparentemente Não-Relacionadas). Os resultados evidenciam a heterogeneidade nos impactos do choque recessivo comum sobre os estados brasileiros, que ocorreram em termos de amplitude, timming, duração dos efeitos sobre a atividade econômica, bem como de resistência e recuperação.