DETUR - Artigos publicados em periódicos

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    Estudo do Programa Nacional de Municipalização do Turismo - PNMT na gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso.
    (2005) Brusadin, Leandro Benedini
    O planejamento do turismo é uma necessidade para o desenvolvimento dessa atividade, que tem crescido nos últimos anos baseada em especial em princípios econômicos.Entretanto, é pertinente analisarmos as formas e interfaces que dizem respeito ao planejamento do turismo nos contextos social, cultural e ambiental de cada comunidade em função de suas especificidades. Pressupostos teóricos da comunicação e da hospitalidade podem auxiliar no planejamento, desenvolvendo formas mais eficientes de participação, uma vez que política e planejamento são termos interdependentes. O Programa Nacional de Municipalização do Turismo – PNMT, implantado no Brasil entre 1994 e 2001, previa uma abordagem comunitária participativa e a formação de Conselhos e Planos de Turismo com uma proposta teoricamente ascendente, cujos fundamentos derivariam das bases da sociedade. O estudo de diferentes visões sobre o desempenho do Programa, tomando por base a perspectiva dos gestores, de pesquisadores vinculados aos meios acadêmicos e dos próprios municípios, pode contribuir para o entendimento e aprimoramento de metodologias de planejamento adequadas à realidade do Brasil.
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    A educação e a interpretação do patrimônio cultural na atividade turística.
    (2012) Brusadin, Leandro Benedini
    Nesse artigo discutimos teoricamente a educação e a interpretação do patrimônio cultural, respectivamente, como atividade libertadora e como ferramenta lúdica que podem atrelar duas premissas na práxis social: a reflexão histórica e o lazer nos atrativos culturais. Levamos em consideração que o crescente número de visitantes em museus leva muitos gestores culturais a promover o patrimônio como recurso de desenvolvimento turístico. Supomos que os próprios gestores culturais, a comunidade e os turistas estão entrelaçados em um jogo de representações sociais e econômicas do patrimônio cultural contemporâneo. Resta-nos analisar e propor formas de apropriação que seja mais conveniente para os sujeitos desse processo, turistas e comunidade, em relação ao seu objeto, o museu histórico, em uma perspectiva dialógica e sincrônica. Pretende-se indicar que, de acordo com os elementos educativos e interpretativos proporcionados por um bem cultural, pode-se medir a fruição de seus visitantes, ou seja, o processo educativo depende da maneira como a exposição é direcionada aos visitantes. Indicamos o turismo cultural como forma de educação patrimonial, desde que haja formas de interpretação do patrimônio que superem a superficialidade de uma visitação turística.
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    O ensino superior em Turismo : humano ou mercado?
    (2013) Niquini, Waléria Thabata Roldão; Brusadin, Leandro Benedini
    A partir da criação do ensino superior em Turismo no Brasil, na década de 1970, surgiram algumas discussões em relação à formação do aluno e sua atuação no mercado de trabalho. No entanto, há vários pontos educativos significantes antes mesmo do aspecto da empregabilidade, A preparação dos alunos, as ações do professorado na área de pesquisa e extensão e a necessidade do pensamento crítico são premissas que podem fundamentar tal curso enquanto prática educacional libertadora. Esses são os questionamentos debatidos nessa pesquisa que objetivou entender as perspectivas docente e discente, no curso de Bacharelado em Turismo, diante da relação de ensino-aprendizagem e seus aspectos essenciais, em uma visão mais ampla e menos fragmentada entre a dicotomia realçada entre o mercado de trabalho e o pensamento crítico científico. Conclui-se que o debate acadêmico quanto à educação no Turismo ainda se dissocia apenas entre os interesses do mercado e as discussões humanas, não havendo uma integração profunda na relação de ensino-aprendizagem.
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    A cultura e a tradição no imaginário social : ação simbólica no patrimônio e no turismo.
    (2014) Brusadin, Leandro Benedini
    A cultura e suas formas de representação, tal como a tradição, possuem um poder simbólico no imaginário social que é representado pelo patrimônio cultural e praticado pela atividade turística. Essas interlocuções contemporâneas se fazem presentes na composição do patrimônio cultural e o seu aproveitamento para o turismo. Esse artigo objetiva associar a cultura e seu poder simbólico no imaginário social às apropriações do patrimônio e seu uso turístico. A metodologia baseia-se no debate epistemológico de autores como Pierre Bourdieu (2002), Bronislaw Baczko (1985) e Eric Hobsbawn(1984). É mister compreender as razões das diversas apropriações do passado, desde a invenção de uma tradição até a incorporação de mitos do passado, em um caminho pelo qual a História reflete as representações desse processo histórico e o Turismo se utiliza disto para melhor compreender a atividade e o comportamento dos turistas e da própria comunidade receptora. Conclui-se que os conceitos de cultura, tradição, poder simbólico e imaginário social se apresentam ao Turismo como uma nova forma de entendimento de sua atividade e do conseqüente aprimoramento de seu campo teórico.
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    O público do Museu da Inconfidência : da legitimação do patrimônio nacional às necessidades de fruição para os turistas.
    (2013) Brusadin, Leandro Benedini
    O debate que trata do patrimônio cultural no Brasil se faz presente quanto às suas formas de preservação e quanto às suas ferramentas de identidade. Entretanto, torna-se necessário refletir as formas de apropriação de quem o faz existir: o público. Nesse trabalho, por meio de análise documental, ponderamos os índices de visitação do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, desde sua criação em 1944 até o ano de 2009. Tais indicadores quantitativos nos permitem afirmar que o público do Museu da Inconfidência foi quem legitimou a tradição nacionalista inventada no Governo de Getúlio Vargas e materializada em sua exposição. Nesse artigo ainda foram considerados os testemunhos dos visitantes, registrados no Livro de Ocorrências, os quais forneceram subsídios para analisar a visitação ao longo dos anos sob o âmbito do Turismo. Conclui-se que o Museu da Inconfidência teve que se adaptar às necessidades de fruição do turista contemporâneo, muito embora não pode se desvincular das raízes nacionalistas que lhe deram origem.