POSGEO - Mestrado (Dissertações)

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    Aspectos geotécnicos e econômicos da recuperação ambiental de áreas degradadas por antigas pilhas de rejeitos : um estudo de caso.
    (Programa de Pós-Graduação em Geotecnia. Núcleo de Geotecnia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Vieira, Karippe Gerçossimo; Lima, Hernani Mota de
    A disposição dos resíduos da mineração pode ser realizada pela formação de pilhas (comumente para estéril) ou através da contenção em diques e barragens (para o caso dos rejeitos). Pilhas de estéril e barragens de rejeito devem ser construídas dentro dos critérios geotécnicos e constantemente monitoradas conforme definido pelas normas – NBR 13028 e 13029, respectivamente (ABNT 2006 a e b). No entanto, é comum a existência de tais estruturas construídas em desacordo com as normas vigentes atualmente, gerando impactos no meio ambiente. Este é o caso da empresa Emicon Mineração e Terraplanagem Ltda. que atuava na Serra Azul e dispunha seus rejeitos (finos de minério) em encostas sem nenhum tipo de contenção, formando pilhas de mais de 40m de altura e ocasionando o assoreamento dos córregos Quéias e Pica-Pau. Estas estruturas foram consideradas passivos ambientais durante muito tempo uma vez que a empresa não dispunha de processo capaz de aproveitar tais materiais. A utilização de um processo de beneficiamento mais complexo possibilitou o aproveitamento dos finos, antes considerados resíduos. No presente trabalho será abordada a recuperação do terreno remanescente à pilha de rejeitos (pilha de finos) 2 através da proposição de uma geometria final, da drenagem superficial e da revegetação, tornando-o estável fisicamente. Será abordada também a hipótese de que o passivo representado pelas pilhas de finos pode se tornar um ativo para a empresa. Para a confirmação da hipótese foi necessário quantificar as medidas de recuperação mencionadas anteriormente, pois assim, é possível conhecer o quanto será gasto pela empresa para recuperar a pilha 2. Desta forma, ao conhecer o quanto a empresa ganhará com o reprocessamento dos finos e o quanto ela irá gastar para reprocessá-los e recuperar a área remanescente às pilhas, comprovamos ou não a hipótese das pilhas se tornarem um ativo. A partir dos estudos realizados, pode-se concluir que as pilhas de finos são um ativo para a empresa e que as atividades de mineração quando planejadas adequadamente geram menor impacto ambiental. Com a tecnologia adequada e os investimentos necessários é possível maximizar o aproveitamento das reservas gerando menos resíduos e consequentemente menor degradação.