POSGEO - Mestrado (Dissertações)
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Item Correlação entre pluviosidade e movimentos gravitacionais de massa no Alto Ribeirão do Carmo/MG.(2015) Silva, Naiara de Lima; Sobreira, Frederico GarciaA sub-bacia do alto do Ribeirão do Carmo, onde se situam as cidades de Ouro Preto e Mariana, possui um vasto histórico de problemas de estabilidade geotécnica, devido às suas características geológicas, geomorfológicas, climáticas e por conta do seu processo de ocupação desordenada. Desta forma, este estudo objetivou elaborar uma metodologia para investigação dos índices pluviométricos mais favoráveis à deflagração de movimentos de massa nas encostas das áreas urbanas de Ouro Preto e Mariana. Para realização do estudo foram selecionados casos de escorregamentos no período de 1989 a 2012, com base em boletins de ocorrência do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil, bem como os registros pluviométricos desse mesmo período. A análise foi realizada para a região como um todo e, em seguida, a mesma se deu para cada cidade separadamente. A investigação indicou que a chuva acumulada de seis dias é a que mais influencia na deflagração dos escorregamentos. O valor mínimo de precipitação acumulada necessária para provocar os acidentes na região foi estimado em 48,2mm/6 dias. O valor definido como nível de atenção, ou valor com maior probabilidade de ocorrências de escorregamentos, foi de 129mm/6 dias. Na análise individual das cidades, para Ouro Preto foram considerados os valores 54,1mm/6 dias e 151,4mm/6 dias como valores mínimos e de atenção, não sendo possível chegar a uma conclusão para Mariana. A análise dos gráficos de correlação entre a pluviometria e os escorregamentos permitiu determinar um limiar pluviométrico crítico para a região, combinando a intensidade pluviométrica diária (mm/dia) com a pluviometria acumulada em 6 dias antecedentes (mm/6d), com uma relação numérica PD = 11280PA-1,535. A partir da análise individual das cidades novos limiares pluviométricos foram definidos, porém confirmando a influência mais efetiva da chuva acumulada de 6 dias na deflagração dos escorregamentos. Para Ouro Preto a equação representativa da curva foi PD = 14076PA- 1,565 e para Mariana, PD = 30327PA-1,805.