POSGEO - Mestrado (Dissertações)

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    Avaliação da susceptibilidade à liquefação de um rejeito silto-arenoso com base em ensaio CPTu.
    (2021) Santos Junior, Mauro Pio dos; Gomes, Romero César; Gomes, Romero César; Ribeiro, Saulo Gutemberg Silva; Delgado, Bruno Guimarães
    O fenômeno da liquefação estática, objeto de estudo deste trabalho, ocorre em solos saturados ou com alto grau de saturação que apresentam perda de resistência durante o cisalhamento não drenado, sendo comum em areais e siltes muito fofos, bem como argilas sensíveis. No contexto da mineração brasileira, o estudo da liquefação estática tem se tornado um assunto de alta relevância devido às características geotécnicas dos rejeitos granulares. Quando dispostos hidraulicamente nas barragens, os rejeitos tendem a apresentar alto grau de saturação e índice de vazios, condições propícias à ocorrência da liquefação. O fenômeno da liquefação foi o motivo de diversos casos de ruptura de barragens de rejeito, como a ruptura da Barragem B-I em Brumadinho (MG) em 2019 e da Barragem do Fundão em Mariana (MG) em 2015. Diversas metodologias têm sido propostas para avaliar o potencial à liquefação dos solos. Essas metodologias consistem em classificar o comportamento dos solos durante o cisalhamento (contrátil ou dilatante) por meio da análise de ensaios in situ, tipicamente os ensaios Cone Penetration Test (CPTu) e Standard Penetration Test (SPT). Dos ensaios in-situ disponíveis comercialmente no Brasil, o ensaio CPTu é o que apresenta melhor qualidade para avaliar o potencial à liquefação, devido à sua alta precisão, boa repetibilidade e grande quantidade de informações obtidas. O presente trabalho tem por objetivo realizar uma comparação das principais metodologias apresentadas na bibliografia para avaliar a susceptibilidade à liquefação de um rejeito silto-arenoso com base em ensaios do tipo CPTu, sendo elas: i) Olson (2001), ii) Robertson (2016), iii) Plewes et al. (1992) e iv) Shuttle e Cunning (2008). Além disso, o trabalho propõe uma metodologia para a correção da envoltória sugerida por Olson (2001) para solos de alta e média compressibilidade. Para o rejeito avaliado neste trabalho, as metodologias propostas por Robertson (2016), Plewes et al. (1992) e Shuttle e Cunning (2008) apresentaram resultados bastante semelhantes, exceto para o trecho entre 16m - 27m, que apresenta maior heterogeneidade de comportamento. A correção da envoltória sugerida por Olson (2001) proposta neste trabalho não se mostrou suficiente para que os resultados fossem aderentes às demais metodologias avaliadas, o que reforça as limitações de aplicabilidade deste método, especialmente em rejeitos de média ou alta compressibilidade.