PPGSN - Doutorado (Tese)
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Item Respostas emocionais evocadas por imagens de alimentos in natura e ultraprocessados e o efeito do selo de rotulagem nutricional frontal brasileiro.(2023) Mota, Bruna Eugênia Ferreira; Souza, Gabriela Guerra Leal de; David, Isabel de Paula Antunes; Souza, Gabriela Guerra Leal de; David, Isabel de Paula Antunes; Salierno, Camila Carvalho Menezes; Anastácio, Lucilene Rezende; Boggio, Paulo Sergio; Mendonça, Raquel de DeusA alimentação é um processo automatizado, no qual o ambiente exerce mais influenciando, do que a vontade consciente do indivíduo. Atualmente, alimentos ultraprocessados estão em alta disponibilidade, sendo que o seu consumo excessivo tem sido associado ao acometimento de agravos à saúde como câncer, doenças cardiovasculares e obesidade. Esses alimentos são formulações industriais com pouco ou nenhum valor nutricional e são acrescidos, em sua maioria, de aditivos alimentares para aguçar as propriedades sensoriais, tornando-os hiperpalatáveis. Além disso, são promovidos por uma propaganda agressiva. Essas características podem evocar respostas emocionais implícitas automáticas de aproximação. Uma estratégia para contrapor o apelo de aproximação desses alimentos seria a rotulagem nutricional frontal, que tem sido utilizada em alguns países como estratégia para alerta dos consumidores sobre o conteúdo nutricional dos alimentos. O objetivo do presente estudo foi investigar as respostas emocionais dos músculos da face e da sudorese da pele à estímulos de alimentos in natura e ultraprocessados e a capacidade do uso de rotulagem nutricional frontal do tipo lupa em modificar tais respostas. A amostra foi composta por 73 estudantes universitários de ambos os sexos divididos em 2 grupos: controle e lupa. No grupo lupa, as fotografias de alimentos ultraprocessados foram apresentadas juntamente ao selo de rotulagem nutricional frontal do tipo lupa. No grupo controle, as fotografias de alimentos ultraprocessados foram apresentadas com um código de barras. Os voluntários foram expostos a 3 blocos de fotografias: neutras (objetos), alimentos in natura e alimentos ultraprocessados. Foram aferidas medidas emocionais implícitas de níveis de agradabilidade por eletromiografia facial e níveis de ativação emocional pela sudorese da pele. Após a visualização passiva das fotos, os voluntários responderam a questionários relacionados a quanto cada fotografia evocou o desejo de consumir e a sua percepção de salubridade do alimento. Finalmente, foi avaliado o consumo de alimentos ultraprocessados e in natura no dia anterior ao experimento. A visualização de alimentos in natura gera menores respostas de corrugador que fotos neutras (p<0,05), enquanto os alimentos ultraprocessados não se diferiram das fotos neutras (p>0,05). Alimentos in natura e ultraprocessados causam aumento do zigomático maior em relação a fotos neutras (p<0,05). O selo da rotulagem frontal aumenta a ativação do corrugador para as fotos de alimentos ultraprocessados em relação aos alimentos in natura (p<0,05) apenas para pessoas com baixo consumo de ultraprocessados. Não foram verificadas modificações da resposta de sudorese da pele (p>0,05) para nenhuma das fotografias e grupos testados. Concluiu-se que o selo da rotulagem frontal do tipo lupa pode ser uma pista ambiental que modula respostas emocionais implícitas a estímulos visuais de alimentos ultraprocessados.