Teses defendidas em outras Instituições
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Resultados da Pesquisa
Item As (d)eficiências na gestão de bibliotecas universitárias : um olhar sobre a perspectiva da diversidade.(2022) Costa, Michelle Karina Assunção; Oliveira, Dalgiza Andrade; Borges, Adriana Araujo Pereira; Dias, Célia da Consolação; Mota, Francisca Rosaline Leite; Miranda, Angélica Conceição Dias; Araujo, Nelma Camêlo deO Brasil possui um conjunto de leis destinadas aos direitos das pessoas com deficiência (PcD), reconhecido como um dos mais abrangentes do mundo. E observa-se, no ensino superior, um crescimento, ao longo dos anos, do número de matrículas dessas pessoas. Considerando esses dados indicadores para gestão das Bibliotecas Universitárias (BU), a presente investigação tem como objetivo geral analisar a gestão dos sistemas de bibliotecas da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na perspectiva da diversidade de usuários para o acesso à informação e a inclusão nas BU. Com os desdobramentos de identificar na política de desenvolvimento de acervo, guia do usuário, regulamento e outros documentos normativos, aspectos que abarquem as dimensões da acessibilidade, formação de acervo acessível, tecnologias assistivas, usuários com deficiência dentre outros correlatos; verificar se são realizados estudos de usuários e se neles são contemplados aspectos da acessibilidade e inclusão; verificar se orientações da matriz de documentos de referência para acessibilidade, inclusão e direito das PcD são implementadas nos sistemas de bibliotecas; conhecer a percepção dos Reitores das Instituições de Ensino Superior (IES), dos Pró-Reitores de Graduação, dos Coordenadora dos Núcleos de Inclusão das Universidades, dos Gestores dos Sistemas de Bibliotecas Universitária, dos Bibliotecários na função de chefia/coordenação sobre a acessibilidade e inclusão de usuários com deficiência nas BU; conhecer a percepção do usuário com deficiência ao acesso à informação e uso da biblioteca. Realizou-se de uma pesquisa descritiva, exploratória de abordagem qualitativa por meio de um estudo comparativo. A pesquisa empírica efetivou-se com a pesquisa documental, consulta aos sites dos sistemas de bibliotecas, aplicação de questionário eletrônico e entrevista semiestruturada on-line via Google Meet. A amostra intencional foi composta por sete gestores, 33 bibliotecários gestores e 35 alunos com deficiência. A Teoria da Contingência, Matriz de Documentos de Referência e a Técnica da Análise de Conteúdo de Bardin foram utilizadas para a análise dos dados coletados. Dentre os resultados, os objetivos propostos foram alcançados, eles demostram que as desigualdades nas BU frente aos usuários com deficiência permanecem e essa temática está incipiente nos documentos de gestão, dificultando a criação de uma cultura inclusiva. Em ambos os sistemas, foram mencionados a Barreira Comunicacional, a Barreira do Mobiliário e dos Equipamentos e a Barreira Arquitetônica/física, sendo as barreiras presentes no cotidiano das BU para o usuário com deficiência. Os bibliotecários da PUC Minas tiveram menos dificuldades no atendimento a esse público do que os da UFMG. E todos os bibliotecários da PUC Minas já atenderam PcD, enquanto na UFMG, 14,3% da amostra disse nunca ter atendido esse público. Os gestores possuem mais conhecimento com a temática e convivência com esse público do que os bibliotecários coordenadores. Participaram discentes que se declararam com deficiência física, intelectual, baixa visão, transtorno do espectro autista, surdez, cegueira modular, visão monocular, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, sobrecarga cognitiva e inibição cognitiva e Irlen. Dessa amostra, 53,8% disseram que recebem parcialmente as mesmas condições de atendimento, atenção, acesso equitativo se comparado ao usuário sem deficiência.Item Mobilidade pedonal e o efeito barreira das rodovias urbanas : as contradições e os conflitos no Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, em Belo Horizonte (MG).(2022) Matos, Bárbara Abreu; Lobo, Carlos Fernando Ferreira; Diniz, Alexandre Magno Alves; Oliveira, Marcos Fontoura de; Cardoso, Leandro; Nóbrega, Rodrigo Affonso de Albuquerque; Lobo, Carlos Fernando FerreiraA histórica priorização das políticas públicas dada aos modos de transporte individuais motorizados gerou (e ainda gera) expressivos impactos na mobilidade e no acesso da população no espaço urbano. Fruto da ação de agentes econômicos e sociais que o (re)produzem, com base nos interesses das classes dominantes, o espaço urbano tem sido remodelado na tentativa de suprir a demanda do fluxo de veículos e não das necessidades pessoas, conduzindo a reorganização do espaço de circulação, abertura de novas vias e criação de infraestrutura de suporte aos automóveis, não raro, potencializando conflitos e contradições. Nesse contexto, as infraestruturas de transporte têm comumente se tornado obstáculo à mobilidade e à acessibilidade, especialmente para as pessoas que se deslocam por modos ativos. Sua localização no ambiente urbano induz à ocorrência do fenômeno conhecido por “efeito barreira”, que causa uma forte segregação socioespacial e, consequentemente, reduzir diversas formas de contatos sociais, impactando diretamente no bem-estar e na liberdade de locomoção dos moradores. Esse efeito se materializa de forma mais intensa nas rodovias urbanas, visto que nesses locais a alta velocidade dos veículos, o intenso volume de tráfego e a própria infraestrutura que rompe o tecido urbano, causa a separação física das comunidades que residem nos bairros lindeiros às suas margens, como ocorre no Anel Rodoviário Celso Mello Azevedo, localizado em Belo Horizonte (MG). As rodovias urbanas também realçam as contradições e os conflitos do uso entre veículos e pedestres, incorrendo em privações de deslocamentos a pé, afetando as condições em que a mobilidade pedonal se realiza, potencializando os riscos e sinistros durante as travessias. Diante desse contexto, essa tese tem por objetivo analisar a mobilidade pedonal no entorno do Anel Rodoviário de Belo Horizonte, tendo como base a proposição de indicadores de mobilidade, acessibilidade e risco de travessia, bem como uma breve reflexão sobre os possíveis conflitos e contradições impostos ao fluxo de pedestres nesse espaço. Para tanto, propõe-se, primeiramente, a estimação dos atravessamentos de pedestres entre suas margens (dos cruzamentos nos dois sentidos) e a identificação das características dos pedestres que realizam esses deslocamentos, tendo como base os dados da série histórica recente da Pesquisa Origem e Destino da Região Metropolitana de Belo Horizonte (1992-2002-2012). Posteriormente, de posse dos dados mais recentes da Pesquisa OD da RMBH, realiza-se a aplicação dos indicadores propostos, correlacionando-os com fatores preponderantes para a avaliação do risco potencial de atravessamento, como fluxo de veículos, acidentalidade, características socioeconômicas dos pedestres, motivos de acesso e localização das ocupações irregulares. Os resultados indicam que, ao longo do período de análise, os fluxos de atravessamentos foram reduzidos, mesmo em áreas onde se registou crescimento populacional. O perfil dos pedestres também se modificou, com destaque para alterações na idade, sexo e renda dessas pessoas. Evidenciou-se, ainda, a prevalência dos atravessamentos pelos modos motorizados, as desigualdades no acesso às passarelas e o risco elevado para os pedestres que realizam os atravessamentos, cenário esse que se reflete em expressivas ocorrências de atropelamentos na rodovia.Item Produção escrita de alunos surdos e consciência morfológica.(2022) Toffolo, Andreia Chagas Rocha; Guimarães, Daniela Mara Lima Oliveira; Guimarães, Daniela Mara Lima Oliveira; Lacerda, Cristina Broglia Feitosa de; Silva, Giselli Mara da; Bernardino, Elidéa Lúcia Almeida; Valadão, Michelle NaveO conteúdo desta tese busca refletir, discutir e apresentar propostas de trabalho com a morfologia verbal, com o intuito de colaborar com a discussão sobre a importância da consciência morfológica do estudante surdo para o aprimoramento de sua escrita. Com a finalidade de identificar as principais dificuldades na escrita dos verbos, analisamos textos produzidos por 17 surdos profundos, matriculados no Ensino Fundamental II, de escolas da rede pública do estado de Minas Gerais. Realizamos uma análise quali e quantitativa dos dados. As principais dificuldades identificadas na escrita dos verbos foram: (1) erros de flexão verbal; (2) locução verbal; (3) ausência de verbos; e (4) uso inadequado de verbo. Após identificação de tais desvios, hipotetizamos que eles advém principalmente (1) da forma como os surdos percebem e processam a língua portuguesa (LP), sendo fundamentalmente visual, sem o suporte de um léxico fonológico que lhes auxilie no momento da escrita; (2) do desconhecimento ou pouco domínio do vocabulário e de aspectos da LP relacionados à flexão verbal; e (3) da transferência de conhecimentos da Libras como primeira língua (L1) para a escrita da língua portuguesa como segunda língua (L2). Pensamos, assim, na necessidade de se contemplar a consciência morfológica, considerando a Libras e com respaldo de recursos visuais. Baseando-nos nos erros mais recorrentes, os quais foram apresentados no corpus desta tese, elaboramos propostas de práticas em seis unidades que contemplam os temas: (1) Pessoas do Verbo e Referenciação no Discurso; (2) Verbos no Infinitivo; (3) Verbos no Presente; (4) Verbos no Passado; (5) Locuções Verbais, e (6) Verbos Irregulares. Pautamos nossas propostas na teoria de base estatística da Integração de Múltiplos Padrões – IMP (TREIMAN, 2018) – que postula que o aprendizado da escrita leva em conta a frequência de eventos, suas combinações e as circunstâncias em que ocorrem, desenvolvendo uma espécie de “estatística mental”, e, na perspectiva do letramento visual, na qual o ensino de aspectos visuais da escrita é priorizada em prol da oralidade (GESUELI; MOURA, 2006; LEBEDEFF, 2010; TAVEIRA; ROSADO, 2013; FARIA-NASCIMENTO, et al., 2021). As práticas propostas procuraram guiar o aprendizado, de forma consciente e intencional (CLEEREMANS, 1993), com a apresentação de regras e de generalizações morfológicas, voltadas para o desenvolvimento de habilidades de consciência morfológica, com vistas a promover uma reflexão sobre os morfemas que compõem os verbos, aumentando a compreensão de vocabulário e, consequentemente, promovendo melhorias na ortografia (NUNES et al., 2010; TRUSSELL et al., 2017). Acreditamos que é fundamental que o aprendiz surdo seja inserido em práticas de ensino significativas, com o uso de estratégias que direcionem sua atenção para detalhes de formas linguísticas, presentes na L2, em especial, para aquelas formas que não foram adquiridas por falta de um input auditivo. Apontamos ainda que há necessidade de melhor conhecimento da escrita do surdo para que atividades específicas e direcionadas possam ser produzidas com vistas a auxilia-los neste processo de apropriação da escrita da língua portuguesa tão importante para sua inserção social e acadêmica.