PPEA - Mestrado (Dissertações)
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Item Indicador multidimensional de bem-estar para os idosos : uma análise para o Brasil.(2019) Rodrigues, Lídia Pereira; Ribeiro, Mirian Martins; Antigo, Mariangela Furlan; Ribeiro, Mirian Martins; Antigo, Mariangela Furlan; Camargos, Mirela Castro Santos; Oliveira, Héder Carlos deO envelhecimento populacional é uma das principais consequências da transição demográfica vivenciada pelo Brasil desde os anos de 1940. Em poucas décadas, a proporção da população idosa crescerá significativamente, reforçando a importância desse grupo para toda a sociedade, bem como a urgência de se pensar políticas públicas mais eficientes voltadas para ele. Além disso, não somente a proporção de idosos irá crescer, como também os anos que esses idosos viverão, ou seja, teremos uma população bem mais longeva, o que pode ser explicitado pelo aumento dos “super idosos”, os idosos que possuem 80 anos ou mais. Portanto, é importante analisar de maneira mais ampla e profunda as condições dos idosos na sociedade com o intuito de nortear a construção de políticas públicas mais eficientes. Para tanto, é proposto um índice multidimensional que busca auxiliar na caracterização do bem-estar da terceira idade no Brasil, através de seis dimensões principais: saúde, capacidade funcional, educação, inserção social, renda e condição do domicílio. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013 é utilizada como fonte de dados e o método Alkire-Foster é a base para a construção do índice. O referencial teórico é a Abordagem das Capacitações e trabalhos empíricos sobre os idosos e o Estatuto do Idoso são tomados como referências do exercício empírico proposto. Os resultados do índice mostram que há uma forte incidência de privação de bem-estar entre os idosos brasileiros, bem como uma significativa heterogeneidade entre eles. A maior desigualdade encontrada se refere ao sexo: a velhice é menos favorável às mulheres que, em todos os recortes considerados, sofrem mais privações que os homens. As regiões Norte e Nordeste, as classes econômicas mais pobres e os idosos mais velhos representam os grupos com maiores índices de privação.