ENUT - Escola de Nutrição
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Navegando ENUT - Escola de Nutrição por Assunto "Açaí"
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Item Açaí (Euterpe oleracea Mart.) pulp dietary intake improves cellular antioxidant enzymes and biomarkers of serum in healthy women.(2015) Barbosa, Priscila Oliveira; Pala, Daniela; Silva, Carla Teixeira; Souza, Melina Oliveira de; Amaral, Joana Ferreira do; Vieira, Renata Adrielle Lima; Folly, Gilce Andrezza de Freitas; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento deObjectives: The aim of the present study was to evaluate the effect of ac¸ ai pulp (Euterpe oleracea Martius) intake on the prevention of oxidative damage by measuring the activity of antioxidant enzymes and biomarkers of protein oxidation in women. Methods: A nutritional intervention study was conducted with thirty-five healthy women who were asked to consume 200 g/d of ac¸ ai pulp for 4 wk. Blood samples were collected, and blood pressure and anthropometric parameters were measured before and after the experimental period. Antioxidant enzymes, superoxide dismutase, catalase, glutathione, production of reactive oxygen species, and total antioxidant capacity were evaluated in polymorphonuclear cells. Serum concentration of protein carbonyl and sulfhydryl groups were also determined. Results: The ac¸ ai intake increased catalase activity, total antioxidant capacity, and reduced the production of reactive oxygen species. Furthermore, it reduced serum concentration of protein carbonyl and increased total serum sulfhydryl groups. Conclusions: These results show the antioxidant benefit of dietary açai for the healthy women included in the present study, and may increase understanding of the beneficial health properties of this fruit.Item Diet supplementation with açaí (Euterpe oleracea Mart.) pulp improves biomarkers of oxidative stress and the serum lipid profile in rats.(2010) Souza, Melina Oliveira de; Silva, Maísa; Silva, Marcelo Eustáquio; Oliveira, Riva de Paula; Pedrosa, Maria LúciaObjective: We investigated the antioxidant potential and hypocholesterolemic effects of acai (Euterpe oleracea Mart.) pulp ingestion in rats fed a standard or hypercholesterolemic diet. Methods: Female Fischer rats were fed a standard AIN-93 M diet (control) or a hypercholesterolemic diet that contained 25% soy oil and 1% cholesterol. The test diet was supplemented with 2% acai pulp (dry wt/wt) for control (group CA) and hypercholesterolemic rats (group HA) for 6 wk. At the end of the experimental period, rats were sacrificed and the blood and livers were collected. To evaluate the effect of acai consumption, levels of protein carbonyl and sulfhydryl groups, superoxide dismutase and paraoxonase activities, and lipid profiles of the sera were measured. Results: Animals that were fed the hypercholesterolemic diet presented increased levels of total and non–high-density lipoprotein cholesterol and decreased levels of high-density lipoprotein cholesterol. Supplementing the diet of this group with acai caused a hypocholesterolemic effect by reducing total and non–high-density lipoprotein cholesterol. Serum levels of carbonyl proteins and total, free, and protein sulfhydryl groups were reduced by acai ingestion in animals receiving the standard or hypercholesterolemic diet. Acai supplementation induced a significant reduction in superoxide dismutase activity only in the hypercholesterolemic rats, indicating an association between diet and acai treatment. Also, acai supplementation increased paraoxonase activity in the CA and HA groups. Conclusion: These results suggest that the consumption of acai improves antioxidant status and has a hypocholesterolemic effect in an animal model of dietary-induced hypercholesterolemia.Item Efeito de uma suplementação com polpa de açaí (Euterpe oleracea Martius) em camundongos BALB/c com mucosite intestinal induzida por 5-fluorouracil.(2018) Magalhães, Talita Alves Faria Martins; Freitas, Renata Nascimento de; Amaral, Joana Ferreira do; Barros, Patrícia Aparecida Vieira de; Costa, Daniela Caldeira; Amaral, Joana Ferreira do; Freitas, Renata Nascimento deA mucosite intestinal (MI) causada por quimioterapia antineoplásica caracteriza-se por um processo inflamatório da mucosa e pode ocorrer entre 50% e 80% dos pacientes oncoterápicos tratados com 5 fluorouracil (5-FU), droga comumente utilizada nesse contexto. Até o presente momento não há terapia aprovada para a MI. Diante disso, diversos estudos têm demonstrado efeito antioxidante e anti-inflamatório do açaí (Euterpe oleracea Martius), um fruto tipicamente brasileiro e normalmente consumido por essa população e cada vez mais pela população mundial. O presente estudo objetivou investigar o efeito da polpa de açaí na resposta antioxidante e inflamatória em um modelo animal de MI induzida por 5-FU. Camundongos BALB/c receberam pré-tratamento com polpa de açaí a 200g/kg de uma dieta padrão durante quatorze dias. No décimo quinto dia da experimentação, parte dos animais receberam injeção intraperitoneal única de 5-FU (200mg/kg) sendo eutanasiados três (D3) ou sete (D7) dias após a administração da droga. Ao findar dezoito e vinte e dois dias, os grupos CTL, CTL+Açaí, MUC e MUC+Açaí tiveram o jejuno coletado para as seguintes análises: histológica, atividade das enzimas SOD e CAT, concentração de grupos SH totais e polifenóis totais e de mediadores pró-inflamatórios (TNF-α e IL-1β). O fluido intestinal foi coletado para avaliar a concentração de sIgA e da atividade enzimática da MPO. A ingestão de açaí pelos grupos com MI promoveu resistência e recuperação da altura das vilosidades, recuperou a razão vilos/cripta e regenerou quase que completamente o aspecto histológico tecidual. Nesse mesmo grupo, houve diminuição da atividade da SOD, aumento da atividade da MPO e da liberação de sIgA no D3. A atividade da enzima MPO elevou em todos grupos com MI no D7. A enzima CAT apresentou redução de sua atividade nos grupos com essa alteração no D3 e aumento nos grupos que receberam açaí no D7. Não houve alteração no teor de polifenóis totais, no nível tecidual de grupos SH totais e nas concentrações de TNF-α e IL-1β. Nossos resultados demonstraram efeito protetor dos componentes da polpa de açaí na injúria intestinal provocada por 5-FU, bem como, na capacidade de controlarem o estresse oxidativo e a resposta inflamatória intestinal, no sentido de mobilizarem vias de defesa para acelerar o reparo tecidual. Os mecanismos que envolvem esses achados carecem de elucidações.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart) sobre mediadores relacionados à ingestão alimentar em mulheres com peso normal e excesso de peso.(2018) Sousa, Stéphane Castellar; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Amaral, Joana Ferreira do; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Volp, Ana Carolina PinheiroConsiderando as complicações metabólicas e fisiológicas do excesso peso e o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade, várias estratégias têm sido estudadas para prevenir e reverter esse quadro. O consumo de polifenóis tem demonstrado efeitos antioxidantes e antiinflamatórios e parece modular a síntese e concentração de alguns mediadores envolvidos no controle da ingestão alimentar. O açaí é uma boa fonte de polifenóis e seu consumo, principalmente na forma de polpa, se tornou bastante comum entre os brasileiros. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre variáveis bioquímicas, antropométricas e dietéticas relacionadas à ingestão alimentar em mulheres com peso normal e excesso de peso. Foi realizado um estudo prospectivo, autocontrolado, de intervenção nutricional, em que os participantes foram orientados a consumir 200g de polpa de açaí todos os dias durante quatro semanas, mantendo sua dieta habitual e padrão de atividade física. Nas etapas inicial e final da intervenção foram realizadas coleta de sangue, aferição de medidas antropómetricas, bioimpedância e aplicação de questionário de frequênica de consumo alimentar. O sangue coletado nas etapas inicial e final foi utilizado para análises bioquímicas. As análises estatísticas foram realizadas no programa Graph Pad Prism 5.0, adotando-se um nível de significância de 5%. Foi utilizado o teste de KolmogorovSmirnov para verificar a distribuição dos dados e as comparações entre as médias e medianas dos grupos foram feitas mediante o teste t de Student e Wilcoxon, respectivamente. Verificouse aumento significativo na concentração de hormônio adrenocorticotrófico após a intervenção em ambos os grupos estudados. No grupo com peso normal a concentração de leptina reduziu significativamente, paralelamente a um aumento no índice de massa corporal e na gordura corporal. No grupo com excesso de peso verificou-se redução na CC e índice cintura/quadril após a intervenção. Houve uma redução importante na ingestão calórica total das voluntárias de ambos os grupos, que apesar de não ter sido estatisticamente significativa, poderia promover perda de peso e, consequente, melhorar o perfil metabólico das voluntárias a longo prazo.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre as concentrações das moléculas de adesão e quimiocinas, medidas antropométricas, de composição corporal, parâmetros bioquímicos e dietéticos em mulheres jovens.(2014) Vieira, Renata Adrielle Lima; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Oliveira, Fernando Luiz Pereira deA obesidade está relacionada com a inflamação subclínica,sendo as moléculas de adesão e quimiocinas, responsáveis pelo papel crucial na aderência de células nas superfícies endoteliais e na integridade da parede vascular. Tais marcadorespodem ser moduladas pela composição corporal e padrão alimentar. O açaí é um fruto rico em antocianinas, fitoesteróis e ácidos graxos insaturados e possui efeitos antioxidativos e anti-inflamatórios. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre as concentrações das moléculas de adesão, quimiocinas, medidas antropométricas, composição corporal, parâmetros bioquímicos e dietéticos em mulheres jovens. Trata-se de um estudo de intervenção nutricional com dois grupos de voluntárias, um de eutróficas (IMC: 18,5-24,9 Kg/m²) e outro com excesso de peso (IMC: 26-35 Kg/m²), idade entre 18 e 35 anos, que consistiu na ingestão de 200g de polpa de açaí durante 4 semanas, em situação de vida livre. Medidas antropométricas, composição corporal, mediadores inflamatórios (P-selectina, VCAM-1, ICAM-1, MCP-1 e fractalkine), dados bioquímicos, ingestão dietética e padrão alimentar por meio dos índices de qualidade da dieta foram avaliados antes e após a intervenção. Utilizou-se o teste de Kolmogorov Sminorv para verificar a normalidade dos dados. Além disso, para os marcadores inflamatórios realizou-se transformação Log. A comparação entre grupos foi realizada mediante o teste t Student ou U-Mann-Whitney. O teste t pareado ou teste de Wilcoxon foi utilizado para avaliar as mudanças nas variáveis antes e após a intervenção. As análises estatísticas foram efetuadas utilizando-se o programa PASW, sendo considerado o nível de significância estatística de 5% de probabilidade. Foram avaliadas 34 voluntárias, 24 eutróficas e 10 com excesso de peso.Após intervenção, houve aumento significativo no peso (p=0,045), IMC (p=0,020), índice de adiposidade troncular (p=0,038) e percentual de gordura troncular (p=0,002) para todas as voluntárias. Ao passo que a dobra cutânea tricipital (p=0,036), bicipital (p=0,018), área adiposa do braço (p=0,041) e o índice de conicidade (p=0,037) reduziram significativamente. Juntamente a isso, houve redução das proteínas totais (p=0,035) em decorrência da diminuição da globulina (p=0,014) e consequente aumento da relação albumina/globulina (p=0,008) para as voluntárias eutróficas. Entre as moléculas de adesão houve aumento significativo da VCAM-1 (p=0,022) para todas as voluntárias e quando estratificado esse aumento manteve-se nas eutróficas (p=0,003). Para as outras moléculas não houve mudança significativa após intervenção. Quanto à ingestão dietética, foi observado diminuição do ácido graxo monoinsaturado (p=0,033) e aumento de fibras (p<0,001) para todas as voluntárias.Já para os índices dietéticos não houve mudança significativa após intervenção.Portanto, o consumo de 200 g de polpa de açaí durante 4 semanas, em situação de vida livre, manteve o estado nutricional avaliado pelas proteínas totais, por outro lado, aumentou a gordura troncular, as concentrações de VCAM-1e manteve o padrão alimentar de mulheres jovens e saudáveis.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre as concentrações de adipocinas, medidas antropométricas, de composição corporal, parâmetros bioquímicos, clínicos e dietéticos em mulheres eutróficas e com excesso de peso aparentemente saudáveis.(2015) Pontes, Tereza Cristina Moreira Cançado Mascarenhas; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Oliveira, Fernando Luiz Pereira deIntrodução: A inflamação crônica de baixa intensidade está presente em vários estágios das doenças crônicas não transmissíveis. As adipocinas são substâncias produzidas pelo tecido adiposo. Dentre elas, a adipsina, adiponectina, leptina, resistina e visfatina têm sido apontadas como biomarcadores da inflamação. O papel modulador da dieta na inflamação tem sido cada vez mais indiscutível. O açaí é uma espécie nativa do Brasil e vem ganhando espaço no mercado mundial. Apesar de rico em polifenóis que proporcionam um excelente potencial anti-inflamatório, há poucos estudos que analisem o efeito do fruto em humanos. Objetivo: Avaliar o efeito do consumo de 200g da polpa de açaí, durante 4 semanas sobre adipocinas, parâmetros antropométricos, de composição corporal, bioquímicos, clínicos e dietéticos em mulheres eutróficas e com excesso de peso. Metodologia: Estudo de intervenção no qual as voluntárias, divididas em eutróficas e com excesso de peso consumiram polpa de açaí por 4 semanas. Antes e após o período de intervenção foram avaliados parâmetros antropométricos e de composição corporal, clínicos, bioquímicos e dietéticos. As adipocinas foram analisadas por meio de kits comerciais específicos. Para análise das variáveis, foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a distribuição dos dados. As comparações entre os grupos antes da intervenção foram feitas utilizando-se o teste U-Mann-Whitney e o teste t-Student. Para análise do efeito da intervenção em um mesmo grupo foram realizados os testes t-Student pareado e Wilcoxon pareado. As análises estatísticas foram efetuadas utilizando-se o programa PASW Statistics 18. Adotou-se o nível de significância de 5%. Resultados: Após o consumo do açaí, o grupo de mulheres eutróficas apresentou aumento do peso corporal, do IMC, da prega cutânea supra-ilíaca, percentual de gordura troncular e das concentrações de visfatina. Para o grupo com excesso de peso, houve redução das pregas cutâneas tricipital e bicipital, área adiposa do braço e percentual de gordura corporal total, pressão arterial sistólica e aumento das concentrações de resistina. Conclusão: A dose diária de 200g da polpa de açaí contribuiu para o aumento das adipocinas visfatina e resistina, em mulheres eutróficas e com excesso de peso, respectivamente. A redução da pressão arterial em mulheres com excesso de peso pode ser benéfica.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe Oleracea Mart.) sobre mediadores do estado inflamatório em mulheres saudáveis.(2018) Souza, Tamires Cássia de Melo; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Carraro, Júlia Cristina CardosoO processo inflamatório tem início com a secreção de determinadas adipocinas que por sua vez, desencadeiam a transcrição de genes que codificam proteínas envolvidas na resposta inflamatória, a partir da ativação de vias de sinalização desses fatores. A ativação a longo prazo do sistema imune é mantida por fatores que perpetuam uma retroalimentação desse ciclo; além de produzir citocinas inflamatórias, o tecido adiposo hipertrofiado também libera fatores quimiostáticos que atraem macrófagos circulantes para o interior dos adipócitos, aumentando o infiltrado e, consequentemente a resposta à inflamação. A presença de compostos bioativos nos alimentos tem sido estudada como fator de prevenção e tratamento de diversas condições patológicas pois o consumo de frutos ricos em polifenóis é capaz de promover a redução de marcadores de inflamação, melhora do perfil lipídico, aumento da sensibilidade à insulina, redução das concentrações de glicose, além do aumento das concentrações de micronutrientes. Nesse sentido, o estudo das propriedades funcionais de alimentos acessíveis à população brasileira é uma ferramenta importante para que novas formas de prevenção e tratamento das DCNT sejam implementadas com segurança. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre marcadores relacionados ao processo inflamatório em mulheres jovens, aparentemente saudáveis. Esse estudo foi realizado com base um banco de dados elaborado a partir de um estudo de caráter prospectivo, intervencional, auto-controlado, com o consumo de 200g da polpa de açaí por um período de 4 semanas. Os resultados apontaram que o consumo diário de 200g da polpa de açaí promoveu uma redistribuição da gordura corporal, com aumento do percentual de gordura troncular e elevou as concentrações de Resistina. Entretanto, promoveu o aumento de IL-10 e também a redução de Visfatina após a intervenção. Além disso, foi possível observar uma correlação positiva entre IL-10 e IL-6, demonstrando a retroalimentação desse ciclo na tentativa de promover a homeostase. Sendo assim, esse estudo representa um ponto de partida para a compreensão dos efeitos da ingestão dietética do açaí e pesquisas futuras serão necessárias para determinar a quantidade ideal de consumo e seu potencial papel na promoção e manutenção da saúde, na modulação do processo inflamatório e na prevenção das DCNT.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre parâmetros da cascata fibrinolítica e fatores de crescimento em mulheres jovens aparentemente saudáveis.(2015) Pereira, Izabelle de Sousa; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento deO excesso de adiposidade implica no aumento estresse oxidativo e inflamatório associada com a disfunção endotelial e possível liberação de citocinas que determinam funções endoteliais que podem desencadear as doenças crônicas. Tais citocinas podem ser moduladas pela composição corporal e padrão alimentar e até mesmo pelos processos inflamatórios. Por meio de frutos ricos em antocianinas como o açaí, tem-se o controle sobre os efeitos oxidativos e inflamatórios. Assim o objetivo desse trabalho foi de avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre marcadores inflamatórios, medidas antropométricas, composição corporal, parâmetros bioquímicos e dietéticos em mulheres saudáveis. O estudo avaliou 40 mulheres com idade entre 18 e 35 anos, subgrupadas em 25 eutróficas e 15 com excesso de peso, que ingeriram 200g/dia de polpa de açaí por 4 semanas, em situação de vida livre. Foi realizada a avaliação das medidas antropométricas, composição corporal, parâmetros bioquímicos e de ingestão alimentar e marcadores inflamatórios relacionados à função endotelial como inibidor do ativador de plasminogênio (PAI- 1), fibrinogênio e os fatores de crescimentos; Fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF– AA), fator de crescimento transformante-alfa (TGF- α) e o fator de crescimento epidérmico (EGF). Notou-se diferença significativa entre os grupos antes da intervenção exclusivamente para medidas antropométricas e de composição corporal. Após intervenção, as voluntárias com excesso de peso, aumentaram as concentrações de EGF (p=0,021) e PAI-1 (p=0,011). No entanto as dobras cutâneas (p=0,018) e gordura corporal total (p=0,016) reduziram. Para as eutróficas, houve aumento do peso (p=0,031), índice de massa corporal (p=0,028), percentual de gordura troncular (p=0,003) e prega cutânea triciptal (p=0,046). Pelos parâmetros bioquímicos houve redução das proteínas totais (p=0,049) em decorrência da diminuição da globulina (p=0,005), todavia houve a manutenção do estado nutricional para todas as voluntárias e uma significativa redução da pressão arterial sistólica (PAS) no grupo excesso de peso. Quanto à ingestão dietética, não houve alteração do padrão alimentar avaliado pelos índices para ambos os grupos e tampouco da capacidade antioxidante da dieta para todas as voluntárias não se alteraram após consumo do açaí (p=0,372). Neste trabalho, o consumo de 200g de polpa de açaí, em situação de vida livre, elevaram as concentrações de EGF e PAI-1, possivelmente por modulação do açaí sobre os parâmetros de composição corporal, dietéticos, clínicos, bioquímicos e inflamatórios. Houve uma redistribuição e redimensionamento da gordura corporal para área do tronco, sendo presumível o aumento de gordura visceral, contudo o padrão alimentar e o estado nutricional foi conservado antes e após a intervenção.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre parâmetros relacionados à resistência insulínica em mulheres com peso normal e excesso de peso.(2017) Dias, Bruna Vidal; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Freitas, Renata Nascimento deO tecido adiposo é um órgão endócrino ativo que secreta diversas substâncias bioativas como omentina, leptina, adiponectina entre outros, estando estas diretamente relacionadas ao desenvolvimento da resistência insulínica, inflamação e hipertensão. Algumas adipocinas, como a omentina, podem agir de forma anti-inflamatória; sua ação faz com que haja um aumento da captação de glicose mediada pela insulina e inibe a ação pro-inflamatória da proteína C reativa (PCR), contribuindo dessa forma para uma melhora do estado inflamatório e oxidativo. Têm-se demonstrado uma forte associação entre excesso de adiposidade, mediadores inflamatórios e deficiência da ação da insulina, caracterizando a obesidade como um estado de inflamação crônica. Uma alimentação rica em frutas e vegetais está inversamente associada a distúrbios metabólicos e isto se deve, principalmente, pelos compostos antioxidantes presentes nestes alimentos. O açaí é uma fruta rica em antioxidantes como os polifenóis, que têm apresentado muitos benefícios para a saúde devido ao seu potencial efeito antioxidante, anti-inflamatório e potencializador de insulina, causando redução das concentrações de glicose tanto em diabéticos quanto em obesos. Com isso, este trabalho objetivou avaliar os efeitos da ingestão da polpa de açaí sobre variáveis relacionadas à resistência insulínica em mulheres eutróficas e com excesso de peso. Foi realizado um estudo prospectivo de intervenção nutricional onde foi avaliado o efeito do consumo de 200g da polpa de açaí durante quatro semanas sobre variáveis bioquímicas, dietéticas, clínicas, antropométricas e de atividade física em mulheres eutróficas e com excesso de peso. Foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a distribuição dos dados. A comparação entre médias e medianas dos grupos foi feita mediante o teste t Student e Wilcoxon, respectivamente. Para avaliar a correlação dos demais parâmetros com a omentina, foi realizado o teste de correlação de Pearson e Spearman para dados paramétricos e não paramétricos respectivamente. Foi utilizado o programa GraphPadPrism versão 5. De acordo com os resultados obtidos, dentre as variáveis biquímicas, a intervenção acarretou em um aumento da concentração média de omentina no grupo eutrófico. A omentina pode atuar na modulação da expressão de citocinas pró-inflamatórias e aumentar a captação de glicose mediada por insulina em adipócitos, o que favorece a sensibilidade à insulina. Uma variedade de adipocinas como a leptina, adiponectina, TNF, IL-6 e IL-8 e proteínas de fase aguda que são estimuladas por fatores inflamatórios como o PCR e PAI-1 estão relacionadas à resistência insulínica e se encontram diretamente proporcionais à quantidade de tecido adiposo, entretanto, não foi observado diferença destes fatores após a ingestão da polpa. Este resultado pode ser devido à quantidade de açaí consumida, com isso, são necessários mais estudos para avaliar a dose adequada para este efeito. Apesar de terem sido observados um menor número de variáveis com diferenças significativas comparado ao total avaliado, a ingestão da polpa de açaí modificou parâmetros importantes na avaliação da resistência insulínica como a concentração de omentina e também apresentou correlações com glicose, insulina, HOMA IR e a proteína de fase aguda PAI-1. Com isso, a ingestão da polpa de açaí pode auxiliar na prevenção de distúrbios metabólicos associados à RI, como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares entre outras.Item Suplementação com polpa de açaí na dieta hiperlipídica materna durante a gestação e lactação modifica a concentração de ácidos graxos de cadeia curta nas mães e suas respectivas proles.(2021) Pena, Carina Cristina; Souza, Melina Oliveira de; Freitas, Renata Nascimento de; Souza, Melina Oliveira de; Amaral, Joana Ferreira do; Mendes, Maria Carolina SantosO consumo de uma dieta hiperlipídica pode desencadear o desenvolvimento e a progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Além disso, a literatura mostra que uma nutrição materna rica em gordura é capaz de promover alterações metabólicas precoces determinantes desta doença em sua prole. Atualmente, a conexão entre intestino e DHGNA tem atraído bastante atenção como forma de explicar a etiopatogenia e a adoção de estratégias terapêuticas. Nossa hipótese é que o açaí (Euterpe oleracea Martius), devido principalmente à sua composição química, rica em compostos fenólicos e fibras alimentares, pode modular a produção de ácido graxo de cadeia curta (AGCC) no intestino. Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito da polpa de açaí suplementada na dieta materna hiperlipídica sobre a concentração de AGCC no conteúdo cecal de ratas e suas proles após o período de lactação. Foram utilizadas 32 ratas fêmeas, espécie Rattus norvegicus, linhagem Fischer, com 90 dias de idade, divididas em quatro grupos experimentais de acordo com a dieta recebida: grupo controle (C) (dieta padrão AIN-93G), grupo hiperlipídico (HF) (dieta hiperlipídica com 40% de banha de porco e 1% de colesterol), grupo açaí (A) (dieta padrão suplementada com polpa de açaí 2%) e grupo hiperlipídico + açaí (HFA) (dieta hiperlipídica suplementada com polpa de açaí 2%). Após um período de duas semanas recebendo as dietas experimentais, foi realizado o acasalamento aleatório poligâmico dessas ratas. Ao longo do período de gestação e lactação, sendo 21 dias para cada etapa, as fêmeas (geração G0) receberam suas respectivas dietas experimentais e água ad libitum. Após o nascimento, os filhotes (geração F1) permaneceram na gaiola junto com a mãe durante todo o período de lactação. No final do experimento as gerações G0 e F1 foram eutanasiadas e foi retirado o conteúdo fecal acumulado no ceco dos animais para análise da concentração dos AGCC (ácido acético, butírico e propiônico), utilizando a técnica de cromatografia líquida de alta eficiência. Foi avaliado também, a concentração hepática de TNF. Na geração G0, a dieta hiperlipídica (p<0,001), polpa de açaí (p<0,001) e interação (p<0,05) modificaram a concentração de ácido acético. Também foi encontrada uma redução na concentração do ácido acético nas mães do grupo HFA quando comparado ao grupo HF. A polpa de açaí (p<0,05) apresentou efeito sobre a concentração de ácido butírico e ácido propiônico. As mães do grupo HFA apresentaram uma concentração cecal de ácido propiônico menor que as mães do grupo HF. Na geração F1 a interação (p<0,05) apresentou efeito sobre a concentração de ácido acético. A dieta hiperlipídica (p<0,001) polpa de açaí (p<0,001) e da interação (p<0,05) apresentou efeito sobre a concentração de ácido butírico. A prole do grupo HFA apresentou um aumento na concentração de ácido butírico quando comparado ao grupo HF. Na prole, a polpa de açaí (p<0,001) e a interação (p<0,05) apresentaram efeito sobre a concentração de ácido propiônico. A prole do grupo HFA apresentou uma redução na concentração do ácido propiônico que a prole do grupo HF. Com relação ao resultado da concentração hepática de TNF, nas mães essa concentração foi influenciada pela polpa de açaí (p<0,05) e a interação (p<0,01) e nas proles sofreu influência da dieta hiperlipídica (p<0,001). Nossos achados podem ser úteis para ajudar na melhor compreensão do efeito de alimentos ricos em compostos bioativos sobre o trato intestinal de descendentes em um modelo de DHGNA induzida por dieta materna hiperlipídica. Entretanto, mais estudos de intervenção dietética são necessários para comprovar que o consumo de açaí é benéfico para a saúde intestinal e também indicado como estratégia terapêutica para a prevenção da DHGNA.