Navegando por Assunto "Açaí"
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Item Açaí (Euterpe oleracea Mart.) : efeitos sobre a modulação do sistema glutationa, do perfil de genes do estresse do retículo endoplasmático e do metabolismo de fase I em ratas intoxicadas com paracetamol.(2019) Viana, Ana Maria Fernandes; Pedrosa, Maria Lúcia; Pedrosa, Maria Lúcia; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Esteves, Elizabethe Adriana; Maldonado, Izabel Regina dos Santos CostaO paracetamol é um antipirético e analgésico que em doses terapêuticas é metabolizado por enzimas de fase I e II, originando conjugados de glicuronídeo e de sulfato, com reduzida formação de NAPQI que é detoxificado pela glutationa e excretado. Em overdose de paracetamol ocorre produção aumentada de NAPQI que é responsável por danos celulares. O açaí (Euterpe oleracea Mart.), reconhecido pelas suas características fitoquímicas e pelos seus efeitos anti-inflamatório e antioxidante, pode apresentar efeito hepatoprotetor para overdose com paracetamol. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do pré-tratamento com açaí sobre fatores envolvidos nos danos hepáticos desencadeados pelo paracetamol. Ratas Fischer (40) foram distribuídas nos grupos: controle (C), açaí (A), paracetamol (P), paracetamol + açaí (PA) e paracetamol + acetilcisteína (PNac). Água, açaí filtrado (3 g de açaí filtrado/Kg) e acetilcisteína (140 mg de acetilcisteína/Kg) foram administrados por gavagem durante 7 dias. No sétimo dia de experimento os grupos P, PA e PNac receberam 835 mg de paracetamol/Kg e os demais receberam água filtrada. Após a intoxicação, as ratas foram submetidas ao jejum por 12 h e eutanasiadas. O grupo P apresentou, além da degeneração hidrópica, aumento de esteatose microvesicular, número de células inflamatórias e danos oxidativos no fígado. Além disso, foram observadas redução da concentração de glutationa total, menor expressão gênica de CYP1A2 e CYP2E1, e aumento da expressão gênica de GADD34 e CHOP, genes envolvidos no estresse do retículo endoplasmático. O pré-tratamento com açaí modulou o sistema glutationa e recuperou a concentração de glutationa total, aumentou a expressão de genes CYP1A2 e CYP2E1 envolvidos no metabolismo de paracetamol e diminuiu a expressão de GADD34 e CHOP, com aumento da expressão de eIF2α e ATF4, genes que favorecem a resposta antioxidante, reduzem a tradução de novas proteínas e inibem a apoptose. O perfil histológico do grupo PA foi semelhante ao grupo P exceto por apresentar diminuição do número de células, indicando redução das células inflamatórias no fígado. Esses resultados indicam que o açaí atua sobre diferentes mecanismos, sugerindo seu potencial terapêutico para amenizar os danos provocados pelo paracetamol.Item Açaí (Euterpe oleracea Mart.) pulp dietary intake improves cellular antioxidant enzymes and biomarkers of serum in healthy women.(2015) Barbosa, Priscila Oliveira; Pala, Daniela; Silva, Carla Teixeira; Souza, Melina Oliveira de; Amaral, Joana Ferreira do; Vieira, Renata Adrielle Lima; Folly, Gilce Andrezza de Freitas; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento deObjectives: The aim of the present study was to evaluate the effect of ac¸ ai pulp (Euterpe oleracea Martius) intake on the prevention of oxidative damage by measuring the activity of antioxidant enzymes and biomarkers of protein oxidation in women. Methods: A nutritional intervention study was conducted with thirty-five healthy women who were asked to consume 200 g/d of ac¸ ai pulp for 4 wk. Blood samples were collected, and blood pressure and anthropometric parameters were measured before and after the experimental period. Antioxidant enzymes, superoxide dismutase, catalase, glutathione, production of reactive oxygen species, and total antioxidant capacity were evaluated in polymorphonuclear cells. Serum concentration of protein carbonyl and sulfhydryl groups were also determined. Results: The ac¸ ai intake increased catalase activity, total antioxidant capacity, and reduced the production of reactive oxygen species. Furthermore, it reduced serum concentration of protein carbonyl and increased total serum sulfhydryl groups. Conclusions: These results show the antioxidant benefit of dietary açai for the healthy women included in the present study, and may increase understanding of the beneficial health properties of this fruit.Item Açaí (Euterpe oleraceae Martius) : composição química e bioatividades.(2011) Souza, Melina Oliveira de; Santos, Rinaldo Cardoso dos; Silva, Marcelo Eustáquio; Pedrosa, Maria LúciaO açaí (Euterpe oleraceae Martius) é um fruto tipicamente brasileiro e economicamente importante. Relatos populares indicam o uso medicinal do seu suco e trabalhos que descrevem sua composição química, demonstram a presença de compostos fenólicos, fibras, ácidos graxos insaturados e fitosteróis, sugerindo seu potencial como alimento funcional. Este trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão sobre o açaí, enfatizando os seus componentes químicos e suas bioatividades in vitro e in vivo. O enfoque no açaí fundamenta-se no amplo consumo deste fruto tanto no mercado interno quanto fora do país e também nas investigações que avaliam suas propriedades funcionais. Os resultados dessas investigações mostram que este fruto exibe alta capacidade antioxidante, propriedades anti-inflamatórias e efeito hipocolesterolêmico. Diante dessas propriedades e as alegações de saúde designadas ao açaí, o estudo e o consumo deste fruto devem ser estimulados.Item Adição de polpa de açaí (Euterpe oleracea Martius) à dieta hipercolesterolemiante modifica a expressão de genes hepáticos do metabolismo de colesterol e o perfil de adipocinas séricas em ratos.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Souza, Melina Oliveira de; Pedrosa, Maria LúciaO fruto do açaí (Euterpe oleracea Martius) ganhou popularidade no Brasil, Estados Unidos e outros países sendo considerado como um “superalimento”. Sua polpa vem sendo estudada em nosso e outros laboratórios, e suas atividades funcionais confirmadas. Visando ampliar o conhecimento sobre seus mecanismos de ação, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da polpa de açaí sobre fatores envolvidos na homeostase do colesterol hepático e sobre a concentração de adipocinas em ratos com hipercolesterolemia induzida por dieta. Ratos Fischer (fêmeas) foram divididos em quatro grupos de 8 animais de acordo com o tratamento recebido. O grupo C recebeu dieta padrão AIN-93M (4% óleo de soja), o grupo H recebeu dieta hipercolesterolemiante (25% de óleo de soja e 1% de colesterol), o grupo CA recebeu a mesma dieta padrão suplementada com 2% da polpa de açaí e o grupo HA recebeu a mesma dieta hipercolesterolemiante suplementada com 2% da polpa de açaí. Ao final de cinquenta e seis dias, os animais foram anestesiados e o sangue foi coletado para a determinação do perfil lipídico e concentração de adipocinas. Após eutanásia, o fígado foi removido para determinação da expressão gênica. O grupo HA apresentou uma melhora significativa do perfil lipídico sérico, com redução do colesterol total, das lipoproteínas aterogênicas e do índice aterogênico, comparado os animais do grupo H. A polpa de açaí não afetou a expressão gênica da enzima CYP7A1 mas, por outro lado, promoveu um aumento significativo na expressão hepática dos genes dos transportadores ABCG5 e ABCG8 nos animais hipercolesterolêmicos. ABCG5 e ABCG8 formam um heterodímero funcional que promove a secreção hepatobiliar do colesterol. Além disso, o grupo HA apresentou aumento na expressão gênica hepática do receptor de LDL, proteína responsável pela captação da lipoproteína LDL plasmática, e na concentração de colesterol eliminado no conteúdo fecal. Com relação as adipocinas, a polpa de açaí reduziu os níveis séricos de leptina e aumentou o de adiponectina nos animais hipercolesterolêmicos. A concentração sérica de TNF- não apresentou diferença estatística entre os quatro grupos experimentais. Nossos resultados sugerem que o consumo da polpa de açaí melhora o perfil lipídico sérico de ratos hipercolesterolêmicos por modular a expressão de proteínas chaves do metabolismo hepático do colesterol e regula a concentração sérica de adipocinas, indicando ter este fruto um importante valor na prevenção das doenças cardiovasculares.Item Artrite reumatoide experimental : o papel do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) no estresse oxidativo e na inflamação.(2019) Silva, Carla Teixeira; Freitas, Renata Nascimento de; Amaral, Joana Ferreira do; Freitas, Renata Nascimento de; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Hermsdorff, Helen Hermana Miranda; Peluzio, Maria do Carmo Golveia; Pedrosa, Maria LúciaA artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune caracterizada por inflamação sinovial crônica que conduz a uma destruição articular/óssea e associa-se à incapacitação progressiva, complicações sistêmicas, morbidade e mortalidade precoce. O processo de destruição da articulação observado na artrite reumatoide é mediado por vias intracelulares de sinalização, que envolvem fatores de transcrição, tais como o fator nuclear κB, citocinas, quimiocinas, fatores de crescimento, ligantes celulares, e moléculas de adesão. A produção excessiva de espécies reativas de oxigênio (ERO) pode levar ao aumento da inflamação na AR em humanos e animais. O consumo de alimentos com putativos efeitos funcionais em humanos e modelos experimentais de AR tem mostrado efeitos benéficos no controle dos sintomas O açaí (Euterpe oleracea Mart.), fruto rico em polifenóis, insere-se neste contexto pois apresenta alta capacidade antioxidante e propriedades anti-inflamatórias. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre marcadores do metabolismo oxidativo e inflamatórios de camundongos C57BL/6 portadores de artrite induzida por antígeno (mBSA). Camundongos C57BL/6 fêmeas foram divididos em cinco grupos experimentais: três grupos (C, AR e AÇT) receberam dieta padrão AIN-93M e outros dois (AÇ e AÇP) receberam uma dieta com 2% de açaí, ao longo de 2 semanas. Após este período, foi realizada uma imunização na base da cauda dos animais dos grupos AR, AÇP e AÇT, com emulsão composta por mBSA+CFA+Mycobactrium tuberculosis. Neste momento, o grupo AÇT passou a receber dieta com 2% de açaí. Novamente, após duas semanas, os mesmos animais receberam um desafio intra-articular contendo mBSA. Os animais foram eutanasiados após 24h desse desafio. Camundongos do grupo AR apresentaram aumento na produção de anticorpos anti-mBSA, maior edema de pata e infiltrado inflamatório articular, maior peso de órgãos linfoides, aumento do estresse oxidativo e da produção de citocinas pró- inflamatórias. O consumo de açaí na dieta mostrou efeito protetor sobre a AR, com redução na produção de anticorpos, do edema e infiltrado inflamatório, como consequência da melhora no balanço oxidante/antioxidante local e modulação na produção de citocinas e balanço de células Treg/Th17 de forma sistêmica. Estes resultados mostram a necessidade da realização de mais estudos que melhor esclareçam os mecanismos aqui envolvidos, e apontam para um possível efeito antioxidante e anti-inflamatório do açaí na AR experimental, possibilitando sua utilização como estratégia dietética preventiva e/ou terapêutica para a doença.Item Avaliação da influência do inóculo em açaí (Euterpe oleracea) na infecção oral pelo Trypanosoma cruzi em camundongos BALB/c.(2024) Marques, Flávia de Souza; Vieira, Paula Melo de Abreu; Borges, William de Castro; Vieira, Paula Melo de Abreu; Borges, William de Castro; Lima, Wanderson Geraldo; Amaral, Joana Ferreira do; Souza, Daniel Menezes; Toledo, Max Jean de OrnelasPor muito tempo, o principal mecanismo de transmissão da doença de Chagas foi o vetorial. Entretanto, após uma série de medidas de controle ao principal vetor, Triatoma infestans, ocorreu um decréscimo na transmissão vetorial no Brasil. Nesse cenário, a infecção por via oral se tornou o principal mecanismo de transmissão da doença de Chagas no Brasil. Essa via de infecção é caracterizada pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminados com asformas metacíclicas (TM) do Trypanosoma cruzi, sendo o açaí (Euterpe oleracea) o principal alimento envolvido. A alta capacidade antioxidante da pasta de açaí, com alto teor de polifenóis, especialmente antocianinas, já foi confirmada em vários estudos, entretanto existem poucos trabalhos na literatura que abordam a via oral, e complementarmente, a participação do açaí na interação parasito/hospedeiro. Nesse sentido, um estudo sobre a influência do açaí, frente a infecção por via oral possibilitará a compreensão de como o alimento no qual o parasito é inserido no organismo interfere na interação entre T. cruzi/hospedeiro. Baseado nisso, o objetivo desse trabalho foi avaliar a influência do inóculo em açaí na infecção experimental pelo T. cruzi. Para cumprir com esse objetivo, camundongos BALB/c foram divididos em três grupos experimentais, o grupo Controle (animais não infectados) e os grupos de animais infectados por via oral com formas TM da cepa Y (DTU II) do T. cruzi adicionadas ao meio RPMI ou ao açaí. Os animais inoculados com os parasitos em meio RPMI apresentaram 83% de sobrevida, enquanto essa porcentagem no grupo inoculado com parasitos em açaí foi de 98%. Apesar do grupo Açaí apresentar período pré- patente de parasitemia mais longo, as curvas de parasitemia dos animais infectados foram semelhantes. A quantificação da carga parasitária tecidual mostrou um aumento do parasitismo na bochecha no grupo RPMI em relação ao grupo Açaí no 14o DAI (dias após a infecção). Já no estômago esse aumento foi observado precocemente no 5o DAI. Entretanto, no coração observou-se um perfil inverso, onde houve um aumento da carga no grupo Açaí no 7o DAI em relação ao grupo RPMI. Já no 14o DAI ocorre uma inversão. A avaliação do processo inflamatório mostrou que tanto no músculo próximo a bochecha, quanto no estômago há presença de processo inflamatório nos dias 2 e 5 após a infecção para ambos os grupos infectados. No 14o DAI esse aumento foi observado apenas na bochecha para animais infectados em meio RPMI. No coração apesar de não ter sido observado processo inflamatório, foram encontrados ninhos de amastigota no 14o DAI no grupo RPMI. A quantificação de citocinas no músculo próximo a bochecha mostrou que ocorre uma maior produção da citocina pró-inflamatória TNF aos 14 dias após a infecção no grupo RPMI em relação ao grupo Açaí. Já no estômago, a avaliação das citocinas mostrou que nos animais infectados com Açaí há uma menor produção de citocinas pró-inflamatórias e imunoreguladoras. A avaliação proteômica do estômago revelou 110 proteínas diferencialmente abundantes nos três grupos experimentais. Destas, 24 proteínas encontraram- se aumentadas no grupo Açaí e diminuídas no grupo RPMI em relação ao grupo Controle. Estas proteínas estão envolvidas no controle do processo inflamatório e na manutenção da integridade da barreira epitelial. Já os grupos infectados partilharam 17 proteínas com aumento da abundância em relação ao grupo Controle, entre as quais se destacam proteínas relacionadas à invasão celular e integridade da mucosa gástrica. Esses resultados sugerem que a infecção oral por ingestão de formas metacíclicas em meio RPMI, além de promover uma parasitemia mais precoce, foi responsável pelo estabelecimento da infecção no estômago no 5o DAI. Já no grupo Açaí, a infecção ocorre de forma maissilenciosa, com parasitemia mais tardia e estabelecimento da infecção apenas no 14o DAI. Este fato pode estar relacionado à uma menor produção de citocinas pró-inflamatórias nos animais infectados com o Açaí, além do aumento de proteínas que dificultam a invasão celular pelo T. cruzi.Item Avaliação dos efeitos antioxidantes e pró-longevidade do extrato de açaí (Euterpe oleraceae Mart.) no organismo modelo Caenorhabditis elegans(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Nunes, David Silva; Oliveira, Riva de PaulaO alto consumo de comidas e bebidas ricas em flavonóides tem sido associado com o menor risco de doenças degenerativas crônicas como aterosclerose e câncer devido tanto às suas atividades antioxidantes diretas de remoção de radicais livres, quanto à sua capacidade de atuar como antioxidante indireto ativando diferentes vias de sinalização contra o estresse oxidativo. O Euterpe oleracea Mart. ou açaizeiro é uma palmeira nativa das regiões amazônicas cuja fruta é rica em flavonóides, especialmente em antocianinas e proantocianidinas (cianidina-3-glicosídeo e cianidina-3-rutinosídeo). Recentemente, diversos estudos têm destacado as propriedades antioxidantes, pró-apoptóticas, antiproliferativas e pró-longevidade do açaí, tanto em ensaios in vitro quanto em modelos animais. Neste trabalho, o Caenorhabditis elegans foi utilizado como organismo modelo para testar as atividades antioxidantes in vivo de diferentes extratos de açaí que possam ser exploradas para aumentar as defesas inatas ao estresse oxidativo e a longevidade. Através do método do pH diferencial, foi verificado que a quantidade de antocianinas presentes nos dois extrato de açaí liofilizado (AL-1 e AL-2) apresentaram em torno de 19,2 a 34,7 mg de antocianinas monoméricas/100g de extrato. Para testar se o tratamento com os extratos de açaí liofilizado (AL-1 e AL-2) aumentam a resistência ao estresse oxidativo, animais tipo selvagem foram tratados por 48 horas do estágio larval L1 até L4 com 100 e 200 mg/ml de extrato de açaí e depois submetidos ao estresse provocado por hidroperóxido de terc-butila (t-BOOH). Animais tratados com 200 mg/ml não se desenvolvem e permanecem em L1. Já os animais selvagens tratados com 100 mg/ml de AL-1 e AL-2 foram mais resistentes ao estresse oxidativo provocado por 5 mM de t-BOOH do que os animais não tratados. Por outro lado, o tratamento dos animais tipo selvagem com 100 mg/ml de AL-1 por 168 horas não aumentou a resistência ao estresse térmico a 35oC. O tratamento contínuo com 100 mg/ml de AL-1 também não aumentou a longevidade dos animais tipo selvagem. Apesar de apresentarem uma maior resistência ao estresse, os animais tratados com 100mg/ml do extrato de açaí por 48 horas não apresentaram uma diferença significativa quanto aos marcadores bioquímicos (atividade da catalase) e indicadores de resistência (proteína carbonilada e sulfidrila totais) em relação aos animais do grupo controle. Para verificar se o aumento da resistência ao estresse oxidativo promovido pelo tratamento com extrato de açaí depende das vias de sinalização p38/SKN-1 e DAF-16, os ensaios de resistência ao estresse oxidativo foram repetidos usando mutantes de deleção sek-1(ku7), a p38 MAPKK, skn-1(RNAi) e daf-16(mgDf46). Aparentemente, o tratamento com 100 mg/ml AL-1 não aumentou a resistência ao estresse oxidativo dos mutantes sek-1 e daf-16, sugerindo que este aumento depende da ativação de SEK-1 e DAF-16. Por outro lado, não foi observada a indução da localização nuclear nos animais tratados contendo gene repórter DAF-16::GFP. Estes dados sugerem que o aumento da resistência ao estresse oxidativo induzido pelo tratamento com extrato de açaí possivelmente depende da p38 MAPK e DAF-16, porém sem ocorrer ativação da localização nuclear de DAF-16.Item Diet supplementation with açaí (Euterpe oleracea Mart.) pulp improves biomarkers of oxidative stress and the serum lipid profile in rats.(2010) Souza, Melina Oliveira de; Silva, Maísa; Silva, Marcelo Eustáquio; Oliveira, Riva de Paula; Pedrosa, Maria LúciaObjective: We investigated the antioxidant potential and hypocholesterolemic effects of acai (Euterpe oleracea Mart.) pulp ingestion in rats fed a standard or hypercholesterolemic diet. Methods: Female Fischer rats were fed a standard AIN-93 M diet (control) or a hypercholesterolemic diet that contained 25% soy oil and 1% cholesterol. The test diet was supplemented with 2% acai pulp (dry wt/wt) for control (group CA) and hypercholesterolemic rats (group HA) for 6 wk. At the end of the experimental period, rats were sacrificed and the blood and livers were collected. To evaluate the effect of acai consumption, levels of protein carbonyl and sulfhydryl groups, superoxide dismutase and paraoxonase activities, and lipid profiles of the sera were measured. Results: Animals that were fed the hypercholesterolemic diet presented increased levels of total and non–high-density lipoprotein cholesterol and decreased levels of high-density lipoprotein cholesterol. Supplementing the diet of this group with acai caused a hypocholesterolemic effect by reducing total and non–high-density lipoprotein cholesterol. Serum levels of carbonyl proteins and total, free, and protein sulfhydryl groups were reduced by acai ingestion in animals receiving the standard or hypercholesterolemic diet. Acai supplementation induced a significant reduction in superoxide dismutase activity only in the hypercholesterolemic rats, indicating an association between diet and acai treatment. Also, acai supplementation increased paraoxonase activity in the CA and HA groups. Conclusion: These results suggest that the consumption of acai improves antioxidant status and has a hypocholesterolemic effect in an animal model of dietary-induced hypercholesterolemia.Item Efeito de uma suplementação com polpa de açaí (Euterpe oleracea Martius) em camundongos BALB/c com mucosite intestinal induzida por 5-fluorouracil.(2018) Magalhães, Talita Alves Faria Martins; Freitas, Renata Nascimento de; Amaral, Joana Ferreira do; Barros, Patrícia Aparecida Vieira de; Costa, Daniela Caldeira; Amaral, Joana Ferreira do; Freitas, Renata Nascimento deA mucosite intestinal (MI) causada por quimioterapia antineoplásica caracteriza-se por um processo inflamatório da mucosa e pode ocorrer entre 50% e 80% dos pacientes oncoterápicos tratados com 5 fluorouracil (5-FU), droga comumente utilizada nesse contexto. Até o presente momento não há terapia aprovada para a MI. Diante disso, diversos estudos têm demonstrado efeito antioxidante e anti-inflamatório do açaí (Euterpe oleracea Martius), um fruto tipicamente brasileiro e normalmente consumido por essa população e cada vez mais pela população mundial. O presente estudo objetivou investigar o efeito da polpa de açaí na resposta antioxidante e inflamatória em um modelo animal de MI induzida por 5-FU. Camundongos BALB/c receberam pré-tratamento com polpa de açaí a 200g/kg de uma dieta padrão durante quatorze dias. No décimo quinto dia da experimentação, parte dos animais receberam injeção intraperitoneal única de 5-FU (200mg/kg) sendo eutanasiados três (D3) ou sete (D7) dias após a administração da droga. Ao findar dezoito e vinte e dois dias, os grupos CTL, CTL+Açaí, MUC e MUC+Açaí tiveram o jejuno coletado para as seguintes análises: histológica, atividade das enzimas SOD e CAT, concentração de grupos SH totais e polifenóis totais e de mediadores pró-inflamatórios (TNF-α e IL-1β). O fluido intestinal foi coletado para avaliar a concentração de sIgA e da atividade enzimática da MPO. A ingestão de açaí pelos grupos com MI promoveu resistência e recuperação da altura das vilosidades, recuperou a razão vilos/cripta e regenerou quase que completamente o aspecto histológico tecidual. Nesse mesmo grupo, houve diminuição da atividade da SOD, aumento da atividade da MPO e da liberação de sIgA no D3. A atividade da enzima MPO elevou em todos grupos com MI no D7. A enzima CAT apresentou redução de sua atividade nos grupos com essa alteração no D3 e aumento nos grupos que receberam açaí no D7. Não houve alteração no teor de polifenóis totais, no nível tecidual de grupos SH totais e nas concentrações de TNF-α e IL-1β. Nossos resultados demonstraram efeito protetor dos componentes da polpa de açaí na injúria intestinal provocada por 5-FU, bem como, na capacidade de controlarem o estresse oxidativo e a resposta inflamatória intestinal, no sentido de mobilizarem vias de defesa para acelerar o reparo tecidual. Os mecanismos que envolvem esses achados carecem de elucidações.Item Efeito do açaí (Euterpe oleracea martius) em fatores envolvidos na progressão da NAFLD induzida por dieta hiperlipídica em camundongos.(2020) Carvalho, Mayara Medeiros de Freitas; Pedrosa, Maria Lúcia; Silva, Marcelo Eustáquio; Guerra, Joyce Ferreira da Costa; Pedrosa, Maria Lúcia; Guerra, Joyce Ferreira da Costa; Silva, Marcelo Eustáquio; Esteves, Elizabethe Adriana; Silva, Fernanda Cacilda dos Santos; Espindola, Foued Salmen; Isoldi, Mauro CésarA Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica (NAFLD) é caracterizada pelo acúmulo de triacilgliceróis nos hepatócitos e abrange esteato-hepatite e cirrose. Estresse oxidativo, inflamação, disfunção mitocondrial, apoptose e alterações na homeostase do retículo endoplasmático (RE) são citados como eventos implicados na sua patogênese. Como estratégia para prevenção da NAFLD, são considerados promissores os compostos fenólicos pelo seu modo de ação multifatorial e nesse contexto, encontram- se os alimentos ricos em compostos fenólicos, como o açaí (Euterpe oleracea Mart.), que possui alto teor de polifenóis, alta capacidade antioxidante e potencial atividade anti-inflamatória. Neste trabalho avaliamos o efeito antioxidante in vitro do filtrado da polpa de açaí e do seu efeito nos fatores/hits envolvidos na patogênese da NAFLD in vivo. A avaliação in vitro do filtrado do açaí demonstrou uma alta capacidade antioxidante pelo método ORAC: 36,608 μMTE/mL, e de inibição da produção de espécies reativas de oxigênio em células HepG2, sem efeito citotóxico. Para o experimento in vivo foram utilizados 32 camundongos swiss divididos nos grupos: Controle (C), Controle + açaí (CA), Hiperlipídico (HF) e Hiperlipídico + açaí (HFA). In vivo, a administração do açaí atenuou o dano hepático, observado pela redução do peso do fígado, conteúdo de lipídios hepáticos e da atividade da ALT, do número de células inflamatórias e proteínas carboniladas avaliada por OxyBlot. A administração de açaí modulou a atividade da enzima antioxidante paraoxonase. Não foram encontradas alterações na deposição de fibras colágenas, em marcadores de estresse no retículo endoplasmático e apoptose. A expressão do fator de crescimento de fibroblasto 21 (FGF21), importante hormônio secretado em maior concentração pelo fígado, e que pode levar a alterações no tecido adiposo, teve sua expressão reduzida nos grupos A, HF e HFA. Ao analisarmos o tecido adiposo, os resultados mostraram que o grupo HF apresentou ganho de peso e índice de adiposidade maior que o grupo C. O grupo A apresentou menor área dos adipócitos e expressão do coativador 1 alfa do receptor ativado por proliferador de peroxissoma (PGC1a) comparado a todos os outros grupos experimentais. Observou-se aumento no grupo HF quanto a expressão de mRNA da carnitina palmitoiltransferase I (CPT-1). Dessa forma demonstramos o efeito hepatoprotetor do açaí em fatores chave envolvidos na patogênese e progressão da NAFLD. Esses achados indicam que o filtrado do açaí pode representar uma estratégia terapêutica na NAFLD e que outros estudos serão importantes para ampliar e consolidar os conhecimentos sobre outros mecanismos de ação desse fruto no tecido adiposo, considerando os efeitos do açaí na expressão gênica e proteica nesse tecido.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart) sobre mediadores relacionados à ingestão alimentar em mulheres com peso normal e excesso de peso.(2018) Sousa, Stéphane Castellar; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Amaral, Joana Ferreira do; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Volp, Ana Carolina PinheiroConsiderando as complicações metabólicas e fisiológicas do excesso peso e o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade, várias estratégias têm sido estudadas para prevenir e reverter esse quadro. O consumo de polifenóis tem demonstrado efeitos antioxidantes e antiinflamatórios e parece modular a síntese e concentração de alguns mediadores envolvidos no controle da ingestão alimentar. O açaí é uma boa fonte de polifenóis e seu consumo, principalmente na forma de polpa, se tornou bastante comum entre os brasileiros. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre variáveis bioquímicas, antropométricas e dietéticas relacionadas à ingestão alimentar em mulheres com peso normal e excesso de peso. Foi realizado um estudo prospectivo, autocontrolado, de intervenção nutricional, em que os participantes foram orientados a consumir 200g de polpa de açaí todos os dias durante quatro semanas, mantendo sua dieta habitual e padrão de atividade física. Nas etapas inicial e final da intervenção foram realizadas coleta de sangue, aferição de medidas antropómetricas, bioimpedância e aplicação de questionário de frequênica de consumo alimentar. O sangue coletado nas etapas inicial e final foi utilizado para análises bioquímicas. As análises estatísticas foram realizadas no programa Graph Pad Prism 5.0, adotando-se um nível de significância de 5%. Foi utilizado o teste de KolmogorovSmirnov para verificar a distribuição dos dados e as comparações entre as médias e medianas dos grupos foram feitas mediante o teste t de Student e Wilcoxon, respectivamente. Verificouse aumento significativo na concentração de hormônio adrenocorticotrófico após a intervenção em ambos os grupos estudados. No grupo com peso normal a concentração de leptina reduziu significativamente, paralelamente a um aumento no índice de massa corporal e na gordura corporal. No grupo com excesso de peso verificou-se redução na CC e índice cintura/quadril após a intervenção. Houve uma redução importante na ingestão calórica total das voluntárias de ambos os grupos, que apesar de não ter sido estatisticamente significativa, poderia promover perda de peso e, consequente, melhorar o perfil metabólico das voluntárias a longo prazo.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) no tratamento da mucosite intestinal induzida por quimioterápico em camundongos.(2017) Silva, Raiana Mendes e; Freitas, Renata Nascimento de; Amaral, Joana Ferreira do; Freitas, Renata Nascimento de; Amaral, Joana Ferreira do; Vieira, Paula Melo de Abreu; Generoso, Simone de VasconcelosA quimioterapia tem como base a utilização de fármacos que agem no metabolismo celular, retardando ou inibindo o crescimento desordenado de células tumorais. O 5- Fluorouracil (5-FU) é uma droga antimetabólica muito utilizada na terapia de diversos tipos de câncer e age inibindo a síntese de DNA e RNA e conduzindo a apoptose das células tumorais e de células saudáveis de tecidos com alta taxa de divisão celular, como o trato gastrintestinal. Um grave efeito colateral deste e de outros quimioterápicos é a mucosite intestinal para a qual não existe ainda um tratamento efetivo. A patobiologia da mucosite intestinal está relacionada com a produção de espécies reativas de oxigênio, fatores de transcrição e mediadores inflamatórios, que por sua vez lesionam a mucosa e culminam na interrupção do tratamento oncológico. O açaí é um fruto rico em polifenóis e tem sido estudado no tratamento de diversas doenças, por possuir propriedades antioxidantes, antiinflamatórias, efeitos antiproliferativos e pró-apoptóticos. Por este motivo, e considerando a falta de estudos sobre os efeitos deste fruto na mucosite, o presente estudo teve como objetivo investigar o efeito terapêutico do consumo de uma dieta suplementada com 2% deaçaí na mucosite intestinal induzida por 5-FU (dose única de 200mg/kg de peso) em camundongos BALB/c fêmeas, após três e sete dias da administração do fármaco. Avaliou-se o efeito da dieta contendo açaí na variação do peso corporal, ingestão alimentar, comprimento e peso do intestino delgado, polifenóis séricos, capacidade antioxidante total do soro (TAC),análise histopatológica dos segmentos intestinais, atividade de mieloperoxidase (MPO) no lavado intestinal, malondialdeído (MDA) no jejuno e IL-1β e IL-4 no íleo. Os resultados mostraram que a mucosite intestinal induziu perda ponderal e redução do consumo alimentar. Além disso, o 5-FU induziu redução da relação vilo/cripta de todos os segmentos intestinais e redução do peso do intestino delgado nos animais eutanasiados três dias após administração do quimioterápico. Nos animais eutanasiados sete dias após indução da mucosite intestinal, foram observadas reduções da relação vilo/cripta no jejuno distal e íleo dos camundongos que receberam 5-FU (MI) em comparação com o grupo que recebeu 5-FU e a dieta suplementada com açaí (MI+Açaí). Não foram observadas diferenças significativas no comprimento do intestino delgado, níveis de IL-1β, MPO, polifenóis e TAC. O tratamento com a dieta contendo açaí não foi capaz de atenuar os efeitos citotóxicos do 5-FU no terceiro dia após administração da droga, mas induziu uma pequena melhora nos aspectos morfométricos no íleo e jejuno distal no sétimo dia após indução da mucosite intestinal.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre as concentrações das moléculas de adesão e quimiocinas, medidas antropométricas, de composição corporal, parâmetros bioquímicos e dietéticos em mulheres jovens.(2014) Vieira, Renata Adrielle Lima; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Oliveira, Fernando Luiz Pereira deA obesidade está relacionada com a inflamação subclínica,sendo as moléculas de adesão e quimiocinas, responsáveis pelo papel crucial na aderência de células nas superfícies endoteliais e na integridade da parede vascular. Tais marcadorespodem ser moduladas pela composição corporal e padrão alimentar. O açaí é um fruto rico em antocianinas, fitoesteróis e ácidos graxos insaturados e possui efeitos antioxidativos e anti-inflamatórios. O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre as concentrações das moléculas de adesão, quimiocinas, medidas antropométricas, composição corporal, parâmetros bioquímicos e dietéticos em mulheres jovens. Trata-se de um estudo de intervenção nutricional com dois grupos de voluntárias, um de eutróficas (IMC: 18,5-24,9 Kg/m²) e outro com excesso de peso (IMC: 26-35 Kg/m²), idade entre 18 e 35 anos, que consistiu na ingestão de 200g de polpa de açaí durante 4 semanas, em situação de vida livre. Medidas antropométricas, composição corporal, mediadores inflamatórios (P-selectina, VCAM-1, ICAM-1, MCP-1 e fractalkine), dados bioquímicos, ingestão dietética e padrão alimentar por meio dos índices de qualidade da dieta foram avaliados antes e após a intervenção. Utilizou-se o teste de Kolmogorov Sminorv para verificar a normalidade dos dados. Além disso, para os marcadores inflamatórios realizou-se transformação Log. A comparação entre grupos foi realizada mediante o teste t Student ou U-Mann-Whitney. O teste t pareado ou teste de Wilcoxon foi utilizado para avaliar as mudanças nas variáveis antes e após a intervenção. As análises estatísticas foram efetuadas utilizando-se o programa PASW, sendo considerado o nível de significância estatística de 5% de probabilidade. Foram avaliadas 34 voluntárias, 24 eutróficas e 10 com excesso de peso.Após intervenção, houve aumento significativo no peso (p=0,045), IMC (p=0,020), índice de adiposidade troncular (p=0,038) e percentual de gordura troncular (p=0,002) para todas as voluntárias. Ao passo que a dobra cutânea tricipital (p=0,036), bicipital (p=0,018), área adiposa do braço (p=0,041) e o índice de conicidade (p=0,037) reduziram significativamente. Juntamente a isso, houve redução das proteínas totais (p=0,035) em decorrência da diminuição da globulina (p=0,014) e consequente aumento da relação albumina/globulina (p=0,008) para as voluntárias eutróficas. Entre as moléculas de adesão houve aumento significativo da VCAM-1 (p=0,022) para todas as voluntárias e quando estratificado esse aumento manteve-se nas eutróficas (p=0,003). Para as outras moléculas não houve mudança significativa após intervenção. Quanto à ingestão dietética, foi observado diminuição do ácido graxo monoinsaturado (p=0,033) e aumento de fibras (p<0,001) para todas as voluntárias.Já para os índices dietéticos não houve mudança significativa após intervenção.Portanto, o consumo de 200 g de polpa de açaí durante 4 semanas, em situação de vida livre, manteve o estado nutricional avaliado pelas proteínas totais, por outro lado, aumentou a gordura troncular, as concentrações de VCAM-1e manteve o padrão alimentar de mulheres jovens e saudáveis.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre as concentrações de adipocinas, medidas antropométricas, de composição corporal, parâmetros bioquímicos, clínicos e dietéticos em mulheres eutróficas e com excesso de peso aparentemente saudáveis.(2015) Pontes, Tereza Cristina Moreira Cançado Mascarenhas; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Oliveira, Fernando Luiz Pereira deIntrodução: A inflamação crônica de baixa intensidade está presente em vários estágios das doenças crônicas não transmissíveis. As adipocinas são substâncias produzidas pelo tecido adiposo. Dentre elas, a adipsina, adiponectina, leptina, resistina e visfatina têm sido apontadas como biomarcadores da inflamação. O papel modulador da dieta na inflamação tem sido cada vez mais indiscutível. O açaí é uma espécie nativa do Brasil e vem ganhando espaço no mercado mundial. Apesar de rico em polifenóis que proporcionam um excelente potencial anti-inflamatório, há poucos estudos que analisem o efeito do fruto em humanos. Objetivo: Avaliar o efeito do consumo de 200g da polpa de açaí, durante 4 semanas sobre adipocinas, parâmetros antropométricos, de composição corporal, bioquímicos, clínicos e dietéticos em mulheres eutróficas e com excesso de peso. Metodologia: Estudo de intervenção no qual as voluntárias, divididas em eutróficas e com excesso de peso consumiram polpa de açaí por 4 semanas. Antes e após o período de intervenção foram avaliados parâmetros antropométricos e de composição corporal, clínicos, bioquímicos e dietéticos. As adipocinas foram analisadas por meio de kits comerciais específicos. Para análise das variáveis, foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a distribuição dos dados. As comparações entre os grupos antes da intervenção foram feitas utilizando-se o teste U-Mann-Whitney e o teste t-Student. Para análise do efeito da intervenção em um mesmo grupo foram realizados os testes t-Student pareado e Wilcoxon pareado. As análises estatísticas foram efetuadas utilizando-se o programa PASW Statistics 18. Adotou-se o nível de significância de 5%. Resultados: Após o consumo do açaí, o grupo de mulheres eutróficas apresentou aumento do peso corporal, do IMC, da prega cutânea supra-ilíaca, percentual de gordura troncular e das concentrações de visfatina. Para o grupo com excesso de peso, houve redução das pregas cutâneas tricipital e bicipital, área adiposa do braço e percentual de gordura corporal total, pressão arterial sistólica e aumento das concentrações de resistina. Conclusão: A dose diária de 200g da polpa de açaí contribuiu para o aumento das adipocinas visfatina e resistina, em mulheres eutróficas e com excesso de peso, respectivamente. A redução da pressão arterial em mulheres com excesso de peso pode ser benéfica.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe Oleracea Mart.) sobre mediadores do estado inflamatório em mulheres saudáveis.(2018) Souza, Tamires Cássia de Melo; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Carraro, Júlia Cristina CardosoO processo inflamatório tem início com a secreção de determinadas adipocinas que por sua vez, desencadeiam a transcrição de genes que codificam proteínas envolvidas na resposta inflamatória, a partir da ativação de vias de sinalização desses fatores. A ativação a longo prazo do sistema imune é mantida por fatores que perpetuam uma retroalimentação desse ciclo; além de produzir citocinas inflamatórias, o tecido adiposo hipertrofiado também libera fatores quimiostáticos que atraem macrófagos circulantes para o interior dos adipócitos, aumentando o infiltrado e, consequentemente a resposta à inflamação. A presença de compostos bioativos nos alimentos tem sido estudada como fator de prevenção e tratamento de diversas condições patológicas pois o consumo de frutos ricos em polifenóis é capaz de promover a redução de marcadores de inflamação, melhora do perfil lipídico, aumento da sensibilidade à insulina, redução das concentrações de glicose, além do aumento das concentrações de micronutrientes. Nesse sentido, o estudo das propriedades funcionais de alimentos acessíveis à população brasileira é uma ferramenta importante para que novas formas de prevenção e tratamento das DCNT sejam implementadas com segurança. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre marcadores relacionados ao processo inflamatório em mulheres jovens, aparentemente saudáveis. Esse estudo foi realizado com base um banco de dados elaborado a partir de um estudo de caráter prospectivo, intervencional, auto-controlado, com o consumo de 200g da polpa de açaí por um período de 4 semanas. Os resultados apontaram que o consumo diário de 200g da polpa de açaí promoveu uma redistribuição da gordura corporal, com aumento do percentual de gordura troncular e elevou as concentrações de Resistina. Entretanto, promoveu o aumento de IL-10 e também a redução de Visfatina após a intervenção. Além disso, foi possível observar uma correlação positiva entre IL-10 e IL-6, demonstrando a retroalimentação desse ciclo na tentativa de promover a homeostase. Sendo assim, esse estudo representa um ponto de partida para a compreensão dos efeitos da ingestão dietética do açaí e pesquisas futuras serão necessárias para determinar a quantidade ideal de consumo e seu potencial papel na promoção e manutenção da saúde, na modulação do processo inflamatório e na prevenção das DCNT.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre parâmetros da cascata fibrinolítica e fatores de crescimento em mulheres jovens aparentemente saudáveis.(2015) Pereira, Izabelle de Sousa; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento deO excesso de adiposidade implica no aumento estresse oxidativo e inflamatório associada com a disfunção endotelial e possível liberação de citocinas que determinam funções endoteliais que podem desencadear as doenças crônicas. Tais citocinas podem ser moduladas pela composição corporal e padrão alimentar e até mesmo pelos processos inflamatórios. Por meio de frutos ricos em antocianinas como o açaí, tem-se o controle sobre os efeitos oxidativos e inflamatórios. Assim o objetivo desse trabalho foi de avaliar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre marcadores inflamatórios, medidas antropométricas, composição corporal, parâmetros bioquímicos e dietéticos em mulheres saudáveis. O estudo avaliou 40 mulheres com idade entre 18 e 35 anos, subgrupadas em 25 eutróficas e 15 com excesso de peso, que ingeriram 200g/dia de polpa de açaí por 4 semanas, em situação de vida livre. Foi realizada a avaliação das medidas antropométricas, composição corporal, parâmetros bioquímicos e de ingestão alimentar e marcadores inflamatórios relacionados à função endotelial como inibidor do ativador de plasminogênio (PAI- 1), fibrinogênio e os fatores de crescimentos; Fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), fator de crescimento derivado de plaquetas (PDGF– AA), fator de crescimento transformante-alfa (TGF- α) e o fator de crescimento epidérmico (EGF). Notou-se diferença significativa entre os grupos antes da intervenção exclusivamente para medidas antropométricas e de composição corporal. Após intervenção, as voluntárias com excesso de peso, aumentaram as concentrações de EGF (p=0,021) e PAI-1 (p=0,011). No entanto as dobras cutâneas (p=0,018) e gordura corporal total (p=0,016) reduziram. Para as eutróficas, houve aumento do peso (p=0,031), índice de massa corporal (p=0,028), percentual de gordura troncular (p=0,003) e prega cutânea triciptal (p=0,046). Pelos parâmetros bioquímicos houve redução das proteínas totais (p=0,049) em decorrência da diminuição da globulina (p=0,005), todavia houve a manutenção do estado nutricional para todas as voluntárias e uma significativa redução da pressão arterial sistólica (PAS) no grupo excesso de peso. Quanto à ingestão dietética, não houve alteração do padrão alimentar avaliado pelos índices para ambos os grupos e tampouco da capacidade antioxidante da dieta para todas as voluntárias não se alteraram após consumo do açaí (p=0,372). Neste trabalho, o consumo de 200g de polpa de açaí, em situação de vida livre, elevaram as concentrações de EGF e PAI-1, possivelmente por modulação do açaí sobre os parâmetros de composição corporal, dietéticos, clínicos, bioquímicos e inflamatórios. Houve uma redistribuição e redimensionamento da gordura corporal para área do tronco, sendo presumível o aumento de gordura visceral, contudo o padrão alimentar e o estado nutricional foi conservado antes e após a intervenção.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre parâmetros relacionados à resistência insulínica em mulheres com peso normal e excesso de peso.(2017) Dias, Bruna Vidal; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Souza, Gustavo Henrique Bianco de; Carraro, Júlia Cristina Cardoso; Freitas, Renata Nascimento deO tecido adiposo é um órgão endócrino ativo que secreta diversas substâncias bioativas como omentina, leptina, adiponectina entre outros, estando estas diretamente relacionadas ao desenvolvimento da resistência insulínica, inflamação e hipertensão. Algumas adipocinas, como a omentina, podem agir de forma anti-inflamatória; sua ação faz com que haja um aumento da captação de glicose mediada pela insulina e inibe a ação pro-inflamatória da proteína C reativa (PCR), contribuindo dessa forma para uma melhora do estado inflamatório e oxidativo. Têm-se demonstrado uma forte associação entre excesso de adiposidade, mediadores inflamatórios e deficiência da ação da insulina, caracterizando a obesidade como um estado de inflamação crônica. Uma alimentação rica em frutas e vegetais está inversamente associada a distúrbios metabólicos e isto se deve, principalmente, pelos compostos antioxidantes presentes nestes alimentos. O açaí é uma fruta rica em antioxidantes como os polifenóis, que têm apresentado muitos benefícios para a saúde devido ao seu potencial efeito antioxidante, anti-inflamatório e potencializador de insulina, causando redução das concentrações de glicose tanto em diabéticos quanto em obesos. Com isso, este trabalho objetivou avaliar os efeitos da ingestão da polpa de açaí sobre variáveis relacionadas à resistência insulínica em mulheres eutróficas e com excesso de peso. Foi realizado um estudo prospectivo de intervenção nutricional onde foi avaliado o efeito do consumo de 200g da polpa de açaí durante quatro semanas sobre variáveis bioquímicas, dietéticas, clínicas, antropométricas e de atividade física em mulheres eutróficas e com excesso de peso. Foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a distribuição dos dados. A comparação entre médias e medianas dos grupos foi feita mediante o teste t Student e Wilcoxon, respectivamente. Para avaliar a correlação dos demais parâmetros com a omentina, foi realizado o teste de correlação de Pearson e Spearman para dados paramétricos e não paramétricos respectivamente. Foi utilizado o programa GraphPadPrism versão 5. De acordo com os resultados obtidos, dentre as variáveis biquímicas, a intervenção acarretou em um aumento da concentração média de omentina no grupo eutrófico. A omentina pode atuar na modulação da expressão de citocinas pró-inflamatórias e aumentar a captação de glicose mediada por insulina em adipócitos, o que favorece a sensibilidade à insulina. Uma variedade de adipocinas como a leptina, adiponectina, TNF, IL-6 e IL-8 e proteínas de fase aguda que são estimuladas por fatores inflamatórios como o PCR e PAI-1 estão relacionadas à resistência insulínica e se encontram diretamente proporcionais à quantidade de tecido adiposo, entretanto, não foi observado diferença destes fatores após a ingestão da polpa. Este resultado pode ser devido à quantidade de açaí consumida, com isso, são necessários mais estudos para avaliar a dose adequada para este efeito. Apesar de terem sido observados um menor número de variáveis com diferenças significativas comparado ao total avaliado, a ingestão da polpa de açaí modificou parâmetros importantes na avaliação da resistência insulínica como a concentração de omentina e também apresentou correlações com glicose, insulina, HOMA IR e a proteína de fase aguda PAI-1. Com isso, a ingestão da polpa de açaí pode auxiliar na prevenção de distúrbios metabólicos associados à RI, como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardiovasculares entre outras.Item Efeito protetor do açaí (Euterpe oleracea Mart.) sobre a esteatose hepática, resistência à insulina e estresse oxidativo induzidos por dieta hiperlipídica em camundongos.(2015) Guerra, Joyce Ferreira da Costa; Pedrosa, Maria Lúcia; Silva, Marcelo Eustáquio; Pedrosa, Maria Lúcia; Martino, Hércia Stampini Duarte; Leite, Jacqueline Isaura Alvarez; Magalhães, Cíntia Lopes de BritoA crescente incidência da obesidade e comorbidades associadas está relacionada a um aumento paralelo da Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica (NAFLD), uma das mais frequentes causas de doença crônica do fígado da atualidade. A NAFLD representa um espectro de condições caracterizadas por acúmulo de triacilgliceróis nos hepatócitos, que incluem a esteatose, esteato-hepatite, que pode evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular. Embora sua patogênese exata permaneça desconhecida, a hipótese mais aceita define que alterações metabólicas desencadeadas pela resistência à insulina levam ao desenvolvimento da esteatose hepática, considerada o primeiro evento, seguido do estresse oxidativo que contribui para a evolução do quadro. Compostos bioativos presentes em alimentos, principalmente polifenóis têm sido considerados promissores na prevenção de distúrbios metabólicos. O açaí (Euterpe oleracea Mart.) ganhou reconhecimento internacional devido ao seu alto conteúdo de polifenóis e capacidade antioxidante. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do consumo de um extrato aquoso de açai (EAA) sobre alterações metabólicas desencadeadas pelo consumo de dieta hiperlipídica em camundongos. Camundongos Swiss machos foram divididos inicialmente em 2 grupos experimentais, um grupo (C) recebeu dieta padrão AIN-93M, e o outro grupo (HF) recebeu uma dieta hiperlipídica (32% de banha suína e 1% de colesterol) por seis semanas, após este período, os grupos C e HF foram subdivididos em quatro grupos de acordo com o tratamento recebido. Os grupos C e CA receberam dieta padrão, e os grupos HF e HFA receberam dieta hiperlipídica, os grupos CA e HFA receberam tratamento com o EAA (3g/Kg de peso corporal), administrado diariamente via gavagem por mais seis semanas. Camundongos do grupo HF apresentaram maior ganho de massa corporal associado à resistência à insulina, alterações no perfil das adipocinas TNFα e adiponectina, hepatomegalia, elevação dos níveis séricos das transaminases e esteatose hepática. Além disso, apresentaram alterações nos níveis de mRNA de genes relacionados ao metabolismo de lipídios hepático e aumento no estresse oxidativo. O tratamento com o EAA apresentou efeito protetor sobre a esteatose hepática, através da melhora nos níveis de adipocinas, sensibilidade a insulina e aumento na expressão dos genes relacionados a β-oxidação de ácidos graxos mediada por PPAR-α. E ainda, promoveu uma melhora no balanço oxidante/antioxidante hepático. Estes dados indicam que o açaí pode representar uma estratégia dietética viável, associada a prevenção e/ou tratamento de distúrbios metabólicos.Item Efeitos do treinamento físico associado à suplementação com açaí sobre parâmetros hepáticos e cardíacos de ratos submetidos a uma dieta hiperlipídica.(2019) Lavorato, Victor Neiva; Silva, Marcelo Eustáquio; Silva, Marcelo Eustáquio; Alzamora, Andréia Carvalho; Natali, Antônio José; Reis, Emily Correna Carlo; Isoldi, Mauro César; Pedrosa, Maria LúciaO objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito do treinamento físico aeróbio (TFA) e da suplementação com açaí sobre a funcionalidade e estrutura cardíaca, em nível molecular, celular e tecidual, em conjunto com o desenvolvimento da doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA) em um modelo animal submetido à dieta hiperlipídica. Para isso, foram utilizados ratos Fisher com sessenta dias de idade, divididos em cinco grupos experimentais: C: Controle; H: Dieta Hiperlipídica; HA: Dieta Hiperlipídica + Açaí; HT: Dieta Hiperlipídica + TFA; HAT: Dieta Hiperlipídica + Açaí + TFA. Os grupos alimentados com dieta hiperlipídica receberam 21,8% de banha e 1% de colesterol. Os grupos suplementados com açaí liofilizado (HA e HAT) receberam 1% de açaí na dieta. Os animais dos grupos treinados (HT e HAT) foram submetidos a um programa progressivo de corrida em esteira por 8 semanas, sendo a duração e a intensidade final de 60 minutos e 60-70% da velocidade máxima de corrida, respectivamente. O grupo que recebeu dieta hiperlipídica aumentou as concentrações plasmáticas de amilase, creatinina, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), lipase, proteínas totais e globulinas. No fígado, foi identificado presença de esteatose microvesicular, macrovesicular e inflamação. Além disso, ocorreu aumento do total de ácidos graxos monoinsaturados no fígado e ácidos graxos saturados e monoinsaturados, com diminuição do total de ácidos graxos polinsaturados nas fezes. No ventrículo esquerdo, a dieta hiperlipídica aumentou o percentual de colágeno, a expressão de NADPH oxidase 4 (Nox-4) e proteína desacopladora 2 (UCP-2), a concentração de malondialdeído (MDA) e reduziu a atividade de catalase e glutationa Stransferase (GST). Além disso, a dieta hiperlipídica causou efeitos deletérios nos parâmetros mecânicos e do transiente de [Ca2+]i, com redução da expressão de trocador de sódio/cálcio (NCX). O grupo que recebeu a suplementação com açaí reduziu os níveis plasmáticos de colesterol total e AST, sem alterar o perfil de ácidos graxos totais do fígado e fezes. O tratamento com açaí diminuiu o percentual de esteatose macrovesicular e de inflamação de grau 3. No coração, a suplementação com açaí reduziu o percentual de colágeno, a expressão de Nox-4 e UCP-2, a concentração de MDA e aumentou a atividades de catalase e GST. Em relação à contratilidade dos cardiomiócitos, observouse aumento da amplitude de contração celular e redução do tempo para o pico do transiente de [Ca2+]i, com aumento da expressão de NCX. O grupo treinado aerobicamente não alterou os parâmetros séricos e o perfil de ácidos graxos do fígado e fezes. No fígado, o TFA foi capaz de atenuar a inflamação estabelecida pela dieta hiperlipídica e reduzir o percentual de esteatose macrovesicular de grau 3. No ventrículo esquerdo, o TFA reduziu o percentual de colágeno, a expressão de Nox-4 e UCP-2, a concentração de MDA e aumentou a atividades de catalase e GST. No que diz respeito à contratilidade dos cardiomiócitos, o TFA melhorou todos os danos ocasionados pela dieta hiperlipídica, com aumento da expressão de receptor de rianodina do tipo 2 (RyR2) e NCX. O TFA também aumentou a expressão de interleucina 10 (IL-10). O tratamento associado entre açaí e TFA apresentou benefícios nas análises hepáticas e cardíacas, porém sem efeitos adicionais.Item O extrato aquoso de açaí (Euterpe oleracea Mart) modula a resistência ao estresse oxidativo no organismo modelo Caenorhabditis elegans através de mecanismos diretos e indiretos.(2014) Bonomo, Larissa de Freitas; Oliveira, Riva de PaulaO açaí (Euterpe oleracea Mart.) surgiu recentemente como uma promissora fonte de antioxidantes naturais. Apesar de seu valor como alimento funcional, estudos sobre os efeitos do açaí in vivo são ainda limitados. Neste trabalho, utilizamos o modelo Caenorhabditis elegans para avaliar as propriedades antioxidantes do açaí in vivo e para desvendar seu mecanismo de ação. A suplementação com 100 mg/mL do extrato aquoso de açaí (EAA) por 48 horas aumentou tanto a resistência ao estresse oxidativo quanto a resistência ao estresse osmótico independentemente de qualquer efeito na reprodução e no desenvolvimento dos animais. O tratamento com EAA inibiu o crescimento bacteriano, mas esta propriedade antimicrobiana não influenciou a resistência ao estresse oxidativo. O aumento da resistência ao estresse oxidativo mediado pelo EAA apresentou correlação com a redução da produção de ERO, prevenção da redução de grupos sulfidrilas (SH) e da ativação de gcs-1 observadas em condições de estresse oxidativo. Nossos estudos mecanísticos demonstraram que o EAA promove resistência ao estresse oxidativo, agindo de maneira dependente de DAF-16 e da via de sinalização ativada em resposta ao estresse osmótico OSR-1/UNC-43/SEK-1. Finalmente, o EAA aumentou a agregação de proteínas com expansões poliglutamínicas e diminuiu a atividade do proteassoma. Os resultados obtidos sugerem que os compostos naturais presentes no EAA podem melhorar a capacidade antioxidante de um organismo, sob condições de estresse, por mecanismos diretos e indiretos.