Navegando por Assunto "Arte"
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Item Absurdo, arte e revolta em Albert Camus.(2020) Costa, Phabyo Laurenço da; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Camerino, Luciano Caldas; Pimenta Neto, Olímpio JoséEste trabalho pretende avaliar, a partir de dois ensaios escritos por Albert Camus acerca do Mito de Sísifo e de O Homem Revoltado, como a aceitação e a revolta, determinam a condição do homem como absurda e permitem pensar a Arte e a Revolta (Metafísica) como superação do pensamento suicida e totalitário. Albert Camus verificou que o mundo se apresenta ao homem tanto como objeto de conhecimento, quanto como condição de vida e sobrevida. Aprofundando a análise sobre as obras citadas de Albert Camus, revela-se uma filosofia que perpassa a construção de uma teoria estética e uma filosofia da arte e que encontra na Revolta Metafísica, uma perspectiva de travessia do estado absurdo, da própria finitude do humano, para o estado de superação do sofrimento e insatisfação diante o sentimento de injustiça presentes no mundo. Uma Metafísica da Revolta é elaborada por Camus como único meio de alcance do conhecimento da essência do mundo e do homem. Desse modo, a Arte - Revolta Metafísica (tomada de consciência do homem da sua condição absurda) tornamse as únicas vias para a libertação do homem que conhece e encontra a si mesmo como sujeito desprovido de vontade de viver.Item Arte e conhecimento em Nietzsche.(2001) Pimenta Neto, Olímpio JoséEste artigo pretende analisar aspectos concernentes ao problema do conhecimento, da racionalidade e da verdade, em Nietzsche, visando à composição de um painel no qual a arte inscreva-se como elemento necessário. A distinção entre “a arte das obras de arte” e atividade ou atitude artística introduzida por Nietzsche em Humano demasiado humano aparece como pano de fundo da análise.Item Arte e estado : Portinari e sua correspondência como um espaço de “sociabilidade intelectual” (1920-1945).(2015) Arêdes, Ana Carolina Machado; Araújo, Valdei Lopes de; Abreu, Marcelo Santos de; Bentivoglio, Julio CesarEste trabalho procura entender o entrosamento do pintor Candido Portinari no ambiente intelectual e político, entre os anos de 1920 a 1945, por meio da análise das correspondências trocadas entre ele e seu influente círculo de amizades, assim como da interpretação de algumas obras do pintor que contribuem para o entendimento de sua trajetória artística e de sua atuação sob o mecenato estatal. Candido Portinari possui um rico acervo epistolar que demonstra aspectos da sua personalidade, suas convicções políticas e artísticas e como ele se relacionava com grandes nomes da intelectualidade e da burocracia estado-novista. Suas missivas, portanto, são capazes de revelar alguns desdobramentos do ambiente político, intelectual e cultural daquele período. A carta, utilizada nesse estudo como fonte, foi um dos mais importantes meios de comunicação daquela época, sendo usada como um espaço de “sociabilidade intelectual”, ou seja, como uma forma de estabelecer e manter amizades epistolares a fim de participar do concorrido meio cultural e burocrático. O recorte de 1920 a 1945 foi adotado porque Portinari começou a se destacar como pintor no cenário nacional na década de 1920, quando ingressou na tradicional Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, para estudar pintura. Na década de 1930, depois de uma viagem de estudos à Europa, Portinari voltou para o Brasil com um estilo artístico mais livre e pessoal, tornando-se um dos pintores adeptos da vanguarda modernista. Em suas telas evocou a brasilidade por meio da representação da gente simples e trabalhadora da nação, especialmente o negro e o mestiço. Destacou-se como artista por extrapolar os limites do quadro à óleo e pintar afrescos. Um dos traços mais marcantes da pintura de Portinari é a monumentalidade dos corpos e a deformação dos pés e das mãos das figuras representadas. Portinari confeccionou trabalhos significativos para o Estado Novo, principalmente sob a encomenda do então ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. Dentre estes trabalhos destacam-se os murais em afresco realizados para o edifício sede do Ministério da Educação, atual Palácio Capanema, no Rio de Janeiro. O ano de 1945, marcou o fim do Estado Novo, contexto político que foi abordado nesse estudo, portanto, foi adotado como o limite do recorte cronológico. Em suma, as cartas do pintor, atreladas às suas obras, representam nesse trabalho a chave para a compreensão da sua trajetória artística, do seu relacionamento social e da sua atuação no Estado.Item O cultivo da arte do estilo.(2008) Pimenta Neto, Olímpio JoséEm uma das passagens da obra publicada em que se refere de modo mais direto à questão do estilo, Nietzsche oferece indicações bastante precisas sobre o significado de sua própria arte do estilo. Retomando as seções iniciais de “Ecce Homo”, interessa-nos reconstruir o percurso, simultaneamente argumentativo e narrativo, que avaliza as considerações do filósofo sobre o tema, buscando evidenciar os nexos indissolúveis que articulam as dimensões epistêmica, moral e artístico-estética de seu pensamento.Item Da tensão ao sublime : potencialidades estéticas da canção “Mulher do fim do mundo”, de Elza Soares.(2019) Coração, Cláudio Rodrigues; Souza, Francielle Neves deEste trabalho busca apreender o espírito da canção “Mulher do fim do mundo” e seu vínculo com a renovação estética das imagens de artistas negras na música popular brasileira. A hipótese é de que a canção interpretada por Elza Soares alimenta – e é alimentada por – um movimento que busca substituir estigmas sociais construídos desde a escravidão por imagens que, de fato, representem a diversidade de identidades que podem ser assumidas por essas mulheres. Essa potência transformadora, anunciada pela canção em análise, aponta três manifestações estéticas que extrapolam o universo da canção popular e ensejam mudanças na maneira como as minorias são encaradas no espaço público brasileiro, a saber, a reivindicação do gesto da altivez, a crítica à potência de morte e a reflexão subjetiva do horror.Item Do detalhe à história : comentário do texto de Iannini “A psicanálise freudiana entre ciência e arte”.(2016) Guimarães, Bruno AlmeidaAlém do comentar o texto de Iannini sobre a convergência entre a atitude científica e o pensamento estético na escrita de Freud, o objetivo desse artigo é questionar a suposta confiabilidade de um critério meramente positivista de cientificidade na fundamentação do trabalho psicanalítico. Em um primeiro momento, acompanhando alguns de seus comentários estéticos, escritos sob o anonimato no seu ensaio sobre o Moises de Michelangelo, veremos como Freud admite que o método para o reconhecimento da autoria das obras de arte, desenvolvido pelo médico italiano Giovanni Morrelli, exerceu considerável influência sobre ele, antes mesmo da descoberta da psicanálise. Este método consistia na observação de detalhes singulares periféricos das obras de arte, do mesmo modo como a psicanálise dispensaria atenção a traços pouco notados e coisas secretas para lançar luz sobre o inconsciente. Mais tarde, esse mesmo método teria sido atribuído também ao tipo de investigação levada a cabo pelo Sherlock Holmes de Conan Doyle, ao ser batizado por Carlo Ginzburg de paradigma indiciário, ou método presuntivo. Em um segundo momento, entretanto, recusaremos essa mesma tradição sherlockiana, ao sugerir que a atitude científica de Freud deva ser reconhecida mais na lisura de seus procedimentos investigativos e na retidão intelectual, que o levava a reconhecer limitações e as falhas de toda a investigação, do que na resolução definitiva de um quebra-cabeças, e aproximaremos nossas análises à leitura hermenêutica e pragmática da psicanálise. Finalmente, tomaremos distância também dessa última, ao mostrar que a persistência da pesquisa arqueológica de Freud sobre o sentido dos sonhos, dos sintomas e dos distúrbios de memória para melhorar a dinâmica do tratamento aproxima a psicanálise da perspectiva materialista de Benjamin, que recusa a noção de tempo finito e fechado e linear, em apoio a uma concepção não progressista, positivista e desenvolvimentista da história.Item Entrevendo olhares espectrais : as fotografias de vítimas das ditaduras em obras de arte contemporâneas.(2018) Santos, Ana Carolina LimaEste artigo analisa os catálogos de três exposições apresentadas no Memorial da Resistência de São Paulo que têm como principal material expressivo fotografias de mortos e desaparecidos políticos, vítimas das ditaduras civilmilitares da Argentina, do Brasil e do Chile. “Buena memoria”, de Marcelo Brodsky, “Ausenc’as”, de Gustavo Germano, e “119”, de Cristian Kirby, são examinados pelo modo como mobilizam esses retratos, destacados em suas estratégias próprias. Guardadas as singularidades de cada trabalho, a análise aponta neles uma potência comum: a capacidade de agenciar os olhares encarnados nas imagens, que então podem mirar de volta os espectadores para deles exigir recordação, responsabilização e redenção.Item A exaltação na rede : o processo de constituição da Sala da Exaltação do Museu do Futebol sob o viés da Teoria Ator-Rede.(2018) Damião, Luana Caroline; Prado, Jan Alyne Barbosa; Prado, Jan Alyne Barbosa; Stangl, André Figueiredo; Coração, Cláudio RodriguesEste trabalho tem como objetivo rastrear, descrever e refletir sobre o processo de constituição da obra Sala da Exaltação do Museu do Futebol de São Paulo. A Exaltação é uma obra que busca homenagear o ato de torcer e os torcedores de times de futebol brasileiros. É um tipo de videoinstalação que une projeções audiovisuais e arquitetura de forma inseparável, agenciando as experiências do público. Para cumprir com os objetivos da pesquisa, lançamos mão das perspectivas teórico-metodológicas desenvolvidas pela teoria ator-rede (TAR). A TAR observa fenômenos partindo da premissa de que vivemos em coletivos simétricos, onde os seres humanos e os não humanos (actantes) podem exercer influências igualmente impactantes ao se relacionarem, uma vez que cada elemento possui uma agência específica que o torna (des)necessário em determinadas associações. Ao fazer um percurso etnográfico, realizamos o levantamento documental junto ao Museu do Futebol, entrevistas com indivíduos envolvidos na construção da obra e a observação participante na Exaltação, onde rastreamos as associações de actantes que agenciaram a constituição desta rede. Através da análise sob o viés da TAR, foi possível compreender como a sala foi concebida, identificar os mediadores mais influentes nesse processo, de modo a possibilitar a existência da obra enquanto um dispositivo interacional. A partir deste percurso, refletimos sobre a perspectiva de hibridização que a teoria ator-rede propõe para os fenômenos coletivos, as vantagens e desvantagens do uso dessa teoria para pesquisas desta natureza e o papel que os seres não humanos exercem na musealização de experiências.Item Experiência estética no museu contemporâneo em Theodor W. Adorno.(2020) Proença, Fernanda Gonçalves de Camargo; Guimarães, Bruno Almeida; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Silva, Eduardo Soares Neves; Guimarães, Bruno AlmeidaTomando o museu como alegoria da modernidade, a pesquisa busca evidenciar sua influência na experiência estética das obras que ele abriga, expressa na tensão entre a sistematização da cultura e o teor subversivo da arte, à luz da filosofia de Theodor W. Adorno. A pergunta que norteia a investigação é como a mediação do museu na recepção estética pode afetar o teor de verdade das obras de arte, com ênfase na sua instrumentalização pela indústria cultural e, em contrapartida, o papel do pensamento crítico na atualização do potencial emancipatório da arte institucionalizada.Item Marcuse Boys : recepções de Herbert Marcuse no Brasil.(2019) Menezes, Adriano Marcos de; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Kangussu, Imaculada Maria Guimarães; Rosa, Mario Alex; Rangel, Marcelo de MelloNesta dissertação, discutimos as recepções iniciais de Herbert Marcuse no Brasil, principalmente sob dois aspectos, a de autores acadêmicos que estavam enfileirados nas colunas marxistas e pensadores liberais. Por outro lado, investigamos recepções na perspectiva contracultural, principalmente através da imprensa alternativa, que teve papel importante como mediadora das ideias do pensador alemão. A pesquisa considerou particularmente dois de seus livros: “A Ideologia da Sociedade Industrial” (O Homem Unidimensional) e “Eros e Civilização. Tratamos ainda da crítica de Marcuse acerca da alienação e reificação da linguagem na sociedade industrial do mundo capitalista desenvolvido. Finalmente, analisamos a percepção da obra do filósofo pelo meio artístico brasileiro de então e as resistências às suas ideias por parte de agentes do Estado brasileiro. Analisamos ainda o panorama que marcava o Brasil naquele período, compreendido entre o final da década de 1960 e início da década de 1970, tempo em que o país era governado por uma ditatura militar.Item Matemática na arte : utilizando o potencial pedagógico da história da matemática no ensino de geometria para alunos da escola básica.(2011) Silva, Alessandra Pereira da; Ferreira, Ana CristinaO potencial pedagógico da História da Matemática tem sido objeto de estudo de pesquisadores da Educação Matemática há algum tempo e diversas experiências bem sucedidas têm sido relatadas. Aliar a possibilidade de problematizar a evolução de conceitos matemáticos a reflexão acerca do seu processo de construção oportuniza um ensino de Matemática pautado na construção de conhecimento por parte do sujeito em uma perspectiva sócio-histórica. O presente texto apresenta um projeto de pesquisa em elaboração cujo propósito é investigar o potencial de uma proposta de ensino fundamentada nessas ideias para o estudo de Geometria no 2º ano do Ensino Médio. Essa proposta será construída a partir do estudo histórico da Matemática – e mais especificamente, da Geometria – presente nas técnicas de pintura no Renascimento. Dessa forma, Arte e História da Matemática serão aliadas em uma proposta interdisciplinar. Apresentamos aqui uma breve síntese das leituras iniciais sobre o tema e alguns elementos da pesquisa.Item Obra de arte : Dasein e fenomenologia.(2023) Hernandes, Brenda Korczagin; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Nachmanowicz, Ricardo Miranda; Figueiredo, Virginia de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de AraújoO presente trabalho tem por objetivo compreender o pensamento de Martin Heidegger e sua visão da obra de arte a partir do ensaio A origem da obra de arte (1936), assim como o desdobramento de seu pensamento em relação aos parâmetros de Ser e Tempo (1927). Para isso, pretende-se evidenciar as bases para a reflexão ontológico-fenomenológica que se iniciam em ST e se realizam no ensaio de 1936. O objetivo da pesquisa é contribuir para a viabilização de acesso ao pensamento heideggeriano a respeito da temática do artístico.Item Professor errante : outras narrativas erráticas no ambiente escolar.(2022) Holanda, Frаncisco Lаécio Аrаújo de; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Gasperi, Marcelo Eduardo Rocco de; Ferreira, Inês Karin Linke; Peretta, Éden SilvaEstа dissertаção аnаlisа o conceito de Errânciа (BERENSTEIN, 2012) e o аproximа dаs práticаs educаtivаs, mais precisamente da Pedagogia do Teatro. A ideia foi investigar а composição de umа perspectivа de arte contemporânea e sua relação com a proposta docente em artes, em especiаl nаs escolаs municipаis dаs cidаdes de Ouro Preto e Mаrinа (MG), durаnte а pаndemiа causada pelo Coronаvírus, entre os anos de 2020 e 2021. Logo, investigou-se cаrаcterísticаs errаntes, аtribuídаs à docência, entre diferentes cаmpos аrtísticos, ampliando suаs práticаs coletivаs de vivência em sаlа de аulа. А revisão dа literаturа se bаseou num horizonte multirreferenciаl, envolvendo conceitos e teoriаs de diferentes disciplinаs de áreаs do conhecimento distintаs, incluindo а Аrte, а Educаção, а Históriа e а Cаrtogrаfiа. Apаrecem em destaque autores como: Pаolа Berenstein Jаcques (2012), Pаulo Freire (2003), Guy Debord (1961) e Walter Benjamin (1981). Por fim, este processo teórico-prático demonstrа que o professor errаnte não é só um modo operаnte, mas sim, umа estrаtégiа de sobrevivênciа, onde se estаbelece zonаs de contаto e de conflito entre diversos modos de existir, de аtuаr, de vivenciаr а escolа e а sаlа de аulа.Item Signos e sensações Deleuzeanas como elementos principais na Recherche de Proust.(2016) Correia, Christian Frazeir; Silva, Cíntia Vieira da; Silva, Cíntia Vieira da; Jardim, Alex Fabiano Correia; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de AraújoEm Proust e os signos, a unidade da Recherche não está na memória (nem no tempo), mas de acordo com Deleuze, nos signos, no aprendizado e na verdade. O importante não é lembrar, mas aprender; a memória tem apenas a função de interpretar certos signos, e o tempo se liga de forma diferente a cada tipo específico de signo. O essencial, portanto, não está na madeleine e nem nas pedras do calçamento. Depois, em O que é a filosofia?, a memória é citada como não tendo papel predominante na obra de Proust; ela não nos tira das percepções vividas nem solda o todo da obra, apenas nos traz antigas sensações; a memória não é base do fazer artístico, apesar de poder estar presente. A questão da memória parece ser importante uma vez que Deleuze afirma que ela ocupa um plano secundário na Recherche em duas obras. A partir disso cabe a pergunta: “Se a memória está em segundo plano, então, o que está em primeiro?”. Pretende-se, neste trabalho, expor os dois elementos que tornam a memória secundária na obra de Proust, segundo Deleuze: o signo e a sensação. Primeiramente, trataremos dos signos e de seus tipos, com destaque aos artísticos e, em seguida, veremos que a discussão da memória como elemento secundário aparece em meio à questão da sensação.Item Sobre a analogia entre natureza e arte na Crítica da Faculdade do Juízo.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Citro, Danilo; Silva, Hélio Lopes daEste trabalho pretende trazer em evidência a analogia entre natureza e arte através do texto de Kant na Crítica da Faculdade do Juízo. Para isto, apresentamos primeiramente o problema geral que envolve esta obra, cuja solução pode encontrar apoio por meio da analogia. Tal analogia é possível mediante uma especificação do conceito de arte em geral para o conceito de arte bela. O novo conceito de arte tem como fundamento uma faculdade produtora que poucos possuem, descrito por Kant como um talento dado pela natureza. Tal faculdade produz obras que expressam idéias estéticas, que possibilitam uma analogia da arte com a natureza. Portanto, o conceito de idéias estéticas é essencial para o novo conceito de arte bela. Além disso, resulta num novo conceito de natureza enquanto análoga à arte, pois Kant diz que a natureza também compõe em sua beleza expressões de idéias estéticas. Sendo assim, analisamos uma analogia recíproca entre natureza e arte à luz do conceito de idéias estéticas, ao menos da maneira com que elas se referem às idéias em geral.Item Território da arte: intervenções artísticas e a construção de narrativas feministas na educação básica.(2024) Xavier, Dalila David; Prof. Dra. Neide das Graças de Souza Bortolini; neide.bortolini@ufop.edu.br; Dra. Ana Carolina Fialho de Abreu - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Dr. Ernesto Gomes Valença - Universidade Federal de Ouro Preto Dra. Gláucia Maria dos Santos Jorge - Universidade Federal de Ouro PretoEsta pesquisa aborda o ensino da Arte entre questões feministas ao apontar mudanças potenciais de pensamentos e ações e teve o objetivo de refletir acerca de intervenções nas escolas públicas. A dissertação analisa, portanto, dois projetos artístico-pedagógicos realizados em escolas da zona rural da rede municipal de ensino de Ouro Preto - MG, a saber, Escola Municipal Benedito Xavier, situada no distrito de Glaura; e a Escola Municipal Aleijadinho, situada no distrito de Santo Antônio do Salto. O espaço escolar apresenta limitações físicas e orçamentárias, questões sociais e culturais de cada comunidade, condições adversas de trabalho docente, além de opressões reproduzidas socialmente. No contexto da pesquisa participante, o estudo buscou compreender possibilidades de transformação social por meio do ensino de Arte a partir de dois projetos artísticos de perspectiva feminista e antirracista realizados com discentes do Ensino Fundamental II: o Museu Aberto e o Programa Papo Reto. Os resultados das discussões mostraram que o território da Arte é capaz de romper com o silenciamento das vozes femininas ao conferir lugar de fala a suas protagonistas.Item Trilhas e travessias : a trajetória de Georgina de Albuquerque e a atuação das artistas no Brasil nos séculos XIX e XX.(2022) Ribeiro, Paula de Souza; Abreu, Marcelo Santos de; Abreu, Marcelo Santos de; Lehmkuhl, Luciene; Castro, Isis Pimentel deA presente dissertação tem como objetivo analisar a trajetória da pintora, desenhista e professora brasileira Georgina de Albuquerque. Compreende-se enquanto recorte temporal o período de sua formação e atuação no campo artístico, de 1903 a 1962, bem como uma análise de aspectos relacionados ao seu legado, visto que a artista ocuparia cargos institucionais de grande relevância e realizou importantes mudanças no cenário artístico de sua época, refletindo, ainda, na contemporaneidade. Em sua trajetória, Georgina se revela uma artista plural, tendo participações importantes em meio à movimentação artística dentro e fora do âmbito institucional no Brasil. Buscamos apresentar, para além das circunstâncias e possibilidades da atuação em ateliês e exposições, perspectivas diferentes no que tange às formas de participação das mulheres no campo artístico, tais como a participação em concursos culturais, pesquisas e trabalhos editoriais. O trabalho também abarca considerações a respeito do panorama encontrado pelas artistas no Brasil nos séculos XIX e XX, ao analisar suas formas de atuação e obras. Buscaremos trazer contribuições acerca da História da Arte brasileira quando vista sob a perspectiva de gênero, o que significa também propor novas chaves de leitura possíveis para tal discussão, uma vez que foram identificadas semelhanças e diferenças notáveis nas formas de atuação das artistas, revelando-se uma ampla trama de trajetórias que ajudariam a abrir caminhos para as mulheres que desejassem seguir carreira artística posteriormente. Considerando-se as particularidades de cada trajetória aqui estudada, os resultados da pesquisa apresentam a variedade de possibilidades para o exercício desta atuação, bem como apontam novos questionamentos possíveis para o estudo das trajetórias de mulheres artistas para além da produção e exibição de obras, através da análise das relações entre as dimensões individuais e coletivas do estudo de trajetórias.Item Ver o outro : mudanças e permanências na arte e na identidade em torno da Primeira República.(2022) Nunes, Paulo Monteiro; Abreu, Marcelo Santos de; Abreu, Marcelo Santos de; Mendonça, Paulo Knauss de; Silva, Alexandre Palma da; Castro, Isis Pimentel de; Mollo, Helena MirandaA arte brasileira feita antes da Primeira República é muito diferente da produzida depois daquele período, especialmente em termos formais. Ao mesmo tempo, há elementos, como a presença do “outro”, que parecem invulneráveis às profundas mudanças observadas na sociedade e na arte no período. Esta tese tem a forma de um ensaio que busca, a partir da expansão da ideia de “autor”, refletir sobre este aparente paradoxo de mudanças e permanências e assim contribuir para a complexificação da compreensão da identidade nacional construída na arte do período.