Navegando por Assunto "Adjuvantes imunológicos"
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Item Cinética da resposta imune inata induzida por diferentes adjuvantes vacinais.(2013) Mathias, Fernando Augusto Siqueira; Reis, Alexandre Barbosa; Carneiro, Cláudia Martins; Reis, Alexandre Barbosa; Lima, Wanderson Geraldo de; Soares, Rodrigo Pedro PintoAdjuvantes são substâncias que atuam na resposta imune inata e quando combinadas a vacinas com antígenos específicos, são capazes de produzir uma resposta mais intensa ao antígeno alvo. Adjuvantes atuam de várias formas para apresentar um antígeno para o sistema imune. Podem atuar como um sistema de depósito para antígenos, apresentando o antígeno durante um longo período de tempo. Além disso, essas substâncias são extremamente atrativas para o desenvolvimento de novas formulações vacinais contra várias doenças como a leishmaniose visceral. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a resposta imune induzida por uma dose única dos adjuvantes: Hidróxido de alumínio (Al(OH) 3), Adjuvante Completo de Freund (ACF), Montanide Pet Gel A (MPGA), glicopiranosil lipídio A (GLA-SE) e Resiquimod (R-848) inoculados na pele de camundongos. Animais sensibilizados com salina foram utilizados como grupo controle. Os dados obtidos após a sensibilização com os adjuvantes demonstraram que todos adjuvantes foram capazes de promover alterações hematológicas nos leucócitos totais, bem como nas diferentes subpopulações. A análise fenotípica do sangue periférico mostrou que os animais imunizados com o adjuvante ACF (12h), GLA-SE e R-848 (24h) tiveram uma redução na subpopulação de linfócitos T CD4+, enquanto que os adjuvantes R-848 (12h) e MPGA (24h) apresentaram uma redução inicial de linfócitos T CD8+. A população de linfócitos B CD19+ também foi avaliada, na qual foi possível observar alterações em todos os grupos, contudo, os animais sensibilizados com os adjuvantes Al(OH)3 e GLA-SE apresentaram um aumento inicial em 24h. Em relação às células NK CD49b+, demonstraram distintos perfis nas diferentes imunizações com os adjuvantes, onde os animais dois grupos Al(OH)3 e R-848 reduziram nos tempos de 24h e 12h respectivamente. Os animais dos outros grupos apresentaram um aumento tardio: ACF (96h), MPGA (168h) e GLA-SE (168h). A população de monócitos CD14+ também foi avaliada, e os resultados mostraram que todos os adjuvantes, com a exceção do MPGA (96h) apresentaram um aumento recente. A avaliação dos níveis séricos de óxido nítrico induzido pelos distintos adjuvantes foi realizada nesse trabalho. Nossos resultados demonstram que os adjuvantes Al(OH)3 e ACF não foram capazes de induzir produção de NO, em contraste com os outros adjuvantes que mostraram um aumento em 1h e 12h (R-848), 48h (GLA-SE) e 168h e 336h (MPGA). O estudo histomorfológico foi realizado no local da imunização para avaliar a habilidade dos adjuvantes promover recrutamento celular. Os animais inoculados com o adjuvante Al(OH)3 não apresentaram diferenças entre os tempos da cinética, todavia, difere do grupo controle em toda análise. Os outros grupos demonstraram aumento já nos tempos iniciais. Os animais inoculados com o adjuvante ACF mostraram um aumento no recrutamento entre os tempos de 12h à 48h. Os animais inoculados com o adjuvante MPGA mostrou aumento na migração a partir de 48h, o grupo GLA-SE mostrou aumento entre os temos de 12h e 168h e finalmente os animais inoculados com R-848 mostraram grande recrutamento nos tempos de 1h, 24h e 48h. Assim, nossos dados demonstraram que os adjuvantes vacinais induziram recrutamento celular para o local do inóculo bem como mudanças nas células presentes no sangue periférico. Contudo, essas alterações apareceram em tempos distintos, provavelmente devido ao fato de eles terem diferentes constituições e, portanto, perfis de respostas imunes distintas que devem ser consideradas na sua seleção como adjuvantes vacinais. Esses dados nos estimulam a dar prosseguimento nos estudos a fim de compreender melhor esses mecanismos para poder implementar em futuras formulações vacinais seguras e efetivas.Item A contribuição de sistemas de associação de adjuvantes no aumento da eficácia vacinal de dois novos imunobiológicos contra a infecção experimental por Leishmania infantum em camundongos Balb/c.(2018) Mathias, Fernando Augusto Siqueira; Reis, Alexandre Barbosa; Vieira, Paula Melo de Abreu; Silva, Glenda Nicioli da; Cota, Renata Guerra de Sá; Soares, Rodrigo Pedro Pinto; Lima, Wanderson Geraldo de; Reis, Alexandre BarbosaA leishmaniose visceral humana (LVH) e a leishmaniose visceral canina (LVC) são as mais relevantes doenças emergentes com alta prevalência na América Latina, sobretudo no Brasil. Apesar disso, ainda são limitados os avanços obtidos tanto no tratamento da doença quanto no desenvolvimento de vacinas com intuito de conter sua expansão. Em se tratando da busca por vacinas mais eficazes, os adjuvantes vacinais surgem como aditivos importantes, capazes de aumentar a imunogenicidade do antígeno ao induzir uma resposta imune intensa e prolongada. Novas abordagens têm testado sistemas de duas ou mais associações de adjuvantes na busca por uma resposta mais rápida e efetiva em comparação ao emprego dos adjuvantes isolados. Dessa forma, o objetivo desta tese foi avaliar a contribuição de sistemas de associação de adjuvantes no aumento da eficácia vacinal de novos imunobiológicos contra a infecção experimental por L.infantum em camundongos Balb/c. Para tanto, o estudo foi dividido em duas estapas. Primeiro, avaliamos os adjuvantes Saponina (SAP), Resiquimod (R-848) e Monofosforil Lipídio A (MPL) combinados em sistemas de associação duplas e tripla, nas doses de 25%, 33% e 50% referente a dose total de cada adjuvante, a fim de estabelecer o melhor sistema bem como sua dose ideal. Animais inoculados com solução salina foram utilizados como grupo controle e todos experimentos foram conduzidos em duplicata. Os animais foram divididos em 16 grupos experimentais (n=6/grupo), Controle Salina (CS), Saponina (SAP), Monofosforil Lipídio A (MPL), Resquimod (R-848), e as associações SAP+MPL (SM), SAP+R-848 (SR), MPL+R-848 (MR) e SAP+MPL+R-848 (SMR), nas doses supracitadas. Os animais receberam uma dose única pela via intradérmica e passadas 48 horas foram eutanasiados para obtenção do fragmento de pele do local do inóculo. Metade do fragmento foi destinado para dosagem de quimiocinas (CCL2, CCL3, CCL4, CCL5 e CXCL1) e citocinas (IL-2, IFN-, TNF-, IL-4 e IL-10) por Cytometric Bead Array (CBA) e a outra metade para avaliações histológicas. Dentre todos os sistemas avaliados, SM50 levou ao aumento da produção de todas as quimiocinas e da citocina TNF-, enquanto SMR50 aumentou os níveis das quimiocinas CXCL1, CCL2 e CCL5 e citocinas TNF- e IFN- quando comparadas ao grupo controle. Além disso, SM50 apresentou aumento do infiltrado inflamatório, com aumento do percentual da população de macrófagos, enquanto que SMR50 também apresentou aumento no percentual de macrófagos. Após estes resultados, ambos os sistemas foram escolhidos para serem associados com o antígeno total de Leishmania braziliensis para compor duas novas vacinas na etapa 2, nas quais foi avaliado o efeito do sistema de associação de adjuvantes sobre a imunogenicidade e eficácia vacinal. Camundongos Balb/c foram divididos em 6 grupos experimentais (n=5/grupo), Controle Salina (CS), grupo imunizado com antígeno total de L. braziliensis (LB), os sistemas de associação dupla e tripla de adjuvantes, SAP+MPL e SAP+MPL+R-848, ambos nas doses de 50%, e outros dois grupos que combinavam o antígeno total de L. braziliensis com os sistemas de associação de adjuvantes (LBSM50 e LBSMR50). Esses foram imunizados com três doses, com intervalo de 15 dias entre as doses, e desafiados com 1 x 107 promastigotas de L. infantum. Após 28 dias, os animais foram necropsiados, o baço foi coletado para avaliar a proliferação celular, produção de IL-2, TNF- e INF-, formação de células T de memória efetora e central, além da avaliação da carga parasitária tanto no baço quanto no fígado. Observou-se que o sistema LBSMR50 promoveu aumento na produção de TNF- por células TCD4+, entretanto sua principal ação foi sobre células TCD8+, promovendo aumento da proliferação celular, produção de TNF- e formação de células de memória efetora. Todavia, ambas as vacinas foram capazes de reduzir a carga parasitária no fígado. Diante do exposto, concluímos que o emprego de sistemas de adjuvantes utilizando doses reduzidas induzem uma resposta eficaz, pois uma vez que combinados com o antígeno promoveram não apenas ativação do sistema imune no baço como também a redução da carga parasitária no fígado, sugerindo que o uso desses sistemas aumentaram a eficácia vacinal no modelo murino.