Navegando por Assunto "Acetaminofen"
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Item Açaí (Euterpe oleracea Mart.) : efeitos sobre a modulação do sistema glutationa, do perfil de genes do estresse do retículo endoplasmático e do metabolismo de fase I em ratas intoxicadas com paracetamol.(2019) Viana, Ana Maria Fernandes; Pedrosa, Maria Lúcia; Pedrosa, Maria Lúcia; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Guimarães, Dênia Antunes Saúde; Esteves, Elizabethe Adriana; Maldonado, Izabel Regina dos Santos CostaO paracetamol é um antipirético e analgésico que em doses terapêuticas é metabolizado por enzimas de fase I e II, originando conjugados de glicuronídeo e de sulfato, com reduzida formação de NAPQI que é detoxificado pela glutationa e excretado. Em overdose de paracetamol ocorre produção aumentada de NAPQI que é responsável por danos celulares. O açaí (Euterpe oleracea Mart.), reconhecido pelas suas características fitoquímicas e pelos seus efeitos anti-inflamatório e antioxidante, pode apresentar efeito hepatoprotetor para overdose com paracetamol. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito do pré-tratamento com açaí sobre fatores envolvidos nos danos hepáticos desencadeados pelo paracetamol. Ratas Fischer (40) foram distribuídas nos grupos: controle (C), açaí (A), paracetamol (P), paracetamol + açaí (PA) e paracetamol + acetilcisteína (PNac). Água, açaí filtrado (3 g de açaí filtrado/Kg) e acetilcisteína (140 mg de acetilcisteína/Kg) foram administrados por gavagem durante 7 dias. No sétimo dia de experimento os grupos P, PA e PNac receberam 835 mg de paracetamol/Kg e os demais receberam água filtrada. Após a intoxicação, as ratas foram submetidas ao jejum por 12 h e eutanasiadas. O grupo P apresentou, além da degeneração hidrópica, aumento de esteatose microvesicular, número de células inflamatórias e danos oxidativos no fígado. Além disso, foram observadas redução da concentração de glutationa total, menor expressão gênica de CYP1A2 e CYP2E1, e aumento da expressão gênica de GADD34 e CHOP, genes envolvidos no estresse do retículo endoplasmático. O pré-tratamento com açaí modulou o sistema glutationa e recuperou a concentração de glutationa total, aumentou a expressão de genes CYP1A2 e CYP2E1 envolvidos no metabolismo de paracetamol e diminuiu a expressão de GADD34 e CHOP, com aumento da expressão de eIF2α e ATF4, genes que favorecem a resposta antioxidante, reduzem a tradução de novas proteínas e inibem a apoptose. O perfil histológico do grupo PA foi semelhante ao grupo P exceto por apresentar diminuição do número de células, indicando redução das células inflamatórias no fígado. Esses resultados indicam que o açaí atua sobre diferentes mecanismos, sugerindo seu potencial terapêutico para amenizar os danos provocados pelo paracetamol.Item Efeito de diferentes tratamentos sobre o estresse oxidativo em modelo de hepatotoxicidade induzida por paracetamol em ratos Fischer.(2019) Pereira, Mariana de Fátima Albuquerque; Silva, Marcelo Eustáquio; Santos, Eleonice Moreira; Guerra, Joyce Ferreira da Costa; Figueiredo, Sônia Maria de; Silva, Marcelo EustáquioO fígado é o principal órgão envolvido no processo de metabolização de xenobióticos. O fácil acesso a medicamentos como o paracetamol aliado ao desconhecimento da população sobre seus efeitos nocivos ao organismo tem aumentado significativamente o número de intoxicações por esse fármaco. As frutas, óleos e produtos medicinais são conhecidos por possuírem compostos antioxidantes e ou anti-inflamatórios, tais como compostos fenólicos, carotenoides, vitaminas A e E, sesquiterpenos e diterpenos, capazes de atenuar à injúria hepática induzida por paracetamol. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de diferentes tratamentos sobre os mecanismos de hepatotoxicidade ocasionados pelo paracetamol em ratos. Foram utilizados ratos machos da linhagem Fischer, com 80 dias de idade, do Laboratório de Nutrição Experimental da UFOP, divididos em 2 experimentos. O primeiro foi realizado para avaliação temporal da injúria hepática usando 2 grupos de 8 animais: Controle (C) e Paracetamol (P), durante 48 horas, no qual amostras de sangue ocular, em diferentes intervalos de tempo, foram coletadas para quantificação das atividades das enzimas alanina e aspartato aminotransferase (ALT e AST). No segundo, os animais foram divididos em 6 grupos de 8 animais: Controle (C), Paracetamol (P), Óleo de Copaíba + Paracetamol (OCOP + P), Óleo de Castanha de Macaúba + Paracetamol (OM+P), Óleo de Coco Extra Virgem + Paracetamol e Suco de Uvaia + Paracetamol (UV+P). O período experimental foi de 1 semana, sendo a água filtrada para C e P (1o ao 7o dia), os pré tratamentos (1o ao 7o dia) e o paracetamol (835mg/Kg no 7o dia), administrados via gavagem orogástrica. No oitavo dia do experimento 2, os animais foram anestesiados e eutanasiados. O sangue, fígado, rim, e coração foram coletados e armazenados em freezer -80oC ou formol. Foram avaliados metabólitos séricos, marcadores do estresse oxidativo, enzimas antioxidantes e perfis histopatológicos. Os resultados do experimento 1 indicaram aumento de AST e ALT no grupo (P) no período de 12 e 24 h, respectivamente, após administração de paracetamol, retornando a níveis basais em 48h. No experimento 2, a intoxicação com paracetamol foi capaz de alterar o perfil lipídico dos animais aumentando LDL e diminuindo o HDL, prejudicar a função hepática aumentando as enzimas ALT, AST e fosfatase alcalina, alterar biomarcadores da função renal aumentando os níveis de creatinina e ureia e reduzir a quantidade de sulfidrilas séricas. Além disso o grupo P aumentou a carbonilação de proteínas e a concentração de glutationa oxidada (GSSG) e reduziu a razão GSH/GSSG. A nível histológico, o grupo P aumentou o percentual de hiperemia, além de aumentar o percentual e o grau de hemorragia e inflamação no fígado. A associação do paracetamol ao óleo de castanha de macaúba (OM+P) auxiliou na melhora do dano oxidativo reduzindo a concentração de GSSG e aumentando a razão GSH/GSSG. O grupo OCOP+P reduziu a atividade de catalase e atuou na redução da carbonilação de proteínas, percentual de esteatose microvesicular e células inflamatórias, assim como, reduziu o número de células comparados à P. O grupo OC+P aumentou os níveis de GSSG, assim como reduziu a razão GSH/GSSG. Por fim, o grupo UV+P demonstrou redução do estresse oxidativo pela diminuição da peroxidação lipídica e redução da carbonilação de proteínas, porém houve aumento de GSSG, diminuindo portanto a razão GSH/GSSG. Histologicamente, o grupo UV+P obteve redução do percentual e grau de hemorragia, percentual de esteatose microvesicular e células inflamatórias. Conclui-se, portanto, que o óleo de castanha de macaúba obteve efeitos benéficos no metabolismo da glutationa, melhorando a capacidade antioxidante prejudicada pelo paracetamol. Demonstrou-se um efeito hepatoprotetor do óleo de copaíba e também efeito anti-inflamatório no fígado. O óleo de coco extra virgem não demonstrou ação antioxidante e efeito hepatoprotetor, não podendo portanto, apontar nenhum efeito benéfico desse óleo nesse modelo. A associação de uvaia com paracetamol teve efeito hepatoprotetor, antioxidante e anti- inflamatório, porém não demonstrou efeito benéfico pela modificação das enzimas antioxidantes endógenas. Dessa forma, mais estudos devem ser feitos utilizando esses pré tratamentos a fim de elucidar melhor os mecanismos de atuação no metabolismo e na injúria hepática causada no modelo de hepatotoxicidade induzida por paracetamol em ratos.