Navegando por Assunto "Açai"
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Item O consumo da polpa de açaí (Euterpe Oleracea Martius) durante a gestação e lactação atenua a esteatose hepática em ratas e protege a prole contra o excesso de lipídeos.(2019) Barbosa, Priscila Oliveira; Freitas, Renata Nascimento de; Silva, Marcelo Eustáquio; Cintra, Dennys Esper Corrêa; Daleprane, Julio Beltrame; Pedrosa, Maria Lúcia; Cota, Renata Guerra de SáO excesso de lipídios do ambiente uterino pode desencadear o desenvolvimento e a progressão da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Compostos bioativos presentes em plantas são uma abordagem terapêutica interessante por desempenhar diferentes efeitos sobre o metabolismo. Um fruto com alto teor de compostos fenólicos e com possível efeito benéfico é o açaí, porém pouco se sabe sobre seu efeito na dieta materna hiperlipídica. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da suplementação de polpa de açaí (Euterpe oleracea M.) durante a gestação e lactação, na prole de ratas Fischer alimentadas com uma dieta hiperlipídica. Vinte e oito ratas foram divididas em quatro grupos: dieta controle (C), dieta hiperlipídica (HF), dieta controle mais 2% de polpa de açaí (CA) e dieta hiperlipídica mais polpa de açaí (HFA), duas semanas antes do acasalamento e durante todo o período gestacional e lactacional. O metabolismo lipídico e oxidativo das ratas foi avaliado e os filhotes machos foram estudados em dois momentos: após o nascimento (P1) e desmame (P21). Nossos resultados mostram que o grupo de ratas HFA apresentou aumento na massa corpórea e redução no peso relativo do fígado, gordura e conteúdo hepático de colesterol. Também houve uma redução na esteatose hepática no grupo de ratas HFA, entretanto, observamos aumento no colesterol sérico e da expressão de Srebpf1 e Fasn. Em relação ao estado redox, foram encontrados aumento nos níveis hepáticos de malondialdeído (MDA) e proteína carbonilada no grupo HF. A suplementação com polpa de açaí foi capaz de prevenir aumento no estresse oxidativo, redução dos níveis hepáticos de MDA e de proteínas carboniladas e da atividade das enzimas SOD, CAT e GPx no grupo HFA. Em relação a prole, encontramos um menor valor no peso absoluto do fígado nos animais HFA P1 e P21. HFA-P21 apresentou redução no colesterol sérico quando comparados com HF-P21. Também foi verificado redução na esteatose hepática de HFA-P21. Houve redução na expressão de Srebpf1 em HFA-P1, enquanto a expressão de Sirt1, Srebpf1 e Fasn aumentou no grupo HFA-P21. Não foram observadas diferenças significativas na expressão proteica de SIRT1 e SREBP1. Em relação ao estado oxidativo, não foram encontradas diferenças significativas nas enzimas antioxidantes e nos biomarcadores. Pode-se concluir que a introdução do açaí na dieta materna HF preveniu o acúmulo de gordura hepática e restabeleceu a homeostase do estado redox das ratas. Os efeitos observados na prole sugerem que a introdução de alimentos ricos em compostos bioativos, como o açaí, podem retardar o dano hepático o causado pela dieta materna HF.Item Efeito do consumo da polpa de açaí (Euterpe Oleracea Mart.) sobre biomarcadores inflamatórios em mulheres eutróficas e com sobrepeso.(2017) Castro, Thalles de Freitas; Volp, Ana Carolina Pinheiro; Freitas, Renata Nascimento de; Oliveira, Fernando Luiz Pereira de; Amaral, Joana Ferreira do; Costa, Daniela Caldeira; Freitas, Renata Nascimento de; Volp, Ana Carolina PinheiroA obesidade é uma doença multifatorial dependente de determinantes genéticos e disfunções endócrinas, relacionada, a um processo inflamatório de baixo grau. Efetivamente, o aumento dos estoques de gordura corporal observado na obesidade está associado a complicações metabólicas podendo induzir uma elevação nas concentrações destes biomarcadores inflamatórios. Alguns fatores modulam a inflamação como, por exemplo, a composição corporal, os parâmetros bioquímicos e de dieta; assim como a inflamação também pode modular tais fatores. Assim, a inflamação subclínica, característica do excesso de peso e da obesidade, exerce efeitos diretos sobre o metabolismo de carboidratos e lipídeos, bem como sobre a sensibilidade à insulina, desempenhando a capacidade de modular a composição corporal. Com relação ao fator dietético, o consumo adequado de polifenóis é essencial para manter o equilíbrio metabólico, controlar a inflamação subclínica e tem sido correlacionado com a baixa incidência de doenças crônicas. O açaí é um fruto que possui efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. No entanto, poucas são as evidências disponíveis em relação ao seu potencial efeito benéfico na resposta inflamatória. Este estudo teve como objetivo verificar o efeito do consumo da polpa de açaí sobre os biomarcadores inflamatórios em mulheres aparentemente saudáveis. Trata-se de um estudo de intervenção nutricional com dois grupos de voluntários do sexo feminino, com idade entre 18 e 35 anos. A intervenção consistiu no consumo de 200g de polpa de açaí diariamente durante 30 dias consecutivos. As participantes foram selecionadas segundo o índice de massa corporal (IMC) e divididas em dois grupos: 1- eutrofia (IMC: 18,5 a 25 Kg/m2) e 2- excesso de peso (IMC: 26 a 35 Kg/m2). Inicialmente as voluntárias responderam a questionários de dados pessoais e hábitos de vida, escala de atividade física, registro alimentar de 72 horas, bem como foram realizadas medidas antropométricas, de composição corporal pela bioimpedância (BIA) e coleta de sangue. Por meio da coleta de sangue serão analisadas variáveis bioquímicas e marcadores inflamatórios (TNF-α, sCD40L, PCR, RANTES). Será realizado teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade da distribuição dos dados e os testes t-Student pareado e Wilcoxon pareado para avaliar o efeito da intervenção utilizando o software PASW Statistics 18 (significância de 5%). Notou-se diferença significativa entre os grupos antes da intervenção exclusivamente para medidas antropométricas e de composição corporal na estratificação pelo IMC. Após a intervenção com o açaí, as voluntárias com excesso de peso, aumentaram suas concentrações de sCD40L e as voluntárias com as concentrações do sCD40l abaixo da mediana diminuíram as concentrações de RANTES. O sCD40L no grupos das voluntárias com peso normal correlacionou-se positivamente com colesterol (r= 0,42); LDL (r= 0,455), em relação ao grupo com excesso de peso a correlação foi positiva com RANTES (0,52); e negativa com IMC (r= -0,63); gordura corporal (r= -0,53); pressão arterial diastólica (r= -0,657) (p< 0,05). Já pela estratificação da mediana o sCD40L teve correlação negativa com o consumo de lipídeo (r= -0,485) nas voluntárias com o o marcador abaixo da mediana e para aquelas com o valor acima da mediana as correlações foram negativas com as pressões arteriais sistólica e diastólica (r= -0,403 e r= -0,498; respectivamente) (p< 0,01). A regressão linear simples mostrou que a RANTES explica o marcador sCD40L (p< 0,05). Houve uma redistribuição e redimensionamento da gordura corporal para a área do tronco, sendo presumível o aumento de gordura visceral, contudo o padrão alimentar e o estado nutricional foram conservados antes e após a intervenção.