Navegando por Assunto "Bacias hidrográficas - Minas Gerais"
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Item Avaliação da presença de microcontaminantes de preocupação emergente, por GC-MS, e de elementos inorgânicos, por TXRF, nas águas superficiais da Bacia do Rio Paraopeba/MG.(2018) Corrêa, Joane Mariela Miari; Afonso, Robson José de Cássia Franco; Moreira, Renata Pereira Lopes; Baeta, Bruno Eduardo Lobo; Afonso, Robson José de Cássia FrancoA significativa diminuição do volume dos recursos hídricos e a constante poluição dos corpos d’águas por contaminantes orgânicos têm despertado a atenção para a necessidade de estudos dedicados à determinação destas substâncias, presentes no meio ambiente, e às alternativas de tratamento para remoção destes poluentes e recuperação dos sistemas afetados. Várias substâncias, frequentemente encontradas em baixas concentrações, são classificadas como microcontaminantes de preocupação emergente, devido às alterações que provocam no meio ambiente causando efeitos adversos para os seres vivos pela exposição contínua. Abrangem diversas classes de substâncias, tais como produtos farmacêuticos e de higiene pessoal, pesticicidas, herbicidas, nanomateriais, hormônios naturais e sintéticos. Os elementos inorgânicos também estão presentes em níveis elevados nas matrizes ambientais, representando potenciais riscos aos corpos hídricos, biota e saúde humana. Dessa forma, o presente trabalho buscou identificar e quantificar alguns microcontaminantes de preocupação emergente utilizando cromatografia gasosa acopladas à espectrometria de massas (GC-MS) e elementos inorgânicos por fluorescência de raios-X por reflexão total (TXRF) nas águas superficiais da Bacia do Rio Paraopeba-MG. As coletas das amostras foram realizadas em 4 campanhas, sendo 2 em período de chuva e 2 de estiagem. Foram selecionados 15 pontos de amostragem ao longo da bacia, assim, foi possível avaliar as variações sazonal e espacial dos compostos e observar a influência das diferentes atividades antropogênicas. Os 12 microcontaminantes de preocupação emergente selecionados foram: diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno, paracetamol, genfibrozila, estrona, 17β-estradiol, 17α-etinilestradiol, estriol, bisfenol A, 4-nonilfenol, 4-octilfenol. Os 15 elementos inorgânicos foram: arsênio, bário, bromo, cálcio, chumbo, cobre, cromo, estrôncio, ferro, manganês, níquel, potássio, rubídio, titânio e zinco. A metodologia utilizada para a detecção destes compostos foi validada e aplicada em 60 amostras. Os procedimentos para a determinação dos compostos orgânicos envolveram filtração a vácuo seguida pela concentração e clean-up das amostras utilizando extração em fase sólida (SPE). Os extratos analisados por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (GC-MS) foram previamente derivatizados com BSTFA: 1% TMCS, apresentando limites de quantificação para o método de 3,61 a 14,36 ng/L e valores de recuperação variaram de 46,11 a 107,15% para o nível mais baixo (10μg/L). As análises dos elementos inorgânicos foram realizadas por fluorescência de raios-X por reflexão total (TXRF). Os limites de quantificação do método foram de 4,47 a 111,63 µg/L. O microcontaminante de preocupação emergente de maior ocorrência foi o bisfenol A, detectado em 96,67% das amostras analisadas.Já os inorgânicos de maior incidência foram o cálcio e potássio encontrados em 100% das amostras. A ocorrência do maior número de microcontaminantes de preocupação emergente foi no período de menor índice pluviométrico, campanha 4. Os elementos inorgânicos tiveram maiores concentrações nas amostras coletadas no período das águas, campanha 1 e 2. Os dados obtidos foram tratados estatisticamente por análises multivariadas (PCA e HCA), sendo possível observar o perfil de contaminação das amostras coletadas e correlacioná-los com as influências antropogênicas, industriais e/ou naturais no processo de contaminação das águas superficiais da Bacia do Rio Paraopeba em Minas Gerais. Enfim, foi calculada uma estimativa da toxicidade de alguns microcontaminantes de preocupação emergente deste estudo.Item Caracterização palinológica dos sedimentos quaternários da bacia do rio Maracujá Ouro Preto - MG.(2008) Gomes, Makênia Oliveira Soares; Delício, Maria Paula; Sarkis, Maria de Fátima Rodrigues; Delício, Maria Paula; Garcia, Maria Judite; Bacellar, Luis de Almeida PradoEste estudo objetivou com base na taxonomia e análise paleoecológica, a caracterização palinológica dos sedimentos quaternários aflorantes na região da Bacia do Rio Maracujá, distrito de Cachoeira do Campo, Ouro Preto - MG. Sendo este trabalho inédito, ele poderá contribuir para a compreensão dos eventos ambientais ocorridos na evolução da paisagem dessa região, além de auxiliar no entendimento paleoambiental do Quaternário de Minas Gerais. No perfil estratigráfico selecionado foram coletadas 12 canaletas de 40cm cada e amostradas de 5 em 5cm para o preparo de 72 amostras e 462 lâminas, conforme o método padrão de processamento para amostras palinológicas do Quaternário. A identificação dos palinomorfos foi feita através de literatura especializada. Os diagramas polínicos de porcentagem foram confeccionados com os softwares TÍLIA e TILIAGRAF. A divisão dos diagramas polínicos em Ecozonas foi determinada pelo programa estatístico CONISS. Foram registrados 57 taxa com representantes de Chlorophyta (Zygnemataceae), Anthocerotophyta (Anthocerotaceae), Pteridophyta (Cyatheaceae, Lycopodiaceae, Dicksoniaceae, Gleicheniaceae, Polypodiaceae, Aspleniaceae, Schizaeceae, Pteridaceae), Trachaeophyta (Podocarpaceae) e Magnoliophyta (Anacardiaceae, Moraceae/Urticaceae, Chrysobalanaceae, Ericaceae, Myrsinaceae, Mimosaceae, Caesalpiniaceae (Leguminosae), Fabaceae, Polygalaceae, Myrtaceae, Thymelaeaceae, Melastomataceae, Loranthaceae, Aquifoliaceae, Euphorbiaceae, Malpighiaceae, Sapindaceae, Proteaceae, Winteraceae, Rubiaceae, Asteraceae, Cyperaceae, Poaceae, Chloranthaceae e Bignoniaceae). Com base no comportamento dos palinomorfos ao longo da seção estratigráfica analisada foram delimitadas duas Ecozonas palinológicas denominadas de Ecozona I, indivisível, e Ecozona II, subdividida em quatro Subecozonas. A Ecozona I, entre 950 a 600cm de profundidade, representa a parte basal do perfil amostrado, composto pelas amostras C12, C11, C10, e C9. Sedimentologicamente está representada por intercalações de areias finas a grossas, com intervalos argilosos ricos em matéria orgânica. Esta unidade está caracterizada pelo estabelecimento e domínio da flora de Cyperaceae e Poaceae, ausência de elementos arbóreos e baixa diversidade de esporos de pteridófitos, indicando condições climáticas mais secas do que as atuais. A Ecozona II, entre 600 e 150cm de profundidade, representa o topo do perfil e é composta pelas amostras C8, C7, C6, C5, C4, C3, C2 e C1. Caracteriza-se sedimentologicamente pela predominância de níveis argilosos de coloração escura, ricos em matéria orgânica, com intercalações cíclicas de areias. Esta Ecozona está representada pelo declínio progressivo da flora herbácea de Cyperaceae e Poaceae, observando-se em alguns níveis uma redução desses grupos de até 75%. O aumento dos elementos arbóreos e arbustivos e a elevação da diversidade de esporos de pteridófitos sugerem prováveis condições climáticas mais úmidas. A presença de intercalações cíclicas com camadas de espessuras variadas de areias e argilas, provavelmente está relacionada a eventos freqüentes, e mais intensos, de erosão e sedimentação. Estes eventos são registrados no Quaternário e de acordo com vários autores relacionam-se com variações climáticas.Item Influência antrópica nas características hidrossedimentológicas e geoquímicas da bacia do ribeirão Caraça, Quadrilátero Ferrífero, MG.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Mendes, Milene Aparecida Monteiro; Leite, Mariangela Garcia PraçaA bacia hidrográfica do ribeirão Caraça, com pouco mais de 120km2, localiza-se no Município de Catas Altas, no Estado de Minas Gerais, Brasil. Apesar de existirem registros de presença humana desde 1708, não foi realizado até o momento nenhum trabalho ambiental de caracterização de seu meio físico. Visando sanar esta lacuna, a presente pesquisa procurou realizar um estudo das características hidrossedimentológicas e geoquímicas na bacia hidrográfica do ribeirão Caraça e, concomitantemente, avaliar a influência antrópica nos recursos hídricos da região. Inicialmente, foi realizado um estudo do padrão pluviométrico da região, que norteou a definição dos períodos de chuva e seca, fundamentais para a programação das coletas e medições. Assim, foram realizados dois períodos de campo, o primeiro entre os meses de agosto e setembro referentes à estação seca de 2005 e o segundo no mês de março de 2006, referente à estação chuvosa. Para a determinação da vazão, foram monitorados 21 pontos no ribeirão Caraça e seus principais tributários, 24 para o estudo hidroquímico, 18 para o estudo de sedimentos e 7 para análise de coliformes fecais. Desta forma, para caracterizarão da qualidade das águas foram realizados exames microbiológicos e analisados parâmetros hidroquímicos, sendo eles: temperatura, pH, Eh, turbidez, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos (STD), alcalinidade, oxigênio dissolvido (OD), sulfato (SO4=), cloreto (Cl-), metais principais e metais traço. Já para o estudo dos sedimentos foram escolhidos aqueles elementos que refletissem a assinatura geoquímica das rochas e que pudessem retratar a geologia local. Paralelamente, foi realizada uma análise temporal onde se procurou delimitar e identificar a cobertura e uso da terra na bacia do ribeirão Caraça nas últimas quatro décadas. Os resultados obtidos permitiram se efetuar a compartimentação da bacia em 3 áreas, com características distintas. Na área A1, isenta em quase sua totalidade de interferência antrópica por abranger a totalidade do Parque Natural do Caraça, os únicos valores potencialmente prejudiciais à saúde se restringem ao alumínio na água. Esses teores anômalos estão associados às fontes litogênicas locais. Foi detectada a presença de bactérias do grupo coliformes, uma vez que não há lançamento de esgoto, acredita-se que a principal fonte de contaminação seria a presença de animais nessa área. A área A2, ainda parcialmente preservada, nota-se um aumento de solo exposto, relacionado principalmente com a presença de minerações. Os elementos maiores Fe e Mn apresentaram concentrações elevadas nas águas e sedimentos à jusante da mina de dunito/serpentinito Francisco III. Os elementos maiores (Ca, Fe, Mg e Mn) e metais traço (Co, Cr, Cu, Ni, V e Zn) analisados nos sedimentos foram considerados anômalos para a bacia, podendo estar relacionados com litologia local. Já a presença de coliformes identificados deve-se principalmente a presença de criação de gado. A área A3 é a porção mais degradada da bacia. Nela, o grande aumento de solo exposto está relacionado principalmente com aglomerados urbanos, áreas de pastagem e agricultura. Há uma clara influência das atividades antrópicas na vazão monitorada no córrego Moinho de Olício, devido ao lançamento de efluentes da mineração e da retirada de água para abastecimento urbano. A presença de coliformes nas amostras está relacionada com o lançamento de esgoto. Concentrações altas de Fe e Mn foram identificadas nas águas e sedimentos à jusante da barragem de rejeitos oriundos da mineração de ouro Córrego do Sítio. Cabe ainda destacar que este trabalho constituiu-se numa fase inicial de avaliação da região, identificando as principais atividades antrópicas e o reflexo das mesmas na quantidade e qualidade dos recursos hídricos existentes. Espera-se que os resultados desta pesquisa sirvam de base para futuros estudos ambientais e, até mesmo, para projetos de gestão da bacia.