Navegando por Assunto "Açúcar"
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Item Análise dos aspectos ambientais e energéticos do setor sucroalcooleiro do Estado de Minas Gerais.(Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade Sócio-econômica e Ambiental. Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Mateus, Liliana Adriana Nappi; Santi, Auxiliadora Maria MouraDevido à importância do setor sucroalcooleiro para a economia do Estado de Minas Gerais, representando, em termos de Produto Interno Bruto, 12,5% da renda do agronegócio e 65,5% da renda da indústria agrícola (açúcar e álcool), e, em vista de suas atividades resultar em elevado consumo de recursos naturais, e serem causadoras de significativos impactos negativos ao ambiente, propôs-se realizar uma avaliação ambiental e energética do conjunto de suas plantas industriais. Para isso, foi realizado um levantamento de informações e dados constantes nos documentos que instruem os processos técnicos e administrativos de licenciamento ambiental das plantas industriais do setor sucroalcooleiro cadastradas no Sistema Estadual de Meio Ambiente e no Sistema Integrado de Informação Ambiental de Minas Gerais. Com o objetivo de atualizar essas informações e dados, foi elaborado e aplicado um questionário (check list) em 62 empreendimentos em operação e em fase de implantação, do total de 69 empreendimentos instalados no Estado de Minas Gerais, tomando como referência para a pesquisa, o ano base de 2008. Foram selecionados, aleatoriamente, alguns empreendimentos do setor sucroalcooleiro e suas respectivas áreas de plantio de cana-de-açúcar, para realizar visitas técnicas, com objetivo de testar a qualidade das informações e dados obtidos, os quais, posteriormente, foram consistidos em planilhas do programa Excel, anexadas a este trabalho. Durante a investigação, constatouse que ocorreu uma modernização no processo produtivo do setor sucroalcooleiro de Minas Gerais, inclusive com o aproveitamento do bagaço de cana para a cogeração de energia elétrica. Entretanto, em termos de desempenho ambiental o setor sucroalcooleiro de Minas Gerais ainda tem muito a evoluir, uma vez que grande parte dos empreendimentos demonstrou a conveniência de atender, primeiramente, os parâmetros vinculados às exigências de mercado, ou aqueles que, notadamente, a população do entorno percebe, tal como a obtenção da licença ambiental ou a adoção de sistemas de controle de emissões atmosféricas, parâmetros que atingiram, na avaliação realizada, os maiores percentuais de desempenho. Em relação aos demais parâmetros, principalmente aos que se referem ao monitoramento dos impactos ambientais das atividades, constatou-se um baixo percentual de cumprimento de tal exigência. A despeito de todas as plantas industriais em atividade e em fase de implantação possuir licenças ambientais, percebeu-se certa resistência do setor sucroalcooleiro quanto ao cumprimento da legislação ambiental vigente, na medida em que, freqüentemente, os empreendedores pressionam o Poder Público para alterar procedimentos já estabelecidos. Verificou-se, nesse sentido, a despeito da legislação federal em vigor, que o órgão ambiental estadual estabeleceu critérios, à margem da lei, para a dispensa da apresentação de Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental para os novos empreendimentos do setor sucroalcooleiro de Minas Gerais. A inobservância da legislação por muitos dos empreendedores, no que diz respeito a não realização e apresentação dos resultados de outros estudos ambientais, tais como o programa de educação ambiental, a declaração de carga poluidora e a declaração de gerenciamento de resíduos sólidos, além da ausência de impermeabilização de reservatórios e canais de distribuição de vinhaça e de águas residuárias, reforça a necessidade de intensificação das ações de fiscalização e de controle por parte do órgão ambiental. Em relação aos impactos ambientais da atividade, a disposição de elevadas quantidades de efluentes líquidos e de resíduos sólidos no solo, por todos os empreendimentos do setor sucroalcooleiro, é o um dos principais fatores de pressão sobre o meio ambiente, com potenciais riscos de contaminação do solo e das águas subterrâneas, demonstrando a necessidade de se estabelecer critérios objetivos para os projetos de disposição de tais resíduos e para a elaboração de programas de monitoramento das áreas que recebem esses materiais.Item Competitividade das exportações sucroalcooleiras do Estado de São Paulo.(2011) Fernandes, Rosangela Aparecida Soares; Santos, Cristiane Márcia dosEste artigo teve como objetivo analisar a competitividade das exportações de açúcar e álcool do Estado de São Paulo, em comparação com o Brasil, no período de 2000 a 2010. Para avaliar a competitividade das exportações paulistas em comparação com o Brasil, foi utilizado o indicador de vantagem comparativa revelada. Constatou-se que o Estado de São Paulo apresentou competitividade nas exportações de açúcar e álcool em comparação com o Brasil, uma vez que o Índice de Vantagem Comparativa Revelada (IVCR) calculado para todo o período de análise foi maior que a unidade, para ambos os produtos, em todo o período de análise.Item Estudo da temperatura de transição vítrea (Tg) em vidros orgânicos : mel, corante caramelo e frutose.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Abreu, Wanderson Marinho de; Cardoso, Antônio ValadãoO comportamento térmico de soluções hidratadas de formadores de vidros orgânicos (soluções de corante caramelo, mel e frutose) foi extensivamente investigado usando DSC convencional com foco na ocorrência da transição vítrea e nos fenômenos térmicos nomeados na literatura A e B (antefusão), relacionados à Tg nestes três materiais. O comportamento térmico e o efeito da concentração da água foram similares nas amostras investigadas. A análise de curvas DSC obtidas durante aquecimento, indicou que a transição vítrea nestes materiais pode ou não ser acompanhada por outros eventos térmicos, dependendo da concentração de água: para amostras com baixa concentração deste plastificante, apenas uma transição vítrea; para amostras com teor intermediário, uma transição vítrea seguida por uma exoterma de devitrificação e endoterma de fusão do gelo; para amostras susceptíveis a cristalização no resfriamento, são observados os eventos térmicos A e B seguidos pela fusão do gelo. Durante o recozimento de amostras de mel e frutose com 40% de H2O, foi possível observar a ocorrência de mais de uma transição vítrea nesses materiais. Observou-se que no recozimento, o pico de devitrificação e a transição vítrea das curvas DSC, tornavam-se, após 120 minutos, similares aos eventos térmicos A e B. A variação na taxa de resfriamento e aquecimento para amostras de frutose com 48% alterou drasticamente seu comportamento térmico, quando resfriadas a taxas mais elevadas, sendo observada uma aparente “conversão” dos eventos térmicos A e B, em uma transição vítrea seguida por um pico de devitrificação. Os experimentos de RMN de baixo campo em soluções de mel, revelaram forte influência da concentração de H2O nos tempos de relaxação transversal T2 das soluções desses formadores de vidros. Nas amostras com baixa concentração de água, o valor característico do tempo de relaxação T2, em temperaturas próximas da Tg, obtido por CPMG, correspondeu ao valor limite de mobilidade característico do experimento (~100ms) e foi descrito por uma única população de tempos de relaxação. Nas amostras com maior concentração de água, em especial a que sofre congelamento do solvente (50% H2O), observou-se brusca redução do valor de T2 durante resfriamento, associada ao processo de concentração por congelamento de solvente. Os experimentos RMN não indicaram a existência de variações bruscas nos valores de T2, que pudessem ser associadas à transição vítrea, tanto em experimentos de pulso único, quanto nos experimentos CPMG. Observou-se que, mesmo a temperaturas próximas à transição vítrea, o tempo de relaxação T2 é sensível à concentração de H2O, aumentando com o aumento da concentração do solvente. Nos experimentos de pulso único, realizados em amostras com 8 e 19% de mel, a mobilidade molecular (T2) na faixa de transição vítrea é de 20 a 30 ms, em acordo com o observado para outros materiais, abaixo da Tg. Por RPE, foram estudadas amostras de frutose, com concentração de água entre 20 e 70% e mel, em concentrações de água de 20 e 50%. O estudo da mobilidade molecular por sondas de TEMPO (1-oxyl- 2,2,6,6-tetrametilpiperidina), com base nos parâmetros de constante de acoplamento hiperfina (A´zz) e razão de alturas de linha espectral (I-1/Io e I+1/Io) indicou que os mesmos não sofrem alterações abruptas, na faixa de temperatura em que a transição vítrea é observada. O estudo por RPE indicou, para todas as amostras estudadas, a formação de espectros do tipo “powder” (pó) , característico de ambiente anisotrópico, a temperaturas abaixo de – 50oC, associada à formação de fase sólida. Em amostras menos hidratadas, observou-se que as temperaturas em que os parâmetros de razão de altura de linha espectral de alto campo, tornavam-se nulos, coincidiam com os valores de Tg obtidos em DSC, indicando a perda do movimento rotacional da sonda, característica da formação de domínio anisotrópico. Abaixo da Tg, os espectros do tipo “powder” foram pouco sensíveis à variação de temperatura, indicando a baixa mobilidade das sondas de spin introduzidas nas amostras. Para amostras mais hidratadas (50% H2O), foi observada a formação de estado sólido entre -20 e -30oC, fenômeno associado ao processo de concentração por congelamento. Para as amostras em que a devitrificação foi observada nos experimentos DSC, os espectros RPE apresentaram uma transição, indicando a existência de domínios isotrópicos e anisotrópicos simultaneamente. Esse fenômeno foi interpretado como a existência de domínios com viscosidades distintas, formados durante o resfriamento, pelo processo de concentração por congelamento da amostra. Pelo fato de não ser esperada a existência de TEMPO nos cristais de gelo, o aspecto dos espectros pode indicar a formação de mais de um vidros nestas amostras. Essa informação associada à comparação entre termogramas das amostras de DSC convencional e experimentos de recozimento em amostras com baixo e alto teor de água, produziu evidências de que os eventos térmicos A e B sejam respectivamente, uma transição vítrea e a devitrificação de água residual de um segundo vidro, de Tg mais baixa que A. Tanto A como B poderiam ser afetados por outras Tg, podendo esses eventos ocorrer com formas distintas, em função dessas interações.Item Uso de estatística multivariada para a avaliação da qualidade do xarope de açúcar bruto usado no preparo de refrigerantes.(2022) Mapero, Monteiro Carlos Monteiro; Silva, Gilmare Antônia da; Silva, Emanueli do Nascimento da; Lobo, Fabiana Aparecida; Silva, Gilmare Antônia da; Silva, Emanueli do Nascimento da; Lobo, Fabiana Aparecida; Mendes, Louise Aparecida; Valderrama, PatríciaEsse trabalho propôs o estudo do xarope simples do açúcar usado na produção de refrigerantes com vista a avaliar a sua qualidade. Para garantir o produto dentro das especificações de qualidade exigidas faz-se tratamentos físicos e químicos, com o objetivo de se obter um xarope límpido e incolor. Dentre as várias técnicas de remoção dos compostos que conferem cor e turbidez ao xarope, as indústrias de refrigerantes optam pela utilização de resinas de troca-iônica. Outro parâmetro determinante para a qualidade do xarope gerado são as cinzas condutimétricas que são componentes minerais, constituídos principalmente de Al, Ca, Cu, Fe, K, Mg, Na, e Zn, bem como traços de F, I, além de outros elementos e estão presentes no açúcar bruto. A determinação destes componentes em açúcar por espectrometria de emissão óptica com plasma acoplado indutivamente (ICP OES) aplicando ferramentas multivariadas são escassas e/ou incompletas até o presente momento. Assim, neste trabalho foi feito um planejamento experimental composto central esférico com o objetivo de obter a condição mais adequada para a digestão úmida, em sistemas abertos, para esse tipo de amostra, investigando-se quatro variáveis: massa de açúcar, volume de ácido nítrico 50% (V V-1 ), temperatura e tempo. Excetuando o volume de ácido, as demais variáveis foram significativas à digestão. Foi possível construir um modelo quadrático por regressão linear múltipla (p = 0,0000026). A condição ótima de digestão foi 25 mL de ácido nítrico 50%; 1,5000 g de massa de açúcar; 80 oC e 50 min. Antes do emprego do planejamento experimental foram feitos testes preliminares que geraram depósitos de carbono em compartimentos do instrumento. Portanto, fez-se a análise de carbono orgânico total para investigar a carga orgânica residual nas amostras digeridas de acordo com a abordagem multivariada. A otimização do processo de digestão ácida possibilitou a caracterização elementar do açúcar cristal por ICP OES sem comprometer o funcionamento do instrumento, aumentando a detectabilidade das espécies de interesse. Para a continuidade da investigação proposta, a indústria de refrigerantes parceira do projeto cedeu cento e noventa amostras entre açúcar cristal e refinado, nas quais foi feita a varredura espectral na região do ultravioleta, além dos parâmetros de qualidade cor e turbidez ICUMSA (International Commission for Uniform Methods of Sugar Analysis), filtrabilidade e floco alcóolico. Embora a indústria proceda análises de qualidade pré-uso e tenha considerado as amostras fornecidas com padrão adequado para a linha de produção, a análise das componentes principais dos parâmetros de qualidade e dos perfis espectrais UV mostrou que há diferença estatisticamente significativa entre as amostras de açúcar cristal e refinado, principalmente devido aos parâmetros cor e filtrabilidade, o que certamente impacta as resinas de forma diferenciada comprometendo a vida útil. Com base nos resultados obtidos verifica-se a necessidade de continuidade dos estudos, a fim de prever a potencialidade de comprometimento das resinas utilizadas para a purificação do xarope simples.