Navegando por Autor "Veiga, Thais Motta"
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Item Petrologia, geoquímica e geocronologia de rochas metaultramáficas da Folha Mariana (SF-23-X-B-I), Minas Gerais.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Veiga, Thais Motta; Gomes, Newton SouzaEste trabalho fundamenta-se em estudos petrológicos, geoquímicos e geocronológicos de rochas metaultramáficas que ocorrem na região da Folha Mariana, situada a leste do Quadrilátero Ferrífero, limitada pelos meridianos 43º 00’ e 43º 30’ de longitude W e pelos paralelos 20º 00’ e 20º 30’ de latitude sul. A Folha Mariana engloba as províncias geotectônicas São Francisco e Mantiqueira. A primeira delas compreende as seqüências metavulcano sedimentares arqueanas e proterozóicas do Quadrilátero Ferrífero, além dos complexos Santo Antônio do Pirapetinga e Santa Bárbara, de idade arqueana, enquanto a segunda engloba os Complexos Acaiaca e Mantiqueira, Grupo Dom Silvério além de granitóides de idades proterozóicas. As rochas metaultramáficas são provavelmente intrusivas nos litotipos dos complexos Acaiaca, Mantiqueira e Santo Antônio do Pirapetinga. Entre as rochas metaultramáficas, caracterizadas pela presença de minerais de baixo a médio grau metamórfico, das fácies xisto verde a anfibolito, foram descritos talco xistos, esteatitos, clorita-talco granofels, clorititos, biotita-tremolita granofels, cloritahornblenda granofels, tremolita xistos, tremolititos e actinolititos. Adicionalmente, diopsiditos e metaharzburgitos, particularizados pela presença de textura ígnea e minerais primários preservados, foram investigados. A paragênese ígnea dessas rochas é representada por clinopiroxênio ou ortopiroxênio ± olivina ± cromita, sobre a qual se desenvolveram paragêneses metamórficas de fácies anfibolito (mghornblenda ou antofilita) e xisto verde (actinolita ou serpentina ± mg-clorita ± talco). Estudos de química mineral permitiram tipificar, entre outros, os seguintes minerais: olivina, clino ou ortopiroxênio, cromita, pentlandita, calcopirita e heazlewoodita. A composição química das rochas investigadas se assemelha, em termos gerais, à de rochas ultramáficas komatiíticas e, mais raro nesses termos, a de basaltos komatiíticos de terrenos arqueanos da África do Sul, da Austrália e do Quadrilátero Ferrífero. Nos diopsiditos, os elementos Cr, Ni e Co apresentam uma forte depleção, podendo ser o produto de uma diferenciação magmática com cristalização fracionada associada e/ou diferenciação cumulática. O padrão de distribuição dos elementos terras raras dessas rochas é semelhante ao observado em rochas ultramáficas da Rússia e ao ortopiroxênio hornblendito e talco xistos estudados, o que permite inferir que os diopsiditos foram originados a partir de um magmatismo ultramáfico. As idades obtidas pelo método U/Pb de 3,0 Ga, e 2,7 Ga são interpretadas como relacionadas aos processo de cristalização e metamorfismo dos xenólitos de gnaisse trondhjemítico, respectivamente, enquanto a idade de 0,5 Ga estaria relacionada ao evento termal Brasiliano.