Navegando por Autor "Sousa, Camila Martins Pereira de"
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Item Estudo comparativo da concordância nominal variável entre o PB contemporâneo e o português dos séculos XVIII e XVII.(2020) Sousa, Camila Martins Pereira de; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; soelisufop@gmail.com; Mendes, Soélis Teixeira do Prado; Figueredo, Giacomo Patrocinio; Martins, Edson FerreiraTudo o que é encontrado no passado de uma língua pode nos trazer luz para questões linguísticas da atualidade. Tal movimento é elucidado pela Linguística Histórica, que é um ramo da Linguística que “procura investigar e descrever a maneira pela qual as línguas mudam ou mantêm suas estruturas com o passar do tempo”. (BYNON, 1977, p.1). Tendo em mente que toda língua sofre variação e mudança linguísticas e que o fenômeno da concordância nominal variável não é uma criação do Português Brasileiro (PB) contemporâneo - haja vista que pode ser encontrado em outros períodos da língua, como é o que discute esta pesquisa – tem-se por objetivo geral estudar a concordância nominal variável (CNV) no PB, mais especificamente, investigar e comparar a “flutuação” dessa variação no português dos séculos XVIII e XVII) e no PB contemporâneo. Pretendemos, com este estudo, fazer uma descrição da estrutura interna dos sintagmas nominais (SN) nos quais ocorre essa flutuação da concordância nominal e compará-la com a descrição desse mesmo fenômeno, no mesmo ambiente sintático, em estruturas do português dos séculos XVIII e XVII, a fim de verificar se não só a flutuação permaneceu na memória da língua, mas também se o ‘lugar’ em que ela ocorre no SN foi conservado. A pesquisa consiste na análise de estruturas pretéritas extraídas de corpus de pesquisa de Mendes (2008) e Castilho (2009), para o português dos séculos XVIII e XVII, e, para o atual, o corpus é constituído por dados extraídos das redes sociais (Facebook; Instagram e Whatsapp) e sites. A partir das análises pudemos evidenciar que o fenômeno da CNV esteve presente no português dos séculos XVIII e XVII e está presente no português atual. Observamos que os dados do século XVIII e do PB contemporâneo apontam para o mesmo tipo de ocorrência: marca de plural nos elementos à esquerda do NSN (núcleo do sintagma nominal) e núcleo no singular e os dados do século XVII tem sua maior ocorrência mostrando a marca de plural no NSN e os elementos à direita desse no singular, com sua segunda maior ocorrência sendo a marca de plural presente nos elementos antepostos ao NSN, assim, como verificado no século XVIII e no PB contemporâneo.